Renovação na ordem



As 18:30 o trio seguiu pra sala de estar, que estava imperturbável, para a ira de Gina. Ao chegarem lá encontraram muitos membros conhecidos: Lupin, Moody, Quim, Mundungo, Tonks, Hagrid, Sr. Weasley, Gui,
Sra Weasley, Carlinhos, Fleur (ela estava noiva de Carlinhos, segundo Rony lhe contara), Fred, Jorge, Arabella Figg, Vitor, Snape, Amélia Bones e outros que Harry desconhecia.Dumbledore, por fim, presidia o encontro. Após todos tomarem seus lugares ele pigarreou antes de iniciar:
- Creio que estão todos aqui, então, daremos início a mais essa reunião, que tem como objetivo esclarecer a todos a situação em que nos encontramos. Bem, juntando todas as informações que coletamos, podemos chegar à seguinte conclusão – parou por um momento, como se rapidamente refletisse e continuou: Bem, no ministério, Voldemort implementou alguns espiões, comensais de menor escalão, desconhecidos pela população bruxa, mas que já estamos tomando as devidas providências. Em Durmstrang, conta com o apoio de Igor Karkaroff embora os passos dele estejam sendo vigiados por nosso novo membro, Vitor Krum. Como sabem, houve uma fuga em massa de Azkaban no ultimo mês, e o controle dos dementadores passou à suas mãos. Na parte dos gigantes, conseguiu um grande avanço com o grupo encontrado ano passado, mas, graças à Madame Máxime e Hagrid agora temos o apoio de parte de sua pequena população. Por ultimo, Voldemort tem tentado trazer os lobisomens para seu lado, mas contamos com Remo para impedir. Em suma: Voldemort está reorganizando seu exército. Silenciosamente, sem cometer nenhum ato impensado ou que possa chamar atenção para si, tirando, é claro, a fuga de Azkaban que foi amplamente divulgada pela comunidade bruxa. Acredito que esteja muito bem escondido, aqui mesmo na Grã Bretanha, mas tentarmos algo agora seria completamente equivocado. Devemos inicialmente, tentar impedir a formação de seu exército, nos protegermos de forma adequada e nos preparamos para a guerra que se seguirá. Pra que isso aconteça, recrutaremos em seu devido tempo novos membros para ordem: Fred e Jorge, que se unirão à ordem ainda essa semana – Fred e Jorge sorriram naquela hora, enquanto a Sra. Weasley demonstrava-se aflita. – E em seu devido tempo, logo que atingirem a maioridade, Harry, Hermione e Rony – disse sorrindo na direção dos três, que se olhavam surpresos.
- Mas Dumbledore, eles são muito inexperientes ainda! – protestou a Sra. Weasley
- Molly, minha cara... Harry, Rony e Hermione podem ser tudo, menos inexperientes. Seu filho, Ronald, por exemplo: já enfrentou grandes desafios no primeiro ano, em busca da pedra filosofal numa das melhores partidas de xadrez bruxo que tenho conhecimento. No segundo ano, embrenhou-se na floresta proibida, enfrentou uma acromântula, e ajudou no caminho da Câmara Secreta, sem contar o episódio no Departamento de Mistérios no ano anterior e a A.D. Hermione com sua mente incrivelmente brilhante, desvendou a maioria dos mistérios, como o problema de lógica em busca da pedra. Foi ela quem descobriu sobre o basilisco no segundo ano, ajudou a salvar Sirius no terceiro. E foi ela também que lutou brilhantemente no departamento de mistérios, e emboscou Dolores Umbridge. Sem contar que é a melhor aluna da escola. E Harry? Esteve cara a cara com Voldemort diversas vezes, treinou uma armada ano passado, passou por provações que nem os maiores bruxos imaginavam. Esteve perto da morte e lutou corajosamente todas às vezes. Creio que não possa chamá-los de inexperientes, mas diria que precisam de treino. – respondeu com simplicidade e calma. A Sra. Weasley não respondeu, apenas concordou com a cabeça. Dumbledore sorriu para o trio – Agora, gostaria que Harry, Hermione, Rony e os gêmeos se retirassem da sala, pois ainda não são membros da ordem, logo não podem participar da continuação dessa reunião.

