Premonição



Bem. Tou importunando vcs logo no inicio do cap pois eu li o livro 7, acabei acrescentando um Spoiler dentro das premonições da Jack. Sim, esse cap tem spoiler!
Eu não acho que seja nada tão significativo, mas isso depende do ponto de vista não é mesmo?
Mudando de assunto.
Pra quem reclamou na demora da atualização... DIVIRTAM-SE!
O Cap tah gi-gan-tes-co!
Aaaauhauhauahauhauh!
E pra variar, mais um cap com nome de filme.
hihihihihihi
SJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJSJ

Capítulo5 – Premonição

Snape não se lembrava de quando dormira tão bem sem a poção do ‘sono sem sonho’. Demorara como na noite anterior para pegar no sono, mas no fim havia dormido maravilhosamente bem. Sonhara com uma maldita pantera cor de rosa que o perseguia... Ele sabia que era um resmungão, mas tinha que admitir que fagulhas transformando-se em uma grande pantera era algo que ficava na mente.

Saiu no corredor. O quarto em que Jack dormira ainda estava fechado. Um plano malvado passou por sua mente. Bem... De qualquer forma ele à havia avisado sobre isso.

Preparou-se, usou um feitiço no intuito de abrir a porta... Mas constatou que esta não estava trancada.

Estranho... Bem... Mas ela podia ter se esquecido de trancar... Então Snape testou a maçaneta, girou-a já preparando a varinha. Já podia imaginar-se ao lado da cama observando Jack acordar assustada com um balde de água fria na cara.

Os lábios de Snape torceram-se num sorriso demoníaco quando ele observou na cama um amontoado cumprido de cobertas... Momentaneamente ele estranhou, pois a noite havia sido quente... Porém... A moça era uma maluca... Então aquilo podia ser normal para ela.

Preparou-se. Conjurou um balde de água bem a cima da cabeceira da cama e...

PUXOU RAPIDAMENTE AS COBERTAS!!!

Nada? Como assim? – Pensou em quanto sumia com imenso balde gotejante em um golpe rápido de varinha.

Olhou à volta temendo ser pego de surpresa... Mas o quarto estava vazio... Na verdade, parecia estar da mesma forma que Jack havia deixado no dia anterior.

Empertigado ele foi até o banheiro e escutou. Ninguém no banheiro também. Decidiu descer as escadas.

Ao virar para o segundo lance de degraus ele vislumbrou Jack deitada desajeitada e encolhida sob o tapete da sala.

Num primeiro momento, com um salto no coração, ele achou que ela pudesse estar morta. Mas logo viu que ela respirava.

Agora Severus tinha certeza de que ela era maluquinha.

Com o pé ele cutucou as costas da moça para acorda-la.

- Ahhhhhhhh... – Ela se virou para cima e se esticando um tantinho. – Arrrrgghhh – Ela gemeu dolorida.

- Você certamente sofre de algum problema mental. – Snape disse com repudio.

Jackeline sentiu o ódio fluir ácido nas veias. Havia aprendido a lição do dia anterior, de não tentar lutar com o feitiço para depois não ficar com câimbras, porém, depois de muito tempo deitada imóvel (pois Snape demorara à dormir), sentiu o sono chegar e se entregou. Desta forma, nem percebeu quando o feitiço de Snape havia acabado.

Levantou-se tocando dolorosamente as costelas. Foi à cozinha mancando, e em cima da geladeira pegou um frasquinho. Abriu-o pegou algumas pílulas e jogou pra dentro da garganta. Abriu a torneira da cozinha e com a mão mesmo tomou água para fazer as pílulas descerem.

Snape só observava os estranhos hábitos da moça. O mundo de Jack não era o mesmo que ele compartilhava, e isso o intrigava.

Jack tomou as pílulas para dor de cabeça e muscular e passou por Snape dando-lhe uma ombrada. Snape reagiu rapidamente pegando-a pelo pulso. Ele não era homem de ser afrontado.

Jack sentiu-se sendo puxada. Com sofreguidão ela voltou-se para o homem em quanto apertava dolorosamente o ombro sobre o qual havia dormido.

- ME LARGUE! – Ela gritou.

- Não – Snape disse calmo.

- ME LARGUE AGORA! VOCÊ NÃO TEM O DIREITO... – Ela reclamou histérica arrancando o próprio braço da mão forte de Snape.

Era vexame de mais para ela. Mesmo que Snape tivesse salvo Dumbledore da santa inquisição, de terroristas afegãos, da ilha de LOST, do quinto dos infernos! Ela não relevaria o que estava sentindo. O homem tratava-a como um verme. Então ela também o trataria dessa forma.

- Eu não tenho culpa de suas sandices – Disse Snape perigosamente calmo.

- Não tem? Demorou muito à dormir ontem ‘bela adormecida’? – Jack disse com o sarcasmo e o ódio mortal gravado em cada silaba.

Snape arqueou uma sobrancelha. Logo a compreensão o atingiu. Ele demorara à dormir... E ela devia ter caído no sono antes do termino do feitiço...

Jack sorriu amarga e debochada ao ver que Snape havia compreendido que ela dormira no chão da sala por causa dele. Esperou um pedido de desculpas... Pedido este que nunca veio.

- A culpa é da senhorita por ter caído no sono.

“HOMEM TEIMOSO!” – Jack pensou com uma bufada. Virou-se e saiu. Ela sabia que não adiantaria discutir que ele não deveria ter deixado-a jogada no chão da sala. Então subiu para o quarto, e logo em seguida trancou-se no banheiro.

