Até o fundo do inferno




Cap. 18_

Dino abriu o pacote vindo do fast food do final da avenida. O cheiro das batatas fritas se espalhou pela sala e ele aspirou o ar, com força, saboreando a refeição por antecipação.

Não era exatamente a idéia que ele fazia da melhor refeição do mundo. Mas, levando-se em conta o fato de que brigara com Lilá, e que ela não iria de maneira nenhuma levar-lhe comida de algum restaurante, e que ele não teria tempo para ir até nenhum, e que na verdade ele tinha tão pouco tempo para almoçar que estava se preparando para comer sobre sua própria mesa de trabalho, ele teria mesmo que se contentar com isso.

Mas, quando abriu o hambúrguer, o interfone em sua mesa tocou.

_Sr Thomas, _a voz da secretária chamou aborrecida _estou atrapalhando?

Dino embrulhou novamente o lanche e apertou o botão do fone: _Estou almoçando.

_Eu disse isso a ele, Sr Thomas. _a voz da secretária falou novamente quando ele apertou o botão. _Mas ele não quis ouvir.

_Ele? _ele perguntou com impaciência _Quem é ele?

_Malfoy. _ela respondeu _Draco Malfoy.

_Draco Malfoy... _ele murmurou, sem apertar o botão, somente para si mesmo _Novamente Draco Malfoy.

O interfone tocou novamente.

_Sabe, Dino. _dessa vez era a voz intrusa de Draco Malfoy que invadia sua sala _Se você cobra por hora, eu acho que você devia me atender logo.

Dino bufou. Respondeu, contrariado, para que a secretária deixasse ele entrar. No momento seguinte, Draco irrompeu pela porta da sala.

_Olá, Dino. _ele cumprimentou, sentando-se sem ser convidado _Você vai comer isso? Porque eu nem tomei café da manhã. _e pegou o lanche, dando uma enorme mordida _Eca, _ele fez uma careta _queijo.

_Sr Malfoy, _Dino cruzou as mãos sobre a mesa _você veio aqui para roubar o meu almoço, ou tem algo para me dizer?

_Ah, tenho. Tenho sim. _ele recolocou o lanche mordido sobre a mesa _Lembra quando disse que eu precisava de provas para acusar a Miss Bingle. E olha o que eu... _e colocou sobre a mesa a câmera que usara _... Achei.

Com um toque da varinha, imagens holográficas começaram a surgir acima de suas cabeças. Quanto mais Dino via, mais boquiaberto ficava.

_Horrível, não acha? _Draco perguntou quando as cenas pararam de se desfiar em frente aos seus olhos.

_É revoltante. _Dino respondeu com os olhos espremidos _Que bom que me procurou. Vamos. _e levantou-se _Temos muito a fazer.
Draco deu um mínimo sorriso vitorioso, antes de perguntar com uma ponta de ironia:

_Você não estava almoçando?

***

Harry pulou agilmente das pedras que delimitavam a floresta. Seu rosto exibia um ar severo e feroz. Seu peito transbordava de raiva. Ira.

Sentia um imenso ódio de Voldemort, por estragar as coisas, quando ele tinha certeza de que tudo se acertaria. Por tentar arrancar dele sempre o que de melhor ele tinha.

Esperara tempo demais para ter uma família. Uma vida só dele. Própria. Passara muito pouco tempo com o filho. Mas gostara demais da idéia. Gostara demais dele. Não ia suportar a idéia de perde-lo.

Era uma criança.

Se Voldemort tocasse em um só fio de cabelo dele...

Ele jurava para si mesmo que o mataria.

Seu rosto se fechava cada vez mais de fúria. Seus olhos faiscavam, exibindo a mesma ferocidade que exibia na adolescência, quando prestes a enfrentar seus maiores desafios.

Os maiores perigos que afligiam as pessoas ao seu redor.

Apertou, repentinamente, a varinha entre os dedos. Os sentidos mais aguçados. A postos. Ouvira passos atrás de si.

Uma respiração. Mas, então, seus músculos relaxaram. Reconheceu o vulto que entrou em seu campo de visão periférica.

