Capítulo 13



N/A: Mais um capítulo... espero que gostem. bjs


Capítulo 13

Olhava o vidro na sua mão com curiosidade. Como uma pequena quantidade seria capaz de ajudar a eliminar lembranças de sua vida. Talvez o melhor seria não tomar aquilo e seguir com os sonhos, seguir e descobrir mais sobre seu passado. Mas parecia que os sonhos estavam misturando presente e o passado. Estava misturando coisas que ela jamais pode imaginar que pudesse acontecer.

Mas não queria continuar com aquilo, queria um pouco de paz na vida, queria poder dormir descansada, talvez controlando sua mente ela iria conseguir chegar até a parte afetada de seu cérebro, até a parte onde está escondida pelo menos 15 anos de sua vida.

-Oi... – uma voz já conhecida a tirara de seus pensamentos e sentara-se ao seu lado, fixando os olhos no mesmo vidrinho que a morena olhava.

-Como foram as aulas?

-Nada mal! E as suas? Consegui ajudar em Herbologia!

-Ah... claro... nem sei como posso te agradecer... – Evelyn sorrira e então olhara para o moreno ao seu lado que mantinha o olhar no vidro.

-Você vai tomar isso também? – Harry perguntou de repente e então olhou os olhos azuis da morena.

-Não sabia mais o que fazer para parar aqueles sonhos... Mione me disse que isso fez efeito em você...

-Bem... realmente fez... mas meu caso era diferente... eu... misturava o presente, o passado, o futuro, meus medos... a guerra estava tomando conta dos meus sonhos... mas você... acho que não vai ser essa poção que vai te aliviar...

-Eu estava pensando nisso... mas não sei o que fazer Harry... é minha única alternativa...

Harry olhou em volta da sala comunal percebendo que vários alunos voltavam do almoço e iam para seus dormitórios descansar ou pegar o material para as aulas de tarde, então voltou seu olhar para Evelyn que o encarava.

-Você não pensou em se consultar com algum médico... com alguém que entenda do assunto? Creio que Snape não saiba o porque de estar te dando esta poção... você poderia conversar com Dumbledore, com seu pai...

-Eu estava me consultando com um médico antes de começar as aulas... mas ele não me entendia... simplesmente parei de ir...

-E seu pai? É medico também...

-Não... preciso de alguém que não me conhece... não totalmente... – Evelyn dissera e então a visão de um homem mais velho e de cabelos grisalhos surgira em sua mente... – Já sei... Max Kuhn!

-Quem? – Harry perguntou sem entender nada, mas antes que a morena pudesse responder, mais pessoas se juntaram ao casal demonstrando empolgação em relação ao baile da noite seguinte, o que despertara a idéia de Harry.

-Gina... – o moreno chamara a ruiva que havia acabado de entrar junto com Rony e Hermione.

-Oi... – os três se aproximaram e sentaram-se em lugares vagos, e então Harry prosseguiu sem demonstrar insegurança.

-Quer ir ao baile comigo? Se você não tiver outra pessoa em mente...

Gina se espantou por um momento e olhou para a morena do lado de Harry, mas Evelyn desviou o olhar querendo não demonstrar qualquer tipo de sentimento, mas Gina teria que fazer aquilo, teria que magoar a morena, nem que fosse por alguns minutos, mas não podia ir com Draco... e Harry acima de tudo era seu amigo...

-Claro... eu iria adorar... – Gina dissera sorridente olhando para Evelyn que finalmente fixara seu olhar na ruiva e sem dizer praticamente nada levantou-se afastando-se da turma.

-Eu vou indo também... – Gina dissera e então seguira a morena para fora da sala comunal.

Harry e o casal olharam as duas jovens se afastar com curiosidade. Mas não se apegaram aquele fato por muito tempo, pois logo Rony puxou o assunto Quadribol, tirando qualquer outro pensamento da mente de Harry.

-Você quer me esperar! – Gina gritou pelos corredores do castelo enquanto tentava alcanças a morena que praticamente corria na sua frente.

-Não tenho nada para falar com você... a não ser que você tenha alguma coisa a me dizer sobre seu segredinho... – Evelyn dissera e então virara-se bruscamente para a ruiva que parou e a olhara nos olhos.

-Você tem que me escutar agora... – a ruiva disse e então arrastou a morena até uma sala vazia fechando a porta logo atrás delas.