Eles saíram sem protestar, afinal, não ia adiantar muita coisa. Foram ao encontro de Gina, que estava sentada numa poltrona no canto do quarto, com Bichento no colo. Ansiosa, ela perguntou:
- E então, sobre o que estavam falando? – Rony explicou tudo pra ela, com a ajuda dos outros. Quando disse que eles se tornariam membros da Ordem, ela reagiu – Mas, porque vocês vão entrar na Ordem tão cedo? – Enquanto Rony explicava que não sabia ao certo, Harry olhou para o outro lado. Ele sabia o porque. Teria que enfrentar Voldemort, cedo ou tarde e sabia que nada do que falasse convenceria Rony e Hermione de que eles não deveriam ir pra batalha final, o que explicava a entrada dos amigos na ordem. Fred e Jorge, muito provavelmente entrariam para ajudar a ordem na espionagem, afinal eles estavam próximos a Travessa do Tranco, no beco Diagonal. Percebeu Hermione lhe observando desconfiada, como se ele tivesse a resposta da pergunta de Gina, mas ela permaneceu calada. Harry a olhou e sorriu. Conversaram durante horas sobre o retorno a Hogwarts, que estava cada dia mais próximo. Harry tinha sido nomeado Capitão do time de quadribol da Grifinória, Hermione continuava a ser monitora, embora não soubessem quem era o monitor, pois Rony não havia sido nomeado desta vez. Gina disse que iria se candidatar a artilheira no time, já que Harry voltaria a ocupar o posto de apanhador. O time teria que se reformular bastante, pensou Harry: Angelina, Alícia e Katie tinham terminado a escola, Fred e Jorge saíram também, e os novos batedores não eram lá essas coisas. Foram dormir depois de uma discussão animada sobre as possíveis notas de Crabbe e Goyle nos N.O.M’s, embora Gina Weasley permanecesse bem acordada.

- Hermione! Hermione! Acorda! – a garota ouviu Gina chamar. Não precisaria acordar, na verdade, nem estava dormindo direito. Virou-se para a ruiva e disse – Fala Giny.
- Preciso te fazer uma pergunta... Promete que vai me responder?
- Se estiver ao meu alcance, prometo.
- Ok... é o seguinte: tenho observado muito esses dias e tenho notado algo diferente entre você e o Harry – Hermione gelou – Tá acontecendo alguma coisa entre vocês?
- Como assim? Que tipo de coisa poderia estar acontecendo? – desconversou a garota. “será que ela sabe?”, pensou.
- Não sei... Tenho percebido uma troca de olhares entre vocês, como se compartilhassem um segredo, certos sorrisos. E além do mais, eu nunca vi vocês tão juntos como agora. Vejo muito mais você e o Harry juntos do que vocês dois e Rony, que era o usual.
- Ah Gina... Não é nada, esquece – ela precisava pensar em alguma coisa rápido, Gina não desistiria facilmente. Foi quando uma idéia surgiu em sua mente.
- Esquece nada. O que tá acontecendo Mione? Eu sou sua amiga, pode desabafar comigo!
- Tá, é o seguinte: Não teve um dia que o Rony foi ao beco diagonal? – Gina confirmou com a cabeça – Bem, naquele dia ele me disse que tinha uma coisa muito importante pra me falar e eu fui me encontrar com ele pra saber o que era. Então ele se declarou pra mim, disse que me amava, que queria namorar comigo. Eu disse que não poderia, pois eu o amava, só que como amigo. No fim das contas, ele saiu dizendo que não desistiria de mim facilmente. Cheguei em casa, não agüentei e desabafei com o Harry, que prometeu me ajudar a fazer o Rony me esquecer, eu não quero que seu irmão sofra. Então, eu tenho me mantido afastada do Rony, para que eu não dê esperanças falsas pra ele e nem dar oportunidade pra ele tentar alguma coisa. O Harry tem estado mais tempo comigo porque, com ele por perto, o Rony não consegue se aproximar do jeito que ele quer. – finalizou ela. Bem... ela não estava mentindo pra Gina, apenas ocultando algumas partes.
- Por Merlin, o Rony fez isso? Não acredito! Ele realmente precisa desistir de batalhas perdidas, mas ele nunca aprende... Desculpe-me por pensar em algo que não tinha nada a ver Mi.
- E o que você tava pensando?
- Que você e o Harry estavam juntos, quero dizer, namorando. – disse sem graça. Hermione riu.
- Eu e o Harry? Namorando? Só você mesmo pra pensar isso Giny! Isto é realmente a coisa mais improvável de acontecer. – desconversou. Não queria ter que mentir pra Gina, afinal ela era sua melhor amiga. Talvez pudesse contar pra ela futuramente, mas agora era impossível. Por quanto tempo teria que viver nesse mundo de farsas? Naquela noite, acordou assustada depois de sonhar que Rony descobrira toda a verdade, dizendo que nunca perdoaria Harry e ela pelo que fizeram.

