Chegada Infernal



Capítulo 5 – Chegada Infernal


 


Sexta chegou com um ar pesado para Harry. Era o dia em que Tia Guida chegaria. Ele mais uma vez foi a pé para a escola. Não aguentaria o tio falando sobre a irmã.


Seu primeiro horário seria Biologia, mas a professora Sprout não pode comparecer, então a turma foi dispensada.


Ele então decide explorar o castelo, não queria descontar nos novos amigos a frustação daquele dia. Passou por lugares que Minerva não tinha falado para ele no primeiro dia, como o teatro da escola, a enfermaria, que mais parecia de filme, até que encontrou uma escada em atrás de uma porta que parecia esquecida pelo tempo.


Decidiu subir para ver, já que parecia que estava próximo de uma das torres do edifício. Era uma escada em espiral feita em pedra, com pouca iluminação, apenas algumas aberturas ao longo da parede.


No topo tinha uma porta semiaberta. Ela abriu com um ranger típico de coisa que não é muito usada, e uma voz irritada foi ouvida.


- Isso não é lugar pra matar aula fumando ou namorando.


- Eu só queria ver onde a escada ia. – disse o moreno meio envergonhado.


- Ah, é você Pontas. – disse Tiago, que estava sentado na mureta de costas para a porta. – Pode entrar, ou sair.


- Você me deu um belo susto. – disse Harry.


- Desculpa, mas tem gente que vem para cá pra fumar e a culpa acaba caindo sobre mim. Eu tenho autorização do diretor para ficar aqui. Ele acha melhor que não fique passeando pelo colégio, tem gente que tem medo de mim, mesmo não fazendo nada, e tem aqueles que querem me imitar, mas acabam seguindo os boatos, não a mim mesmo.


- Bela vista. – disse Harry.


- O melhor é o por do sol.


Ficaram alguns minutos em silêncio.


- Eu ainda não entendi o trem das cores.


- Você ficou conversando o que com a gêmea de fogo? – comentou Tiago deixando Harry corado. – Bom, não é obrigatório, nem proibido usar outras cores, então você não precisa mudar o seu guarda roupa. O que as pessoas fazem normalmente é usar algum detalhe que faça lembrar a quem seguem. As meninas usam é abusam das joias e acessórios, com as cores. Os meninos usam a mochila com as cores ou o animal símbolo. Como é o meu caso. O grifo nas costas do meu casaco é por isso. Além do colar que já te mostrei.


- Então eu poderia apenas acrescentar um lenço, ou uma bandana?


- Não é uma boa ideia. Eles são símbolos das gangues de motoqueiros. Se um membro de uma ver você com a cor de outra pode te trazer problemas, ou até mesmo o membro que usa a cor em questão.


- Hum. Acho que vou pensar em usar o leão.


- Já se decidiu, então.


- Não, mas acho que vou acabar sendo um Gryffindor, vou falar com a McGonagall no fim da aula dela hoje, já que é o último horário.


Logo depois Harry desce, ele teria aula de Inglês. Ele gostava do professor, que parecia conhecer o garoto há muito tempo.


 


Logo em seguida, ele teria aula de Educação Física. Como eles eram do último ano, só tinham uma aula por semana.


Seguiu para o ginásio da escola, que era uma construção mais nova, ao lado do campo de futebol americano. E logo deu de cara com um homem gigantesco, com uma longa cabeleira negra, com uma barba grossa, e olhos pequenos.


- Harry Potter. – disse ele animadamente. – Não via a hora de te encontrar. Sou Rúbeo Hagrid. Seu professor de Educação Física. Ou pretendia ser.


- Prazer, mas o que quer dizer com isso?


- Acho que seu amigo pode te ajudar. – disse o professor apontando para Tiago que estava deitado em uma das arquibancadas, enquanto o resto das turmas se aquecia.


Ele, confuso foi em direção a Tiago.


- O que está acontecendo?


- Eles têm medo de mim, acham que vou fazer algo pra machuca-los, ou é uma maneira de me isolar. – disse Tiago. – Então não posso participar das aulas, parece que você também entrou nessa.


- O que temos que fazer?


- Somente vir até aqui para garantir presença. Pode fazer o que quiser, dormir, deveres de casa, olhar para sua ruiva se exercitando, essas coisas.


- Eles vão me incluir em tudo que você faz?


- Espero que não, enquanto não duvidarem que você não use drogas. Bom, como não acham nada comigo e seu priminho não fala nada sobre isso, não vão te incluir nessa. Aproveita o seu tempo. – disse ele voltando a se deitar e parecia cochilar logo em seguida.


Harry ficou observando todo se mexerem, e em especial Gina, que parecia sempre tentar ficar visível.


Pouco depois, os garotos seguiram com Hagrid para o campo e as meninas ficaram no ginásio, onde começaram um jogo de Handebol. Parecia que não se importavam com a presença dos dois, mas sempre que marcava Gina olhava par Harry. Ela era uma boa armadora.


Harry reparou em uma coisa estranha. Lilian às vezes parecia olhar para o Tiago.


