Protege meu coração?



Cap. 14_

Hermione teve um péssimo pressentimento quando voltou à praia e não viu sinal nem de Rony, nem de Thiago. O livro que o ruivo lia jazia aberto em um banco de madeira na varanda.

Abriu a porta, a brisa entrou junto com ela e agitou o mensageiro dos ventos. Ela fechou os olhos e respirou fundo. Era como se aquela fosse a música de sua alma. Era tudo que ela podia ouvir no momento.

Sentado no sofá, com a cabeça apoiada nas mãos, Rony fechou os olhos com força. Não queria ouvir aquela música. Era o som de todas suas mágoas se tornando real.

Hermione entrou silenciosamente e fechou a porta atrás de si. Rony não ergueu os olhos.

_E o Thiago? _ela perguntou mexendo distraidamente no zíper da blusa que usava.

_Na banheira. _ele respondeu ainda sem erguer o rosto. _Areia no cabelo.

Mione comprimiu os lábios e fez que sim com a cabeça. _Hm. Certo. Areia no cabelo. _e continuou olhando-o, como se esperasse que ele fosse dizer mais alguma coisa _Você está ok?

Então ele ergueu lentamente os olhos. _Por que acha que eu estaria ok, Hermione? _e levantou-se.

Hermione sentiu-se angustiada. De repente, sem que pudesse explicar o porquê, seus olhos se encheram de água e ela se sentiu exasperada.

_Não aja assim, Rony.

_E como eu deveria agir? _ele explodiu com um gesto exasperado das mãos _Deveria aplaudir, enquanto vejo que... Que você vai voltar para ele? _ele perguntou com a voz fraca e com uma expressão cansada _Que, depois de tanto tempo, você vai sair da minha vida assim? Eu não posso continuar com isso, Hermione. O lugar que eu ocupo é dele. Vocês vão... Vão devolver esse lugar a ele. E eu, como fico? Eu amo o Thiago como se fosse pai dele... _e concluiu com tristeza: _Eu amo você como mulher. _Mione pensou em quantas vezes quisera ouvir aquilo. Quantas vezes teria dado a vida para ouvir de Rony Weasley algo como isso. No primeiro ano, ao irem visitar Harry tantas vezes na enfermaria. No segundo, quando foi despetrificada. No terceiro, depois de tantas brigas. No quarto, quando sonhava acordada que talvez ele a convidasse para o baile. E diversas vezes mais.

Como a vida mudava.

_Mas eu nunca escondi que o amava, Rony. _Hermione murmurou com a voz trêmula _Nunca.Você sempre soube que eu continuava o amando.

_Era diferente, Hermione. Eu tinha plena ciência que você não o esquecera. Mas... _ele sacudiu a cabeça _Eu nunca pensei que ele fosse voltar...

_Oh, céus, Rony, ele era seu melhor amigo. _ela protestou _Você devia ficar contente.

_Oh, Merlim, Hermione _ele voltou-se para a parede, com outro gesto exasperado _isso é tão complicado. É óbvio que eu fico contente. O que eu quero dizer... _e virou-se novamente para ela _É que por mais que eu soubesse que você o amava... Eu tinha esperanças de que... Um dia eu ia ter você de volta.

_Você nunca me teve, Rony.

Rony sorriu entristecido. _Azar o meu. _e passou por ela em direção a porta. _Eu volto para ver o Thiago. Até. _e saiu.

Mione não se virou para a porta.

***

_Não acha que estamos... Quietos demais? _Voldemort perguntou para os comensais reunidos na mesa ao seu redor _Quietos demais desde que Harry saiu daqui? O que deu em vocês? _ele perguntou com uma expressão maldosa no rosto _Ele era o único por aqui capaz de causar um pouco de desordem?

_Esperávamos suas ordens, MiLord. _um dos comensais falou sem erguer a cabeça. Seu capuz caía para frente e cobria seu rosto.

_Agora vocês as têm. _ele respondeu _A volta de Harry causou uma sensação de segurança na ministra. Enquanto ela estiver equilibrada, boa parte do ministério também estará.