Rony parara um passo atrás dele, diretamente do seu lado esquerdo.

Ficaram por alguns segundos parados. Dessa maneira.

Era como se pudessem transmitir, um para o outro, qualquer coisa que estivessem pensando. Não precisavam dizer nada.

Não tinham um plano. Tinham sintonia. Tinham sincronia. Tinham experiências juntos.

Seus corações pulsavam juntos. O vento agitava seus cabelos. Foi então que Hermione parou do outro lado de Harry.

Os três olhavam para o castelo que se erguia majestoso a frente, com as expressões compenetradas e rígidas.

_Não acho que você deveria ter vindo. _Harry disse depois de um tempo. _Você está abalada.

_Não estou, não. _ela respondeu resoluta _Estou com raiva. Muita raiva. _e tomou a frente para entrar no castelo.

Rony seguiu-a antes de Harry. Quando os dois passaram a sua frente, ele mirou-os com profunda afeição.

Ele tinha amigos.

De verdade.

Porque trabalhar com eles, não era obrigação, como era com os Comensais.

Ali existia uma cumplicidade.

Era muito bom sentir isso.

Então, apertou a varinha com mais força entre os dedos, e seguiu-os, a caminho do castelo.

***

Draco saiu da lareira na sala de estar do orfanato. Miss Bingle, sentada no sofá de robe, deu um salto e deixou cair no chão o jornal que tinha nas mãos.

Prue saíra ao seu lado, com a uma profunda contrariedade a ser deixada para trás. Queria estar lá.

Atrás deles, Dino, Gina e mais três oficiais do Juizado bruxo de menores.

_O que estão fazendo?! _Miss Bingle perguntou com um ar contrariado e repentinamente temeroso _Estão... Invadindo!

_Srta, _Dino estendeu-lhe um papel _temos um mandato de busca, baseado em uma denúncia de maus tratos a menores. Solicitamos sua colaboração pacífica.

_Eu... _ela gaguejou puxando o papel _Mas eu... _mas ninguém lhe deu tempo de falar. Os três oficiais passaram por ela, indo para os cômodos internos do orfanato. Gina e Dino seguiram para o jardim, deixando Draco e Prue na sala.

Miss Bingle parecia irradiar a raiva que estava sentindo. Seus olhos estavam apertados e seu corpo todo tremia. _Você... _ela sibilou para Draco _Como você pôde?!

_Como eu pude?! _Draco respondeu indignado, apontando para si mesmo _Não sei do que está falando.

_Eu trabalho aqui. _ela retrucou _Não sei fazer outra coisa!

_Então não sabe fazer nada. Por que cuidar de um orfanato, decididamente, não é algo que você saiba fazer.

Os olhos de Miss Bingle se arregalaram ao ouvir isso. Então, contraindo-se toda, soltou algo que pareceu um grunhido e puxou a varinha das vestes. _Vou matar você! _ela berrou com fúria.

Draco puxou rapidamente sua varinha em resposta, mas Prue, antes que um deles pudesse fazer qualquer coisa, interpô-se na frente de Draco e cruzou os braços.

_Não vai, não.

Miss Bingle parou, surpresa e recuou um passo. Encarava-a como se acabasse de vê-la e como se ela fosse um bichinho espetacularmente interessante. _E você vai fazer o quê? _ela perguntou com sarcasmo _Explodir a sala? _e deu uma risada ácida _Você nem é capaz de fazer magias.

Prue ergueu uma das sobrancelhas _Experimenta. _ela murmurou e de seus lábios brotou um minúsculo sorriso irônico, formando em seu rosto um ar de austero desafio. Miss Bingle nunca a vira daquela maneira. Eram traços que ela adotara depois de sair do orfanato.

Miss Bingle pareceu sem reação. Não entendera o que ela queria dizer. Seu rosto apresentava um misto de revolta e confusão, quando os três oficiais voltaram. Um deles anotava algo rapidamente em um caderninho, com uma pena de repetição rápida. O outro lhes comunicou sobre a abertura de um processo criminal.

