Lua, estrelas e... Beijos ou b



Parte 22 - Lua, estrelas e... Beijos ou brigas?

Ele se dirigiu à mesa de bebidas e pegou dois copos de ponche com o elfo que foi colocado lá para servir os convidados. Realmente não sabia o que pensar sobre tudo isso...
“Esta é aquela, aquela que eu esperei toda a minha vidaaaaaaaaa...”
“Ai meu Mérlin... lá vem você de novo?”
“Eu? Eu o que?”
“Você mesma, sua consciência maluca, saída sei lá de onde!”
“Ah Snape, pára de drama que não combina com você...”
“Oooora...”
“Mas, eu esqueci que os APAIXONADOS ficam dramáticos...”
“AGORA JÁ CHEGA!!!”
Snape pega o ponche na mão do elfo assustado, que estava olhando aquela “guerra interna” estampada no rosto do professor, e se direciona novamente para o centro do salão, onde havia deixado Even esperando.
Pára.
_ Mas o q...
Estreita os olhos. O conteúdo do copo na sua mão pareceu ferver junto com o interior do professor. Lá estava Even, e ao seu lado, um jovem auror do ministério da magia (afinal, uma festa em tempos como estes tem que ter segurança redobrada) estava convidando-a para dançar. E ela pareceu pensar no assunto... Ahhhhh.... Foi demais pra Snape. Aproximou-se lentamente com os olhos fixos nele (“É nesses momentos que eu queria ter nascido basilisco”!!!).

-***-***-***-***-***-

Aquela espera de dois minutos parecia uma eternidade para ela. Estava meio entediada, ou talvez, ansiosa? Nem conseguia definir o que sentia... Estava meio em transe (“Estou desligando muito rápido ultimamente”) quando sentiu que falavam com ela. A voz estava longe e parecia que só chegava agora aos seus ouvidos.
_ ... a honra desta dança?
_ Hã?!? - reconheceu o jovem auror a sua frente.
_ Eu perguntei se você me daria a honra desta dança! - disse com um sorriso ofuscante.
“Aceita!”
“Mas..”
“Mas o quê?!?”
“Eu sou parceira de Snape.”
“E daí?!?”
“Errrr...”
“Aceita moça! Além de tudo, ainda é bonito, o que Snape não é!”
“É sim!!!”
“Oh oh! Aço que temos uma confissão aqui!”
_ Eu acho qu...
Já ia responder que seria melhor não, que já tinha par, quando uma voz fria fez gelar sua espinha. Isso também acontecia com muita freqüência ultimamente...
_ Ora ora... Acho que demorei um pouco, não Srtª Krustin? - ela engoliu em seco, mas encarou ele - Seu ponche. - disse com uma polidez forçada e um sorriso nos lábio que não abrangia os olhos.
_ E então Even, você pode responder minha pergunta? - ela esta rezando para o rapaz se mandar rapidinho dali. Não sabia por que, mas preferia que a noite continuasse boa como estava antes. Mas antes que ela pudesse articular qualquer resposta...
_ Acho que a Srtª. Krustin - Snape enfatizou bem o sobrenome da professora (“quem é esse pirralho para chamá-la pelo primeiro nome?”) - não está disponível para assuntos da Ordem neste momento, você pode tratar sobre isso com ela em outra ocasião. - a polidez de Snape assustava mais do que acalmava a jovem professora.
_ Mas eu não...
_ Eu disse que ela não-está-disponível-no-momento. - disse entre dentes em tom de fim de conversa.
Even estava meio sem graça (leia-se: completamente envergonhada, procurando um buraco pra enfiar a cabeça), aquele foi seu colega em Hogwarts e no curso para auror. Aquela ceninha de Snape estava passando dos limites. Ainda bem que o auror saiu de lá bem depressa, talvez com a recusa, ou assustado com a cara de Snape. Mas, como Even nunca ia admitir que aquilo a satisfizesse um pouquinho que fosse...
_ Muito bem, professor Snape – Falou Even, batendo palmas pesadamente, com um olhar gélido, como um basilisco, porém penetrante e inquisidor, e reforçando com todo o seu sarcasmo as ultimas palavras.
_ É o quê? – indagou o professor, na defensiva.
Foi a gota d’água.
Nesse instante, a garota Krustin não conseguiu mais se controlar. Deixou de lado toda aquela pose, e se “estourou” para cima de seu par, que ainda continuava imóvel, com uma expressão indefinida.
_ Ouça aqui, ô Severo Snape – gritava! – Quem você pensa que eu sou? Um bonequinho de fantoche que você faz o que quiser? Eu não devo nenhum favor a você. Eu venho á festa com quem EU QUISER, danço com quem EU QUISER e você não é ninguém para me impedir de fazer nada.

Ainda sem entender direito “Quem ela pensa que é para falar comigo assim?” Snape ficou observando uma Even totalmente nervosa gritar com ele na frente de toda Hogwarts e sair pisando alto, quase marchando em direção aos jardins da escola. Quando realmente caiu em si, estava vendo aquele lindo anjo, se afastando de si...
... “Anjo é? Hum... Agora sim, eu tenho certeza que estamos progredindo!!!” - essa mente de Severo não perde uma oportunidade. Nem deixa o homem sonhar direito...
“Que anjo? Quem falou em anjo aqui?” defendeu-se Snape, negando o inegável.
“Pronto. Só faltava essa... Vai deixar seu anjinho ir embora assim é?”
“Pára”! Não começa... Mas eu vou atrás dela sim. Ninguém grita com Severo Snape em publico e sai impune!!”
“Ah! Deixa de desculpas!!! Assume logo... Vixi!! Que cara complicado!!!!”
“Ah! Cala a boca!” – disse o professor consigo mesmo, indo a passos largos na mesma direção à professora. Será mesmo que ele estava querendo tomar satisfações pela ‘ceninha’ ou isso era só desculpa?
O que ele não sabia. Ou melhor, não aceitava é que sua mente nunca esteve tão correta...

Quando desceu as escadas da entrada de Hogwarts, ele logo a avistou. O que ele não esperava é que ela não estaria sozinha, estava com Ele.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.