Snape sabia que estava errado. Mas nunca pediria desculpas para uma mulherzinha como Jack. Ela não valia. Na verdade nenhuma ‘outra’ mulher valia a não ser a...

Ele suspirou e tentou empurrar as lembranças para o fundo da mente.

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Snape sentou-se em um grande sofá, cheio de almofadas. Aquele seria efetivamente o primeiro dia de aula. Ele teria muito que ensinar à Jack, e sentia-se cansado só de pensar na inépcia que, muito provavelmente, a mulher tinha para magia.

Um bom tempo depois, Jack apareceu nas escadas.

- Muito bem – Disse Snape. - Acho que primeiro precisamos de um café da manhã.

Jack deu de ombros e saiu pela porta da sala, sem dar atenção ao homem em sua casa.

Snape levantou-se em um salto, e saiu atrás da moça.

- Hoje será nossa primeira aula! O que pensa que está fazendo? – Disse ele quando finalmente a alcançou.

- Estou indo tomar meu café da manhã. Disse a moça sem voltar o rosto para o homem que não parava de observa-la. – Ou você se esquece que não comemos nada ontem?

A referencia da moça às refeições que não haviam tido, fez Snape dar uma bufada irônica. O que deixou Jack definitivamente mais furiosa com o homem.

Logo ela entrou em uma portinha de um café que possuía uma vitrina com alguns doces e bolos, onde havia uma inscrição em forma de arco que dizia: Sweet Love.

- Senhorita Rich. Temos um tempo apertado. Logo começaram as aulas em Hogwarts, e eu não mais terei tanto tempo livre para ensina-la! – ele disse a ela baixinho e em tom de reprimenda.

Porém, Jack ignorou-o e aproximou-se do caixa.

- Cadê a Shaquira? – Ela perguntou ao rapaz.

- Olá Jack... Shaquira foi pegar um pedido na cozinha. Mas... O que vai ser hoje?

- Um capuccino grande, e um croissant... Na, não. Dois. Um de chocolate e outro de queijo.

- E para seu amigo? – O vendedor perguntou com sobrancelhas maliciosas levantadas.

- Que amigo? – Jack perguntou alheia.

- O moço alto, todo vestido de negro que entrou com você Jack.

- Para ele... Vejamos... Será que você tem café preto com arsênico? Ou então brioche de striquinina? – Jack perguntou séria ao vendedor, que gargalhou despreocupadamente.

Snape não havia perdido a piada que Jack fizera sobre venenos... Mas não ousou comentar. Tinha uma resposta na ponta da língua, mas temeu que a moça impetuosa começasse uma discussão com ele, pois em público ele não poderia cala-la com um feitiço.

- Vou para minha mesa – disse Jack ao moço do caixa. – Peça à Shaquira para me trazer o café, sim? – Ela completou.

- Certo – Respondeu o caixa voltando aos afazeres.

Jack sentou-se em uma mesa no fundo do café. Snape acompanhou-a, e quando ia se sentar Jack interveio:

- Desculpe, mas este lugar está reservado.

Snape fez uma careta de poucos amigos e foi para o outro lado da mesa ( que possuía 4 lugares).

- Desculpe, mas este também está reservado. Alias, todos os lugares desta mesa estão. – Ela disse com um olhar faiscante, que por alguns momentos lembrou à Snape os olhares de Dumbledore.

- É mesmo? Eu não sabia que a senhorita havia combinado de tomar café da manhã com alguém, visto que nem ao menos teve tempo para contatar nenhum amigo e avisar que havia se mudado para o outro lado da cidade... – ele disse malicioso. – Bem...mas acho melhor não contraria-la... sabe o que dizem... – Snape ia continuar, mas Jack sorria de orelha à orelha, dando pequenas olhadas para a porta, como se estivesse em contagem regressiva.

Os sininhos da porta de entrada do café tocaram alegremente atestando que alguém acabara de adentrar à loja. Snape voltou o pescoço para o lado, e pode observar três rapazes de ótima aparência olharem em sua direção.

Logo um deles estava acenando. Snape sentiu-se confuso, olhou para Jack e viu que a mulher safada ria desavergonhadamente para os rapazes.

- Oi Jack que coincidência! Tem lugar pra gente? – Perguntou o rapaz moreno que havia acenado.

- Oi Tomy! Que felicidade te encontrar aqui hoje... Sabe como é, o ambiente está pesado... – Jack disse enigmática.

Logo ela estava em pé cumprimentando com beijos e abraços os três rapazes que correspondiam animados.

- Ahhh... Está ocupado? – Um rapaz negro perguntou para Snape tocando o encosto da cadeira a qual Severus encontrava-se em frente.

- Claro que não Phill. Pode sentar. Este ‘senhor’ – Jack frisou a palavra ‘senhor’ – está na outra mesa.

Phill olhou com curiosidade para Snape. Achou que o homem sinistro vestido de negro parecia querer enforca-lo com os olhos. Então sentou-se, mas sempre dando pequenas viradas de rosto para vigiar o homem ‘narigudo’.

- Ei, você não foi mais cantar... Que aconteceu? – Perguntou o rapaz de cabelos espetados que até então mantinha-se calado.

- Estive ocupada com alguns casos. – Jack respondeu desinteressada. – Mas vou aparecer por lá... Talvez esta noite o que acha?

- De mais... – Respondeu o moço.