_Mas como... ? _alguém ia se atrever a perguntar. Voldemort ergueu a mão para ele, interrompendo-o antes que ele terminasse a pergunta. O Comensal soltou um grito de dor e caiu por um dos lados da cadeira.

_Ataquem trouxas. _Voldemort respondeu sucintamente e saiu da sala.

***

Hermione nunca se sentira tão estranha em toda a vida. Porque raios Dumbledore convocara uma reunião da Ordem da Fênix? Desconfiava de alguma coisa? Ou queria simplesmente exibir Harry como um objeto de motivação, dizendo algo “Olhem, ele está aqui, agora levantem seus quadris preguiçosos daí e lutem”.

Hermione torcia as mãos, nervosa. Oh, Merlim, por favor, que ele não fizesse isso. Harry já se sentia extremamente desconfortável sem ter pessoas olhando para ele como se... Como se ele fosse um Morto vivo ou algo assim.

Ainda que o termo “algo assim” fosse bem propício para o caso.

Rony também não estava ajudando muito, encostado à parede com um ar displicente, como se não se interessasse com o que estava acontecendo ao seu redor. Não falava com ele desde que ele saíra da casa da praia àquela manhã. E era horrível admitir que se sentia meio abandonada.

Não tinha direito de exigir nada dele.

Então Dumbledore entrou. Por um minuto todos os rostos na sala viraram-se para ele. O de Hermione era o mais carregado de expectativa.

Dumbledore não os cumprimentou. Apenas sorria para eles com naturalidade e leveza. E assim ficou durante alguns segundos.

_Hmm. _impaciente, Mione pigarreou para chamar a atenção para si _Está acontecendo algo, profº?

_Eu tenho andado preocupado, Ministra. _ele respondeu passando a mão pela longa barba grisalha _É uma coisa ou outra que eu ouvi por aí. _Hermione sabia muito bem que esse “coisa ou outra” era sinônimo de espião. _Precisamos ficar atentos. Voldemort planeja um ataque de grandes proporções a trouxas.

_Se Snape não é mais um espião, _Rony começou em dúvida _como esse tipo de coisa chega até o Sr?

_Não que eu desconfie de algum de vocês, Sr Weasley. Mas eu não vejo nenhum motivo para informar minhas fontes. _ele respondeu ainda sorrindo.

Mione encostou a cabeça na parede. Trouxas. Ataque a trouxas. Bem que achou que estava tendo uma trégua comprida demais. Voldemort não costumava dar tréguas.

Então a porta abriu-se novamente. Mione ergueu rapidamente os olhos, a tempo de ver Hagrid entrando e declarando com sua voz tempestuosa:

_Chegamos atrasados. Perdemos algo?

Harry entrou atrás dele. O coração de Hermione disparou.

Neville caiu da cadeira.

_Mas... _ele ergueu-se rapidamente _Mas... _todos pareciam tão confusos quanto ele, ainda que não ousassem dizer nada. _É Harry Potter!

O olhar de Harry vagou pela sala inteira. Demorou-se um pouco em Rony, depois em Hermione. Então se virou para Hagrid.

_Vocês me conhecem, não é? Todos vocês?

Mione sentiu o estômago se contrair. Sua voz tinha decepção.

_Você é a pessoa que trouxe todas essas pessoas aqui, Harry. Você mantém e sempre manteve vivo, nelas, o espírito da esperança e da luta. _Dumbledore explicou com uma voz calma.

_Não, eu não. _ele retrucou _Eu não posso ter feito isso, sabe porque? Porque eu nem. Sei. Quem. Sou.

_Mas nós sabemos! _Neville exclamou _Todos sabem quem você é.

Mas Harry não deu atenção. Seu olhar voltou-se novamente para Hagrid.

_Você me enganou. Você disse que não me conhecia. _ele acusou _Eu disse que precisava começar uma vida nova. Você concordou comigo.

_Harry, você não percebe? Você está seguindo sua própria vida? É esta.

_Não. Não estou seguindo. _ele retrucou quase com raiva _Você está me conduzindo até aqui.

