O mistério de Xangai.



Capítulo 56. (ou capítulo 5 da II temporada)
O mistério de Xangai.

- Eu disse que seria melhor se tivéssemos usado o Chiclete Flu - disse Jorge com a voz falhando, Harry que segurava sua mão no ar, ao lado da maca, com lágrimas nos olhos e mandava ele ficar quieto mas não adiantava muito já que os gêmeos eram muito teimosos.
- Shi, não fala nada - e apertava a mão dele com força enquanto ele respirava por meio dos objetos médicos.
- Vai ficar tudo bem - sussurrou Xangai chegando bem perto ao seu ouvido e colocando a mão direita em seu ombro - Você já escreveu para a mãe deles, não é mesmo?
Harry concordou com a cabeça deixando uma lágrima solitária escapar, eles não tinham mais a mãe, mas resolveu que era melhor não se aprofundar no assunto, seria pior para o estado dos gêmeos lembrá-los de uma morte tão desagradável que abalou a família inteira.
- Ótimo, então é só esperar eles se recuperarem – murmurou Mestre Xangai com concordando com a própria cabeça.
Os gêmeos trocaram um olhar tímido ainda na maca e disseram.
- Harry, peça para alguém cuidar da nossa loja?
Ele concordou com um sinal positivo nos dedos e saiu da sala seguido por Xangai que arrastava os sapatos surrados no chão.
Harry entrou em uma sala bem iluminada, mostrando a paisagem lá fora através de vidraças muito transparentes, havia uma mesa bem no centro, com apenas quatro cadeiras de cor tabaco, um tipo de baralho bem no meio da mesa, e em volta, uma esteira enorme, vermelha, espalhada pela sala inteira e algumas almofadas pretas espalhadas, Harry caminhou até a mesa, sentou sem ser convidado, logo em seguida, Xangai sentou em sua frente, parecia pensativo.
- Ai ai, estou tão cansado - e apoiou os braços nas costas da cadeira.
- Você tem filhos? - perguntou Harry por falta de assunto, foi uma perguntava que veio do nada em sua cabeça. Era apenas uma curiosidade.
Ele olhou para o lado chateado como se fosse deixar a pergunta de Harry de lado, mas era como se ele tivesse buscado a resposta, ele voltou a olhar da paisagem para Harry e disse bem baixinho.
- Duas filhas. Nada comparável ao poder de Lílian, claro, mas são muito poderosas – e deixou escapar um suspiro sonhador, provavelmente imaginando como seria se as filhas fossem tão talentosos como Lílian Potter.
Harry concordou com a cabeça e voltou a olhar os sapatos gastos e os cadarços sujos de terra após a queda do dia seguinte.
- Hmm, netos? - precipitou em perguntar.
- Uma neta - respondeu sem suspense fazendo Harry corar sem motivos - Seus pais chegaram a pegá-la no colo. Era bem pequeninha, sabe – disse rindo da própria história.
- Jura? - perguntou fingindo sentir emoção só para poder continuar adiante aquela conversa com o velho, e até ali estava sendo um bom ator - O senhor era muito amigo dos meus pais? Sei lá... parece... – disse encolhendo os ombros na cadeira.
- Um pouco, um pouco – repetiu passando os dedos pelas longas barbas -Fui professor de Poções deles, entende - e soltou uma risadinha abafada - Mas depois fiquei velho demais, então minha neta nasceu, abandonei Hogwarts.
- Como chama sua neta?- perguntou Harry apoiando na mesa.
- HARRY!- e sua pergunta muda já fora respondida, Cho Chang estava parada na porta carregando alguns livros à medida do queixo, com Vítor Krum abraçado em suas costas, parecendo dois macaquinhos, tanto a mãe como filhote - O que faz aqui? - perguntou espantada e com as sobrancelhas erguidas. Então era ela, seus pais haviam pegado Cho no colo... Incrível, absolutamente incrível! Parecia uma brincadeira do destino, afinal, sua primeira namorada tinha sido a mesma.