“Grande inteligência”- Pensou Snape. Que tipo de pessoas eram aquelas afinal? Um bando de panacas isso sim! – ele considerou agora sentando-se raivoso na mesa ao lado.

Alguns minutos haviam passado até que um rosto conhecido para Snape apareceu: Shakira. O rapaz que havia lhe dado sopa na boca...

Snape bufou. Agora não faltava mais nada!

Shakira, como era de se esperar, não o reconheceu. Na verdade, nem tomou conhecimento de sua presença. Apenas trouxe o pedido de Jack, conversou um pouco com ela e os rapazes, e depois anotou o pedido de Snape e voltou para cozinha.

Uma hora depois de risos escandalosos e cochichos de Jack ao pé do ouvido de um dos rapazes impertinentes, e Snape já estava em seu limite. Levantou-se, e sem o menor tato postou-se ao lado da mesa de Jack e falou imperativo:

- Senhorita. Se não acabar logo com isso e me acompanhar, tenha a certeza de que sofrerá as conseqüências!

Jack olhou-o ligeiramente divertida.

- Quem você pensa que é ‘sebozinho’? – Ela falou sorrindo com os lábios e odiando com os olhos – Você não manda em mim. Nunca vai mandar...

O queixo de Snape caiu. Como ela se atrevia a falar-lhe daquela forma? – Ele pensou indignado. Ele era um professor horas! Um agente duplo! Um ex comensal. Na verdade, impunha respeito também pela duvida que muitos tinham de que ele continuava sendo um agente para o lado das trevas. Ele já havia matado, torturado quando jovem! Será que ela não perceb...

E de repente a realidade o atingiu: NÃO, ELA NÃO PERCEBIA! CLARO QUE NÃO! Ele realmente não era ninguém para ela. Ela era adulta. Ele não tinha o poder de expulsa-la de escola nenhuma. E nem podia dar detenções. Ela não o respeitava. Ela nem mesmo o temia. Ela não sabia de seu passado escuso... E aquilo era... era... Algo que a muito tempo ele não sentia: Ser tratado como uma pessoa normal.

Os rapazes na mesa estavam agora em pé com uma postura ameaçadora, como se estivessem muito propensos à usar força física contra Snape.

Snape recuou ao ouvir barulho de dedos estralando. Ele seria capaz de acabar com aqueles três babacas com apenas um movimento de varinha, mas não podia. Leis de sigilo de magia, ética e blá, blá, blá...

Então limitou-se a colocar um punhado de moedas trouxas na mesa em que tomara seu café preto, e saiu batendo a porta com tamanha força, que fez vibrar a parede.

Todos arregalaram os olhos, inclusive Shaquira, que anotava o pedido de um casal perto do balcão.

- O que significa isso Jack? Quem era aquele homem?– Perguntou Shaquira com um sorrisinho cínico.

- Ah... Ele... Bem... Ele é meu tutor entende? Está aqui para me dar aulas sobre... – Jack falseou – Bem. Ele é britânico, daqueles sisudos e tradicionais saca? – Jack falou incerta.

- Você não está um pouco velha para ter um ãhhh... Tutor? E o que ele deve te ensinar? Boas maneiras? – Perguntou um dos rapazes de forma divertida.

- Ah não... Negócios de família – Jack falou e observou os colegas calarem. Seus pais adotivos haviam morrido a pouco tempo, o que deixava as pessoas temerosas em magoa-la ao puxar o assunto.

- Mas Jack. Eu pensei que seu pais haviam deixado um administrador para... bem... você não tem exatamente talento para negócios não é? Você é uma investigadora... quer dizer... – Shaquira tentava entender confusa.

- Bem. Vocês sabem que fui adotada... E... recentemente eu fui contatada por um senhor(ela pensou em Dumbledore nesta hora)... – Jack não sabia como explicar sua ligação com Snape como seu tutor. Então optou por uma meia verdade. – Este senhor agia por intermédio de meus pais biológicos... E bem... Ele veio me dizer que eu havia herdado um negócio de família. Então eu estou sento treinada para entender um pouco sobre este ‘negócio’. E o senhor Snape. Este homem “gentil” – Ela disse com escárnio – Foi resignado para me treinar.

- Mas Jack... Por que seus pais biológicos deixaram você? Bem... Se eles tinham dinheiro... quer dizer... – Shaquira sentia-se em terreno vulnerável. Mas não conseguiu se conter e teve que perguntar estas coisas à Jack. – Eles poderiam ter criado você não é?

- Eu não sei Sha. Só sei que tenho estes negócios pra cuidar a partir de agora. – Jack disse rapidamente. E continuou:

- Eu ainda tenho muito que investigar e aprender sobre muita coisa. E acho melhor ir. Quanto mais cedo eu aprender mais cedo eu me livro do sebozinho. – Ela cortou o papo para evitar mais perguntas.

- Certo então. - Disse Shaquira. Ela ainda não estava satisfeita. Notara que uma energia diferente rondava a relação entre Jack e seu tutor. Sabia que ainda não era nada... Mas do jeito que as coisas pareciam se desenrolar, não demoraria muito para que Jack se apaixonasse. Shaquira conhecia Jack mais do que ninguém, e sabia que a moça tinha uma queda por tipos ‘malvados’. E o homem de negro possuía uma beleza exótica e agressiva, o que com certeza aguçaria o instinto de desafio de sua amiga.

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Jack havia conseguido fazer com que seu tutor percebesse que era menos do que nada para ela. E estava muito alegre agora.