-Por que eu deveria te escutar...? Está na cara que você ama o Harry, que você está fingindo para você mesma e para mim que quer apenas o bem dele, que quer que eu o faça feliz... eu que sou uma burra em acreditar em você... na verdade nem sei porque eu estou me iludindo tanto... ou melhor, eu nem sei se gosto do Harry mesmo, se existe algum sentimento maior que a amizade...

-È óbvio que existe... e você está demonstrando isso agora... eu posso te explicar porque eu aceitei aquele pedido e principalmente porque o Harry fez aquele pedido.

Evelyn cruzara os braços na frente do seu corpo e então encarara os olhos verdes da ruiva a sua frente esperando que ela começasse a explicação.

-Òtimo... comece então, Gina!

-Você deve saber que eu sempre gostei do Harry, que ele sempre fora uma espécie de herói pra mim, que ele fora um garoto especial, e que eu praticamente cheguei a me jogar nos braços dele, mas... Harry nunca deu a mínima pra mim, por eu ser a irmã do amigo dele, e por ele estar namorando uma garota que ele sempre gostou. Eve... eu cheguei sim a me declarar para o Harry, a dizer tudo o que eu sentia, mas ele não fez nada, apenas prosseguiu com o namoro dele, que dias depois acabara. Nesse momento eu pensei que iria ter a minha chance, que eu iria conseguir tê-lo para mim, voltei esse ano para Hogwarts decidida a fazer isso...

-Ou seja... você está conseguindo o seu objetivo... eu sou tão burra...

-Eu não acabei... eu não cheguei na parte em que eu desisti de tudo isso... na parte em que apareceu você e o Draco!

-Que!

-Bem... eu comecei a perceber que você estava demonstrando muito interesse por ele, e ainda por cima eu comecei a me envolver com uma pessoa, no começo era pura aventura, era algo sem importância, tanto que eu e o Draco, nós começamos tudo isso do nada, ele me provocava nas reuniões de monitores, e eu é claro respondia... e isso se estendeu muito, até se transformar em namoro...

-Você está namorando? Namorando Draco Malfoy!

-Sim... mas em segredo... por isso que eu preciso demonstrar que ainda gosto do Harry, que eu odeio o Malfoy...

-Mas por que tudo isso? Você gosta realmente do Malfoy?

-Acho que sim... não sei... se eu estou fazendo tantos sacrifícios deve ser que sim, talvez eu goste realmente dele...

-Mas porque então esse segredo todo...?

Gina parou por um momento e então olhou pela sala vazia, uma bem parecida onde ela e Draco se encontravam e então continuou seu relato.

-Por que ele deveria ser meu maior inimigo... ele é o maior inimigo da minha família, do Harry, e eu gosto deles, não posso dar esse desgosto entende? Antes eu preciso que eles se entendam... que eles demonstrem que a briga acabou...

-Mas se você demonstrar ódio pelo Malfoy vai ser difícil...

-Eu sei... estou tentando eliminar meu ódio aos poucos... e você vai ter que me ajudar a fazer isso Eve... vou precisar de sua ajuda...

Evelyn franziu a sobrancelha e após pensar no assunto, acenou a cabeça positivamente aproximando-se mais da ruiva e sentando-se em uma cadeira.

-Eu entendi... entendi tudo... eu vou te ajudar no que for preciso... só não entendo o porque do Harry estar te dando uma chance agora... depois de ele ter te dispensado...

-Ele não está me dando uma chance... ele me convidou por que eu sou a irmã do amigo dele... e por que ele não quer se envolver com ninguém agora...

-Então eu não tenho chances... eu...

-Você não é irmã do amigo dele, acho que não tem parentesco com ele Eve... e você é muito parecida com ele... vocês vão se entender... só resta a você lutar agora... eu só te peço que você tenha certeza do que sente antes de investir... eu não quero que o Harry sofra tudo isso novamente...

As duas se encaram por um tempo e então sorriram. Não havia sido tão ruim assim contar seu segredo e renunciar para sempre aquele amor pelo Harry mesmo sabendo que seu coração estava sendo invadindo por um novo dono, por um loiro que gostava igualmente dela.

Evelyn abraçou a ruiva e então dissera em um sussurro. – Eu acho que nós vamos ser grandes amigas...

-Eu tenho certeza... – a ruiva dissera e então sorrira também.


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Seus lábios se tocavam com amor mais uma vez naquela sala que estava se tornado novamente o local daquele amor inacabável.