Ele se levantou com um pulo e foi até ela que desenroscou para cumprimentá-lo, sorridente.
- É uma longa história - respondeu sorridente abraçando Cho com lágrimas nos olhos.
- Nossa isso tem dedo seu, não é vovô? - perguntou Cho Chang por cima do ombro de Harry enquanto ele cumprimentava Krum jovialmente com um toque nas mãos.
Ele respondeu com um sorriso e foi até os garotos, passou um braço no ombro de Harry e um ao de Cho e juntou a cabeça dos três, deixando Krum sem graça, meio de fora do círculo.
- Na verdade não foi uma circunstância agradável, sabe... E vocês se conhecem... Já deduzia isso... - e os solto, contornou olhando para baixo, saiu pela porta lateral como uma expressão de coitado.
Cho fez uma expressão “não liga não Harry, ele é biruta assim mesmo!” mas não disse nada, ao invés disso foram para fora com Vítor jogar conversa fora.
Harry passou o resto do dia conversando com Cho e Vítor Krum sob a sombra de uma enorme macieira sendo servidos por comidas japonesas, Harry teve que aprender a comer com os tais palitinhos na hora do almoço e isso foi divertidamente engraçado, pois na maioria das vestes o pedaço de seu peixe acabava indo parar dentro de um pote cheio de farinha.
- Ah, não sei - desistiu colocando ao lado do prato.
- Não, você não vai desistir - disse Cho pegando seus palitinhos e abrindo e fechando com facilidade entre os dedos - Olha você só precisa praticar – mostrou os palitinhos nas mãos e mexeu com eles mostrando muita prática ao garoto – É fácil...
Acabou sendo uma tarde muito gostosa, sob lágrimas de riso.
- Eles vão ficar bem - disse Cho se virando para trás e dando um selinho no namorado, se referindo aos Weasleys na enfermaria.
E nesse momento houve um barulho estranho vindo à direita deles, o portão enorme de ferro se dividiu ao meio e abriu para os dois lados, e dois faróis apareceram vindo naquela direção.
Um carro cinza grafite, enorme, entrou pelo portão de ferro, estava em alta velocidade e o motorista parecia desesperado, cabelos ruivos bagunçados e preocupados.
- Harry! - disse um homem ruivo saindo do caro, com uma aparência desgastada, bem surrada, era o Sr. Weasley, logo atrás, uma garota ruivinha, com os cabelos bem cortados acima dos ombros e usava uma saia jeans bem agarradinha, deixando à mostra suas pernas brancas, um garoto ruivo saiu nas portas traseiras, de mãos dadas com uma bela garota de cabelos cacheados como pele de carneiro, presos em um rabo de cavalo.
- Sr. Weasley - disse Harry estendendo a mão enquanto procurava alguma ferida grave pelo corpo de Harry, com a intenção de achar e criticar.
- O que aconteceu? Que maluquice foi essa? - berrou voltando para as cabaninhas - Quem causou isso? - perguntava aos berros enquanto Cho ficava envergonhada entre os braços compridos de Vítor Krum que trocava olhares de esguelha com Rony e Hermione.
- Harry! - disse Hermione soltando a mão de Rony e correndo para abraçá-lo com muita força, aproveitando que o Sr. Weasley caminhava em direção à cabana e eles podiam conversar melhor - Está tudo bem?- perguntou ela se distanciando do abraço e encarando seu rosto a procura de mais alguma cicatriz - Fiquei tão preocup...
- Harry!- cortou Rony, entrando na frente de Hermione e estendendo a mão, com um empurrão de lado Hermione foi parar sentada na grama - Ficamos muito preocupados... Onde estão Fred e Jorge? - perguntou Rony dando uma olhadinha rápida em Krum.
- É só seguir o seu pai - disse Harry olhando o Sr. Weasley por cima do ombro de Hermione que estava de pé novamente e se virou imediatamente.