O terceiro ergueu a varinha, e deu voz de prisão preventiva a Miss Bingle.

Draco viu-a tornar-se cor de giz, até recuperar lentamente seus movimentos. Não passou por sua cabeça reagir. Restou-lhe acompanhar docilmente os três oficiais, mas ao passar por Draco e Prue lançou-lhes um olhar de ódio que esmagaria qualquer um com a coragem de um pequeno roedor.

Sorte a deles não serem assim.

Azar profundo o dela.

Gina e Dino voltaram nesse momento do jardim. _Eles já foram? _Dino perguntou intrigado, olhando em volta.

_Já. Obrigado, Dino. _Draco disse. _Convido você para um almoço agora. Um almoço decente. Sem queijo.

_Não tenho tempo para almoços sem queijo. _ele respondeu _Mas, bom, você sabe que não terminou, não é? Você está a acusando. Você vai ter que acompanhar todo o processo. Teremos que reunir testemunhas, apresentar provas...

_Acho que temos provas suficientes. _Gina respondeu contente.

_Sim, temos. _Dino respondeu pensativo, indo até a janela e olhando para fora _Quem vai cuidar deles, agora? Vão ficar sozinhos?

_Pensei que fosse óbvio. _Gina respondeu arqueando as sobrancelhas _Alguém da Assistência Social. _e então fingiu que acabara de lembra-se de algo _Ah, que coincidência. Eu.

Dino virou-se novamente para eles. Para a garota de quem gostara durante algum tempo na adolescência. E concluiu que não devia existir casal que se completasse mais do que aquele, parado no meio da sala, em qualquer lugar do mundo.

***

Goyle voltava, escondido, da cozinha, mastigando uma banana já comida pela metade, quando passou, distraído, pela porta de entrada do saguão. Acho que estava ficando louco, quando começou a ouvir um assovio baixo e contínuo passando pelo capacho.

Curvou-se, intrigado, imaginando de onde vinha o barulho. Engoliu o resto da banana que tinha na boca. Mas o barulho foi aumentando, gradualmente.

Deu dois passos para trás. O silvo ficou mais alto. Ainda mirava a porta com imensa curiosidade, quando, inesperadamente, e porta explodiu com violência, estrondosamente e arremessando pedaços de madeira por todos os lados.

Exclamou um palavrão em tom surpreso e bem audível. Harry pisou sobre os escombros. Delineados pelas nuvens de poeira, Hermione e Rony surgiram logo atrás dele. Quando os viu, Goyle exclamou mais um palavrão, levantou-se tropeçando do chão, e tentou correr para o corredor.

_Petrificus Totalis! _Harry exclamou, antes que ele alcançasse seu objetivo. O comensal parou e caiu sem movimentos no chão.

Harry passou por ele correndo. Rony logo atrás dele, com a varinha firmemente segura entre os dedos. Hermione ainda abaixou-se perto do comensal, e sussurrou com fúria:

_É bom que meu filho não tenha ouvido esse tipo de coisa. _e levantando-se, seguiu os dois para o interior do castelo.

Avançavam a passos rápidos pelo corredor. Chegavam a correr em certos pontos. Harry sabia exatamente aonde ia. Conhecia o castelo como se fosse sua casa.

E na verdade fora.

Rony tinha vívidas lembranças daqueles corredores intermináveis. Já passara correndo por eles, exatamente como fazia agora. Bom, não tão exatamente. Da vez anterior precisara correr para tentar salvar sua própria vida. Agora corria para salvar a vida de outra pessoa.

Uma pessoa muito importante para ele.

Em outro ponto do castelo, Voldemort levantou-se de sua poltrona. Caminhou até o centro da sala iluminada pela lareira. Uma pequena figura estava em pé, com os pulsos amarrados por um feitiço atrás do corpo e um olhar teimoso e desafiador.

_Ajoelhe-se. _ele ordenou com a voz maldosa. Thiago sequer se mexeu.

