Natal



Capítulo 21 –  Natal


 


Harry estava se aprontando. Finalmente participaria de uma ceia de Natal. Claro que ele provavelmente participou de uma com seus pais, mas como era apenas um bebê de colo, não contava.


Ele foi até a pilha de presentes que havia comprado e separou os que entregaria hoje e colocou em sua mochila. Seus últimos trabalhos renderam uma boa grana, sem contar uma fotografia que havia sido vendida na galeria, o que lhe proporcionou uma condição para comprar presentes para todos os seus amigos.


Até mesmo para Gabrielle ele comprou um, claro que era por ser irmã da Lílian e enteada da Julia, que era prima de sua mãe. Como tinha comprado presentes para as duas e para Fleur, por ser cunhada de Gina, achou que devia dar algo para a loira.


Mas para seus amigos ele entregaria no dia seguinte, hoje seriam os de sua família.


Pegou sua mochila, um presente que separou para deixar na árvore, para sua tia e saiu do quarto, não se esquecendo de trancar.


- Aonde você pensa que vai? – perguntou Guida assim que ele se virou para as escadas.


- Acho que já tivemos essa conversa antes. – disse ele. – Minha vida não te interessa, titia.


- Olha como fala comigo, pivete. – ralhou ela.


- Ou o que? Você vai fazer as malas e ir embora? – perguntou ele. – Tenho certeza que essa visitinha tem algum fator estranho, já se prolongou de mais. Você mesma reclama de estar longe de seus cachorros, mas já está aqui a mais de três meses.


Guida não disse nada, só olhou com mais fúria para ele.


- Acertei, né? – disse ele. – Bom, isso não me importa. Não tenho nada com a sua vida. Você pode continuar a usufruir de minha hospitalidade.


Sim, esse era o melhor Natal da vida de Harry.


Ele deixou oi presente na árvore, que a tia teve o cuidado de arrumar, e Tia Guida de criticar. E saiu.


Pegou sua moto na garagem da Sra Figg, que estava na ceia da Giselle Meadowes, e partiu para a casa do Sirius.


Marlene fizera questão que ele passasse a noite de Natal com eles. Por sorte, Remo e Tonks não estariam de plantão, e poderiam comparecer. Gina tentou argumentar, mas acabou levando o dia seguinte todo para ela.


O trânsito estava bom. Muitas pessoas haviam deixado a cidade, e os que permaneceram estavam se preparando para as festas, ou correndo para comprar algo de última hora. Por isso Harry evitou o centro da cidade. 


Logo ele estava entrando na casa do padrinho. Foi recebido por um abraço voador, que ele reconheceu com sendo de Natascha.


- Eu estou feliz em estar aqui também. – disse ele para a menina.


- Deixa de ser chato. – disse ela. – Eu estou tirando o atraso. Eu pedia um irmãozinho todo Natal, mas nunca me deram.


- Você já era mais do que a gente podia cuidar. – disse Lene.


- Assim eles vão pensar que eu era uma peste, quando pequena. – disse Natascha.


- Pior que o Duda não tem jeito. Ele conseguiu afogar um peixe. – disse Harry colocando os presentes sob a árvore.


- Presentes! – exclamou Sirius entrando na sala. – São pra mim?


- PAI! – reclamou Natascha. – É por isso que eu não trago os meus amigos aqui. Não sei o que é pior, ter seu pai envergonhando as minhas amigas, ou elas se apaixonando por ele.


- Eu não tenho culpa se eu sou perfeito. – disse ele.


- Almofadinhas, Hoje é Natal. Será que dava para você deixar esse discurso para outro dia. – disse Remo que carregava uma bandeja com alguns salgadinhos.


- Se quiser uma bebida vai ter que pegar. – disse Tonks com dois copos na mão, vindo da cozinha, um para ela e outro para o maroto.


Harry finalmente estava em uma festa onde todos gostavam dele.


Teve todo o ritual das festas. Cantoria, histórias antigas. Sirius tentando envergonhar Harry, só por ele ser o novato, ou para se vingar seu pai, mas sua munição era pouca.


Lene acabou contando algumas histórias do marido, com ajuda de Remo.


- E assim, né? Vou contar os foras que Pontas levou da ruivinha dele. – disse Sirius.


- Isso não vai adiantar. – disse Harry. – No fim os dois ficaram juntos.


- Tinha que puxar a Lily nessa. – reclamou ele.


 


Quando Harry acordou na manhã seguinte, lá estava seu presente embaixo da janela, onde sua tia sempre o colocava, juntamente com uma meia cheia de doces.