Gina ainda com a expressão medonha e assustada correu em direção ao seu pai, deixando-os outros para trás, Harry teria certeza que se Rony não estivesse namorando Hermione, ele iria também.
- A-Ah, vocês podem ir lá - disse Harry apontando para a cabana - Eu já visitei os gêmeos hoje – falou despreocupado.
Rony olhou para a Hermione com a esperança de encontrar o olhar dela, então a cutucou de lado e disse.
- Vamos?
Ela trocou um olhar rápido com Harry e concordou segurando com firmeza na mão do namorado. E então partiram na mesma direção do Sr. Weasley.
- Ah, você ama ela né? - perguntou Cho para a surpresa de Harry que se assustou com a pergunta, fingindo por um pequeno momento que não entendera nada – Na verdade – acrescentou depois – Você sempre a amou, não foi?
- Pior que sim - disse Harry se virando para Cho - Eu amo muito aquela garota, não acredito que ela ame o Rony, sinceramente.
Cho suspirou e disse ainda grudada nos braços de Krum.
- Por que ela está com o Rony?
Vítor abriu a boca para desviar de assunto, enquanto Harry se adiantou e disse.
- Ela está com raiva da Luna, o que aconteceu entre eu e a Luna e resolveu se vingar de alguma forma.
Cho esticou as sobrancelhas e disse.
- Está escurecendo, acho melhor procurar Leonardo, acho melhor acendermos a fogueira logo, antes que fique mais tarde, Vi - disse Cho se virando para ele e despedindo com um beijinho rápido - Nos vemos mais tarde, tudo bem?
- Ok... - disse Vítor sentando entre as raízes da árvore ali enquanto Cho partia com os cabelos voando ao vento da noite - É complicado né, cara?- disse enquanto apanhava uma folha seca e triturava entre os dedos - Eu amo... eu amo... você sabe quem, né?
Harry entendia perfeitamente bem o que ele estava querendo dizer, ele amava Rony, e no ano passado os dois haviam se beijado uma vez mas o ruivo acabou optando por Hermione, talvez pelo fato de ter gostado dela por vários anos e nunca ter tido esse momento de glória em que ele, alguma vez na vida, sobressaía vitorioso em cima de Harry.
- Entendo, acho que o Rony também sente algo por você, sem brincadeira - disse Harry se sentando ao lado de Vítor.
Vítor jogou as partes trituradas para cima e eles foram caindo lentamente no gramado.
- Você já beijou algum garoto? - perguntou fazendo Harry se assustar com a pergunta.
- Não - disse inseguro e apressado - Nunca tive vontade e nem curiosidade.
- Não? - disse Vítor se virando para ele - Nunca quis tentar? Ah, sei lá... sabe... Quase 70% dos garotos passam por experiências do tipo na adolescência, incluindo as garotas...
Harry se sentiu meio enjoado com aquelas perguntas, queria desviar de assunto, não podia continuar falando sobre aquilo, não gostava de tocar no assunto sobre sentimentos, ainda mais quando se tratava da pior ferida, o coração a quem pertencia à Hermione.
- Nunca quis tentar - disse enquanto olhava para os olhos caramelo de Vítor - Já pensei em fazer, sabe... mas nunca... não é a minha “praia”.
Vítor se virou para Harry, encaixando as pernas entre o garoto sem malícia alguma, apenas porque suas pernas eram muito maiores e Harry estava encolhido embaixo da árvore.
- Por que nunca teve vontade? - e encarou Harry de um modo diferente, estava sendo carinhoso e meigo, e os olhos pareciam brilhar no meio da escuridão tipo estrelinhas que lembravam lanternas.
- Harry... - interferiu uma voz vindo da escuridão que já predominava todo o território. E as duas cabeças voltaram para direção da voz.
Harry se levantou com pressa, batendo as mãos nas vestes fazendo com que a sujeira saísse.