_Não. Você escolheu vir.

_Você sugeriu que eu viesse.

_Porque... Porque sabia que eu ia aceitar.

_Por que eu sabia que você ia aceitar, Harry?

Harry não teve resposta. Encarou Hagrid confuso por alguns momentos. Então se virou e saiu.

Mione olhava, aflita, o embate. Então se levantou e seguiu-o. _Você o confundiu, Hagrid. _ela comentou ao passar por ele.

_Harry! _ela chamou cruzando os corredores de Hogwarts velozmente atrás dele. Alguns curiosos paravam para olha-la no corredor. Imaginou o que não tinham feito com o garoto _Harry, espera!

_Foi aqui que eu estudei? _ele perguntou, mas não foi com curiosidade. Foi com uma fúria muito mal contida. _Foi aqui que eu passei anos da minha vida?

_Foi. _ela respondeu emparelhando-se com ele _Comigo e com Rony. Nós éramos inseparáveis.

_Éramos? O que houve com ele, então? Por que ele não parece gostar muito de mim, no momento.

_Nós crescemos. Foi isso que aconteceu com a gente.

_Cresci? _ele perguntou com deboche _Eu não posso ter muita certeza, não é?

_Harry, pára. _ela pediu e parou no mesmo lugar. Alguns passos adiante, Harry parou também, sem, no entanto, virar-se para ela _Por que está tão bravo? É... Tão grave assim defender o bem?

_Não sei. _ele respondeu baixando a cabeça, como se estivesse cansado _Só me sinto frustrado. Às vezes parece que eu não tomo minhas decisões. Que a vida vem até mim. E... Eu não preciso fazer nada.

Mione marchou até ele e ficou a sua frente.

_Me leva para algum lugar, Harry?

Harry olhou-a, confuso. _Para onde?

_Sei lá... _Hermione deu de ombros _Decide.

Harry ainda olhou-a como se ela fosse insana. Então riu, pegou-a pela mão, e começou a puxa-la para fora do castelo.

***

Gina fora para a reunião com Dumbledore. Draco não se achara no dever de ir. Precisava resolver algo muito mais urgente.

Atravessou a movimentada avenida no centro de Londres. Desviou dos principais e mais imponentes prédios. Entrou em um mais discreto, quase na esquina. Um escritório de advocacia. Um escritório bruxo de advocacia, mais exatamente.

Subiu as escadas, colocou a varinha na fechadura e, instantaneamente, ela se abriu. Subiu o restante dos degraus e parou em frente à mesa da secretária. Ela ergueu os olhos, como se questionasse o que ele queria ali.

_Olá. _Draco cumprimentou abusando de todo seu charme _Posso ver o Sr Thomas?

_Tem hora marcada? _ela perguntou sem se alterar.

_Hmm _ele respondeu em dúvida _Não.

_Então, não. _ela respondeu voltando aos seus papéis. Draco ficou pensando para onde fora todo o seu charme.

_Somos velhos amigos. Tenho certeza de que ele iria querer me ver.

_Sem hora marcada? _ela voltou a erguer os olhos.

_É.

_Não tenho tanta certeza assim. _e voltou aos papéis.

_Pergunte. Pergunte a ele, então. _ele respondeu com um gesto mostrando o interfone mágico que ligava até a sala de Dino. _Diga que Draco Malfoy está aqui.

Entediada, a secretária aponta a varinha para o interfone e uma voz que ele conhecia dos jogos contra a grifinória responde. _Sim?

_O sr Draco Malfoy está aqui, sr Thomas. _ela informou com uma voz igualmente entediada _Quer vê-lo?

_Tem hora marcada?

_Não. _ela respondeu já lançando um olhar divertido a Draco.

_Então, não.

A secretária sorriu-lhe audaciosa.

Draco curvou-se e disse alto o suficiente para Dino ouvir. _Diga que Gina Weasley está com problemas.

Draco viu surgir exatamente o efeito que desejava.

_Gina? Gina está com problemas? _então a voz sumiu. Logo após a porta do escritório abriu-se. _o que há com Gina Weasley.

