Reconciliação






CAPITULO 23- Reconciliação

"As vezes ferimos as pessoas para que elas não nos firam"



Harry acordou com a maior dor de cabeça, olhou ao redor, havia dormido no jardim junto com Sara, Rony, Hermione, Gina e Draco. Riu ao lembrar do que acontecera na festa, eles ficaram bêbados e chegaram a brigar com os mais velhos pelo meio litro de Wisky de Fogo.
O moreno levantou-se silenciosamente e observou, muitos alunos estavam dormindo no jardim, ele caminhou desviando dos corpos agarrados de namorados e entrou no salão. Segurou uma gargalhada quando encontrou alguns professores como Lupin e Hagrid dormindo ali, assim como Kalin que despertou na hora em que o moreno chegou perto.
-Olha só quem esta aqui- disse o xamã sorrindo- que coisa feia Potter, você ficou bêbado e se agarrou ao Wisky como uma criancinha se agarra ao doce.
-Cala a boca, Kalin- resmungou o moreno passando a mão na cabeça.
-Esta de ressaca feia, hem- disse alguém atrás do garoto.
-Não enche Remo- disse Harry- Não tem como fazer a dor passar?
-Não- respondeu o professor sorrindo.
O moreno bufou.
-Que horas são?- perguntou por fim.
-Hm... Quatro horas!- disse Lupin olhando pra relógio- Você com certeza conseguiu deixar esta festa na história de Hogwarts, Harry. Pelas barbas de Merlin! Até Dumbledore esta dormindo em um sofá!
Harry riu, mas logo ficou sério, lembrou que iria ter que falar com o diretor cedo ou tarde sobre o clone e sabia que não seria uma conversa boa de se ter.
-Remo, Harry... Não acredito que dormimos aqui!- berrou Tonks acordando mais alguns bruxos.
Logo todos começaram a levantar e o salão encheu de risadas e comentários da noite anterior, alguém comentou algo sobre fogos de artifício, Harry se lembrava vagamente de que os gêmeos fizeram fogos especiais para a festas e Harry executou algumas coisas com fogo e água no céu, embora ninguém devia ter percebido que ele estava sem varinha.
-Harry! Então, como esta?- perguntou Gui chamando a atenção de todos para o moreno.
-Uma dor de cabeça dos demônios- disse o moreno.
-Depois da bebida sempre vem a ressaca, Potter- disse Moody- Lembre-se disso na próxima vez que você e seus amigos decidirem beber ate não agüentarem mais.
Harry gemeu e colocou a mão na cabeça.
-Ora, não é tão ruim- disse Lupin sorrindo- é melhor acordar os outros, acabei de ir ao jardim e diria que metade dos alunos estão dormindo lá fora.
Após uma hora todos os alunos estavam acordados, todos se dirigiram ao grande salão para comer algo, muitos estavam de ressaca, outros apenas com sono, o que gerou muitas brigas por coisas simples. Logo os alunos acabaram de comer e dirigiram aos seus dormitórios.
-Será que eu tento falar com Dumbledore? perguntou Harry a Sara.
-Não sei, Harry, realmente não sei- disse a garota- talvez ele o esteja esperando e se você não for ele irá achar que você se esqueceu da briga ou que não liga para ela. Ou talvez ele queira ficar sozinho ou esteja cansado e se você for ele irá manda-lo embora ou falar algo que ele não deseja...
-Eu vou, não custa tentar- disse o moreno- quanto antes conseguir restaurar o nosso laço melhor será.
-Então boa sorte- desejou a garota- espero que você consiga.
-Eu também- disse o moreno tomando um caminho diferente do de Sara e de seus outros amigos.

Harry seguiu ate o escritório de Dumbledore perdido em seus pensamentos. Não soube dizer como chegou ao escritório, nem se lembrava de ter falado a senha para as gargulas derem-lhe passagem, apenas deu por si quando bateu na grande porta de carvalho e ouviu a velha voz rouca lhe dando permissão para entrar.
-Bom dia, professor- ouviu-se dizer numa voz falhada e tremida.
-Harry, não esperava vê-lo -disse o velho diretor- sente-se.
O moreno sentou e aguardou.
-Deseja falar algo?- perguntou Dumbledore mais frio que o normal.
-Não vai me perdoar?- perguntou Harry.
-Deveria?- respondeu no mesmo tom frio.
-Não foi de propósito... Quero dizer, foi, mas não queria feri-lo- tentou explicar, mas as palavras simplesmente não saiam de sua boca- Não estava querendo te deixar preocupado ou triste ou com medo ou... sei lá! A penas queria distraí-lo para que pudéssemos trazer os convidados e arrumar os últimos preparativos pra festa!