Estavam abraçados já algum tempo e olhavam a noite chegar aos poucos no céu azulado.

O homem abraçava a cintura da mulher que estava de costas para si com suas mãos sobre seu ventre.

-Sirius...

-Hm?

-Você um dia vai me perdoar? – o moreno estranhou aquela pergunta repentina e então virou a mulher de frente para si para encarar seus olhos negros brilhantes.

-Perdoar o que?

-Eu escondi que tinha uma filha sua, eu não resisti as chantagens do meu pai e casei com o Pablo e agora eu vou ter um filho dele... não sei se mereço estar com você...

-Não seja boba... nós já conversamos sobre isso e eu disse que te perdôo, que entendo a sua situação... apenas sinto tristeza ao lembrar que eu não vi a minha filha crescer, que eu não pude ver a sua barriga crescer como estou vendo agora... que eu não estava com você quando você sentia algum desejo, ou tontura... quero poder viver isso agora com a nossa filha... queria tanto que ela recuperasse a memória e que nós contássemos para ela sobre a vida dela, sobre quem realmente ela é... que ela é uma Black, que ela está na grifinória por ser minha filha, por estar seguindo o me sangue... Agata... eu sei que você sofreu junto comigo...

A morena sorriu evitando que as lágrimas voltassem aos seus olhos mais uma vez. Ela se sentia da mesma forma, ela não conseguia sentir-se feliz pelo simples fato de sua filha não saber quem ela era, de não poder dar todo seu amor aquela criança por não ser do homem que ela realmente ama...

-As vezes eu penso que o melhor seria contar a história da vida da Evelyn e ver no que resultaria, o que daria... talvez isso seria muito mais fácil e rápido, ela saber que tem dois pais...

-Um pai... eu sou o único pai dela, eu agradeço o Pablo por ter aparado ela, mas não pode mais continuar desse jeito...

-Eu sei... mas não vai ser fácil... Pablo adora ela, ele se sente como sendo o pai dela, você não pode tirar isso dele...

-Eu preciso pensar um pouco em mim Agata... ele não pensou em nós quando te obrigou a casar com ele... pensou apenas no dinheiro, na empresa da tua família...

-Eu sei disso... mas...

-Nós não precisamos falar disso agora Agata...

-Mas eu quero... eu conversei com o Pablo sobre nós... eu disse a ele que queria a separação, que queria retomar minha vida de onde tinha parado com você... mas ele foi irredutível, disse que eu seria a mulher dele sempre e que nós não iríamos ficar juntos...

Sirius soltou a mulher e passou uma mão pelos cabelos tentando não olhar para a morena.

-Eu espero que você não desista... eu espero que você não jogue nosso amor no lixo novamente...

-Eu não vou fazer isso... você sabe muito bem... eu... estou disposta a tudo para ficar com você, Sirius...

Agata dissera ao mesmo tempo em que algumas lágrimas caiam de seus olhos e uma dor aguda atingia sua barriga fazendo com que ela se abaixasse.

-Ai! – a morena gritou quando a segundo pontada atingira seu ventre.

-Agata! – Sirius a segurou antes que ela pudesse cair no chão e a pegou no colo. A morena gritava e agarrava sua barriga como se quisesse proteger a criança das dores que estavam se tornado forte a cada minuto.

Sirius que estava atordoado resolveu levar a mulher direto para a ala hospitalar, Pablo saberia o que fazer, já que era o pai e o médico.

Chegou com Agata nos braços em poucos minutos. A morena permanecia com os olhos abertos e cheios de lágrimas.

Sirius beijou o topo da cabeça da morena querendo que nada de mal acontecesse a ela e então a colocou sobre uma cama com cuidado.

Olhou em volta procurando alguém que pudesse o ajudar, mas não fora preciso chamar, já que os gritos de Agata estavam tão altos que alertaram Pablo que estava dentro de uma pequena sala ao fundo da ala hospitalar.

-O que é isso! – o loiro saiu da sala e avistou a mulher sobre a cama e o homem segurando sua mão com força.

Sirius o encarou por um momento antes de desviar seus olhos para Agata que suava e gemia por causa da dor.

-O que houve com ela! – Pablo perguntou aproximando-se da cama e pegando alguns instrumentos de trabalho que estavam dispostos sobre uma mesa.

-Estávamos conversado quando ela sentiu essas dores... – Sirius respondeu vendo que a mulher não estava em condições...