- Quem está aí?
- Sou eu - disse uma voz familiar, logo Harry pode distinguir os cabelos ruivos de Rony - Será que você poderia me deixar falando um segundo com Krum? - Vítor não pareceu surpreso, pelo visto já esperava isso, ou deveria largar a carreira de jogador para virar ator.
- Ok - disse Harry colocando as mãos nos bolsos da blusa - Nos vemos mais tarde – acenou discretamente e saindo depressa.
Rony acompanhou Harry com os olhares e quando finalmente o garoto tomou distância ele se virou para Vítor.
- Desculpa, desculpa - e colocou suas mãos no rosto de Krum.
Vítor arrancou imediatamente jogando as mãos do garoto para trás com olhar de nojo.
- Você decidiu assim, Rony - ele dizia isso com dificuldade, era como se tivesse terminando um namoro de anos - Vá atrás de sua, Her-mi-o-nini.
Rony olhou para trás por um momento e voltou-se para Krum.
- Não Vítor, calma! Você não me entende, não... Você precisa me entender, eu, eu te amo, na verdade – ele próprio havia percebido o quanto tinha ido longe demais, Krum estava parecendo se irritar com mais facilidade.
- Rony, você não percebeu? Acabou entre a gente, tudo! Você está querendo tudo para você. - Krum agora estava segurando Rony pelos ombros, se virou em direção à árvore - Você também está afim de Hermione, mas a sua vontade é ter os dois, ou melhor, NÓS DOIS, não é mesmo? Não acha isso egoísmo da sua parte? Você não acha que está passando dos limites perguntando isso pra mim? Brincar com meus sentimentos de alguém... Me rejeita simplesmente para humilhar o Potter... Você me DISPENSOU – disse quase aos gritos – E ainda saiu com outra na minha frente, não foi? Você sabe o quanto eu me senti ao ver aquela cena de vocês dois juntos? – Krum mantinha o rosto firme e zangado no ar, seus olhos brilhavam em fúria.
“Você fez isso como se eu não tivesse sentimentos, saiu debaixo do meu nariz com Hermionini e esperou o que? Que eu continuasse sorrindo?”
Apesar de tudo, Vítor tinha razão, por um lado Rony queria ter Vítor para sempre, só seu, mas queria ter Hermione também, então, só agora se dera conta de que isso era egoísmo de sua parte. E que não devia realmente ter saído com Hermione se o amava tanto.
- Ví... - disse Rony com meiguice, chateado.
- NÃO ME CHAME ASSIM! VOCÊ NÃO TEM INTIMIDADE PARA TANTO! - berrou se virando para Rony aos berros cuspindo gotículas de saliva.
Rony tentou recuar, mas era impossível, a árvore bloqueava sua passagem, bateu o cocuruto em algum dos galhos pesados e piscou forte, ele olhou trêmulo e com cara de culpa para Krum.
- Eu ... não sei o que dizer - disse Rony ficando vermelho de vergonha – Eu sei que realmente falhei... mas já que...
- Onde você pretende chegar com essa sua chantagem? - perguntou Vítor Krum furioso colocando o pé na frente de Rony antes que fugisse da conversa.
- Não é chantagem!- berrou Rony violento - Só queria que você soubesse... Eu te amo! - Rony começou a caminhar de volta para a cabana, mas Krum o puxou pelos ombros e o empurrou com violência na árvore além de deixá-lo atordoado, e com a visão obscurecida, Vítor disse aos berros.
- E eu ... não te amo mais!- disse Krum olhando bem nos olhos do garoto que sentiu o estômago despencar. Era como se o chão tivesse dispersado e virado escuridão.
Rony olhou para as sobrancelhas de Vítor Krum, sentiu vontade de tocá-las, beijá-las, acariciá-las e ao invés de fazer isso, passou a mão pelo rosto do garoto.