-Podia ter feito outra coisa...
-Podia! Mas não me veio nada na cabeça naquela hora! Era o único jeito que eu conseguia imaginar!
-Não, Harry, você conseguiria imaginar em algo diferente se quisesse! Sei que poderia! Convivi contigo no verão e o observei durante todo o tempo que esteve aqui em Hogwarts!
-Se o senhor me observou durante todo este tempo, então deve saber que eu não brinco com o sentimento dos outros,e principalmente, não brinco com a morte!
-Por isso mesmo que eu acreditei que era você! Achei que você morreria! Quis perseguir o seu atacante e faze-lo pagar pelo o que fez! Mas não existiu nenhum atacante, você não estava a beira da morte, nem mesmo era você quem estava lá! Era apenas um clone, um simples clone!
-Droga! Eu errei! Eu sei! Mas errar é humano! Pelo amor de Merlin! Estou arrependido! Por favor acredite em mim!- pediu Harry.
-O que você faria se Sírius aparecesse no mesmo estado em que você estava e você passasse o dia inteiro preocupado, para no final descobrir que ele estava bem, não havia sido atacado e que o Sírius que você encontrou não passava de um clone para distraí-lo?! O que você faria, Harry? Iria perdoa-lo? Confiar nele como você confiava? Iria sorrir e esquecer de tudo?
Harry não encarou Dumbledore, sabia que não perdoaria facilmente.
O moreno levantou-se e se dirigiu a saída, colocou a mão na maçaneta e voltou a olhar para o diretor.
-Adeus, então- disse ele com a voz tremula- Não irei mais insistir com isso... Farei como o senhor deseja. Esqueça de mim e esqueça que algum dia tivemos uma relação maior do que a de aluno e diretor. Feliz Aniversário- suspirou, fechou os olhos e sussurrou- Adeus, meu amigo.
Harry girou a maçaneta, abriu a porta e saiu do escritório.
Caminhou sem rumo até escurecer. Viu a lua crescente por uma janela e seguiu para os jardins onde sentou-se na beira do lago.
Sabia que já havia passado em muito o toque de recolher e ele ganharia uma detenção se algum professor o pegasse. Mas não estava nem ai pra isso, embora sentisse como se fosse desmoronar, estava se segurando para não chorar e tinha certeza de que se algum professor aparecesse e começasse a questiona-lo, ele com certeza não agüentaria e esperava sinceramente que o professor fosse Lupin ou ate mesmo Minerva poderia ser gentil.
"Todos menos Snape"- pensou ele- "E Dumbledore"- acrescentou. O garoto não sabia qual seria a sua reação se o diretor aparecesse. Não sabia se iria gritar com o diretor ou se agarrar a ele como uma criancinha, não sabia se iria levantar uma muralha ao redor de si ou se iria começar a implorar o perdão.
Mas alguém superior devia odiar Harry com todas as forças, pois ele apareceu, o velho diretor parecia ter resolvido dar uma volta pelo jardim no meio da noite e, para a infelicidade de Harry, o diretor viu o moreno e seguiu em sua direção.
-Fora da cama a esta hora, senhor Potter?- perguntou o diretor.
Foi ai que Harry descobriu como reagiria se Dumbledore aparecesse. Ele sentiu como se fosse desmoronar, mas algo o manteve, sentiu os olhos marejarem, mas não derramou nenhuma lágrima. E por um momento toda a dor dele foi substituída pelo ódio e raiva, e nesse pequeno momento ele abriu a boca e falou:
-Não senhor, não esta vendo que já estou até dormindo?- disse com ironia alá Malfoy.
-Menos dez ponto para a grífinória, senhor Potter- disse Dumbledore- o senhor esta em detenção pelos próximos dois dia, o primeiro por estar fora da cama e o segundo dia pela falta de respeito. Agora vá para a cama antes que eu retire cinqüenta pontos da Grifinória.
Mas Harry não se mexeu, seu corpo simplesmente não o obedecia mais. Sentiu vontade de socar Dumbledore e lançar as piores maldições que conhecia nele.
-O senhor não me escutou, sr. Potter? Vá para cama agora- repetiu Dumbledore friamente.
-Eu escutei, senhor- disse Harry com uma voz fria que lembrava muito a de Voldemort- Não sou surdo.
Mas ainda assim Harry não se mexeu.
Dumbledore segurou o moreno pelo braço e o levantou.
-Talvez o senhor queira perder mais pontos e ficar mais tempo em detenção?-perguntou o velho diretor e Harry se sentiu tentado a desafia-lo.