_Ele disse para ajoelhar. _uma voz feminina ressoou atrás dele. Então ele sentiu duas mãos batendo com força em suas costas, empurrando-o para frente. Desiquilibrando-se, o menino caiu de joelhos, derrapando no tapete.

Algumas pessoas ao seu redor riram. Thiago ergueu os olhos e viu duas pupilas ofídicas olhando-o de cima.

Sentiu medo. Envergonhava-se disso. Queria poder orgulhar sua mãe. O tio Rony. Mas acima de tudo, queria poder ser igual ao pai. Seu pai enfrentava dezenas de comensais como aqueles, com as duas mãos presas nas costas.

Bom, ele estava com as duas mãos presas nas costas agora, mas não se sentia muito capaz de enfrentar quem quer que fosse.

Baixou o rosto. Sentiu alguma coisa pinicando por dentro do nariz. Não ia chorar. Não queria, não podia chorar. Que tipo de auror ele seria se no primeiro encontro com alguém mau ele começasse a chorar.

Então sentiu um dedo fino e frio encostando em seu queixo, e o obrigando-o a olhar novamente para cima. Thiago tentou se desvencilhar, mas não conseguiu.

_Quem diria... _Voldemort começou com uma voz que beirava o sadismo _Parece que foi ontem que ataquei seu pai, quando ele tinha um ano. Pirralho de sorte ele... Muita sorte. _e começou a caminha lentamente em volta dele. _Deu muito trabalho. Seu pai deu muito trabalho mesmo. Com onze anos de idade já era a criatura mais arrogante e enxerida que eu tive o desprazer de conhecer. E conforme ficava mais velho, mais metido ficava. Estava ficando difícil conviver com ele. _Thiago tentou se levantar, mas Voldemort estava novamente a sua frente, e com um simples gesto da mão, o fez cair novamente _Quem diria... _Voldemort curvou-se até ficar na altura de seus olhos _que ele deixaria o filhinho dele ser tão facilmente pego?

_Eu... _Thiago balbuciou _Eu não tenho medo de você.

Novas risadas pelos cantos da sala. Thiago se sentiu muito pequeno. Mas na verdade ele era pequeno.

Então, Voldemort segurou-o pelos dois ombros e o pôs de pé. _Não tem? _ele perguntou maldosamente. Virou-se para um comensal, tomou-lhe a varinha e empurrou-a nas mãos de Thiago _Então duele comigo.

Thiago tremia. Segurava a varinha com as duas mãos sem saber o que fazer com ela. Estava mesmo quase caindo no choro. Voldemort percebeu isso.

_O que foi garoto? Eu ainda nem encostei em você. Eu estou até sendo bonzinho. _os comensais riram, mas silenciaram rapidamente quando Voldemort se pôs em posição de combate. _Seu tio querido ensinou você a duelar? _Thiago não respondeu _Não? Eu ensino então. Primeiro você se curva assim. _e apontou a varinha para ele. Thiago sentiu como se uma mão invisível empurrasse suas costas, fazendo-o se curvar. _Engraçado. Acho que estou tendo um deja vu. Já não fiz isso alguma vez com algum moreno abelhudo de olhos verdes? _então deixou o corpo de Thiago endireitar-se novamente _Agora... Começa. _ele sibilou.

Thiago empalideceu. Seus olhos se arregalaram com o medo. Mas nada chegou realmente a começar. No momento seguinte, a porta atrás deles explodiu. Dois comensais que estavam mais próximos jogaram-se para longe da porta, caindo deitados no chão. Pansy encolheu-se perto da lareira. Belatriz, a comensal que empurrara Thiago pela primeira vez, sacou a varinha.

Voldemort foi o único que não demonstrou uma reação brusca. Ergueu os olhos faiscantes de raiva, e encarou Harry por alguns segundos.

Rony foi o primeiro a reagir. Correu para o meio da sala, levantou Thiago nos braços e carregou-o para onde estava. Harry, então, tomado de uma súbita e incontrolável fúria, marchou com passos firmes até Voldemort.