- Tudo bem... é assim que você decidiu... – disse Rony encolhendo os ombros.
- Não... Foi assim que VOCÊ decidiu! – disse com ênfase no “você”.
Imediatamente Krum empurrou os ombros de Rony com mais violência em direção à árvore, como se quisesse derrubá-la, Rony pareceu atordoado, sentiu tudo ficar escuro, iria desmaiar.
As árvores logo atrás começaram a se agitar, como se tivessem ganhado vida, estavam se mexendo de um lado para o outro, Vítor agarrou a varinha e apontou para o local, com a esperança de um javali ou qualquer outro animal inofensivo sair, sem prejudicar ninguém, mas não, as árvores começaram a se agitar mais acima, já não podia mais julgar um porco peludo ou um cavalo, agora poderia jurar que era um humano, mas não, era uma criatura, uma das piores existentes no mundo da magia.
~~
- Harry! - disse Hermione que parecia contente enquanto o garoto entrava na sala e fechava a porta.
- Hermione!- disse Harry voltando às lembranças de volta à realidade (tinha ficado pensando na idéia de como teria sido sua vida se Krum e ele tivesse dado uns pegas embaixo da árvore), envolveu a garota em seus braços frios por estar lá fora.
- Fiquei preocupada mesmo - sussurrou em seu ouvido enquanto o abraçava.
- Obrigado pela preocupação - sentiu uma vontade mínima de chorar, dizer algumas palavras, sentira tanta saudade da garota, nunca sentira tanta saudade dela em toda sua vida. E a apertou com mais força em direção ao seu corpo.
Eles ficaram abraçados assim por um longo tempo, à beira das lágrimas, olhos fechados.
- Harry! Hermione! - disse uma voz entrando na sala fazendo com que os dois separassem para não deixar dúvidas que aquilo era só um abraço amigável.
Era Cho segurando uma bandeja nas mãos. Ela parecia ter feito aquilo de propósito, mas como Harry a conhecia saberia que a garota não iria fazer umas coisas dessas, só se fosse a caso de ajuda.
- Vocês viram o Léo?- perguntou ela corada com as mãos no bolso.
- Não - respondeu Hermione bufando - Ou você está vendo ela aqui? - e amarrou a cara. As duas haviam tido um toque de rivalidade desde o quinto ano quando Harry começou a sair com Cho e ela vivia insistindo que ele amava Hermione.
Cho retribuiu o olhar de desprezo enquanto Harry entrou na frente das duas com rispidez.
- Ele não está aqui, Cho. Como vê – acrescentou vendo o olhar de censura de Hermione pelo canto do olho e os braços cruzados.
Ela sorriu meigamente como se tivesse recebido uma pedrada na cara e não pudesse revidar.
- Ah! Obrigada - girou os calcanhares, saiu pela porta e a fechou com delicadeza.
Hermione voltou a olhar para Harry com a esperança de que ele a abraçasse novamente, mas ele deu as costas e ficou de frente à lareira.
- Estou com medo do que possa acontecer com Fred e Jorge. Juro que estou.
Hermione sentou no sofá ao lado e ficou contemplando o fogo crepitar pela lareira larga e vermelha.
- Eles são fortes, vão sair dessa com facilidade, eu achei melhor levá-los para o St. Mungus, mas sabem, eles não podem ser transferidos assim, do nada, podem piorar.
- Entendo - disse Harry com as mãos nas costas investigando as fotos nas prateleiras, sentindo o ar ficar bem quentinho.
Uma das primeiras fotos havia um homem que aparentava ter seus 50 anos, era bem mais jovem do que o normal, segurava uma garotinha nos ombros, ela sorria e estava com os braços grudados no ombro daquele homem, sem ter medo de cair ou coisa parecida, era Cho e Mestre Xangai.
