Emoções à prova



Parte 10 - Emoções à prova



Um frio letal começou à invadir o peito dos presentes, como se o próprio ar estivesse congelando e atingindo seus corações. Harry, que já conhecia essa sensação melhor do que ninguém, olhou instintivamente para os céus, e a visão não lhe animava à duelar: uns mil dementadores deslizavam em direção ao estádio.
Os professores pararam de duelar e olharam para os céus também; o estômago de Even pareceu congelar juntamente com os pulmões. Mas tudo isso aconteceu em uma fração de segundo, porque logo ela lembrou-se de que, como professora de DCAT, deveria fazer algo. Encheu a mente de lembranças felizes e gritou:
_ Expecto Patronum!
Mas seu unicórnio não foi o único a avançar para a maça negra de dementadores. Junto à ele estavam um cervo, uma fênix e um basilisco. Ao olhar em volta para ver quem os havia conjurado, viu ao seu lado Harry, Dumbledor e Snape com as varinhas erguidas.
Os patronos deram conta de uma parte dos dementadores, mas o restante do grupo avançava para os quatro. Even simplesmente não tinha mais forças para conjurar outro patrono; estava fraca demais, o estádio entrava e saia de foco. Neste momento viu a imagem de um dementador muito próximo de si, levantando o capuz. Quando ela viu o que havia por baixo tentou gritar, mas a voz não saía... A última coisa de que viu antes de desmaiar foi Snape se metendo entre os dois, abraçando-lhe com força e dizendo em seu ouvido “Tudo vai acabar bem...”
-***-***-***-***-***-
Depois que Even desmaiou em seus braços, Snape colocou-a no chão e virou para os dementadores.
_ Expecto Patronum!
Mas desta vez, além do seu basilisco, da fênix de Dumbledore e do cervo de Harry (N.A.: vcs jah deviam ter uma idéia de qual era o patrono de cada um neh? Dãããã...), toda a arquibancada grifinória, ao ver a professora desmaiada, havia reagido. Com estes quase 100 patronos, os dementadores foram finalmente derrotados.
-***-***-***-***-***-
_ Madame Pomfrey, acho que ela está acordando.
_ Que bom! Obrigada por me avisar Potter. Bom-dia Profª. Krustin!
Even abriu os olhos negros vagarosamente, piscando para acostumá-los à claridade ofuscante que entrava pelas janelas da enfermaria. Ao olhar em volta, encontrou um par de olhos verdes que sorriam para ela.
_ Bom-dia Harry! - disse ela sorrindo de volta.
_ Bom-dia professora.
_ Como está se sentindo querida? - foi a vez da voz energética da enfermeira lhe perguntar.
_ Já tive dias melhores Papoula. Mas acho que uma barra de chocolate e alguns carinhos e estarei pronta para outra. - brincou Even olhando para Harry com um sorriso maroto que fez o garoto sorrir mais ainda. Madame Pomfrey foi até a sua salinha e Even aproveitou para falar com Harry.
_ Então Sr. Potter, o que eu perdi? O que aconteceu depois que eu apaguei?
_ Bom, você perdeu um show pirotécnico de patronos e está acontecendo, neste exato momento, uma conspiração no mundo bruxo contra Cornélio Fudge, porque o Prof. Dumbledore tinha avisado no ano retrasado que os dementadores iriam de aliar à Vol... digo... à Senhora - sabe...
_ Chame-o de Voldmort, sou totalmente contra esta história de “você-sabe-quem”. - disse ela com simplicidade.
_ Está bem. Bom, a posição de Fudge como ministro da magia está sendo avaliada, porque os conselheiros acham que esta atitude negligente do ministro poderia ter custado a vida dos alunos.
_ Nossa, estou vendo que não perdi muita coisa, não foi? – disse ela sarcasticamente.
Só então Even reparou que sua mesa-cabeceira estava abarrotada com doces, presentes e cartões de melhoras (99,9% eram de seus alunos, as únicas alunas q mandaram cartões foram Gina e Hermione). Ela pegou dois sapos de chocolate, jogou um para Harry e se lembrou de algo.
_ Harry, há quanto tempo estou aqui?
_ Desde ontem à tarde, profª. Krustin, por quê?
_ Você está aqui desde ontem à tarde?
_ Eu não dormi aqui, porque Madame Pomfrey não deixou, mas eu Rony e Mione ficamos esperando a srtª. acordar – respondeu ele com um sorriso gentil.
_ Obrigada.
_ Não foi nada, é o mínimo que eu poderia fazer por uma amiga de infância – disse Harry com um sorriso lindo.
_ Você é bem filho do seu pai - disse ela – Mas e o torneio, vai continuar?
_ Não – neste momento Harry fez cara de chateado – medidas de segurança. Só não vão cancelar o baile por que a maioria dos alunos ficou em Hogwarts para o natal por causa disso.
_ Então sr. Potter, Já convidou alguma garota? – perguntou ela brincando.
_ Ainda não. Sinceramente acho que não vou... - completou meio cabisbaixo.
_ O quêêêê?!? Harry Potter, o menino que sobreviveu, filho de James Potter e afilhado se Sirius Black, não vai a um baile por falta de acompanhante? Aonde esse mundo vai parar... - concluiu teatralmente.