-Ela sofreu algum tipo de emoção forte?

-Não... nada muito forte... ela estava bem...

Pablo fingiu não ter ouvido a resposta e então afastou o homem de perto para poder analisar a morena.

-Não possui sangramento, apenas dores fortes... isso parece ser principio de aborto... se ela tivesse demorado teria abortado... talvez você possa me explicar o porque das dores, Black! – o loiro falou sem olhar para Sirius que agora o encarava com curiosidade. Pablo enquanto esperava algum sinal de resposta por parte do animago, aplicava algumas injeções em Agata, que aos poucos fora caindo em um sono tranqüilo.

-O médico aqui é você...

-È óbvio... estou lhe perguntando se você não fez nada a ela para ela se sentir assim... você sabe que a gravidez dela não é normal, que ela precisa de cuidados, muito mais agora...

-O quê? Você está insinuando que fui eu que causei isso nela? O que você está pensando? Você realmente ouviu o que falou? – Sirius perguntou sarcasticamente. Ele não podia estar ouvindo aquilo. Todos os que sabiam sobre seu amor por Agata, deveriam ter pelo menos um mínimo de idéia de que ele faria de tudo, daria até a própria vida pela Agata, até pelo filho que ela estava carregando.

-Se você entendeu desse jeito...

Sirius passou uma mão pelos cabelos olhando a mulher deitada na cama, agora sob efeito de sedativos e poções que aliviassem sua dor e retardasse um possível aborto.

-A única pessoa que pode ter causado isso é você, Stein... você sempre a fez sofrer...

-Eu não teria tanta certeza disso se fosse você... afinal de contas ela está grávida não está! – Pablo dissera com um sorriso nos lábios. Estava se odiando por estar falando daquele jeito, mas nunca iria deixar se vencer pelo seu rival, mesmo sabendo que seu casamento com Agata nunca fora uma maravilha. Se davam bem apenas por serem amigos, muito antes de ele ter feito aquele acordo com o pai de Agata.

Ele mesmo tinha consciência de que aquela gravidez foi impensada, sem planejamento algum, mesmo Agata sabendo que Pablo queria ter um filho, um que fosse do seu sangue, que herdasse o sangue de sua família.

-Eu tenho certeza que isso foi uma fraqueza, ou então você a forçou a fazer isso...

-Não esqueça que ela é minha esposa... e em um casamento eu não diria que isso foi um abuso como você está dizendo, Black... agora, se você quer mesmo que a Agata seja feliz, que ela consiga seguir até o fim com essa gravidez eu acho melhor você se afastar dela... para sempre!

-Nunca! Eu não deixarei que ela viva novamente no inferno... ela nunca iria me perdoar se eu a deixasse... você não vai tirar ela e muito menos a Evelyn de mim...

-A Eve nunca foi sua... ela nem sabe que você é o pai dela... o pai dela sou eu e mais ninguém...

-E por que eu nunca vejo ela com você? A Eve me considera muito mais do que você... e olha que eu a conheço há alguns meses... – Sirius dissera forçando um sorriso vitorioso e então sem esperar resposta saíra pela sala, após dar uma última olhada em Agata, que parecia estar melhor.

Pablo esperou o moreno sair e então suspirara derrotado, jogando o vidro vazio de poção que estava em sua mão no chão que partiu-se em um estrondo, mas que mesmo assim não fora capaz de acordar a mulher deitada tranquilamente na cama.


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-Muito bem... por esta noite é apenas isso... – McGonagall dissera sorridente e saindo logo em seguida junto com alguns monitores que pareciam não ver a hora de sair daquela reunião cansativa e demorada.

Rony e Hermione demoraram um pouco para sair, mas depois de verem que Gina parecia entretida conversando com um monitor da Lufa-lufa decidiram seguir sem ela.

Após todos terem saído sobrando apenas Gina e Draco esses se entreolharam e se aproximaram para um beijo que não demorou muito.

-Pensei que essa reunião nunca fosse acabar – Draco dissera após terem se separado.

-E eu pensei que você fosse tirar minha roupa com os olhos, se você não percebeu eu estava ao lado do meu irmão e ele ficou desconfiado.

-Lá vem você com a paranóia de sempre... você acha mesmo que o seu irmão percebeu que existe alguma coisa entre a gente? Gina... somos inimigos, nossas famílias são inimigas e um namoro seria a última alternativa, eles iriam pensar que eu estava usando a maldição Imperius em você...