Era assim na sua infância. E sempre será enquanto ele estivesse naquela casa, ou seja, esse seria o último ano.


Prontamente se arrumou, não esperaria nada para encontrar Gina. A noite anterior foi excelente, e encontrar a ruiva seria o desfecho perfeito para fechar o feriado.


Encontrou Duda escornado na escada. Com certeza ele havia saído com seus ‘amigos’ depois que os pais foram se deitar e acabou enchendo a cara, e não conseguiu nem mesmo subir as escadas.


Ele nem tinha reparado que ainda era cedo e provavelmente sua tia ainda não tinha encontrado o filho ali.


Era melhor sair dali agora, e não ser culpado por aquilo, não sabia como o seu tio faria isso, mas com certeza a culpa seria dele, sem contar que não faria o café da manhã para eles novamente. Principalmente que ele não poderia comer nada.


 


- Você chegou cedo. – disse Molly quando abriu a porta para ele.


- Devemos passar as festas com quem nos quer bem. – disse o moreno. – E naquela casa, eles me querem bem, bem longe.


- Oh, Harry. – disse ela.


- Tudo bem, isso já não me afeta mais. Ainda mais que encontrei uma família melhor pra mim. E também iria embora no meio do ano, então não ligo mais.


Molly o abraçou.


- Bom, acho que não deva ter tomado café.


- Não, se ficasse para comer, não conseguiria sair a tempo. Posso ajudar?


- Não vejo porque não.


Molly estava adorando ter uma companhia para cozinhar, e o melhor, o rapaz sabia o que fazia.


Arthur não pareceu surpreso quando encontrou a dupla na cozinha, Gui achou estranho, mas não ligou. Rony não percebeu, já que mal abriu os olhos.


Mas a melhor reação foi a de Gina, que parou na porta da cozinha e saiu correndo para cima.


- Ela está feliz em te ver. – disse Molly. – Ou pelo menos vai estar quando trocar de roupa. Ela gosta de comer antes de trocar de roupa, e acho que o pijama é um pouco curto para encontrar o namorado na frente dos pais.


- Harry. Você está aqui? – perguntou Rony finalmente percebendo a presença do amigo.


- Acredito que sim. – disse o moreno.


Alguns minutos depois, Gina volta para a cozinha.


- Feliz Natal, família. – disse ela abraçando os pais e dando um selinho em Harry.


-Feliz Natal, responderam todos.


- Me desculpe, Harry, por fugir de você agora a pouco. – disse ela. - Eu não te esperava aqui tão cedo.


- Não tem problema. – disse ele. – Sua mãe já explicou tudo.


- Quando você me disse que cozinhava, não disse que era bem assim. – disse a ruiva se servindo das panquecas.


- Tive que aprender a me virar. – disse ele.


Após o café eles foram abrir os presentes. Claro que Harry trazia consigo os presentes destinados aos amigos.


Para Gina, ele deu um conjunto de colar e brincos de ouro.


 


No almoço eles tiveram visitas. Mione apareceu primeiro. Depois chegaram Fleur, Tiago, Lilian e Suzy, que vieram no carro do maroto.


- Gaby pede desculpas por não vir, ela foi encontrar com uma prima nossa. – disse Fleur. – E disse que não queria ficar de vela, justo hoje.


- Uma pena. – disse Molly que adorava a casa cheia. – Que boneca mais bonita essa, Suzy?


- Foi o Papai Noel que trouxe pra mim. – disse a menina. – Eu fui uma boa menina.


Tiago abriu um sorriso, era um presente dele, e também pela menina não ter mais problemas em conversar com pessoas que ela não conhece direito, ainda mais mulher.


- A enteada da mãe biológica dizia que ela nunca ia ganhar nenhum presente de Natal, por que ela era uma garota má. E alguns meninos do orfanato repetiam isso, mas ela sempre recebia presentes do Papai Noel. – explicou Tiago.


 

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Comentários (3)

  • Lana Silva

    Nossa o Tiago me surpreende cada vez maisLindo capituloooooo *-*Bjoos! 

    2012-02-27
  • Natascha

    adorei! a Suzy é mto fofa..........

    2011-10-22
  • Bárbara JR.

    Que bonitinho, adorei :3  Os presentes do Papai Noel... Sempre que uma criancinha fala isso, MESMO NAS FICS, tocam meu coração UAHSUAHSU' É muito fofo.

    2011-10-22
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