“Bem feito para ele” – pensou. O que será que se passava na cabeça oleosa daquele impertinente? Será mesmo que ele se achava superior à ela? Será que ele era um homem importante de onde veio? Só podia ser... Afinal, ninguém agiria como um arrogante se não tivesse algum tipo de influencia... Agiria?

Ela chegou em casa imersa em pensamentos e suposições. Encontrou Snape sentado examinando um livro de capa negra e folhas amareladas.

- Pensei que passaria o dia todo comendo senhorita Jack – Disse Snape sem tirar os olhos do livro.

Jack sentiu as bochechas arderem e a raiva fluir. Aquele homem amaldiçoado sabia como tira-la do sério. Poxa! Ela não era gorda! Podia estar cheinha... mas estava muito distante de ser gorda!

- E eu pensei que depois de quase dois dias, o senhor tomaria um banho e lavaria o cabelo. – Ela disse com um sorrisinho cínico.

Snape sentiu-se corar. Levantou-se indignado, jogou o livro sobre a poltrona, e colocou-se a frente de Jack.

Snape era muito mais alto. Jack viu os olhos negros do homem se estreitarem ameaçadores. Mas ela não tinha medo. Então colocou as mãos nas cadeiras com força, empinou o nariz e sustentou o olhar que Snape lhe dava. Forçou sua mente para prever os próximos movimentos e falas de Snape e se preparar para rebater.

°FAST°- Snape olhando-a, apertando o cabo da varinha, desistindo da ação, amolecendo as feições derrotado, afastando-se, falando: – Vamos, hoje tenho muita coisa para lhe ensinar...°

Snape pensou em atacar Jack com uma azaração. Chegou a pegar o cabo da varinha, mas desistiu. Então disse:

- Vamos, hoje tenho muita coisa para lhe ensinar...

Jack sorriu. Mas uma vez certa... De repente sua mente nublou. Ela pendeu para frente e só pode agarrar-se as vestes de Snape.

°°°VERTIGINOSAMENTE°°° - Gritos, um homem louro se contorcendo no chão como se estivesse sentindo as piores dores do mundo... Snape e uma mulher loura de olhos marejados ajoelhada em frente à um Snape irredutível em uma sala mofada e velha, ambos observados por uma outra mulher de feições brutas e cabelos crespos e negros ... Snape em frente à um ser hominídeo pálido com olhos vermelhos e narinas de fenda e a mesma mulher de feições brutas rindo de forma aterradora (((TRAIDORRR))) A mulher morena gritava entre gargalhadas ... um garoto de cabelos espetados e olhos verdes com o rosto sujo de sangue acompanhado por uma moça jovem do outro lado de um grande portão...°°°°

- SENHORITA RICH!!! – Snape gritou pela terceira vez chacoalhando a mulher loira agarrada a ele. Ela tinha os olhos arregalados movendo de um lado para outro numa velocidade assustadora. – SENHORITA RICH!!!

°°°°VERTIGINOSAMENTE°°°° o garoto de olhos verdes ao lado de um garoto louro empapado de sangue em um banheiro... Dumbledore sentado em uma cadeira que mais parecia um trono conversando não mais com uma mão negra, mas com todo o braço e parte do pescoço também agourentamente negros... Centenas de pessoas padecendo frente ao homem-réptil... O garoto de olhos verdes caindo ao chão e levantando-se novamente depois de receber um feitiço de luz verde. ...°°°°

Jack havia agarrado Snape pelo colarinho, estava ficando cada vez mais vermelha, os olhos correndo de um lado a outro nas órbitas. As veias do pescoço e da testa da moça estavam saltadas como se estivessem por explodirem devido ao fluxo rápido de sangue que o coração bombeava estupidamente acelerado. Sangue havia começado sair pelas narinas da moça, e quando Snape desgrudou as mãos da mulher de sua roupa os nos dos dedos de Jack estavam brancos, de tanto que ela apertava as mãos cerradas, cravando as unhas agora na própria palma.

°°°°VERTIGINOSAMENTE°°°° Dumbledore desfigurado, com quase todo corpo corroido e negro. MORTO! ...Mais pessoas morrendo, o garoto caindo novamente e novamente se levantando. E mais uma vez o garoto perecendo e voltando... cidades em chamas... Snape fugindo de homens mascarados... Snape acordando de pijama no meio da noite apalpando uma tatuagem negra de um crânio com uma cobra saindo pela boca... O garoto caindo e novamente se levantando... Snape gritando coisas que ela não conseguiu distinguir com o rosto marcado pela dor diante do homem-cobra°°°°.

Snape sentiu-se apavorado. Não sabia o que fazer. Jack estava tensa. Todos os músculos do corpo dela pareciam pedra. Deitou-a no chão. Observou-a. Nariz sangrando, rosto pálido e olhos em movimentos vertiginosos. Ele afastou os cabelos louros da face da moça, e com pavor notou sangue saindo também do ouvido dela.

Ele não sabia o que estava acontecendo, mas teria que parar. Então realizou um feitiço de estuporação para desacorda-la. Ela amoleceu deixando as mãos penderem para o chão. Sem respirar, sem pulso...

Snape sentiu o desespero apoderar-se de seus sentidos.

- ENERVATE! – Ele ordenou o feitiço com a varinha.

O peito de Jack pulou. Snape observou sentindo o pavor gelar-lhe as mãos. Uma golfada ruidosa de ar. A moça parecia respirar. Por um momento ele achou que ela morreria.