-Então por que me pediu em namoro? Acho até que estou sob essa maldição...

-Eu não pensei que você fosse aceitar... não pensei que você iria ditar aquelas regras idiotas... muitos sonserinos namoram grifinórios e isso nunca gerou graves problemas...

-Nossa situação é bem diferente, mas agora não é hora e eu não estou disposta a discutir isso. – Gina dissera querendo encerrar o assunto exaustivo, embora ela soubesse que Draco não ficaria satisfeito.

-Para você nunca é hora de discutir isso, estamos quase a um mês juntos e eu não viu você sequer direcionar um “oi” a mim quando nos encontramos em lugar público. – Draco falou friamente.

Estavam novamente discutindo em um horário que seria para se aproveitar e namorar, depois de mais um dia sem se verem e de fingimentos de ódio, mas pareciam estar longe de se comportarem como um casal normal.

-Tudo bem... me desculpe... mas eu não posso começar a te adorar de uma hora para outra. È preciso uma cena convincente.

-Então isso nunca via acontecer... pelo menos não por sua parte. – o loiro dissera ao mesmo tempo em que andava pela sala antes cheia de monitores e que agora presenciava o encontro daquele casal de namorados. – Sabe... as vezes eu acho que o seu orgulho Weasley ultrapassa o meu que já é lendários, por eu ser um Malfoy e um Sonserino.

-Isso não nada a ver com orgulho Draco. È apenas saber a hora de agir... e eu acho que ainda não chegou o momento adequado.

-Ótimo... então quando chegar me avise... porque eu sou um sonserino e tenho mais coragem que você que faz parte da Grifinória, a casa dos corajosos...

-Quer deixar as nossas casas de lado! – Gina elevara sua voz um pouco. Odiava aquela mania de competição que o loiro e muitos outros possuíam. – Tente pensar apenas na Gina, sua namorada de 16 anos que te adora e faria tudo para não perder você, e no Draco, meu namorado, um garoto de 17 anos que pretende seguir a carreira de medi-bruxo e que ama, assim eu espero, a Gina! Essa história de amor seria linda se as pessoas não julgassem tanto os outros – Gina falou mais calma e então se aproximou do namorado, que havia sentado em uma cadeira em volta da grande mesa onde os monitores se reuniam. – Você me entende agora?

Draco a olhou de maneira fira e permaneceu calado, apenas observando a ruiva se sentar sobre a mesa de frente para si.

-Se não quiser falar... – a jovem disse depois de algum tempo de silêncio, fazendo menção em partir, mas se braço fora segurado pelo loiro que se levantou ficando de frente para a ruiva.

-Vamos deixar isso de lado! – Draco murmurou no ouvido da ruiva e então a envolvera pela cintura com seus braços. Olhou-a nos olhos e a beijou.

Gina correspondeu imediatamente enlaçando o pescoço do loiro, trazendo-o para mais perto de seu corpo.

Passou um longo tempo em que o casal aproveitava cada beijo e abraço e se desculpava pela briga recente.

Após outro beijo, Draco se afastou para olhar a jovem, que sorria lindamente. – Odeio brigar com você... – Gina constatou em um muxoxo, fazendo Draco sorrir também.

-Confesso que eu gosto... você fica muito sensual quando está brava...

-Você só pensa nisso seu pervertido? – a grifinória perguntou sorrindo sendo surpreendida por outro beijo de tirar o fôlego.

Quando este cessara, Gina não sorria mais, olhava Draco seriamente, este pareceu curioso, mas esperou qual seria o motivo daquela reação.

-Eu preciso te dizer e te pedir uma coisa...

-Espero que não seja nada muito difícil... – Draco soltou a ruiva, e então esta voltou a sentar sobre a mesa, Draco ficou na sua frente com os braços cruzados.

-Não... será apenas uma noite...

Draco franziu o cenho, já tinha em mente uma idéia de qual seria o pedido, mas resolveu ficar calado por um momento.

-Bem... é sobre o baile de amanhã...

-Diga então e não me enrole...

Gina suspirou fundo e então falou tudo de uma vez só, se livrando daquela apreensão que estava a perseguindo... – Eu vou ir com o Harry e quero que você vá com a Evelyn...

-O que? – Draco gritou furioso ao ouvir o nome de seu maior rival.