_Seu demente, desgraçado. _ele bradou segurando com firmeza a varinha _Que tipo de psicopata você é?! Ele tem CINCO anos!

_Já matei mais novos. _ele respondeu com naturalidade.

_Ora seu... _Harry ergue a varinha, ao mesmo tempo que Voldemort _Um jato de luz verde saiu da varinha de Voldemort e se chocou no ar com um jato de luz vermelha da varinha de Harry. Com o impacto do feitiço, os dois derrapam no chão alguns centímetros. Encaram-se com fúria. Então voltam a duelar.

Rapidamente, os dois comensais que jogaram-se perto da porta levantaram-se do chão. Rony colocou Thiago no chão e abaixou-se, até seus olhos ficarem no mesmo nível. _Fique fora do caminho, certo?

Thiago não respondeu. Quando Rony virou-se para duelar com os dois comensais de uma só vez, ele encolheu-se perto da parede. Envergonhado. Queria poder fazer mais do que isso.

Hermione duelava ferozmente com Pansy e com Belatriz. Com apenas um feitiço, derrubou Pansy. A garota continuava tão ruim em feitiços quanto na época de Hogwarts. Infelizmente, não podia dizer a mesma coisa de Belatriz. A comensal era tão veloz, tão ágil e tão sagaz quanto ela.

Uma gota de suor escorreu da têmpora de Hermione. Acabara de lançar um feitiço estuporador em Belatriz, quando viu Rony nocautear um dos comensais. Belatriz teve que desviar do feitiço, deixando que Hermione visse o restante. O outro comensal postando-se atrás dele, e preparando-se para lançar um feitiço de morte.

Hermione pulou a frente, desesperada. _Impedimenta! _ela berrou, passando por Belatriz e erguendo a varinha para o comensal. Rony olhou confuso para trás, quando ouviu o barulho do comensal caindo no chão.

Belatriz não perdeu tempo. Ao perceber a distração de Hermione, correu até onde Thiago estava, com a varinha erguida, e os olhos ameaçadores.

Hermione viu o que ela ia fazer antes que ela fizesse. _Meu filho NÃO, sua piranha! _ela bradou, indo de encontro a ela.

Thiago levantou-se, ainda tremendo, segurando a varinha que Voldemort empurrara para suas mãos. Ergueu-a. Estava pronto para lutar usando-a. Nem que fosse para enfia-la no olho da comensal.

_Sectu... _ela murmurou diabolicamente, mas não chegou a terminar a frase. Hermione atingiu-a com um feitiço tão forte, que ela sentiu como se tivesse levado uma panelada na cabeça.

Caiu desacordada no chão.

Hermione ergueu os olhos, triunfante, para a única dupla que ainda duelava. Voldemort desviou os olhos de Harry por alguns segundos. Seu olhar cruzou com o de Hermione. Ela sentiu como se ele entrasse dentro de sua alma. E a rasgasse. A torturasse com o pior medo que ela tinha: perder o filho.

Então os olhos de Voldemort vagaram até Belatriz. Sem olhar novamente para Harry, fez um movimento com a mão, e um redemoinho surgiu no meio da sala. Rony segurou o pulso de Thiago quando ele foi puxado pelo vento. Hermione cobriu o rosto com os braços. Harry entendeu o que ia acontecer e tentou impedir.

_Não. Fuja! _ele rosnou, mas Voldemort já estava sendo envolvido pelo redemoinho. Pansy, os dois comensais e Belatriz foram puxados. No segundo seguinte, todos desapareceram, como se nunca tivessem existido.

Harry aproximou-se da janela, olhando para fora com um olhar furioso. Hermione atirou-se, repentinamente, contra Thiago, abraçando-o com força.

_Oh, céus, graças a Merlim, acabou!

Thiago parecia estático. Desvencilhou-se lentamente da mãe. _Podemos ir para casa?

Hermione afastou-se surpresa. _Claro. _ela parecia confusa. O menino parecia mais triste. Mais apagado.

Então ela o pegou pela mão e começou a guia-lo pelos corredores.

Rony olhou preocupado para Harry, antes de segui-los.