Então aconteceu: Ele não mais via os olhos da cor do céu. Eles estavam virados. Apenas o globo branco dos olhos da moça podia ser visto. Lábios sem cor movimentaram-se, e um timbre de voz profundo se fez ouvido:

- (((O mago branco fenecerá nas chamas invisíveis do mal negro que já o corroe, fraco e vencido, vendo o garoto protegido pelo sacrifício descobri-se imortal junto ao Lord negro. E assim se iniciará um ciclo secular de sangue e dor liderado pela tirania e insanidade do Lorde das trevas, e pela determinação coragem e invulnerabilidade do garoto resguardado pelo sangue protegido que dele foi roubado.))) – Jack falou com a voz grave e logo em seguida caiu desmaiada.

Snape sentia-se congelado. Aquilo era uma profecia. Sem duvidas uma profecia! A mais terrível e aterradora. Não sabia o que fazer. Sem duvida sabia sobre o que a primeira parte da profecia falava: Dumbledore morrendo devido à maldição do anel. Mas o que significava o resto? Sem duvida o garoto referido se tratava de Potter... Mas não podia estar certo... Não podia!

Não. Não pensaria sobre isso agora. Correu para o cômodo de cima e pegou um velho espelho.

- Dumbledore! – Ele chamou com urgência.

Dumbledore atendeu. Ao ver o rosto de Snape esboçando claro pavor, ele, que estava nas imediações do ministério da magia, desaparatou rapidamente para Nova York. Em frente a soleira da porta de Jack.

Snape abriu a porta com um golpe de varinha, e finalmente Dumbledore observou a cena:

Snape estava de joelhos amparando a cabeça de Jack, que pendia mole em seu colo. Sangue rubro escorria das narinas e dos ouvidos da moça, que estava pálida como a morte.

- Dumbledore – Disse Snape – Ela fez uma profecia. Veja. – Disse ele mantendo o contato visual com o bruxo de vestes púrpura para oferecer as lembranças recentes.

- Legilimens – Disse Dumbledore. E avançou alguns minutos no passados na mente de Severus.

Minutos depois o velho estava ajoelhado ao lado de Jack, acariciando os cabelos louros da moça desacordada. Snape observou o velho limpar o sangue do rosto de Jack. Ele parecia mais velho e cansado do que jamais esteve anteriormente. Mas mesmo assim tinha um sorriso nos lábios.

- Estamos perdidos Dumbledore. – Disse Snape amargurado.

- Severus... Profecias só existem se acreditarmos nelas. Se seguirmos os caminhos da vida...

- Mas senhor... Isto é... Terrível. Sabemos o que aconteceu quando revelada a profecia de Potter e o Lorde das trevas. E o senhor parece... Feliz! Isto para mim é uma desgraça!

- Pelo contrario Severus. Agora eu sei mais do que nunca o que devo fazer. Sei qual caminho seguir. E você filho, terá papel primordial! Lembra-se do pedido que eu lhe fiz no início das férias de verão dos estudantes?

- Dumbledore. Que insanidade! O que aquilo pode ter a ver com todo o sangue que será derramado!

- Você está recuando em sua palavra? – Dumbledore perguntou com uma aura ameaçadora.

- Você espera que eu... Isso é... Eu já manifestei o que penso antes... eu...

- Você não vê Severus Snape! Que pela profecia você não teve coragem de realizar o que eu lhe pedi?! Não vê o que está claro e límpido?! Saiba Severus, que se você não cumprir sua promessa, este futuro estará certo! E esta profecia tão correta quanto a inutilidade de pó de flú em forno microondas!!!

- Sem pressão... – Snape disse para o vento.

Dumbledore ignorou o comentário sarcástico e fez um feitiço para limpar os cabelos manchados pelo sangue das orelhas de Jack, e reanima-la do desmaio.

A moça arregalou os olhos de uma vez. Olhou para Dumbledore, e sem a menor cerimônia agarrou-lhe o braço cuja mão encontrava-se mortalmente ferida.

Dumbledore olhou-a ligeiramente assustado.

- Isso – disse a moça. – Isto irá lhe matar!

- Não Jack. Não irá. – Disse Dumbledore.

- Eu vi! E quando eu vejo coisas irremediáveis, eu sei! Você não pode fazer nada para se curar! Esta doença irá mata-lo!

Dumbledore olhou para o rosto pálido da mulher esboçando um vinco entre as sobrancelhas grisalhas. Como a moça podia saber? Ela estava se lembrando da profecia? Mas como? Geralmente bruxos que fazem profecias não lembram das próprias profetizaram.

- Jackeline... Você... Lembra de algo que você disse à Snape? – Perguntou Dumbledore.

- Eu não disse nada ao professor Snape. – Jack falou simplesmente. Mas logo que seus olhos azuis caíram sobre o homem de negro, ela se lembrou do sofrimento ao qual ela o vira passar. Então sentou-se e num ímpeto levou as mãos cada uma para um dos lados do rosto de Snape e enterrou os dedos nos cabelos negros do homem, puxando-o pela nuca para um abraço.

- Isso não pode acontecer. Você não merece. – Ela disse, ao que pareceu à Snape uma frase solta.

Snape sentiu-se confuso. A moça havia ensandecido? Ele permaneceu com os braços estáticos, sem saber o que fazer. Por um segundo insano ele ainda levantou levemente as mãos no intuito de retribuir ao carinho inesperado. Mas parou.

Sentiu o peito de Jack soluçar contra o dele. Algo úmido e quente em seu pescoço junto à um soluço sôfrego denunciou que ela chorava. Snape estava confuso... O que estava acontecendo?