-Você aceitou o pedido daquele idiota, ou melhor, ele ousou faze-lo depois do...

-Depois do que Draco? – Gina perguntou quando Draco parara repentinamente.

-Depois de nosso duelo. Eu sabia que ele iria te pedir, então decidi dar um aviso aquele... aquele Potter! Mas pateta do jeito que é não entendeu!

-Que bom... graças a Merlim... você estaria morto se meu irmão tivesse entendido o porquê do duelo...

-Não me importo... só se que você NÃO vai ir com aquele Potter-Pateta! Se não for comigo, não vai ir com ninguém, Virginia!

-Mas eu me importo... eu gosto de você...

-Que gostar é esse, Weasley? Que gostar é esse que apenas nos separa? Eu quero uma prova do que você disse, uma prova desse seu gostar, desse seu amor...

-Amor? Eu... Minhas palavras não bastam?

-Não... nem suas palavras, porque você acabou de negar que me ama... você não sabe se me ama mesmo... Eu digo a você que te amo... você me diz que gosta, apenas gosta de mim...

-Não me peça para dizer algo que eu não sei, Draco... estou com você porque adoro você... mas não me apresse... quando eu disser que te amo, pode ter certeza de que vai ser verdadeiro!

-Ótimo... vou ficar esperando... tudo bem... eu prometi a mim mesmo que ia fazer você esquecer aquele Potter... já estou conseguindo... pelo menos você disse que me adora... mas mesmo assim, como você empurra o seu namorado para cima de uma outra mulher?

-Eu confio na Evelyn... sei que ela gosta do Harry!

-Será mesmo? Se ela gostasse, não iria deixar VOCÊ ir com ele, você que sempre gostou do Potter...

-Eu e ela já falamos sobre isso... nós nos entendemos... se você não confia, o problema é seu... – Gina disse gritando, sem pensar que poderiam ser descobertos com toda aquela gritaria.

-Eu não sei confiar nas pessoas... não me ensinaram isso... vocês sabe... mesmo quando você me disser que me ama... eu não vou conseguir acreditar... – Draco falou passando uma mão pelos cabelos loiros. Estava se sentindo estranho, uma amargura descendo por sua garganta e uma ardência surgindo em seus olhos, como se suas lágrimas fossem a forma líquida da raiva, do arrependimento e do ciúme que sentia.

Gina parecia se sentir do mesmo jeito, porém seu rosto já recebia as lágrimas que desciam por seus olhos verdes e agora brilhantes.

-Tudo bem... se você não aprendeu a confiar... eu te ensino... mas eu não posso te dar uma prova, sem saber se você sente o mesmo, Malfoy... a única coisa que eu te peço é que vá com a Evelyn no baile... pode ter certeza de que eu vou pensar em você quando estiver com o Harry. – Gina secou as lágrimas em seu rosto, desceu da mesa e saiu daquela sala sem olhar para trás, muito menos para o loiro ainda parado no mesmo lugar.

Draco aproximou-se da mesa, apoiando suas mãos nesta, abaixou a cabeça e então deixou a ardência em seus olhos se transformar em lágrimas, lágrimas que nunca foram tão verdadeiras como aquelas que desciam por seu rosto naquele momento. Estava sentindo raiva de si mesmo por não conseguir esconder aquele ciúme.

Adorava aquela ruiva e não iria desistir tão fácil, não quando havia ido tão longe, quando não conseguia mais controlar seus sentimentos, justo ele, um Malfoy, um sonserino orgulhoso.

-Ah, Gin... vou fazer você ter certeza do que sinto... – sussurrou ainda com a cabeça baixa, as lágrimas ainda descendo por seu rosto...


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-Você não percebeu como a Gina estava estranha na reunião de hoje? Normalmente é ela quem dá as idéias... ela que me supera sempre... e olha que eu sou o monitor-chefe...

-Sinceramente... eu não percebi... Rony, você não acha que fica muito preocupado com a Gina, as vezes? Para de bancar o irmão chato... ela já tem 16 anos... já sabe se cuidar muito bem...

-Eu sei que ela tem 16, mas eu tenho quase 18, por isso, a obrigação de cuidar dela...

-Estamos quase em Novembro, ainda... você faz 18 em Março, Rony... falta...

-Cinco meses! – Rony disse sorridente, arrancando risadas da noiva. – O que foi?

