Progresso



Antes do Amanhecer

por snarkyroxy

traduzido por bastetazazis

beta-read por ferporcel

Summary: Providências são tomadas e faz-se progresso… aparentemente em mais de um sentido.

Disclaimer: Qualquer coisa que você reconheça pertence ao talento imensurável de J. K. Rowling; eu só os pego emprestado para brincar um pouco!

Capítulo Onze: Progresso

Na manhã seguinte, Hermione estava aliviada ao ver Snape no café da manhã, parecendo tão rabugento como sempre, mas aparentemente ileso. Poções era a sua primeira aula naquela manhã, então ela seguiu seu caminho para as masmorras com Harry e separou-se dele quando entraram na sala de aula, cada um sentando-se com seus respectivos parceiros.

Hermione observava de seu lugar, logo atrás de seu amigo, enquanto ele e Malfoy trocavam olhares gélidos. Apesar da aversão entre os dois, eles pareciam estar se entendendo o suficiente para conseguirem trabalhar juntos. Harry precisava de uma nota decente em Poções para entrar para o treinamento de Auror, e Malfoy tinha um talento natural para a arte. Ela ficou pensando o que o Sonserino diria do seu novo compromisso com Snape?

O mestre de Poções entrou na sala, vindo do seu escritório, carregando uma pilha de pergaminhos que eles descobriram ser suas últimas redações.

– Adequado – ele comentou enquanto os distribuía para a turma. – Entretanto, adequado não é suficiente na minha matéria. Eu espero nada abaixo de Excepcional dos meus alunos, e se não os receber no futuro, vocês vão descobrir que não terão mais lugar nas minhas aulas.

Hermione tentou capturar o olhar de seu professor quando ele lhe devolveu seu pergaminho, mas ele a ignorou com firmeza. Um pouco desconcertada, embora ela soubesse que ele não agiria diferente em público, ela olhou de relance para a sua redação. Pulando para a última página, ficou satisfeita ao ver um 96 rabiscado no final da folha, e também surpresa ao ver algumas poucas linhas de texto acima da nota, na tinta vermelha viva que ele usava.

Raramente ela recebia algum comentário nas suas redações de Poções. Parecia que, no caso dela, Snape havia distorcido o velho ditado, então, se ele não tinha nada desagradável para dizer, ele não dizia absolutamente nada.

Ela olhou de relance com curiosidade para o mestre de Poções, que estava do outro lado da sala, antes de baixar os olhos novamente para ler seus rabiscos:

“Discutiremos nosso acordo esta noite. Após o jantar, vá para o corredor Leste do primeiro andar. Há uma porta próxima ao retrato de Inácia Wildsmith. Ela se abrirá às seis e cinco, precisamente. Não se atrase.”

Ela sorriu por um momento com a ironia de ver o Snape passando bilhetinhos durante a aula. Então, enfiou o pergaminho na mochila e começou a trabalhar na sua poção.


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Após o jantar ela encontrou o retrato, e a imperceptível porta de madeira próxima a ele, com apenas um minuto de folga. O corredor estava vazio; levava apenas à sala de aula de Feitiços e os alunos já haviam terminado as aulas do dia, então ela fingiu que estava interessada na pequena bruxa do retrato até ouvir um leve clique e a porta se abriu.

O que quer que estivesse além da porta, estava no escuro. Ela entrou cuidadosamente, fechando a porta atrás de si. Um lumus murmurado de algum lugar muito próximo assustou-a, e ela se viu pestanejando em frente a Snape, que tinha sua varinha erguida entre eles.

– Srta. Granger – ele disse como cumprimento. – Alguém viu você entrar?

– Não, professor – ela balançou a cabeça. – Não havia ninguém por perto. Que lugar é este?

– É uma entrada mais conveniente para o meu laboratório, a qual você usará a partir de agora. Depois do que aconteceu ontem, eu achei prudente você não ser vista nas masmorras mais que o necessário para as suas aulas regulares.

Ela assentiu com a cabeça para concordar. – Obrigada, professor... mas como eu faço para abri-la pelo lado de fora? Tem uma senha?

– Não – ele disse. – A porta reconhece a varinha de quem tem permissão para entrar, ao invés de uma senha. Assim, se você puder encostar sua varinha na maçaneta... – Ele gesticulou para a porta.

Ela sacou a varinha e seguiu as instruções dele. Ele murmurou um encantamento que fez com que a porta e a sua varinha brilhassem momentaneamente.