Harry corou. A verdade é que, desde o ano passado tinha mudado radicalmente; os seis anos de quadribol finalmente fizeram efeito e ele deixara de ser pequeno e magricela, sua pele alva como a neve contrastava perfeitamente com seus olhos verde-esmeralda e destacavam seus cabelos muito negros que agora caiam sobre seu rosto, dando-lhe uma displicência elegante. O conjunto dessas qualidades fazia a população feminina de Hogwarts suspirar pelo castelo. (N.A.: ô mamãe, q diliça hein!?)
_ Se quiser, Harry, posso ir ao baile com você.
_ Agradeço muito professora, mas penso que o Prof. Snape não gostará de abrir o baile sem sua acompanhante... - disse Harry tentando, mas não conseguindo, manter a expressão séria diante da cara que Even fez, parecia que tinha sido sentenciada a beber veneno. Obviamente esquecera que ela e Snape abririam o baile de natal. – A propósito, foi ele quem lhe trouxe para a enfermaria.
_ O QUÊÊÊÊ?!? – perguntou ela arregalando os olhos.
_ Bom, ele a amparou quando a senhora desmaiou e lhe trouxe para cá. – disse Harry se decidindo se ria ou se chorava da cara de inconformada da professora.
_ DROGA!!!
_ O que foi profª. Krustin? – perguntou Harry preocupado.
_ Agora eu vou ter que agradecer à Snape! – Even quase cuspiu as ultimas palavras, como se estivesse se auto humilhando. Harry se resumiu a rir. Mas, como que se lembrando de algo, tornou a encarar a professora sério.
_ Professora Krustin, posso lhe perguntar um coisa?
_ Claro Harry!
_ Mas é uma coisa muito pessoal da senhora, entenderei se preferir não me contar.
_ Pode falar Harry! – ela estava começando à ficar receosa. O garoto respirou fundo e perguntou.
_ Do que a senhora se lembrou quando os dementadores se aproximaram? – ela se assustou com a pergunta.
_ Bom Harry, vou lhe responder essa pergunta, mas tenho que saber o porque de você me perguntar. – Harry suspirou novamente e jogou a cabeça para trás.
_ Bom professora, é porque, depois que desmaiou a senhora não parou de chorar e chamar pelo professor Snape. – ela arregalou os olhos e corou profundamente, mas vendo que não conseguiria mentir, olhou para as próprias mãos.
_ Bom Harry, acho que vou ter que lhe contar tudo desde a morte dos meus pais...
“Acho que você vai se lembrar Harry, do meu ‘pequeno’ acesso de fúria quando o professor Snape tentou e estuporar. – Harry deu um pequeno sorriso **como poderia esquecer?**. Ela pareceu escolher as palavras – Bom, quando os comensais invadiram minha casa, entraram lançando feitiços estuporantes para todo lado, para impedir que alguém sobrevivesse. Eu fui atingida por um deles.”
Even pareceu perder a voz aos poucos. Mas quando voltou a falar sua voz ainda era bem firme.
_ OU seja Harry, eu fiquei estuporada no chão enquanto meus pais eram assassinados. Eles acharam que eu estava morta, por isso sobrevivi! Quando eu fui reanimada pelos aurores do ministério, naum havia mais nada ali... – o garoto estava com um nó na garganta, mas se forçou a perguntar.
_ Sim, professora Krustin, mas porque a senhora chamou pelo pr...
_ Simples Harry, porque ele tentou me estuporar, não pense que ele era um dos comensais, não tem nada a ver... – falou ela, sem encará-lo nos olhos, de um modo que lembrou a Harry um Hagrid quando tentava esconder algo. **eu ainda vou descobrir!**
_ Bom professora, acho que já vou indo. - disse Harry levantando-se - Ainda tenho que terminar um trabalho para Transfiguração.
O moreno despediu-se de Even e já estava à porta. Estava tão distraído que não viu a ruiva que entrava na enfermaria sobrecarregada com uma pilha de livros nos braços, até que...
CATAPLOF!
_ AI! Desculpa Gina, não percebi que você vinha entrando. - disse consertando os óculos e se levantado para ajudar a garota.
_ Não precisa se desculpar, eu que lhe peço desculpas, Harry. Em concurso de Miss Desastre eu ganharia o 1º, o 2º e o 3º lugar... - disse Gina aceitando a mão que Harry lhe oferecia e ajoelhando-se para recolher os livros espalhados.
_ Deixa que eu te ajudo. - disse Harry ajoelhando ao lado da ruiva.
Even olhava do rosto corado de Harry pro rosto flamejante de Gina de não deixou de notar os olhares de um pra o outro. Ficou olhando para os dois, eles lhe lembravam outro casal... Mas quem?
Somente quando os dois se levantaram e vieram na sua direção foi que se recordou: eles eram perfeitamente parecidos com Lily e James. Harry era James todo, mas com os olhos verdes de Lily; já Gina era a cópia de Lily com os olhos de James. E pela troca de olhares dos dois...
_ Ai, Merlin! Eu já vi esse filme...

N.A.: Lamento muito quem naum gosta do shipper H/G mas... Peraê, eu num lamento p*** nenhuma! A fic eh nossa e eh assim mesmo! Nós naum temos o dever de agradar Grifinórios e Sonserinos naum! E se naum lhe agradamos, comentem pra escraxar com a gente!!!
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