-Nada... – Hermione, que estava sentada no meio das pernas de Rony, disse ainda rindo descontroladamente. – Apenas... você... ainda é tão criança, Rony...

-E o que isso tem de errado? – Rony perguntou sentindo suas faces esquentar.

-Acho que nada... – Hermione falou cruzando os braços do noivo na frente de sua cintura. – Você me faz rir desse jeito...

-Espero que você esteja rindo comigo, não de mim...

-Não seja bobo, Rony, gosto de você por isso... – Hermione falou virando-se de uma forma que pudessem se olhar nos olhos.

-Será que você será feliz comigo?

-Mas eu já sou...

-Eu sei... mas será que você não vai se arrepender de casar comigo?

-Claro que não Rony... não tenho mais como voltar atrás... já sou sua...

Rony sentiu seu rosto corar mais ainda com o pensamento que passara em sua mente.

-O que foi? – Rony perguntou quando Hermione franziu o cenho.

-Você está vermelho... no que você pensou?

-Ah... nada demais... apenas no que você falou... a parte de ser minha...

-Rony... eu sou sua...

-Mas não fisicamente, Mione...

-Você não vai começar de novo né? Você disse que ia me esperar...

-E eu vou... – Rony falou e então deu um beijo rápido em Hermione, que virou-se sobre o colo do noivo, ficando deitada sobre ele.

-Você percebeu o jeito em que estamos deitado e onde? – Hermione falou corando um pouco.

-Percebi... mas você viu que horas são? Não vai aparecer ninguém... podemos ficar desse jeito por enquanto...

-Quanto aquele assunto, Rony... eu prometo que vou pensar mais no assunto... vamos casar não vamos? Acho que devemos mesmo aprofundar a nossa relação... – a jovem falou e então Rony a beijou novamente, desta vez um beijo mais apaixonado e demorado, que foram seguidos por outros cada vez mais profundos.

Quando o ar fazia falta, Hermione afastou-se por um momento olhando o ruivo sob si.

-Acho melhor a gente parar... estamos indo longe demais... e eu não quero que nos vejam...

-Tudo bem... Acho melhor nós irmos dormir... – Rony falou levantando-se quando Hermione também se levantara.

-Dormir? – a jovem perguntou com um sorriso malicioso nos lábios e então pegou uma mão do noivo segurando-a entre a sua.

-Não era isso que você queria?

-Até alguns minutos atrás era... mas eu andei pensando sabe? Naquele assunto...

-Aquele assunto? Mas... Mione... você já pensou?

-Claro... e... tenho um lugar para te mostrar...Não fique aí parado como se eu tivesse dito alguma besteira, Ronald Weasley! – Hermione falou com um tom autoritário. Rony apenas sorriu e então seguiu a jovem para os corredores do castelo, que aquela noite estava mais do que quieto.

-Para onde você está me levando, Mione? – Rony perguntou depois de algum tempo de descidas e subidas pelo castelo.

-Já chegamos. – Hermione parou de repente, fazendo com que Rony, que olhava para trás, chocasse em seu corpo.

-O quê? Mas onde...?

Hermione sem responder as perguntas do noivo, apenas pegou sua varinha e tocou de leve sobre o armário a frente deles, que sem demora abriu revelando um corredor escuro.

-Como eu nunca vi essa passagem com o mapa do Harry?

-Você não procuraram direito... descobri essa passagem quando estava repreendendo um aluno do segundo ano que insistia em jogar bomba de bosta nesse corredor.

-Até nesses momentos você descobre coisas, né? – Rony falou um pouco desgostoso, mas seguiu a grifinória que entrava pela passagem.

Seguiram pelo corredor escuro por alguns minutos, até que chegaram a um amplo salão com uma mesa e algumas cadeiras em volta.

-O que é isso?

-Não sei... mas tem sido útil para mim, pelo menos quando estou a fim de ficar sozinha e estudar... – Hermione falou soltando a mão do ruivo e andando até a mesa e sentando-se sobre esta.

Rony sorriu maliciosamente e então andou até a jovem a abraçando pela cintura, ocasionando tremores leves em Hermione.

-E... será que esse lugar serve para outras coisas, além de estudar?

-Quem sabe... – Hermione enlaçou o pescoço do ruivo enquanto este buscava seus lábios em um beijo calmo, mas que transmitia todas as sensações que estavam sentindo naquele momento. Um beijo que dera passagem para tantos outros naquela noite de amor.


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Continua...

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