– Você conseguirá abri-la por qualquer lado – ele declarou. – Se alguém ver você entrar ou sair, e lhe fizer perguntas, apenas diga-lhes que é um atalho usadoexclusivamente pelos professores e Monitores–Chefes.

– Venha. – Ele começou a descer pelo corredor, iluminado apenas pela luz que emanava da varinha dele. Hermione percebeu enquanto eles caminhavam, que eles ainda não tinham descido abaixo do nível do primeiro andar por onde ela entrara no corredor. Agora que ela pensava a respeito, quando ela visitara o laboratório particular do Snape anteriormente, eles subiram um lance de escadas acima do nível da sala de aula de Poções.

Ela comentou isso enquanto eles continuavam a caminhar.

– Uma observação perspicaz – ele disse. – A sala de aula de Poções está localizada nas masmorras devido à natureza volátil de alguns ingredientes quando expostos à luz do sol. O Diretor da Sonserina, entretanto, nem sempre foi o professor de Poções, e nem precisa gostar de viver na escuridão. Há rumores que Salazar Slytherin, com toda a sua astúcia, era terrivelmente claustrofóbico.

Hermione riu, o som da sua risada ecoava pelas paredes nuas de pedra. – Você não está falando sério, professor, está?

– Seríssimo – ele respondeu quando eles chegaram ao final do corredor e a outra porta de madeira. – Ou isso, ou ele simplesmente gostava de ter janelas para espionar suas Casas rivais.

Ele abriu a porta e a conduziu para dentro da sala, que ela reconheceu instantaneamente. Ela a vislumbrara quando estivera no laboratório dele preparando a Poção de Mata-cão, e a sala era tão agradável quanto lhe parecera a primeira vista.

Uma parede inteira era coberta do chão ao teto por prateleiras, abarrotadas por centenas e centenas de livros, tanto antigos como novos. Duas poltronas confortáveis e um sofá combinando ficavam em frente à lareira, formando um semi-círculo irregular, o estofado azul escuro contrastava com o tom ocre acolhedor do tapete em frente à lareira.

A sua esquerda havia três portas. A última ela reconheceu como sendo a porta que levava ao laboratório. A sua frente havia uma escrivaninha, maior e mais luxuosa que a do outro escritório do Snape, mas ainda assim, cheia de livros e pergaminhos empilhados. E atrás da escrivaninha estava...

– Nossa! – ela disse, atravessando a sala e parando em frente à enorme janela. Ela podia ver o lago e a Floresta Proibida e, à distância, as luzes cintilantes da vila de Hogsmeade. – Não é de admirar que você goste de ser o Diretor da Sonserina, se estes são os aposentos que vêm com o emprego. Esta vista deve ser maravilhosa durante o dia.

Ele parou ao lado dela, com os braços cruzados. – E é – ele admitiu. – Embora eu não me encontre por aqui durante o dia com tanta freqüência para aproveitá-la. – Ele fez uma pausa. – Agora, vamos aos negócios.

Ele fez sinal para ela segui-lo até a porta que levava à seu laboratório. – Como você dever ter suposto – ele disse –, estes são meus aposentos particulares. Eu confio que você respeitará minha privacidade e entre aqui apenas com o propósito de acessar o laboratório.

Ele não entrou no laboratório. Em vez disso, instruiu-a a sacar sua varinha novamente e executou o mesmo encantamento de antes para liberar as proteções na porta, para que ela pudesse abri-la. Depois de assegurar que estava funcionando, ele a convidou para sentar-se numa das poltronas perto da lareira e sentou-se na outra, conjurando um bule de chá e oferecendo-lhe uma xícara, antes de seguir para a discussão do acordo planejado pelo Diretor.

Além de usar o período que seriam das aulas de Magia Medicinal, exigia-se que ela dedicasse algumas horas de estudos para o projeto. Ela hesitou a princípio, detestando ter que sacrificar o que considerava seu tempo de estudo necessário, até Snape argumentar, maliciosamente, que ela poderia ter feito os N.I.E.M.s no lugar dos N.O.M.s com dois anos de antecedência, e ainda assim atingir notas quase perfeitas.

Se continuasse assim, ela teria que começar a contar os elogios indiretos que ele parecia dispensar-lhe toda vez que estavam sozinhos.

Ela sabia que ele confiava nela para deixá-la trabalhando sozinha, mas mesmo assim, ele disse que preferia, sempre que possível, estar no laboratório enquanto ela estivesse preparando as poções. Finalmente, considerando suas obrigações como Monitora-Chefe e as patrulhas dele pelos corredores, eles conseguiram elaborar um cronograma que ela achava ser capaz de conseguir manter junto com seus estudos.