Jack aspirou profundamente com o nariz enterrado entre os cabelos de seu tutor, fazendo com que este se arrepiasse. Aquele era um tipo de contato ao qual ele não estava acostumado.

Jack considerou que Snape era um homem rabugento, mas (e agora ela tinha certeza) era um ser humano bom. E pelo que ela havia visto, o homem amargava uma convivência perigosa com um monstro. Sim. Aquele monstro com feições de réptil. O que seria aquela coisa que se revelou fonte de tanta dor e sofrimento?

Snape agora olhava para Dumbledore com confusão. E o velho bruxo apenas sorria fazendo uma cara de desentendido.

Afinal algo podia estar nascendo – pensou Dumbledore. E se fosse verdade, isso seria tão bom para seu mestre de poções... A moça certamente poderia romper a barreira fria de tristeza culpa e desilusão de seu amigo... Vencendo as divagações, Dumbledore perguntou à Jack:

Jack. Me conte em detalhes o que aconteceu.

– Eu apenas vi o futuro. Não sei como... Bem... As vezes isso acontece comigo... - ela falou aos soluços de costas para Dumbledore e ainda aconchegada em Snape - Uma vez eu salvei minha avó de um atropelamento dessa forma. Eu tentei prever o que ela iria me dizer a seguir, e minhas visões saíram fora de meu controle... – Ela falou agora tomando consciência do que estava fazendo, e se afastando envergonhada e vagarosamente de Snape.

- E você à salvou não? – Perguntou Dumbledore ignorando a situação constrangedora que Jack e Snape estavam dividindo, um olhando para o outro com receio de falar qualquer coisa.

Jack afastou-se mais um tantinho, tirando as mãos dos cabelos de Snape e voltando-se para Dumbledore.

- Sim... – disse Jack desconfiada. - Ela ficou assustada sabe? Achou que eu estava tendo um ataque epilético na hora... Ela ficou desesperada e foi atrás de um médico para mim... Disse que eu falei coisas estranhas também, mas... Bem. Eu não me lembro... Mas eu sabia que o que eu havia visto era uma previsão. Então passei os dias ao lado dela, vigiando. Até que o momento chegou, e eu estava perto para puxa-la para a calçada quando o acidente iria acontecer...

Dumbledore olhou para Snape com ar de triunfo. Snape retribuiu o olhar, mas ligeiramente desconfiado.

Jack olhava a interação entre os homens.

- Não – ela disse – Não. Não é a mesma situação – Ela falou desesperada. O Senhor não entende? Minha avó não estava doente. Ela iria sofrer um acidente. Era algo ao qual eu podia intervir. Não era como sua situação. Ela tinha chance de sobreviver. Se eu tivesse previsto um câncer nela, eu não teria como ajuda-la. Você entende?

- Entendo Jack. E eu sei que o que tenho é irremediável. Mas pretendo não amargar até que este mal me consuma. – Dumbledore falou olhando profundamente para Snape.

- Não. O senhor não está entendendo... O senhor só não sofrerá com isso se o senhor morrer antes e... – Ela ia continuar falando, mas Dumbledore olhou-a com um ar revelador. E neste instante ela soube: O velho pretendia morrer antes.

Jackeline sentiu os olhos encherem-se de lágrimas. Impetuosamente abraçou Alvo Dumbledore, que diferente de Snape, aconchegou-a com um abraço.

- Está tudo bem querida. Está tudo bem – ele à confortou.

Jack suspirou.

- Eu já lhe disse uma vez... – Ele tentou dizer, mas Jack interrompeu-o:

- Sim, Sim, A morte não é o fim. Mas o que eu faço até o momento de encontrar com o senhor e meus pais novamente? – Jack sentia que o bruxo ancião já era parte dela. Então seria mais uma perda em sua vida.

- Viva. Viva e seja feliz. – Dumbledore respondeu.

Snape os observava. Pareciam dois dementes falando sobre insanidades. A morte era o fim! As pessoas deveriam viver enquanto podiam. E sobreviver, no caso daqueles que como ele carregavam o fardo da culpa e do remorso. Pois se a morte não era o fim, então por que lutar por um mundo podre? Não... Não estava certo – ele considerou. Dumbledore é que era muito sonhador. A morte É O FIM – Snape concluiu.

- Muito bem Jack. Acho que devemos falar à sós. – Disse Dumbledore.

- Por quê? – Perguntou Snape indignado.

- Creio que você ainda não esteja pronto para saber sobre determinadas coisas a respeito do futuro Severus.

Snape bufou de raiva. Quem aquele velho pensava que era? Ele havia ouvido a profecia de Jack, então por que não compartilhar das conversas entre o velho e a moça? Mais segredos?

- Você não confia em mim. – Snape disse.

- Não é questão de confiar filho. Acho apenas que você ainda não está pronto para entender o que se passa. – Dumbledore falou à Snape, e em seguida dirigiu-se à Jack:

- Vamos querida. Acha que pode levantar?

Jack apertou a têmpora. Sentia muita dor. Mais dor do que jamais sentiu.

- Acho que posso falar sobre o que vi. – ela disse tentando se levantar.

Jack e Dumbledore subiram para um dos quartos.

Jack sentou na macia cama de casal. Dumbledore puxou uma banqueta que se encontrava num canto do quarto e sentou-se em frente a mulher. Um rápido feitiço de Legilimencia, e ele examinou a mente de Jack. Via as premonições (agora parte das lembranças de Jack) a respeito do futuro do mundo bruxo. Era claro que todas as visões foram feitas da perspectiva do futuro de Snape. Era estranho, e muito perigoso o fato da moça ter em suas lembranças as visões que culminaram na nova profecia.