***

Hermione olhava, preocupada, o filho sentado na praia.

De pernas cruzadas, Thiago tinha o queixo apoiando tristemente em uma das mãos, enquanto a outra brincava distraidamente com um montinho de areia.

Teve medo de que tivesse sido algum feitiço.

Harry veio, nesse minuto, de dentro da casa. Carregava dois sorvetes nas mãos.

_Onde esteve? _Hermione perguntou zangada _Estava preocupada com você. Por que não voltou com a gente.

_Estava procurando Voldemort. Achei que conseguiria adivinhar onde ele estava.

_Com sorvetes?

_Muito engraçada. _ele respondeu, passando por ela e saindo da casa.

Caminhou até onde Thiago estava e sentou-se ao lado dele. Sem dizer nada, estendeu-lhe o sorvete, e começou a lamber o próprio sorvete que trouxera para si.

Thiago pegou o próprio sorvete e ficou encarando-o com tristeza. _Não acho que mereço um sorvete. _ele respondeu finalmente.

_Não? _Harry perguntou virando-se para ele _E por que não?

_Por que eu não dei motivos para vocês se orgulharem de mim. _ele respondeu com a voz quase sumindo. De repente, seus olhos encheram-se de lágrimas e Harry virou-se totalmente para ele.

_Do que está falando, Thiago? _ele perguntou com um tom de voz urgente _Nós nos orgulhamos, sim, de você. Você foi firme, forte. Por que não nos orgulharíamos de você?

_Porque eu tive medo. _ele retrucou, e começou a chorar _Eu tive muito medo. Eu tive medo dele. Eles eram muitos. E... _ele fungou _Ele tinha uma cara de mau. Vocês deviam se envergonhar de mim.

_Thiago, _Harry ajoelhou-se na areia, e segurou seu ombro com a mão livre _eu também senti medo. Muitas vezes. Senti medo quando eles levaram você daqui. Senti medo quando vi sua mãe duelando com duas comensais de uma vez. Senti medo de perder vocês. E eu não me envergonho disso.

_Você sentiu medo pelos outros. Eu não. Senti medo por mim. _ele retrucou, limpando o rosto com a mão.

_Senti medo por mim, sim. Do que seria de mim se acontecesse alguma coisa com vocês dois. _ele replicou.

_Eu... Eu vi vocês todos lutando. E eu não podia fazer nada. _ele chorou ainda mais _Eu queria ajudar. Queria mostrar que eu sou tão forte quanto você e a mamãe. Mas não sou. Eu sou um covarde.

_É claro que não, Thiago. _Harry inclinou a cabeça _Você é uma criança. Ele foi covarde por coloca-lo nessa situação. Não você. _Thiago continuava de cabeça baixa soluçando baixinho _Ser corajoso, Thiago, não significa não ter medos. Significa admiti-los e enfrentá-los. _Harry ergueu o rosto do garoto. _Quando você ergueu-se para enfrentar a Belatriz, você estava enfrentando o medo que você sentia, Thiago.

Ele ergueu o rosto, com os olhinhos brilhantes. Harry deu um pequeno sorriso, e puxou-o para si, abraçando-o.

_Eu me orgulho muito de você, filho.




Nas: aaaaiii desculpa a demooora
mas provas finais, estágio (q eu ainda nem terminei de fazer) tava meio osso. Mas tah aí, finalmente.
Desculpem a demora...
mas jah q as aulas acabaram, pode aparecer mais um ateh o natal. Bjsssss

Nick, verdd, tadinho do Harry. Quando ele pensa q tah td bem, vem e acontece alguma coisa. Mas ele deu um jeitinho rapidinho. Nem doeu tanto assim rsrsrsrsrs. Espero q tenha gostado do cap... Bjsssssssss

Andréa, verdd, agora eles tem poder. Muito poder. Hiar hiar hiar rsrsrsrsrsrs... É verdd, o Draco e a Gina jah se acertaram de vez. Coitados, brigaram tanto em Quatro faces, q eu vou dar uma paz pra eles agora. rsrsrsrs Claro q o Draco nunca vai estar em paz com a possibilidade de sua filhinha de ouro casar com um Potter, mas enfim... Jamias abandonaria rsrsrsrsrsrs... Espero q tenha gostado... Bjsssssssss