 


Harry esperou por Gina, depois da aula. Para ele foi fácil, já que não precisou tomar uma ducha como ocorreu com os outros. Tiago disse que iria mais cedo para o refeitório, assim evitaria correria, não dele, mas dos outros.


- Oi, Ruiva. – disse ele, quando ela saiu do vestiário.


- Oi, Pontas. – disse ela feliz por encontra-lo ali. – Gostei deste apelido. O que faz aqui? Pensei que já tivesse ido para o almoço como o Motoqueiro Fantasma.


- Eu preferi almoçar com você hoje. Alias todos os dias. – disse ele. - Mas a sua mesa está sempre cheia.


- Quando quiser, é só me chamar que eu como com vocês. O Tiago tem uma maneira divertida de lidar com as situações, e nunca perde o humor, bem só quando as coisas se referem a Lilian.


Eles foram conversando para o prédio principal, quando foram abordados por uma pessoa que pulou sobre Harry.


- Que tal você almoçar comigo hoje? – disse Gabrielle. – Você sempre está com o esquisito do Tiago.


- Hoje vou almoçar com a Gina. – disse ele, desgrudando a menina do seu pescoço. – Você deveria conversar com o Tiago, e assim veria quem é o esquisito. Vamos, Gi.


Ele enlaçou Gina pela cintura e continuou andando, e nem percebeu que a ruiva virou para a loira e mandou um beijinho debochado.


 


Harry esperou todos saírem da sala para conversar com Minerva.


- Professora,... hum... fui informado de uma tradição da escola em selecionar os alunos segundo os fundadores da escola.


- O desculpe por isso. – disse a professora uma pouco embaraçada. – Você deveria ter um tutor, um aluno antigo para explicar as regras, mas parece que já te informaram sobre isso.


- Sim, o Tiago me contou algumas coisas e a Gina se ofereceu para ser a minha tutora.


- Bom, então só falta a seleção. Vai querer o teste ou já decidiu por qual fundador?


- Acho que vou fazer o teste, meus informantes são parciais.


- Na verdade o jovem Tiago foi o primeiro que eu vi que se decidiu por duas casas sem o teste. – disse ela mexendo nas suas gavetas. – Aqui está o teste, o complete e me devolva na próxima aula.


- Certo. Quando sai o resultado?


- No dia mesmo.


- Boa tarde, Professora.


- Boa tarde, Potter. – disse ela.


Harry saiu da sala, analisando as primeiras perguntas, eram todas de múltipla escolha, algumas podendo marcar mais de uma opção. Deve ser assim que dava mais de uma definição.


- Faz tempo que quero te convidar. Sei que você não tem nada melhor pra fazer. – dizia um menino para Gina. Ela estava com uma cara aborrecida, enquanto o menino tagarelava encostado a uma porta.


- Quem te disse? – disse ela.


- Eu sei que você não tira o olho de mim. – disse ele. – Nada vai ser melhor que essa festa.


Ele foi se aproximando para beija-la. Mas antes que Harry ou Gina pudessem reagir, a porta se abriu, jogando o menino no chão.


- Você não devia se apoiar nas portas, Corner. – disse Tiago, que foi quem abriu a porta, passando por cima dele. – Você é poderosa ruiva, deixa os homens aos seus pés sem nem se mover.


- Eu devia perguntar o que você fazia ali dentro, mas como você me ajudou eu vou deixar passar. – disse ela o abraçando. – Ele já estava merecendo uma joelhada.


- Me lembre de não chegar perto quando você estiver irritada.


- Nunca vou ficar irritada com você. – disse ela dando um beijinho na bochecha dele.


- Não faz isso, que você sabe que eu tenho uma queda por ruivas.


- E eu por motoqueiros. – disse ela só para ele.


- Pontas, você pode cuidar dessa ruiva pra mim. Ela está dando muito trabalho e eu tenho que sair. – disse Tiago, recebendo um soco da ruiva. – Viu?


- Com prazer. – disse Harry, e logo viu ele se afastar.


- Vamos logo que o Rony está me esperando. – disse ela. – Ele vai assistir a um jogo hoje e está muito chato.


- Então vamos. – disse Harry, que preferia adiar o momento de voltar pra casa.


 


Harry chegou em casa e reparou que o carro do seu tio não estava, o que indicava que tia Guida ainda não estava em casa.


- Oi, Harry. Ainda bem que é você. – disse Petúnia ao ver que era o moreno entrando em casa, dando a impressão de que ela também não estava nada satisfeita com a visita.


- Oi. Infelizmente não posso fazer nada com relação a ela. – disse Harry, era bom ter alguém com quem reclamar sobre a tia, apesar de que eles só podiam reclamar um com o outro. Harry sabia que a tia ama o marido e não faria nada para desagrada-lo.


- Não vou pedir pra você se comportar com a Guida. Sempre achei que alguém precisava confrontar a bruxa. Me sinto realizada quando você rebate o que ela fala. Me lembra muito a sua mãe.


