Carona.



Capítulo 61 (ou 10).
Carona.

O Sr. Weasley foi o primeiro a chegar à cozinha, carregando Draco no colo, surpreendeu-se ao ver que Narcissa não estava mais lá, era óbvio que tinha fugido com ajuda de suas amiguinhas e isso lhe causou uma tremenda raiva de fazer as pernas bambearem, ela simplesmente estava entre seus dedos e escapou.


- Droga! – e saiu resmungando, carregando Draco inconsciente nos braços - Perdi ela novamente. Novamente...

~~

McClagan, Jorge, Harry e Hermione continuaram andando pelo corredor a procura de mais Comensais da Morte (ou Fadas Mortais), ignorando os berros dos quadros que tentavam chamar suas atenções, algumas vezes o feitiço silenciador de Hermione ajudava.


- Oh, aqui, vem - sussurrou Harry evitando falar alto, apontou para uma porta que transmitia ruídos de dentro.


McClagan encostou os ouvidos e fez um gesto com a mão para se aproximarem.


Ele passou a mão lentamente pela porta e grudou na maçaneta, Harry, Hermione, Jorge sacaram as varinhas e apontaram para a porta se preparando para atacarem. Ela se escancarou. Duas Fadas apontavam as mãos para eles.


- Vimos debaixo da porta - informou a segunda Fada arrogante.


- Mortast Mortalha - um pano preto saiu das mãos da primeira Comensal e atingiu o pescoço de McClagan como uma flecha, o pano deu um nó em seu pescoço e apertou com firmeza.


- Ohhh - tentava dizer McClagan ficando verde com as duas mãos se debatendo com violência no pescoço.


Hermione berrou e ajoelhou ao lado do professor, agarrou o lenço e tentou puxar, mas ela soltou imediatamente dando um grito ainda mais alto que o anterior.


- Isso dá choque - e apontou para o pano, olhou para Harry querendo apoio, mas ele parecia ocupado, duelando.


McClagan estava ficando sem ar, Hermione apontou a varinha e berrou.


- Corte - o feitiço atingiu o pano e rasgou imediatamente, o professor pareceu aliviado, suspirou contente e sorriu de um jeito infantil e demente.


- Obrigado, garotinha- e adormeceu depois dos olhinhos revirarem.


Hermione colocou seu rosto no peito do homem e ouviu o coração bater, suspirou aliviada e apontou a varinha para as Fadas para entrar na briga, enquanto Harry e Jorge duelavam contra elas.


- Oh, não, Asukan Djin Lormes! - flechas de fogo saíram da varinha de Hermione e acertaram as Comensais, que caíram no chão da sala.
Hermione abaixou a cabeça e sorriu, ela fez a mesma cara de quando havia dado um soco em Draco Malfoy no terceiro ano. Jorge tinha cara de quem ia beijá-la.


- Obrigado Hermione - agradeceram Jorge e Harry em um uníssono aproximando do professor - Foi excelente.


- Vamos, acho que McClagan precisa de ajuda – interpretou Harry vendo a cena do professor atirado ao chão.


Eles saíram do cômodo. McClagan não havia se mexido, continuava adormecido no chão.


- Hermione, você consegue arrastar o McClagan até a cozinha?


Ela concordou e apontou a varinha para ele.


- Mobilicorpus - o corpo de McClagan estava flutuando uns 40 centímetros do chão, e ele não se mexia ainda, exceto pelo feitiço.


- Eu e Harry vamos investigar por aí se tem mais alguém perambulando pelos quartos. Vamos tentar desinfetar esse andar...


- Acho melhor explodir isso aqui, não? - sugeriu Hermione enquanto saia do corredor.


- Toma cuidado - recomendou Harry com as mãos ao lado da boca, como se fosse um cone para o som sair melhor, e ela já descia as escadas, apressada, com os cachos saltando em cima de seus ombros e McClagan flutuando atrás.