As aulas de Magia Medicinal eram nas tardes de quarta-feira, então, como Snape dava aula neste horário, ela usaria esse tempo para preparar os ingredientes não perecíveis. Antes e após o jantar destas noites, ela prepararia poções na presença dele, e novamente no mesmo horário às sextas-feiras. Ele também concordara em permitir que ela trabalhasse no seu laboratório nas tardes de domingo, devido à enorme quantidade de poções que Madame Pomfrey havia requisitado. A lista parecia ter crescido desde o ano anterior, ele comentou, e tanto Snape quanto Hermione pensaram, mas não disseram em voz alta, que se o pior acontecesse, eles precisariam ainda de mais poções curativas.

Eles acabavam de terminar a divisão da lista de Madame Pomfrey em poções perecíveis e não-perecíveis quando o som de uma campainha aguda atravessou a sala, assustando Hermione.

– Eu tenho uma poção que precisa da minha atenção – Snape disse, levantando-se. – Não devo demorar.

Ele entrou rapidamente no laboratório e Hermione observou-o sair, pensando novamente como o relacionamento deles havia mudado na última semana. Ela usava a expressão relacionamento despretensiosamente, mas eles definitivamente haviam progredido além da simples interação aluno-professor.

Se ela já não soubesse, poderia imaginar que aquele homem solitário estava realmente se esforçando para ser agradável com ela. Mas mesmo assim, ela não se atreveria a fazer suposições sobre o mestre de Poções; as atitudes dele com ela podiam mudar para pior mais rápido que o clima de novembro. Bastava um mínimo detalhe para irritá-lo. Talvez fosse ela quem tivesse mudado, esforçando-se inconscientemente para não irritá-lo. Seja lá quem fosse o responsável por isso, agora ela se encontrava esperando ansiosamente pelo tempo que passaria com ele nos próximos meses.

Ela ia colocar mais chá em sua xícara quando passou os olhos pelas prateleiras lotadas de livros novamente, e resolveu então, examinar a vasta coleção enquanto esperava seu professor voltar. Colocando sua xícara na mesinha de café, ela andou até a longa parede coberta de livros, começando por um dos lados. Havia livros de qualquer assunto imaginável; alguns previsíveis, outros nem tanto. Os livros sobre poções ocupavam uma boa parte das prateleiras e estavam acompanhados, surpreendentemente, por uma boa quantia de livros de química trouxa.

Havia uma seção de livros sobre Artes das Trevas, tanto de prática quanto de defesa, e na prateleira mais baixa tinha livros com títulos como Trouxas ou Sangue-Ruims? A Invasão Silenciosa, Magia com Sangue: O Poder da Pureza e A Nobreza Natural: Uma Genealogia dos Bruxos. Hermione passou por esses livros com a testa franzida, mudando de prateleira para descobrir outra, repleta por livros de autores bruxos e trouxas. Ao que parecia, Snape gostava de ficção histórica e história antiga, e Hermione resolveu perguntar-lhe mais tarde se ela podia pegar alguns deles emprestado.

Herbologia, um tópico complementar a Poções, também se destacava, junto com uma extensiva coleção de livros sobre diferentes criaturas mágicas. Hermione olhou em volta, viu que Snape ainda estava ocupado com a poção dele, e puxou da estante um livro intitulado simplesmente: Éguas Apaixonadas. Fascinada com o que Snape lhe contara sobre a criatura duas noites atrás, ela folheou as páginas rapidamente até chegar no capítulo sobre interações com humanos, e leu:

“As éguas apaixonadas são conhecidamente desconfiadas dos humanos e evitam a maioria da nossa espécie a todo custo. Essas criaturas são, entretanto, excepcionalmente perceptivas às emoções humanas, e podem pressentir a culpa, a dor e a vergonha. Já houve relatos de éguas apaixonadas que se afeiçoaram a humanos com uma forte emanação destes sentimentos. Se a égua apaixonada acredita que o humano merece perdão, elas procurarão ajudá-lo a superar sua dor, oferecendo amizade e seus recursos curativos próprios e raros”.

A conversa que ela teve com Snape no sábado a noite fazia sentido agora. Ela passara um longo tempo depois, refletindo como alguém tão rude como o mestre de Poções era reconhecido como amigo, ao invés de inimigo, por uma criatura tão desconfiada. Eu tenho um... acordo, se você preferir, foi o que Snape dissera sobre sua parceria com a égua apaixonada. Obviamente, a criatura sentia a escuridão no passado dele e, como talvez apenas Dumbledore e ela mesma, achou que ele merecia uma segunda chance.