-Me solte- disse- Agora.
-Você não me dá ordens- retrucou Dumbledore perdendo a paciência.
De repente Dumbledore sentiu uma terrível dor no braço e assim soltou Harry.
-O senhor me atacou, senhor Potter- disse Dumbledore- Poço expulsa-lo por isso.
E foi ai que Harry perdeu a cabeça.
-ENTÃO EXPULSE!- Berrou ele- ME EXPULSA DUMBLEDORE!
-Para com isso, Senhor Potter- disse o velho bruxo- Pare de berrar. Está com medo que eu o expulse?
-Medo? Não velho- disse Harry com ódio- por que teria medo? Mesmo se você me expulsasse eu continuaria fazendo magia, continuaria vivendo nesse maldito mundo!
-Sua varinha seria quebrada e seus poderes selados- informou Dumbledore.
-E por acaso você acha que eu deixaria? Vamos! Me expulsa pra ti ver o que eu faria!- berrou Harry- Estou te desafiando! É só dizer algumas palavras e esta feito, não é?!
Mas não houve resposta, Dumbledore apenas encarou Harry friamente e o garoto riu.
-Você não me expulsa porque precisa de mim pra guerra, não é? Precisa da tua arma, o seu peão, não é mesmo?!
-Você não sabe do que está falando- disse Dumbledore chocado- Você nunca foi uma arma pra mim Harry, nunca foi um peão.
Mas Harry estava cego por causa da dor e do ódio e nem notou que o diretor usara seu primeiro nome.
-Vai embora- disse Harry num tom infantil- Quero ficar sozinho.
-Não posso permitir que você fique aqui após o toque de recolher- disse Dumbledore- Agora retorne para a cama.
-Já estou em detenção, qual é o problema em me deixar ficar aqui?!
-O problema, senhor Potter, é o senhor-disse Dumbledore- sempre arranja encrencas, sempe passando por cima das regras. Não acha que já esta na hora de parar? Já chamou a atenção demais por hoje.
-Acha que faço isso por fama? Que sou um heroizinho trágico? Que só quero chamar a atenção?
-Talvez seja isso mesmo- retrucou Dumbledore
Harry bufou e virou de costas para o bruxo. Como ele podia ser tão idiota? Tinha vontade de berrar com ele, xinga-lo de todos os nomes que conhecia. Fechou os olhos e respirou fundo para se acalmar, não adiantou. Não soube se foi pela dor ou pela raiva e pelo ódio que seus olhos se encheram de lágrimas.
E elas começaram a escorrer.
Reprimiu um soluço, mas não foi bem sucedido.
Ouviu o diretor suspirar.
-Talvez eu tenha exagerado um pouco- disse Dumbledore- Mas não conseguia apagar a imagem do seu clone da minha cabeça.
"Fazia tempo que eu não ficava tão preocupado, fiquei cego para qualquer desculpa- continuo o diretor observando o pupilo- A dor impediu que eu aceitasse qualquer pedido de perdão. Logo eu, que dou uma segunda chance aos comensais e os perdôo, não consegui perdoar ou dar uma segunda chance a uma das pessoas mais importantes da mina vida. E agora penso, como você poderá me perdoar pela dor que aparentemente lhe causei ao negar o seu pedido de desculpas? Como você vai me olhar na cara após eu ameaça-lo de expulsão? Trata-lo como se nenhum laço tivesse sido criado entre nós? E feito você chorar novamente? E agora lhe peço: Você me perdoa?
Harry tentou tirar as lágrimas, parar de chorar, já tinha dezesseis anos, não podia chorar sempre que uma dificuldade aparecesse. Quando vivia com os Dursley, raramente chorava, na verdade a última vez que chorara, sem contar na casa de Dumbledore, foi com seis anos, desde então havia feito uma muralha entre ele e o mundo, se quisesse poderia disfarçar ou ocultar seus sentimentos. Então o que acontecera com ele desde que Sírius morrera? Onde estava a firmeza e a força que ele possuía? Ele não sabia responder, apenas sabia que ele havia mudado, mas não sabia se havia sido para melhor ou para pior.
Sentiu as lágrimas pararem de escorrer lentamente e voltou encarou o bruxo na sua frente, mas logo baixou os olhos e descobriu que não conseguia olha-lo.
Observou Dumbledore se aproximar e segurar seu rosto com a sua mão. As últimas lágrimas escorreram e o diretor as limpou carinhosamente.
-Você acha que é uma arma? -perguntou Dumbledore- Um pião meu?
Harry não respondeu, sentiu que a voz o havia abandonado.