_Cara... _Draco deu uns passos a frente _Na verdade... _aproximou-se dele _Nada. Só disse isso para abrir a porta. _e espalmou a mão na porta, só para ter certeza de que não ia fecha-la novamente.

Dino suspirou resignado. Costumava sendo o mesmo Malfoy teimoso e arrogante de antes.

Draco entrou, seguido de Dino e, a um sinal seu, sentou-se em uma poltrona em frente à mesa. Dino sentou-se do outro lado. _Muito bem. _Dino começou juntando as pontas dos dedos _O que é então?

_Bom, eu estou com um problema. Descobriu algo.

Resumidamente, Draco a história do orfanato mal dirigido por Miss Bingle, dando bastante ênfase a cada um dos maus tratos. Dino ouviu em silêncio.

_Hm... _ele murmurou depois de algum tempo _Isso é muito grave. Podemos indicia-la. _ele disse mais para si mesmo do que para Draco. _O que temos de provas, Sr Malfoy?

_Hm. _ele respondeu _Na verdade, nada.

Dino arqueou as sobrancelhas. _Nada?

_Nada.

_Mas então... _ele perguntou sem entender _Como sabe?

_Minha filha me contou.

_Pelas minhas barbas, Sr Malfoy _ele retrucou _Você não tem filha!

Draco fez uma expressão falsamente surpresa.

_Você também não tem barbas.

Dino deu um suspirou cansado. Uma vez Draco. Sempre Draco. _Escute, Sr Malfoy, _ele esfregou os olhos _Para começar um processo, qualquer processo, é preciso provas. Eu não poderia fazer nada com o depoimento de uma criança.

_Ela não é tão criança. _Draco repetiu com teimosia _Você precisa ver, parece-se com a mãe.

Dino continuava sem entender. Achou que ele estivesse ficando louco.

_Mas tudo bem. _Draco levantou-se _Se precisamos de provas, teremos provas. _e esticou a mão para apertar a de Dino _Obrigado.

E saiu, logo depois do escritório, deixando um Dino confuso e desconfiado para trás.

***

Harry estava em silêncio fitando os dois montes de terra elevados à sua frente. Parecia petrificado. Seus olhos estavam fixos e ainda mais verdes.

_Você está bem? _Hermione perguntou, olhando-o, preocupada.

Harry virou-se lentamente para ela. _Do que... _ele voltou-se novamente para os túmulos dos pais, fazendo uma leve pausa _eles morreram?

Hermione sentou-se na grama e abraçou as pernas. _Voldemort os matou, Harry. Por causa de uma maldita profecia idiota. Na verdade, o maior objetivo dele era matar você.

Harry não se virou para ela. _Que profecia?

_Uma que dizia que vocês só poderiam morrer um pela mão do outro. Um não poderia sobreviver enquanto o outro vivesse. Ele tentou mata-lo enquanto você ainda era um bebê.

_Eu o odeio. _foi a única coisa que Harry pôde dizer. Seus olhos reluziam de fúria. _E eu vou mata-lo. _então se virou e saiu marchando por entre as lápides de mármore bem cuidadas.

_Harry. _Mione chamou-o, levantando-se e batendo a grama das calças. _Harry. _e correu para alcança-lo.

_Tudo bem. Tudo bem mesmo. _ele disse com raiva _Eu não lembro, não é? Não é isso que você está pensando?

_Não. _ela respondeu com calma _De maneira alguma.

_Porque eu sinto, Hermione. _ele responde como se ela não tivesse lhe dado uma resposta _Eu sinto muito. Eu queria ter pais. Queria mesmo. E eu queria poder lembrar deles acima de tudo _Mione não respondeu, então ele continuou. Encarou-o com ternura. Queria poder corrigir esse e todos os outros desconcertos do mundo.

Teve lampejos de lembranças. Harry, invariavelmente, solitário. Até ela e Rony quebrarem essa invariabilidade. Com doces momentos marcados ferreamente em seu coração. Por obra do destino essas mesmas lembranças haviam sido apagadas do coração dele.