Ela continuou a leitura, até ouvir um movimento logo atrás dela, e no momento seguinte a voz de Snape dizendo:

– Eu fiquei imaginando quanto tempo você conseguiria resistir à sedução dos livros.

Ela fechou o livro e virou-se para encontrá-lo sorrindo maliciosamente, mas assim que ele deu uma olhada no livro em suas mãos, seu rosto endureceu.

– Escolha interessante – comentou.

– Eu queria descobrir mais sobre elas – ela disse –, depois da nossa conversa na outra noite.

– E o que você descobriu? – ele perguntou friamente, tirando o livro das mãos dela e colocando-o de volta na prateleira.

Ela franziu as sobrancelhas, confusa com a hostilidade repentina. – Eu não tive a chance de ler muito – murmurou, e sem querer irritá-lo ainda mais, tentou mudar de assunto.

– Posso perguntar sobre a poção em que está trabalhando?

Ele assentiu e retornou para a cadeira em frente à lareira, banindo o conteúdo frio da sua xícara de chá e reabastencendo-a enquanto Hermione sentava-se a frente dele.

– Como você já deve saber – ele começou –, o Lorde das Trevas me considera útil pelas minhas habilidades com poções tanto quanto pela minha proximidade a Dumbledore. A última tarefa que me foi delegada é o desenvolvimento de uma poção que consiga reproduzir um feitiço que o Lorde das Trevas particularmente adora.

– O Cruciatus? – Hermione sentiu um frio na espinha quando Snape assentiu.

– Exatamente.

– Você estava conversando com o Diretor a respeito de um antídoto – ela mencionou. – Isso significa que você conseguiu preparar a poção que Vol-, que ele queria?

– Teoricamente – ele confirmou. – A poção parece estar perfeita. Entretanto, eu não terei certeza até poder testá-la, algo que não quero fazer enquanto não tiver o antídoto pronto.

Hermione estava dividida entre a admiração pelo mestre de Poções por sua competência em transformar uma maldição tão antiga em uma poção, e o terror pelo quê essa poção causaria às suas vítimas. Uma das poucas características redimíveis da maldição Cruciatus era o preço que se pagava por lançá-la. Apenas os bruxos ou bruxas mais poderosos conseguiam manter a maldição por um tempo significativo.

Uma poção com os mesmos efeitos da maldição não sofreria este impedimento. Poderia ser desferida com força mortal e contínua, e a idéia do que uma arma tão poderosa significaria nas mãos de Voldemort aterrorizava Hermione.

Seu temor devia estar estampado em seu rosto, pois Snape disse:

– Eu pretendo atrasar a entrega da poção para ele o quanto for possível. Entretanto, quanto mais tempo demorar, mais eu arrisco aumentar as suspeitas dele nos meus motivos verdadeiros. Ele confia muito nas minhas habilidades e não aceita falhas cordialmente. Mas até eu ter o antídoto e estiver certo que ele funciona, continuarei entregando variações incorretas da poção real para demonstrar meu progresso.

– Em quem você testa as poções? – ela perguntou de repente.

– O Lorde das Trevas arranja cobaias para o meu uso – disse brandamente, pesaroso. Vendo a expressão aterrorizada dela, acrescentou:

– Eu não gosto disso, Hermione, mas eu tenho que desempenhar o meu papel. A maioria das poções que entreguei até agora matam instantaneamente, para que as vítimas não precisem sofrer desnecessariamente.

Ela inclinou a cabeça pesadamente. Fôra horrível ver as notícias sobre os audaciosos ataques dos Comensais da Morte estampados na primeira página do Profeta, mas estas mortes súbitas, de vítimas anônimas, possivelmente a deixaram ainda mais perturbada. Ela se perguntava quantas pessoas, na trajetória do reinado de terror de Voldemort, morreram daquela maneira; trouxas anônimos deixados à beira de uma estrada de terra ou num campo deserto; alguns nunca encontrados. A gravidade da situação a atingiu e, de repente, ela se viu chorando inexplicavelmente.

Snape, por sua vez, não ofereceu palavras falsas de conforto. Em vez disso, preferiu sentar-se em silêncio até que ela pudesse se recompor.

– Desculpe-me – ela começou, mas ele a interrompeu.

– Não, sou eu quem deveria se desculpar – ele disse. – Eu não deveria ter sobrecarregado você com esta informação.

– Mas eu perguntei – ela disse, sem jeito. – Bem feito para mim por ser tão curiosa, imagino.

Ele não sorriu, mas seus olhos brilharam com um traço de divertimento quando ele declarou que a reunião havia acabado.