Agora Jack já conhecia em parte Voldemort. Havia muito o que explicar à mulher. Com pesar Dumbledore chegou a conclusão que provavelmente não conseguiria proteger Jack de possíveis encontros com Voldemort. Ela teria, assim como Snape, que ser sacrificada pelo bem do mundo bruxo e se infiltrar no mundo dos comensais. É claro que ela não precisaria se tornar uma comensal, mas precisaria manter as aparências. Voldemort a queria ao seu lado, e se ela não se apresentasse isso seria um golpe na confiabilidade do disfarce de Snape.

Além disso, o que Jack vislumbrou, deu ao bruxo ancião um panorama do que realmente deveria fazer. Lucius sendo torturado, Narcisa procurando Snape para fazer-lhe um pedido, Belatrix chamando o Severus de traidor na frente de Voldemort furioso, Harry ao lado de Draco Malfoy ensangüentado num banheiro de Hogwarts... Harry morrendo e voltando várias vezes...

Mais do que nunca ele sabia que o que deveria fazer tornaria o caminho de Harry tortuoso e difícil, mas seria necessário. E Severus... Severus, seu querido amigo teria que ser apartado de muita informação. Não seria seguro que outra pessoa alem dele mesmo soubesse o que significava as premonições de Jack. Nem mesmo Jack devera saber o significado das coisas que havia previsto. – Dumbledore considerou.

- Jack – Dumbledore chamou a moça que parecia ter o olhar perdido.

- Sim? – Ela disse sôfrega. Sentia muita dor na parte frontal da cabeça.

- Você terá que se esforçar mais do que nunca. Terá que re-aprender a ser bruxa. E essas lembranças... Você terá que me prometer não contar nada sobre elas ao professor Snape.

- Tudo bem – Disse Jack alheia.

- Não Jack. Isso é mais serio do que você imagina – disse Dumbledore aparando umas das mãos que Jackeline mantinha sobre o próprio colo. – Prometa-me. – Dumbledore falou buscando os olhos da moça. Ele sabia que a relação de Snape e de Jack iria se estreitar. À muito seu professor não mantinha contato tão intimo e contínuo com uma moça, e se o que ele imaginava realmente acontecesse, ele sabia que Jack não hesitaria em contar qualquer coisa à Snape se fosse questionada. E Severus por sua vez possuía uma astúcia fora do comum. Então o que parecia desconexo e simbólico na profecia, através das premonições de Jack poderia ser interpretado corretamente pelo mestre de poções.

Jackeline suspirou. Algo parecia incerto... Mas por fim concordou.

- Eu juro que não contarei nada à ele. Mas... Por que tanto segredo? E-eu sei que o professor Snape é um homem confiável. E sinto isso...

- Eu também sei Jack. Ele já sofreu muito. Muita coisa aconteceu com o professor Snape. Acredito que a senhorita não saiba, mas Severus já vez parte dos arregimentados de Voldemort. Aquele ser que a senhorita viu em suas premonições. E ele ainda tem um contato muito próximo com o Lord das Trevas. Ele á um agente duplo.

- Deus... Mas o que o fez mudar de idéia? – Jack perguntou.

- Isso eu não posso lhe contar. É um segredo de Snape, que ele não deseja dividir. Talvez a coisa mais nobre nele... E ele deseja esconder.

- Jack – Dumbledore chamou mais uma vez. – Eu lhe darei aulas de oclumência. – Ele não podia correr o risco de deixar Snape saber mais sobre aquele assunto.

- O-o que é isso? – A moça perguntou.

- É uma forma de você proteger sua mente de invasão externa. – Explicou o velho.

- Como? – Jack estava confusa... Quem iria querer invadir sua mente? E como isso seria possível?

- O que você viu é muito importante. E aquele ser que você viu em suas lembranças, Voldemort, é um grande Legilimens e... O professor Snape também.

Jack arqueou uma sobrancelha.

- O Senhor Snape que se atreva! – Ela falou raivosa ao velho.

Dumbledore riu.

Jack agora estava mais relaxada... Mas algo ainda a perturbava. Aquele ser ofídico que havia visto, e que era chamado de Voldemort... Só em pensar ela sentia um arrepio.

- Senhor... Como pensa modificar o que eu previ... Eu não entendo... Não consigo achar um modo lógico para vencer este tal de V-voldemort. O senhor vai contar para aquele garoto sobre o que vi no futuro?

Dumbledore olhou-a seriamente.

- Não posso Jack. Se eu contar, Harry não fará o que precisa fazer de todo o coração.

- Mas senhor... Como pode... Ele precisa saber e... – Jack tentou, mas foi interrompida:

- Jack. Eu sei o que estou fazendo. – Dumbledore falou de forma grave. – Ninguém pode saber sobre isso. Eu tenho em mente o que deve ser feito agora. E se quer saber, nem mesmo você deve compreender os vislumbres de futuro que teve em suas premonições.

- Mas isso é manipulação! – Jack contestou.

Dumbledore entristeceu.

- Eu sei Jack. E sei que isso irá magoar muita gente... Você já esta magoada não é? – Ele perguntou.