Então, repentinamente, Harry parou de caminhas e levou as mãos à cabeça. Seus olhos se fecharam e se apertaram. Tanto que pequenas ruguinhas apareceram em volta deles.

_Harry? _Hermione chamou alarmada, parando ao lado dele _Harry, o que houve?

_Eu... Eu não sei. _ele murmurou com um tom de voz aflito _Minha cicatriz...

Hermione arregalou os olhos, assustada. Há muito, muito tempo não ouvia isso. E essa frase lhe remetia a diversas situações de riscos. Remetia a Dumbledore dizendo que ele devia praticar oclumência.

_Harry, _ela repetiu passando as mãos em seus braços _você precisa praticar oclumência.

Harry caiu de joelhos. Hermione gritou e abaixou-se para segura-lo. Então ele ergueu o rosto, como se saísse de um transe.

_Ele está torturando trouxas, Hermione. _ele exclamou com urgência _No meio da cidade.

Hermione se retesou, surpresa. Um dilema assolou-lhe a consciência. Por um lado, seu “eu” adolescente gritava bem alto a imprudência que era acreditar nisso. As experiências passadas.

Por outro lado, seu lado adulto e profissional. Era Ministra. Se existisse a mais remota possibilidade de um trouxa estar sendo torturado era absoluta obrigação sua averiguar isso.

_Onde, Harry? _ela murmurou com a voz baixa e pausada.

_Eu vou. _ele se pôs de pé imediatamente.

_Nós vamos. _ela ergueu os olhos para ele e puxou sua mão _Me leve até lá, Harry. Por favor. Você não se lembra, mas ele já usou esse truque para atrair você. Não posso deixa-lo ir sozinho.

Harry ajoelhou-se: _Você é tão... _sua mão deslizou pelo contorno de seu rosto _Corajosa.

_Por favor, Harry... _ela suplicou _Não temos tempo a perder.

Harry fez que sim com a cabeça. Levantou-se, segurando a mão da garota e desaparatou.

Quando aparataram novamente, Hermione pensou ter chegado ao inferno. Clarões vermelhos explodiam bem diante de seus olhos. Algumas pessoas tentavam correr em direção ao fim da longa ponte acima deles. Voldemort erguia-se, imponente e cruel, sobre uma das pilastras que sustentavam a ponte. Sobre sua cabeça, três corpos giravam levemente, semi-mortos, com os cabelos caindo sobre o rosto, pendidos molemente sobre os ombros.

Ao seu redor, comensais torturavam e agrediam trouxas. Os olhos de Mione espremeram-se de raiva. Como eles podiam fazer aquilo? Como, exatamente como, não havia centenas de emissoras de televisão por ali, registrando tudo aquilo? Mas Voldemort era precavido demais. Ele simplesmente não deixava escapar nenhuma testemunha de suas brincadeirinhas.

Carros buzinavam desesperados. Os dois lados da ponte estavam bloqueados. Apesar do pouco movimento do lugar, Voldemort já havia conseguido coletar pessoas o bastante para poder se divertir.

Mione sentiu nojo e ódio. _Agora chega... _ela sibilou, erguendo a varinha na direção de Voldemort.

_Isso não adianta com ele... _Harry murmurou, enquanto ela lançava um forte feitiço estuporador. O feitiço ricocheteou em uma invisível parede de proteção e só serviu para que Voldemort se desse conta da presença dos dois.

_Ora, ora... _ele disse entre divertido e sarcástico _Quem temos aqui? O casal 20 de Hogwarts. Retomando velhos hábitos, provavelmente. Ainda velam pelos frascos e comprimidos?

_Oficial do Ministério. _Mione resmungou retirando seu distintivo do bolso, como costumava fazer quando caçava comensais logo após a queda de Voldemort _Você foi flagrado cometendo um ato considerado crime pelas normas do Ministério Bruxo da Inglaterra. _Harry teve vontade de rir _Está sendo, no presente momento, convocado para prestar conta de seus atos.

Voldemort concretizou a vontade de Harry. Assim que ouviu o final, liberou uma estrondosa risada.