Thais, Os dois. Em equipe. Rsrsrsrs. E a Mione foi atrás deles, claro. Ela não deixaria eles irem sozinhos rsrsrsrsrs... Deixa a Pansy... Deixa ela cruzar o caminho da Gina Weasley Malfoy pra ela ver o que eh bom rsrsrsrs... Espero q tenha gostado do cap... Bjsssssssss

AK Pri, aaaahh coitado do Rony rsrsrsrsrss... Soh queria ajudar rsrsrsrsrs... Demorei um pouquinho demais, neh? Malsss rsrsrsrs... Mas espero q tenha gostado msm assim... Bjsssssss

Jack, bom, agora a culpa nao foi da minha irmã :P :P q coisa naum? Foi mals, mas tive muuuito trabalho... Eu tenho que fazer 100 hrs de estágio !! 100 hrs !! Como eu vou fazer 100 hrs de estágio ?? Vou chorar :( rsrsrsrs... Sabe q eu tbm naum lembro q idéia brilhante eh essa naum... uahuahuahauha... Conversa de louco, uma naum lembra e a outra menos ainda rsrsrsrs... A liv... aaahh naum vou contar :) Soh pra ter certeza q vc naaaaum vai me abandonar :P hehehehehehe.... Adoooooro a Jack cantando... Vamos lah Jack, uma de Natal agora... hauhauhauhauha... Pode deixar, vou considerar com carinho a proposta do moviment morra Pansy rsrsrs... :D Espero q tenha gostado do cap ^^ Bjsssssss PS: Como vc quase perdeu o dedo na porta do carro ?!!!

Tatazinha, desculpaaaaaaa, foi justamente a vez q eu demorei mais... Mas prometo q naum vai se repetir... :) Fico feliz q vc esteja gostando... Espero que tenha gostado desse cap tbm... Bjsssss, teh maisss PS: espero q as bombas naum tenham estourado de verdd hehehe... pra vc poder voltar e pra passar de ano neh? rsrsrs Bjsssssss

Mariana, siiim tah acabando siiim, acho q o próximo jah eh o último ^^ Siiim, no fundo a amizade deles supera qlqr coisa... Sempre superou neh? rsrsrs Espero q tenha gostado desse cap tbm .... Bjsssssss

Ananda, desculpaaaaa, ai demorei mais tempo do q da outra vez. Sinto muito. Mas tenho fé ´q o próximo ainda vem ateh o Natal... Entaum naum vou falar Feliz natal pra ngm... Pq eu ainda volto aki... rsrsrs Determinação de autora rsrsrs... Espero q tenha gostado ^~ Bjsssssssss

Nina, bom, q o Voldemort morra bem dolorosamente eu posso garantir... O Harry e o Rony voltarem a ser amigos, bem provavelmente... agora qnto naum demorar mto, eu demorei neh? #^^# rsrsrsrs autora envergonhada.... Mas acho q o próximo vem mais rápido... Espero q tenha gostado do cap ^^ Bjsssssssss

Kamikinha, naaaum, essa naum vai fazer chorar naum... Vai ter um final feliz... Pelo menos eu acho rsrsrsrsrs... aaaahhh brigada de verdd. Espero q tenha gostado desse cap ^^ Bjsssssssssss

Lilly, siiim, agora q eles estaum juntos, e ainda mais fortes do que eram... Não vai ter pra ngm rsrsrsrs... aaahh acho q eu tenho tendências meio homicidas rsrsrsrsrs... Mas o Lucius do que o Draco neh rsrsrsrsrs..Q horror.... rsrsrs Eh, o Draco ficou maduro neh? aaaaahhh fico mtooo feliz, mt mt mt q vc vai ler meu livro se um dia eu publicar :D E foi exatamente isso... Provas... :( não tinha tempo nem pra hmmmm nada rsrsrsrsrsrs... Espero q tenha gostado do cap ^^ Bjsssssss