– Acho que já chega por esta noite – ele disse. – Eu devo vê-la novamente na quarta-feira, para começar o trabalho.

Ela levantou-se e foi em direção à porta que a levaria de volta ao primeiro andar. Virando-se com sua mão na maçaneta, disse:

– Obrigada, professor.

Ele olhou confuso por um instante, então ela explicou sua declaração generosa.

– Obrigada por confiar em mim o suficiente para me contar.

Ela saiu antes que ele tivesse tempo de formular uma resposta.


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Nas três semanas seguintes, Hermione adaptou-se confortavelmente à rotina construída em volta do tempo que passava preparando poções. Ela começou a passar mais tempo no laboratório de Snape do que o acordado inicialmente, e apesar dos protestos iniciais dele, ela tinha uma leve suspeita de que o mestre de Poções estava contente com a sua companhia e ajuda. Mesmo com a assistência dela, ele ainda estava investindo um tempo ridiculamente longo. Ele sempre estava mergulhado no trabalho quando ela chegava no laboratório e, aparentemente, continuava lá muito depois dela ter ido para a cama. Ela odiava pensar nas horas em que ele permanecia trabalhando sem a sua ajuda.

Ele fôra convocado duas vezes por Voldemort, sempre levando frascos com as “poções falsas” que ele mantinha prontas para demonstrar seu aparente progresso para o Lorde das Trevas. Cada vez que ele voltava, aparentava estar bem, mas no olhar uma determinação impassível para completar o antídoto o mais rápido possível

Trabalhando juntos com tanta frequência, eles ficaram bem mais à vontade com a presença um do outro e desenvolveram uma familiaridade cautelosa que beirava a amizade. Ele ainda conseguia zombar e desdenhar dela com freqüência, mas agora isso era feito com bom humor e, após seu choque inicial ao descobrir que o sarcástico e obscuro senso de humor dele era realmente engraçado, ela conseguia devolver na mesma moeda.

Os esforços dele em terminar o antídoto não estavam dando resultado. Ele estava convencido que os excrementos da égua apaixonada eram o ingrediente essencial, mas eles estavam reagindo de uma maneira estranha com um dos outros ingredientes, e ele estava com problemas em deduzir qual. Sem saber mais o que fazer, ele começou a testar cada ingrediente individualmente com os excrementos, resultando em vários caldeirões derretidos e uma explosão espetacular. Felizmente, a explosão não deixou ninguém ferido no laboratório, apenas deixando o mestre de Poções, que estava inclinado sobre o caldeirão, com o rosto todo preto e Hermione atreveu-se a fazer uma brincadeira sobre como ele estava combinando com o resto da sua aparência.

– Nenhum ponto para a Grifinória – ele respondeu com um sorriso malicioso, que não deixava dúvidas que ela se arrependeria da sua brincadeira.

Ele se vingou no dia seguinte, quando ela, depois de passar uma hora inteira mexendo uma poção, parou para descansar e comeu um dos bolinhos que estavam numa bandeja na escrivaninha dele, uma sugestão de Dumbledore depois que o Diretor percebeu quantas refeições os dois haviam perdido.

Alguns minutos depois, as penas amarelas transformaram-se novamente em pêlos, mas a risada forte do mestre de Poções ecoou em sua mente durante toda a tarde, e ela decidiu tentar e coagir este som maravilhoso dele com maior frequência.


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Continua…

N.A.: A maravilhosa Undun fez um lindo desenho deste capítulo, com Severo e Hermione logo após o incidente com o creme de canário. Foi um pedido de Keladry Lupin, em troca de mais capítulos da sua história – She Was Beatiful To Him, então eu fui duplamente recompensada, recebendo um maravilhoso desenho e mais capítulos da minha fic favorita!

A versão completa da imagem pode ser vista no LiveJournal da Undun:

http/ podem encontrar mais desenhos da Undun no seu website:

http/undun. Nobreza Natural: Uma Genealogia dos Bruxos (do original Nature’s Nobility: A Wizarding Genealogy) é um dos livros que a família de Sirius tinha guardado no Largo Grimmauld. Todos os outros títulos são invenções malucas.

Inácia Wildsmith foi a inventora do pó de flu, de acordo com o HP Lexicon e o site da JKR.

Obrigada a todos que estão lendo e deixando reviews!

N.T.: Obrigada a Ferporcel pelo maravilhosa, e neste capítulo, trabalhoso, trabalho como beta-reader. Obrigada mais uma vez a MiGranger, capaz de rastrear informações dos livros de HP em pouquíssimos minutos!

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