_Do que raios está falando? _ele perguntou com escárnio e desprezo _Prestar contas de meus atos? Para uma sangue ruim, miserável, como você? _então ele apertou bem os olhos, ilustrando as palavras que dizia _Observe eu fingir que me importo com suas normas do Ministério. _e, virando-se para a ponte, ergueu os dois braços.

Por alguns instantes nada aconteceu. Harry pareceu prever o que ia acontecer, antes de Hermione. Deu dois passos à frente. Então, a ponte começou a tremer. Hermione viu os olhares dos trouxas no lugar emitindo partículas de desespero e medo que chegavam a ser sólidas.

O chão tremeu mais e mais. Nem Harry, nem Hermione sabiam o que fazer. E finalmente o chão se rompeu.

O tempo pareceu congelar. Toda a cena que se desenrolou em milésimos de um segundo, pareceu ter levado horas para ser estruturada e posta em prática.

A ponte cedeu alguns centímetros. Rachada exatamente no meio, seus dois lados pareciam querer formar um V. Mas estavam separados e não podiam atingir esse intento.

Trouxas gritaram.

A ponte cedeu um pouco mais, carros deslizaram, Hermione segurou com firmeza sua varinha e correu.

Prostrou-se exatamente embaixo da ruptura, mirando sua varinha para o céu. Um clarão de luz branca foi emitido e a ponte parou de cair.

_Sua tola! _Voldemort exclamou com vivacidade e com uma gargalhada _Você não pode agüentar muito tempo. _então olhou ao redor _Comensais!

Ele não precisou dizer o que queria que eles fizesses. Mal terminara de gritar, um feitiço vermelho explodiu da ponta da varinha de um deles, e passou a centímetros de Hermione, que, preocupada em manter a ponte segura, não podia reagir.

Ninguém vira quem atirara o primeiro feitiço. Ninguém, ao não ser os perspicazes olhos verdes que assistiam à cena de fora.

Harry estuporou o atacante, tão rápido quando ele atacara Hermione. Então correu para perto dela.

Hermione sorriu, enquanto uma gota de suor surgia em sua têmpora, fruto do esforço de manter a grande ponte firme e segura.

Comensais começaram a surgir de todos os lados. Todos eles pareceram desistir do divertido passatempo de torturar trouxas. Feitiços vinham de todas as direções e coloridos com as mais diversas cores.

Harry movimentava-se com agilidade e destreza, não deixando que um só fio de Hermione fosse violado com qualquer daqueles feitiços.

Os gritos se confundiam. Crianças choravam. Voldemort ria.

Hermione ainda tinha a certeza de estar no inferno.











Letícia, hauhauhauha, nobrezas de Harry Potter neh? Rsrsrsrs... Fico feliz que vc tenha gostado do cap... Hehehe... O Draco ameaçando eh tudooo neh? Céus, como pode... rsrsrsrs... Espero que tenha gostado desse cap tbm ^^ Bjssssssss

Kamikinha, Hehehe, se eu tivesse um desses, unzinho só, nem to pedindo mto, jah ficava feliz e contente rsrsrsrs... Espero que tenha gostado desse cap tbm (apesar da demora :S) rsrsrs Bjsssssssssssss

Ananda, sim, o Draco merece hehehe... Montaremos um fã clube Draco Malfoy rsrsrsrs Fico feliz por vc ter gostado do cap anterior ... Espero que tenha gostado desse tbm ^^ Bjsssssssss

Mariana, aaaahh, brigadaaaa...Rsrsrs, puxa eu fico mto feliz msm por vc gostar da fic. De verdd, naum tenho nem palavras pra dizer como é importante pra mim. Aaaah, naum chora naum, eu demoro, mas eu aparecço ^-^ espero que tenha gostado do cap ^^ Bjsssssssssss