Lili, aaahh soh a consideração, jah me vale bem amis que dez... Fico imensamente feliz por vc ter gostado... eu sei que eu demorei um pouquinho demias, mas eu espero q vc naum tenha desistido rsrsrsrs... Mto mto obrigada pelo apoio e pelos elogios. Espero q tenha gostado do cap ... Bjssss

Daniela, fico feliz por ter gostado. Espero q tenha gostado desse tbm... Bjsssss

Edilma, adoreeeeei a sugestão. Virou título rsrsrsrs... Homenagem pra vc ^-^ Espero q tenha gostado do cap... Bjssssssssss

Laninha, claaaro, eles jamais deixariam o filho neh... Sorte a do Thiago ter "dois pais" hehehehe... Espero q tenha gostado desse cap... Bjssssss

Letícia, eh verdd, o Rony foi mau com a Liv, mas ele vai pagar a língua hehehehehe... com certeza, a Pansy tem um amor deturpado. Horrível. Mas a casa da praia deixou ele entrar de qlqr forma... Espero q tenha gostado do cap ^^ Bjsssssssss

lady xokolatýh, eeeee, fico mtooo feliz por vc ter gostadooo... Um tantão assimm ohhh ______________________________________________________(>.<)_____________________________________________________ nouza verdd, moh xatu o Rony, mas ele vai pagar a língua hehehehe... e a Gininha até queria um filho do próprio sangue, mas ela vai ser feliz com a Prue, rsrsrsrs... C viu, um gosta de um que gosta do outro, q gosta de sei lah qm... Soh o Draco e a Gina msm taum em paz rsrsrsrs... Bom, obrigada por estar acompanhando a fic :D Espero q tenha gostado do cap... Bjsssssssssss

Sofia, aaahhh fico mto feliz. Mto obrigada. Espero q tenha gostado desse cap tbm... Bjsssssssss

än!nhä, puxa, puxa, eu ia infartar de felicidade rsrsrsrsrs, aaaah eu demorei, mas naum vai se repetir rsrsrsrs... Fico feliz q tenha gostado da fic. Espero q tenha gostado desse cap tbm... Bjssssssssss

Nayara, eeeeeee q bom q vc gostou. Obrigada de verdd. Espero q tenha gostado desse cap tbm... Bjsssssssss

Pan, eeeeeee :D realmente qm eh vivo sempre aparece rsrsrsrsrsrs.... Fico mto feliz por ter voltadooo... bom, na verdd, eu ia fazer uma fic soh, sabe. O Harry morto no fim, e ponto... rsrsrsrs... mas aí eu gostei tanto de escrever... E gostei tanto do Harry como ele tava... E fikei com tanta doh a Hermione... rsrsrsr q eu criei uma continuação rsrsrsrsrs... Aaaahh naum chora naum... Vou fazer uma parte bem engraçada entaum com o Draco e a Gina pra vc naum chorar mais rsrsrsrs... No epílogo o FALE vai aparecer mais rsrsrsrs... Espero q naum saia daki... Naum desaparecer mais naaaaum rsrsrsrsrs... Bjssss, teh maissssssss

Janaína, fico mto feliz por ter gostadoooo... Ixi, demorei um pokinhu.,... Ok, um pocão, mas agora eu to de férias, o resto vai sair logo... rsrsrs... Bjssss

RE, abandono naaaaum... Eu demoro mas eu volto rsrsrsrs... Mas agora eu naum vou demorar tanto naum... espero q tenha gostado... Bjssssss

Shâmara, aaaaahhh fico mto mto mto feliz!!! Obrigada por acompanhar e pelos elogios :D :D Rsrsrs eu sei q eu demorei um pouco dessa vez, mas naum vou demorar mais naum... e naum morre naaaaum... E a fic td de uma vez ia demorar ainda maisss... rsrsrs... mas jah tah quase no fim... Espero q tenha gostado desse cap tbm... Bjssssss












Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.