~~

Assim que Hermione dobrou o corredor, guiando o corpo de McClagan, ela foi barrada por uma mulher, um pouco acima do peso e mais baixa que ela, parou em frente à garota e apontou a varinha, mas não era uma Fada e sua beleza estava longe disso.


- Fico feliz em revê-la - sussurrou a mulher entre os dentes, com a cara maligna de sempre.


Hermione recuou espantada, com a varinha em uma das mãos, mas sem disposição para usá-la.


- N-Não, a s-senhora, não! - e puxou a varinha bufando, mas nisso ela foi atingida no peito por um feitiço e voou longe.


Hermione parecia inconsciente, enquanto o corpo de McClagan caia com um baque barulhento no chão.


- Hindgria - uma serpente saiu da varinha de Sibila, ela apontou para Hermione e disse - Ataque essa menina tola, agora! – mandou aos berros.


- Bombarda! - gritou Harry que acabara de chegar aos pulos e derrapou um pouco, a cobra explodiu no ar - Eu sabia que tinha mais alguém metido nessa história – e arriscou um olhar bem rápido e preocupado em direção à Hermione.


Sibila estalou os dedos e sumiu como fumaça.


- Droga! - berrou Harry dando um soco no ar, tentando inutilmente pegar a fumaça com as mãos e caiu de joelhos na frente de Hermione.


- Hermione acorda... - ela parecia não acordar - Vamos, preciso de você.
Harry virou para trás e olhou por cima do ombro.


- Jorge, vamos ter que abandonar a Ordem, precisamos levar Hermione e McClagan para o hospital, estão vivos, eu sei...


- Harry, não podemos abandonar agor...


- VOCÊ QUER QUE MCCLAGAN E HERMIONE MORRAM?- perguntou aos berros sentindo o sangue fluir pela cabeça.


Jorge ficou sem graça e começou a remexer os pés sem saber o que dizer.
Nisso outra Comensal surgiu entre as paredes, quantos Comensais mais iriam aparecer? Pensou Harry; Ela executou um feitiço e um enorme Dementador surgiu de suas mãos. Jorge iria desarmá-lo, mas ela foi mais rápida e desarmou Jorge que estava sem saída, mais outra Comensal apareceu, quantos mais diabos de Comensais apareceriam? Isso era pavoroso...


Harry gelou, não conseguiu continuar em pé, mas por sua sorte, a segunda Comensal que apareceu, fez com que o Dementador recuasse, e acabou com a Fada; esse seria uma Fada-Amiga? Harry não podia estar enxergando direito, antes que ele pudesse agradecer, a segunda Fada (ou Comensal) sumiu pela porta.


- Eu levo McClagan no colo mesmo, é mais rápido e confiável, faça o mesmo com Hermione.


Harry passou os braços pelas costas e as coxas de Hermione e com dificuldade agarrou a garota no ar.


- Vamos sair daqui o mais rápido possível, não podemos continuar dando “bandeira”.


E saíram pelas ruas, com as varinhas apontadas para o céu com nuvens cinzas.

~~

Leonardo conduziu Rony e Gina para fora, com um simples feitiço. Não deparou com nenhum ser vivo até chegar à varanda.


- Acho que a casa está abandonada - disse uma voz rouca atrás de si.


Ele se virou e encontrou um humano com cabelos negros tampando o seu rosto branco como de uma caveira, era alto e tinha ombros largos, Severo Snape com as mãos nas vestes e uma delas segurava sua varinha negra apontada no peito de Leonardo.

~~

- Você precisa nos levar até o St. Mungus - respondeu Harry para o motorista do ônibus roxo.


- E rápido – emendou Jorge aflito.


Ele anunciou no microfone que o caso era urgente e que ele teria de passar no St. Mungus antes, e em menos de quinze minutos eles estavam chegando desembestados à frente do Hospital.


- Agora é só atravessar a vitrine e... Fica por conta do ônibus, a passagem, certo? - piscou para Harry e Jorge que saíram sem agradecer.


Eles entraram correndo no corredor imenso e branco, chamando atenção de muita gente, os bruxos olhavam para eles assustados, logo duas enfermeiras se reuniram.