Lílian Black, verdd, neh, aparece muito pouco o lado bom o do Draco neh? Mas eu soh consigo enxergar ele assim. Hehehe... Lindo do jeito que eh, soh podia ser tudo de bom rsrsrsrs... Olha, NC naum sei... Eu nem sei a faixa etária dos leitores... hehehe... Digam pra mim pessoal, qnts anos vcs têm... Então, naum sei msm... Eu nunca pensei em colocar uma NC... Mas nada eh impossível, neh? Espero que tenha gostado do cap ^^ Bjssss, teh maissss

Laninha, aaahh o Draco eh mto cute... Dah vontade de levar pra casa rsrsrsrs... Iiiissssoo, eh exatamente assim q eu enxergo. Tipo, o Rony sempre esteve perto dele... Ele não pode de uma hora pra outra dizer: “ sabe o que eh, meu pai voltou, dah o fora” rsrsrsr Tadinhooo do Rony rsrsrsrsrsr AAAhhhh, concordoooo, qnto mais bravos mais lindos ficar AAAAhhh céus, rsrsrsrsrs... Bom, espero que tenha gostado do cap ^^ Bjsssssssss

Lílian Granger, se encontrara sim, mas o Harry achou que era sabotagem rsrsrsrsrs. Teimooooso... Mas enfim, ele não pode ver a Mione em perigo, que ele sai correndo pra ajudar, neh? Isso ainda vai fazer ele se tocar de que a vida dele eh essa msm... rsrrrs... Hehehe, respostas geniais da Ministra, para perguntas naum taum geniais assim, neh? Rsrsrs Harry bobinho :P Espero que tenha gostado do cap ^^ Bjssssssssss

Jack, Jack, Jack, Jack, minha queria Jack. JUDEUS (morri de ri com essa história ) rsrsrs... Vc ainda tah aí? Ahhh diz q vc ainda tah aí, diz, diz, diz. Oh, eu sei que eu demorei, mas olhar eu aqui outra vez hehehehe... Ai Jack, coitado do Rony.... Jah pensou... criou o menino, aí um dia ele vira pra cara dele e diz “sabe o que eh, meu pai voltou. SOME” hauhauhauauhauha... Aí naum deu neh? Rsrsrsrs... AAAAAHHHH Linda a capa da Tuty!!! Principalmente a cena HH. Naum coloquei ainda pq naum deu tempo. (Sabe o que eh, eu tava negociando aí com uma menina no orkut, a compra de uma carga extra de tempo. Uma chamada Jack, aí... Mas sei lah, acho que ela desistiu de vender) rsrsrsrsrs.... Oh, naum sei se teve mto HH, mas no prox tem. MTOO. Cobertura e recheio rsrsrsrs... Espero que tenha gostado desse ^^ Bjssss, teh maissssssss

Ingrid, aaah fico feliz por vc estar gostando. Espero que tenha gostado desse tbm ^^ Bjsss, teh maisssss

Mi, :D fico mtooooo feliz por estar gostando. Espero que tenha gostado desse tbm ^^ Apesar de ter pokinho Draco, tem Harry pra td mundo rsrsrsrs... Bjssss, teh maissssss

Ahavene, demoleeei : ( foi mal, mas naum deu msm pra postar antes rsrsrs... E ainda foi pekeno , neh? Tudo bem, eu mereço uma bronca, podem dar, rsrsrs... Ahh, o Draco mau eh td neh? Quer dizer, ele bom, soh que bravo rsrsrs... Espero que tenha gostado desse cap, tbm. Bjssssss

Poly, Ixi, Pansy e Stuart ainda vaum dar um poko de trabalho hehehe... Especialmente a Pansy hehehehe... Eu naum sei quem era, pq eu assisto bem pouco, mas era uma que fazia soh uma participação especial. Ela explodia vidros... Nouza era mto parecida com a Hermione rsrsrs... Se Smalville naum fosse recente eu ia achar que era ela... rsrsrsrs...Aahh fico feliz por vc estar gostando :D Espero que tenha gostado desse tbm ^^ Bjssssssss