O dia amanheceu e os raios de sol penetravam pelas frestas da janela do quarto , batendo na cara de Harry, que agora dormia tranqüilamente. Durante a noite, acordou assustado de um pesadelo. Voldemort invadia a mente de Harry e descobria sobre Hermione e ele. Voldemort sorria presunçoso e dizia: “Então Potter está com a sangue-ruim? Que comovente! Pena que não será por muito tempo”. Decididamente, Harry precisava praticar oclumência. Rony o acordou, dizendo pra se arrumar, pois iriam ao Beco Diagonal hoje.

- Vamos Harry, entre no carro! – a sra. Weasley o chamava. Ele sentou-se ao lado de Hermione, que no dia trajava uma calça jeans e uma blusa justa lilás, que realçava suas curvas. Sua franja caia delicadamente por cima do canto de seus olhos, cada dia mais brilhantes. “Ela é perfeita”, pensou ele. Rony sentou-se a seu lado. Seguiram tranqüilamente até o Beco, com os comentários de Rony sobre as construções e o modo de vida trouxa durante o caminho. Gina permanecia estranhamente calada. Ao chegarem, decidiram se dividir. Harry e Hermione precisavam passar primeiro em Gringotes, então se separaram dos Weasley. A “guarda” de Harry, no dia formada por Moody, Quim, Tonks e Carlinhos, estava na loja dos gêmeos Weasley. Enquanto saiam de gringotes, Hermione disse a Harry:
- A Gina tá desconfiada da gente... – começou.
- Quê? Como?
- Ela tem estranhado o fato de que a gente tá andando muito junto, afastados do Rony. Sem contar que ela já viu a gente se olhando e trocando sorrisos. Ontem à noite ela veio me perguntar o que estava acontecendo entre a gente.
- E o que você disse? – perguntou. Gina era mais esperta do que ele pensava.
- Contei que o Rony tinha se declarado pra mim e que tinha pedido sua ajuda pra fazer ele me esquecer. Com isso, justifiquei o fato de você estar sempre por perto e de eu estar afastada de Rony, dizendo que não queria que ele sofresse. Depois de acreditar, ela concordou comigo e disse que havia suspeitado que eu e você estivéssemos namorando.
- Mas você realmente acha que ela acreditou?
- Acho sim. Mas, de qualquer forma, é melhor a gente tomar cuidado. A Gina é confiável, mas ninguém pode saber de nada por agora. – eles passaram pela loja da Madame Malkin, onde pouco tempo depois, Harry a puxou para um canto longe da vista de todos.
- Harry, você tá louco? O que a gente veio fazer aqui? – perguntou uma Hermione atordoada. Harry sorriu marotamente pra namorada, antes de puxa-la pela cintura e tocar seus lábios – Isso – respondeu encostando a garota numa parede. No início ela relutou um pouco, talvez pelo medo de serem pegos, mas acabou se entregando ao beijo. Separaram-se apenas quando não havia mais ar em seus pulmões. – Te amo. – disse ele abraçando-a.
- Também te amo meu amor. Mas agora a gente precisa ir atrás de Rony e Gina, antes que eles dêem por nossa falta. – Eles terminaram de comprar suas vestes e foram pra loja de Fred e Jorge, onde os aguardavam. A loja estava lotada. Encontraram Rony e Gina próximos à seção dos kits Mata-Aula, que Rony observava atentamente, escolhendo alguns pra si, para o descontentamento de Hermione. Avistaram Fred e Jorge no balcão da loja, e conversaram por alguns minutos. Saíram das “Genialidades Weasley” carregando várias sacolas. Passaram na Floreios e Borrões e por fim foram à sorveteria de Florean, onde encontraram Cho Chang.
- Harry, posso dar uma palavrinha com você? – perguntou a garota docemente. Harry olhou para Hermione pelo canto do olho, que fingia não estar notando a presença de Cho. Harry levantou-se e os dois se afastaram para um canto próximo.
- Como você está? – perguntou ela.
- Bem. E você? – replicou. Queria sair dali rapidamente, mas não queria ser indelicado.
- Levando... Escuta, andei pensando muito em você durante as férias, será que talvez a gente poderia tentar de novo? – Harry a olhou surpreso.
- Cho... Você é uma garota maravilhosa mas acho que o que tinha que acontecer entre a gente já aconteceu. Não vejo chances de dar certo. Sinto muito.
- Não sinta – disse ela tristemente – Amigos então? – completou estendendo a mão.
- Claro – Ele pegou a mão de Cho, mas rapidamente a soltou. Tinha a impressão que Cho não desistiria assim facilmente. – Até Hogwarts, então.
- Até – respondeu ela antes de sair. Harry voltou pra mesa e tentou encontrar o olhar de Hermione, mas ela observava fixamente o outro lado. Harry riu por dentro. Hermione Granger, com ciúme? Realmente, ele conseguia fazer milagres.

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