- Talvez um pouco... Mas confio no senhor – Ela disse finalmente – Só acho deve tomar cuidado, e que não pode se deixar levar achando é superior. – Ela falou e emendou logo em seguida quando Dumbledore abriu a boca para falar: - Por que como um homem sábio falou uma vez: Aquele que luta com monstros deve tomar cuidado para não se tornar um deles. Quando se olha muito tempo para o abismo, o abismo olha pra você.¹ – Jack completou

Dumbledore considerou as palavras finais da moça. Ela tinha razão. Ele deveria tomar cuidado para agir de forma humilde. Ele sabia que possuía certa fraqueza no que tangia o poder.

Guardou as palavras sábias que mulher havia dito sem pretensão, e passou o resto da manhã explicando a ela muito sobre os conflitos bruxos. Falou-lhe sobre Harry, e sobre a missão do garoto (tomando o cuidado de excluir os pontos importantes). Jack ficou espantada de que um menino tivesse tanta responsabilidade. E com a chegada da tarde, ele chamou Dobby, e pediu que este trouxesse almoço para três pessoas de Hogwarts.

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Snape estava impaciente. Não sabia por que ele, que estava a tanto tempo envolvido com a guerra, e que tinha ouvido a profecia da boca de Jack, não podia compartilhar das mesmas informações.

Jack por sua vez, apenas ficou espantada com o pequeno elfo. Os olhos grandes e aquosos do pequenino deixaram-na bestificada. Ela não agüentou a vontade de pegar o ‘bixinho’ (que em sua opinião parecia um Gremilin*), e afagou-lhe atrás da orelha, deixando Dobby constrangido, e arrancando sorrisos de Dumbledore.

Alem disso, ela estava plenamente satisfeita com o farto banquete que o ‘coisinha fofa e esquisito’ tinha trazido para eles.

- Ai... a muito tempo eu não comia tão bem – Ela disse pousando as mãos no ventre após a refeição principal.

Snape estalou a língua e virou os olhos segurando um comentário acido. Mas Jack percebeu a intenção.

- O que é? Por que você não para de implicar Batman? – Jack falou impetuosa.

Snape olhou-a com raiva.

- Batman? – Ele questionou torcendo o nariz.

- Você nunca leu gibi? – Dumbledore perguntou divertido para seu velho e rabugento professor.

- Não perco meu tempo com inutilidades – Snape falou friamente.

- Bem, então eu explico, -disse Dumbledore – Batman é um personagem herói de quadrinhos trouxa. Muito interessante, se é que posso opinar – o velho disse olhando para Jack significativamente. – É a história de um homem que teve as duas pessoas que ele mais amava (os pais) assassinados por um bandido. E que desde então se veste com roupas que lembram a forma de um morcego, e persegue bandidos. O principal inimigo do Batman é um maníaco desfigurado que se veste de palhaço. Ele é conhecido também por ser muito sério, e por se esconder atrás de uma identidade homem frio e rico que não liga para os problemas do mundo, quando o que ele faz é exatamente o contrário. – Dumbledore concluiu com os olhos brilhantes faiscando para Snape.

Jack não estava mais nem prestando a atenção. Estava mais interessada em devorar um grande pedaço de manjar branco com ameixas que Dobby havia trazido para a sobremesa.

Snape desviou o olhar de Dumbledore tentando afastar as comparações de sua mente. E se deparou com a moça comendo com gosto uma imensa colherada do doce.

Jack percebeu o olhar nela, terminou de mastigar e engoliu com dificuldade a imensa quantidade de doce em sua boca e perguntou inocente, olhando de Snape para Dumbledore, que agora também a olhava:

- Que? O que é? – Ela perguntou envergonhada.

Dumbledore sorriu abertamente, e Snape pigarreou para disfarçar o ímpeto de rir.

Dumbledore despediu-se logo após a refeição, prometendo visitar Jack no dia seguinte para ajudar a moça com oclumencia, o que deixou Snape intrigado e raivoso, pois ele poderia ensinar a moça, e o fato de Dumbledore não delegar a tarefa a ele significava que o velho não confiava nele.

No entanto, o velho designava-lhe tarefas insuportáveis, como ensinar magia à Jack. – Ele pensou olhando para a moça que agora jazia satisfeita e sonolenta sobre o sofá.

Mas quanto antes começasse a ensina-la, mais cedo poderia ver-se livre da mulher. – Ele pensou.

Iria ensina-la, e quando esta soubesse o suficiente, ai Dumbledore podia se virar. Talvez ele pudesse dizer ao lord das trevas que a moça o odiou, e que Dumbledore decidiu mante-la longe dele... Assim não precisaria ver a moça nunca mais.

Decidido, Snape aproximou-se da moça sentada.

- Muito bem. Teremos nossa primeira aula então. Onde está sua varinha? – Ele perguntou para a mulher.
MmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMmMm

Notas:

1(frase que Jack fala pro Dumby) – Nietzsche.

Gremilin*- num tenho certeza desse nome, mas eram bixinhos orelhudos e ‘zoiudos’. Como os elfos. Mas eram felpudos quando bonzinhos, e carecas e esquisitões quando maus.

Panturrilha*- é a chamada batata da perna.

MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
N/A: Ei galera. Então, esse cap foi super longo. E o pior, era pra ser mais longo ainda, pq ainda tem a parte da tarde, quando o Sev ensina os primeiros feitiço, e depois a parte da noite
‘olhando desentendida’
Asuhausauhs
Sim, cap que vem tem Nc17!
Então... Eu desmembrei este capítulo6 e o transformei em 2.
Assim o cap 7 vai vir logo!

XAU
;*


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