-Você é mais importante pra mim do que pensa, Harry- disse Dumbledore olhando diretamente nos olhos de Harry- Muito mais importante. Acho que os Sonserinos tem um pouco de razão, você é o meu "Garoto de Ouro".
Harry riu, se sentiu incrivelmente bem.
-Eu ainda não agradeci pela festa- comentou o bruxo- Muito obrigada Harry - Dumbledore abraçou o moreno carinhosamente- Nunca pensei que alguém pudesse fazer uma pra mim, foi realmente uma surpresa, uma ótima surpresa. Significou muito pra mim, encontrei amigos que não via ha anos... Walker nunca sai de casa, você deve ter tido muito trabalho para convencê-lo a ir! E você e seus amigos encontraram fotos minhas que eu nem sabia que existiam...
Dumbledore riu e sentou no chão e Harry sentou do seu lado.
-Devo dizer que você e Sara são ótimos cozinheiros- disse Dumbledore- Mas estou curioso, o participante misterioso que trabalhou com Gina não seria Draco?
Harry sorriu e, incapaz de falar naquele momento, acenou positivamente a cabeça.
-Sei que não é correto perguntar isso, mas que pagou por tudo? Não deve ter saído barato...
-Um pouco de influência e ganhei bastante desconto- disse Harry com a voz falhada.
-Então foi você...- disse Dumbledore se sentindo um completo idiota por ter brigado com Harry. Além do garoto ter tido a idéia, ter planejado, feito e organizado, ele ainda pagou pela festa.
-Era o mínimo que podia fazer- disse Harry- Além de que o senhor me aturou o verão inteiro, pagou minhas despesas...
-Fiz porque eu queria vê-lo feliz.
-Igualmente- disse o garoto.
Eles ficaram em silêncio, refletindo tudo o que havia acontecido.
-Harry- disse Dumbledore quebrando o silêncio.
-Posso voltar a chama-lo de Albus?- perguntou o garoto.
-O que você acha?
Harry sorriu e deitou, ficou olhando para o céu estralado e percorreu seus olhos até a lua crescente.
-Qual dos dois o senhor prefere?- perguntou de repente- Lua ou Sol?
-Hm... Uma boa pergunta, gosto dos dois. E você?- perguntou o diretor deitando ao lado de Harry.
-Gosto da lua, mas gosto do poder do sol- disse Harry simples.-Dia ou noite?
-O dia- disse Dumbledore pensando no porquê das perguntas- E tu?
-Noite.
-Por quê?- perguntou o velho diretor.
-Me sinto melhor- disse Harry- mais protegido, acho que isso vem da infância.
-Por causa dos Dursley?
-É,a noite eu apenas ia pra cama- disse o moreno- ninguém me incomodava ou fazia qualquer coisa...
Dumbledore notou que Harry usara um tom mais frio quando falou "qualquer coisa".
O observou o moreno. Era óbvio que o "qualquer coisa" se referia a maltrato. A noite todos os Durley iam dormir, por isso Harry não apanhava ou era forçado a trabalhar. Naturalmente ele prefere a noite ao dia.
Harry fechou os olhos e lembrou-se de Yue asakura.
-Hm, Albus- chamou Harry- Você sabia que eu e a Sara estamos namorando, certo? - o diretor confirmou- então, por que não me falou sobre as tradições bruxas?
-Esqueci- disse o diretor- mas por que a pergunta?
-Yue Asakura- respondeu o moreno- na festa ele me falou sobre elas...
Dumbledore riu.
-Posso imaginar.
-Não ria!- disse Harry indignado- Nem sabe a cara que eu fiquei, o cara chegou a me oferecer uma poção calmante!
Dumbledore não conseguiu segurar e gargalhou ao imaginar a cena.
-Para!- disse harry envergonhado- Ei! Não tem graça! Eu quase entrei em desespero e agora tu ta' rindo!?
Isso somente contribuiu para Dumbledore não conseguir mais parar de rir, até que um Harry que esqueceu que era bruxo pulou em cima do diretor numa tentativa de parar o riso.
Harry fazia de tudo, mas nada adiantava, até que ele começou a rir das próprias tentativas.
-Isso não é justo- reclamou ele.
-Tudo bem- disse Dumbledore sorrindo- me desculpe.
Harry sorriu e ficou vermelho quando notou que continuava em cima de Dumbledore, rolou para o lado.
-Professor- disse harry hesitante.
-Pode falar, Harry -disse Dumbledore sentindo a hesitação do pupilo.
-Por que o senhor se preocupou tanto comigo... com o clone- perguntou Harry- quero dizer, temos uma relação maior do que de aluno e diretor. Somos amigos e...