- Oh, não! Vem! Sigam-me! - e com um feitiço os corpos de McClagan e Hermione sumiram.


- Eles vão ficar bem? - perguntou Harry impedindo com a enfermeira saísse do corredor.


- Vão, vão ficar bem sim, agora preciso ir. Vou avisar os medi-bruxos.


Harry olhou para Jorge e ele sacudiu os ombros.


- Será que devíamos voltar?


Antes que Harry respondesse alguém os chamou.


- Harry! Jorge! - eles se viraram para trás, Fred acenava e corria em direção a eles.


- O que você está fazendo aqui?- perguntou Jorge.


- Tonks!- respondeu - Papai e Malfoy também estão aqui.


Jorge agarrou o colarinho das vestes de Fred como se fosse culpado.


- Onde estão, o que aconteceu?


- Papai trouxe Malfoy. Parece que desmaiou ou algo parecido...


Ele soltou Fred e correu até o fim do corredor, virou à direita.


- Bom, espero que Léo esteja dando conta do recado - disse Harry virando as costas e completando a janela.


- Vamos voltar - e puxou a manga das vestes de Harry – Não podemos deixar meus irmãos na mão desse professorzinho – disse com indiferença.


Mais uma vez, eles montaram no ônibus e disseram uma história mais dramático ao motorista que entrou em pânico e mais uma vez voltou ao Largo Grimmauld com apenas alguns borrões de cores.


- Vamos.


Eles entraram, assustaram-se ao ver Snape e Leonardo lutando aos socos no meio da varanda e rolando como se fossem crianças brincando na lama.


- O QUE É ISSO? - berrou Fred separou os dois e meteu um soco em Snape para desviá-lo da briga, Harry não conseguiu se conter, deu uma risadinha - Meus irmãos estão morrendo!


- Venha - disse Harry pegando Gina no colo que estava atirada de um lado da varanda - Deixem eles se matarem, vamos levar Rony e Gina para o hospital. Eles precisam de assistência médica...


Ao chegaram mais uma vez em frente ao hospital finalmente receberam boas notícias (dessa vez aparataram com a ajuda da Fred), McClagan tinha acordado, e nenhum dos outros amigos teriam perdas permanentes.


- O que vai nos restar agora? - perguntou Harry olhando a avenida cheia de carros nas ruas de Londres pela janela.


O Sr. Weasley se levantou da poltrona marrom que estava lendo seu jornal e massageou os ombros de Harry, que não ajudou a relaxar.


- Sinceramente, acho melhor abandonarmos aquele lugar. Para sempre...
Harry pensou por um instante, como um quebra-cabeça que vai se encaixando.


O pessoal da Ordem precisava de um lugar seguro... certo?


A casa dos Dursleys era o lugar seguro, inclusive estes precisavam de dinheiro... certo?


- Sr Weasley, acabo de ter uma idéia.


Ele virou para o Sr. Weasley e com colocou sua idéia em prática.


- A conta de Gringotes de Sirius pertence a quem?


- A Ordem, eu acho - respondeu como se fosse óbvio – Nunca falei isso direito com Lupin. Ele quem administrava os segredos da Ordem.


- Os Dursleys estão precisando de dinheiro, por que vocês não fazem negócios?


- Como assim? - perguntou o Sr. Weasley não entendendo mesmo.
Harry olhou novamente pela janela e fixou os olhos em uma torre.


- Sabe, vocês poderiam comprar a propriedade dos Dursleys.


A ficha do Sr. Weasley parecia ter finalmente caído.


- Por qual motivo, Harry?


- A proteção...


- Mas ela só irá protegê-lo até seu último instante em que estiver dezessete anos.


- O que será até dia 31 de julho do ano que vem – disse sorridente.


O Sr. Weasley parou em frente a vitrine encarando seu próprio reflexo.

-=-
N/A: Nha, amei demais o coments da Giselle e por isso resolvi postar outro capítulo adiantado xD, obrigado Gi, beijinhos =@~~


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