A segunda foto era uma mulher que aparentava ter uns 20 anos, tinha o cabelo liso e alguns fios rebeldes estavam tampando o seu rosto, Harry pode enxergar com dificuldade uma cicatriz no rosto da mulher, parecia permanente, passou o dedo no retrato como se fosse sentir o corte, era a primeira vez na vida que Harry não via retratos de bruxos parados, sem se mexerem.
- Quem é essa mulher?- perguntou Hermione curiosa agora contemplando suas costas.
- Não sei - disse Harry ainda passando o dedo no retrato sem virar para Hermione - Deve ser... A mãe de Cho? - arriscou.
Hermione agitou a cabeça de um lado para o outro e disse.
- Não sei, pode ser...
Harry deduziu que Hermione já tivesse visto todos os retratos dali, então ele partiu para o terceiro, estava uma moça de cabelos loiros abraçada com um senhor que ainda não era idoso, o vento parecia forte, pois seus cabelos estavam voando, os dois sorriam, Harry recuou um passo.
- Essa... - disse apontando para a foto.
Hermione se levantou e aproximou para investigar melhor, contemplou a foto e disse.
- Essa é a... - ia dizendo Hermione sem ser interrompida por um grito escandaloso que vinha dos terrenos.
- AHH!- Harry e Hermione fixaram os olhos assustados na janela.
- Aconteceu alguma coisa, vem!- disse Hermione puxando de leve a manga de suas vestes e correndo para fora com a varinha na mão.
Harry seguiu Hermione e parou bruscamente atrás da garota ao ver Rony jogado na árvore, praticamente deslizando parecendo uma geléia e Vítor Krum sendo rodeado por uns três dementadores que tinham ligações com fios feitos de vapor com os meninos embaixo da árvore.
Harry preparou sua varinha e também foi atrás deles.
Hermione, pensou, ou melhor, tentou pensar em alguma coisa que pudesse colaborar...
- Expecto Patronum - um veado prateado saltou de sua varinha e iluminou o ambiente, parou em frente a Harry, esperando o comando.
- Vamos! - berrou Harry furioso - Ao ataque!
O veado deu meia volta saltitando e correu em direção aos dementadores, derrubou um por um, logo em seguida, Vítor Krum caiu em cima de Rony, e outras pessoas foram aparecendo como: Sr. Weasley, Cho Chang estavam parados em frente à cabana, assistindo aquilo como se fosse um Campeonato de Quadribol.
- Rony!- berrou Hermione deixando Harry para trás e ajoelhando em frente ao garoto - Acorda!- e deu algumas tapinhas no rosto do garoto que parecia não acordar.
- Vítor - disse Cho e Harry chegando ali ao mesmo tempo.
Harry olhou para trás, o Sr. Weasley parecia com vontade de se matar, primeiro perdera a mulher, agora estava perdendo ao mesmo tempo os seus três filhos, além de ter perdido um deles, Percy Weasley, em uma briga, mas não foi uma perda permanente, fora apenas uma briguinha familiar.
Em seguida, ele desmontou no chão.

-=-
N/A: Obrigado a todos admiradores da Saga que vivem comentando, bom, vou deixar um recadinho básico a todos vocês.
Obrigado aos que comentam e tudo mais, mas a aqueles leitores que comentam assim "Atualiza!" com control + c e control + v, por favor, eu imploro com toda educação, não façam mais isso porque a página fica gigante e carregada, e até mais difícil a outras pessoas para comentarem... Ao invés disso, por favor, deixem um recadinho, nem que dure 3 ou 4 palavras, o que vale é a intenção. Obrigado pela compreensão.

N/A2: Espero que vocês tenham gostado do capítulo e acredito que muito de vocês já tenham reparado na nova capa da fanfic, bom, não sei se ficou legal, ainda prefiro a outra, de qualquer forma, mas acho que estava na hora de atualizar, não é mesmo? Bom, comentem por favor, eu imploro.

Beijinhos =@

Quanto mais comentários; mais rápido postarei o próximo capítulo. xD
beijos =@

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