Dumbledore suspirou e sorriu carinhosamente.
-Para mim, Harry, você é mais que um amigo- disse Dumbledore- Desde a primeira vez que eu o vi, o considerei importante para mim... Quando a nossa relação começou a melhorar, começamos a passar mais tempo juntos, meu sentimento por você aumentou, deixei de pensar e você como um grade amigo.
Harry estava meio ofegante, será que Dumbledore estava dizendo o que ele achava que estava?
-E agora?- perguntou Harry- O que o senhor sente?
-Para você pode parecer bobagem- disse Dumbledore com os olhos marejados- mas o considero um filho.
Harry não notou mas lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto novamente. O moreno entrou em transe e quando deu por si havia abraçado o velho diretor.
-Obrigada- disse ele- Não sabe o quão feliz fico ao ouvi-lo falar isso.
Dumbledore retribuiu o abraço e sentiu que o moreno tremia levemente.
-Por que esta tremendo Harry?- perguntou ele.
-Acho que estava com medo da sua resposta- disse Harry- Afinal o senhor também é mais que um amigo para mim, mais que um conselheiro, é como um pai.... ou como disse pra Sara, como um avô pelas barbas brancas... e pela idade.
Dumbledore sorriu, sentiu como se o natal tivesse chegado antes do esperado.
-Fico contente em ouvir isso- disse o diretor- Estava inseguro quanto a sua reação...
-E eu quanto a sua... achei que você diria que era viajem minha, mas Sara disse que eu não tinha o que temer...
-Falou com Sara sobre mim?
-Ela me perguntou o que eu achava do senhor...
-Ela é uma ótima garota- comentou Albus.
-Ótima em todos os aspectos- disse Harry para si, infelizmente Dumbledore ouviu.
-Penso que o quarto de seus ancestrais será útil agora, mas antes é melhor estudar sobre a gravidez e meios de evita-la... Existem feitiços ant...
-Professor!- exclamou o garoto mais vermelho que os cabelos dos Weasley.
-Irei pedir a Remo ter uma conversa sobre isso contigo...
-N- não precisa- disse Harry- acha que eu vou fazer alguma coisa com Sara?
Dumbledore sorriu.
-Não precisa ter vergonha, Harry- disse o diretor- é natural que você...
-Mudando de assunto...- disse Harry- To em detenção?
-Sim- disse o diretor.
Harry fechou a cara.
-Não tenho culpa, Harry- disse Dumbledore.
Harry rosnou alguma coisa e ficou em silêncio.
-Ficou bravo?
-Não... - disse o moreno.
Novamente veio o silêncio, e este durou alguns minutos.
- Professor... O senhor podia me ensinar alguns feitiços?
-Por que? Acho que você esta indo bem assim.
-Mas ainda tenho que aprende muita coisa! E quem melhor para ensinar do que alguém mais poderoso do que eu? Além do mais, Voldemort esta cada vez mais forte.
-Harry, não pense apenas na guerra- disse o diretor- Você tem uma vida pra viver! Passe mais tempo com seus amigos e com as pessoas que você considera importantes.
-Mas...
-Não ha "mas" Harry- cortou Albus- Viva a vida, divirta-se. Você é jovem, não desperdice a melhor época da vida.
-Certo- disse o moreno- Então posso passar no teu escritório depois das aulas? Afinal o senhor disse para mim passar mais tempo com as pessoas importantes pra mim.
Dumbledore sorriu.
-Claro que pode- disse ele- ficarei esperando com uma xícara de chocolate quente e alguns biscoitos.
Harry abriu um sorriso de orelha a orelha. Apoiou a cabeça no peito do diretor e bocejou.
-É melhor irmos dormir- disse o diretor passando a mão no cabelo do moreno.
Eles levantaram e observaram uma grande bola de fogo começar a emergir no horizonte.
Havia amanhecido.






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OIEEE! E AI GOSTARAM?
PENSEI EM DEIXAR O HARRY E O DUMBIE SEM SE FALAR POR ALGUNS CAPS, MAS ACHEI MELHOR DEIXAR ASSIM.
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO, NAO SEI SE CONSEGUI EXPRESSAR BEM O QUE EU QUERIA, SEI QUE A FIC ANDA MEIO SE AÇÃO, MAS PROMETO QUE NAO VAI DEMORAR MUITO PARA QUE ALGO ACONTEÇA...
AGRADEÇO OS COMENTARIOS E O PROXIMO CAP SAI SEMANA QUE VEM =]
BJOSS JULIIA-CHAN










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