- Acho que nosso inferno está pra começar. – disse o menino ao ouvir uma freada na garagem.


Logo entraram na casa, Valter ajudando Guida e atrás deles Duda carregando as malas dela.


- Você ainda está vivo? – disparou Guida.


- Graças aos céus. – disse ele.


- Olha como fala. Seus tios fizeram o sacrifício de te acolher quando seus pais fizeram o favor à humanidade de se explodir. Eles podiam muito bem te mandar para um orfanato.


- Sim, eles fizeram um sacrifício por mim. Meu ‘maravilhoso’ tio me tratando como um empregado e meu ‘amado’ primo como saco de pancadas. Teria sido melhor ir para um orfanato, quem sabe não seria adotado por uma família boa. – disse Harry sem se abalar, mas botou toda a raiva para fora na sequencia. – E não fale dos meus pais. Eles não estão aqui para se defender, ainda mais de alguém como você. Eles não se explodiram, sofreram um acidente do qual foram vítimas. Pode olhar nos jornais, ou no inquérito da polícia.


- Vejo que tinha razão. – disse ela desdenhosa. – Você deveria ter sido mandado para o St Brutus para meninos irrecuperáveis, mas sua tia nunca permitiu. Você não tem respeito por ninguém. Agora parece um destes delinquentes que andam de moto.


- Eu tenho respeito por aqueles que merecem respeito. – disse Harry subindo a escada. – E por aqueles que a conquistam. Você, ‘titia’ não se enquadra em nenhuma das duas categorias.


Harry podia ver a fúria nos olhos dos irmãos, a surpresa nos do primo e orgulho nos da tia.


- Tia, vou subir pra estudar. Amanhã tenho coisas para fazer fora. – disse ele tranquilamente, como se nada tivesse diferente do normal.


Ele ainda pode ouvir Guida reclamando dele para o irmão, mas não se abateu, ele tinha tentado se controlar, mas quando ele havia falado dos pais ele não aquentou, e se rebelou. O tio nada poderia fazer, já que essa era parte do acordo.


Enquanto destrancava o quarto, ele pode ouvir Guida subir as escadas, e olhar para seu quarto.


- Eu quero o seu quarto. – disse ela. – E maior que esse de hospedes que Petúnia me arrumou, além de ser suíte.


- Se eu não pagasse por ele, com meu dinheiro conseguido com muito suor, eu poderia até fingir pensar antes. E a resposta é não. Não vou ceder meu quarto para você.


- Não sei por que ele ficou com o melhor quarto. – disse Duda.


- Porque eu pago, e segundo, você escolheu o seu quarto acreditando que teria uma visão da vizinha trocando de roupa, mas aquela era apenas uma visita e você tem como vista um cara peludo.


- Duvido que você pague, você é como seu pai. Um vagabundo.


- Pode falar o que quiser, mas o que disse lá em baixo continua valendo. E sua opinião não conta pra mim, assim como suas palavras não me afetam há anos.


- Eu me lembro de quando te contei que Papai Noel não existe, quando Duda fez sete anos. Você não se afetou. – disse ela de forma venenosa.


- Claro que não, não acreditava mais no bom velhinho. Desde meus quatro anos, quando pedi para arrumar uma família melhor pra mim e minha tia. Infelizmente ainda estamos aqui. – disse ele fechando a porta na cara dela.


- Era só o que me faltava.  – disse ele pra si mesmo. – Eles são a prova de que a genética existe, são iguais.  Todos eles.


Harry fez a única coisa que o faria sentir melhor naquele momento.


Sacou o celular e depois do segundo toque.


- OI, Gina. Estou bem, ou melhor, agora estou. – disse ele.


 


Um homem apreciava uma fotografia de um casal a beira de um lago. Era o por do sol, e não se sabe se era pela iluminação ou o longo cabelo da moça era vermelho. O que intrigava mais o homem.


- Nunca esperei ver o Grande Sirius Black pudesse perder seu tempo analisando uma simples fotografia de um desconhecido que usa apenas as suas iniciais. – disse outro homem chegando perto do primeiro.


- Eu tive que comprar essa foto. – disse ele. – Me lembra muito nosso casal preferido que não se encontra mais conosco, Aluado.


- Sim, eles se parecem de mais com o Pontas e a Lily.


- Eu ainda não me conformo com o que aconteceu, ainda mais que depois disso o Harry desapareceu. – disse Sirius.


- Ainda vamos encontrar com ele, Almofadinhas. – Disse Remo. - Tenhamos fé.




NA:


Galera, eu gostaria de avisar que por motivos pessoais, as atualizações terão um intervalo maior que o normal, provavelmente três semanas, ou invés de duas.


Mago Merlin.


 

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Nossaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa você quer me matar de curiosidade mesmo né ???Meu Deus, será que LIly e Tiago são fantasmas ?? - tá essa sou eu viajando na batatinha de novo - mesmo assim poderiam ser sim, eu Tô acreditando que eles podem ter algo com o Harry segredos entrelaçados e tal, tô morrendo de felicidade com essa fic *-* 

    2012-02-25
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