Liliane, :D brigada, brigada msm... Isso eh mto importante pra mim ^^ Fikei muuuuuito contente com o seu coment... :D Escrever eh uma coisa que eu gosto mto. Obrigada pelo apoio. De verdd. Quando estiver no ócio? Que nada. Escrever pra mim eh que nem respirar. Se eu naum fizer, não vivo, rsrsrsrsrs... Muuito obrigada msm. Se um dia eu conseguir msm publicar um livro, uma edição eh sua :D :D espero que tenha gostado do cap ^^ Obrigada de novo rsrsrsr e teh maissssssssss

Andréa, aaaahh nem me fale... Morro de doh do Rony.... Mas ele vai ter um final legal rsrsrs... Demorei um pokinhu, desculpaaa... rsrsrsrs... Mas eu espero que vc tenha gostado msm ^^ Obrigada por acompanhar a fic, tah? Bjsssssssssssss

Stééh, serioo?? Naum sente nem uma dózinha? Rsrsrsrsrs... Mas naum se preocupe, ele naum vai interferir mto naum. Quem vai azucrinar bastante eh a Pansy rsrsrsrs... Puxa, fico feliz por vc gostar da fic :D Espero que tenha gostado desse cap também.... Bjsssssssssss

AK, aaahh a Prue eh um amor de criança, neh? Quero uma filhar madura assim qndo eu crescer (qndo eu crescer, olha q criança falando neh? Rsrsrsrs) Eh um episódio q tem uma menininha que explode vidros... Eu naum sei qual eh, pq eu assisto pokinhu, mas na última cena que ela aparece, nouzaa eh a Emma escrita e desenhada rsrsrsrsrs... Hauhauauhauhauha. Bem q o Stuart merecia... mas deixe estar ele vai pagar ainda car hehehehe... Espero que tenha gostado ^^ Bjsssssssss

Nick, bom, comensal acho que ainda naum chegou ao ponto, mas que ele eh podre, eh hehehehe... Tah aliado, tah aliado rsrsrsrs... Obrigada pelos parabéns, Nick :D Fico mto feliz ^^ Espero que tenha gostado desse tbm ^^ Bjssssssssss

Edilma, Draco um paizão neh? Quem diria rsrsrsrs...Logo logo eles viram bons amigos ^^ Espero que tenha gostado do cap... Bjsssssssss

Julia, eles vaum passar mais tempo sim... Bom, principalmente pq jah tah quase acabando rsrsrsrs... Espero q vc naum se arrependa d ter lido e q goste do cap :D Obrigada por acompanhar a fic, bjssssssssssssss


Danny, aaai eu demorei, eu sei :( ... Um monte de pepino pra resolver rsrsrs... Mas aos tranquinhos lah chegamos nós, rsrsrs, cap novo : ) hauhauhauhauhauhauha Verdd, neh? Naum podia ter criança mais perfeita pra esses dois... E ela ainda vai ser importante na história ^^ Menina que pena q eh soh ma ficção. Se eu tivesse um desses, unzinho soh, jah ficava feliz e contente rsrsrsrs... Amooo heróis bravos tbm ^^ rsrsrsrsrs... Espero que tenha gostado do cap ^^ Bjsss teh maissssssssss

Aninha, fico feliz por vc estar gostando ^^ Espero que tenha gostado desse tbm ^^ Bjssss teh maisssssss

Mariana B, fico feliz por ter gostado. Desculpa a demora hehehe... Eh q naum deu msm pra postar antes... Espero que tenha gostado do cap ^^ Bjssssssss

Thais, demoreeeei, mas taí, pekeno mas inteiro... hehehehe... Espero q tenha gostadoo... Bjssssss

Gente, pra td mundo q pediu pra eu postar, e pra todos que estão lendo, desculpaaa a demoraaaa... Eh q tive uns pepeninhos pra resolver esses tempos, mas passa ehehehe... (Acredito eu) rsrsrsrsrsrs...

Continuem por aki, com mta paciência hehehehe
Bjssssssssssssssss





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Comentários (1)

  • Isis Brito

    Eu voto na ideia de que você devia escrever um livro!!!Caramba, a fic fica cada vez mais surpreendente!! Ainda estou sem palavras pra tudo isso...Só posso te deizer que estou adorando demais, e que lerei até o fim! 

    2012-08-07
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