Capítulo 3



Capítulo 3

A noite já chegava misteriosamente no céu e aos poucos as estrelas apareciam para enfeitar aquela noite escura, mas quente de verão. E lá estava ele novamente olhando por aquela mesma janela, a única coisa diferente daquela noite para com as outras era que ele tinha certeza de que não chegaria carta alguma de Agata.

Estava ali apenas esperando seus acompanhantes terminarem de se arrumar para a missão. Seria difícil enfrentar mais uma busca, principalmente agora que seu inimigo tinha a coisa mais preciosa em mãos. Mesmo que não pudesse ter Agata para si, queria que ela fosse muito feliz, pois só assim teria a felicidade merecida sabendo que todos os que amam passam bem, isto é, as unicas duas pessoas que ama no mundo, Agata e Harry, seu afilhado que o considera como um filho que não teve.

“Olhando por essa janela novamente, Sirius?” - o dono daquela voz andara até ao moreno e o olhara compreensivamente. - “Se quiser desabafar pode contar comigo, afinal sou seu amigo...”

“Obrigado... mas acho que você já sabe qual o meu problema... e também sabe que não pode me ajudar...”

“Sei sim... mas isso não me impedi de ficar preocupado com você...”

“Você é um amigão sabia?” - Remo sorriu constrangido. Embora soubesse que ele sempre fora um amigo fiel ao Sirius, sempre ficava sem jeito quando Sirius lhe dizia isso. - “Qual o problema?” - Sirius perguntou ao ver que as expressões do amigo mudaram de algo feliz para algo sério.

“Você tem idéia do que iremos fazer daqui a pouco? Nós vamos entrar no meio dos comensais...”

“Já fizemos isso na guerra, não vai ser diferente, acho até que vai ser mais fácil... são poucos e não possuem o líder.”

“Nós somos em três e garanto que Pedro não está de brincadeira...”

“Sei que não está brincando. Ele está com a mulher da minha vida nas mãos... eu não posso falhar, não agora... já errei muito!” - os olhos de Sirius brilharam intensamente com lágrimas que queriam cair, mas foram impedidas pelo próprio. Remo olhou-o com uma certa pena e então o abraçou fortemente.

“Nós vamos conseguir Sirius... vamos salvar a Agata...”

“Odeio interferir nesses momentos marcantes...” - a voz arrastada de Snape invadira o local onde estavam.

“Será porque você não tem momentos marcantes e bons na vida?” - Sirius dissera no mesmo tom que o ex-sonserino.

“Engraçadinho... estamos atrasados se vocês não perceberam...”

“Pois é... eu não marquei horário com Pedro... se você não se importa eu estou conversando com Remo sobre a nossa estratégia...”

“Que estratégia?” - Snape perguntara com raiva. - “não fui avisado de que havia alguma estratégia...”

“E não tem Snape, é pura brincadeira do Sirius... que tal irmos agora?” - Remo dissera cansado daquilo e então saíra. Snape riu e então saiu cantando vitória, enquanto que Sirius murmurou um “estraga prazer” e saiu por onde os outros dois saíram.

Quando chegaram aos portões de Hogwarts, Dumbledore e Minerva os esperavam apreensivos.

“Estão prontos?” - o diretor perguntara seriamente, recebendo como resposta um aceno positivo de cada um. - “Então que Merlim os proteja...”

Ao ouvirem isso aparataram rumo ao covil das cobras deixando o diretor e a professora esperançosos e ao mesmo tempo com medo do que pudesse acontecer aos três e principalmente a Agata.

“Professora...” - Dumbledor disse assim que eles partiram. - “preciso que você faça uma visita a casa dos Tessler. Eles devem estar ansiando por novidades...”

“Sim diretor.” - ao dizer isso Minerva aparatou, mas desta vez rumo a casa dos Tessler.
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A mansão dos Tessler estava silenciosa e com apenas algumas velas acesas na sala. No antigo quarto de Agata, Evelyn descansava depois de ter conversado com os avós. Não conhecia muito eles, mas pela conversa que tiveram notou que seu avô é muito rígido e sua avó é uma pessoa bastante emotiva e simples. Talvez fosse por isso que havia tido tanto afeto pela avó.

Seu pai não parecia muito confortável naquela casa, tanto é que não dirigiu sequer uma palavra na mesa do jantar. Embora isso lhe preocupasse, achava que era porque sentia falta de sua mãe. Por mais que tentassem esconder isso dela, ela sabia que deveria ter algo errado. Talvez haviam brigado e resolvido ficar algum tempo separados... não sabia se era isso, mas alguma coisa lhe dizia que nada estava indo bem para sua mãe e para seu pai.

Quando fora dormir deixara seu pai e sua avó conversando na sala de estar e era isso o que eles faziam até aquele momento, antes de serem interrompidos por alguém batendo na porta.

Uma das empregadas saiu da cozinha e fora abrir a porta para quem estivesse batendo com tanta insistência. Para surpresa de Sra Tessler era a antiga professora de sua filha: Minerva Mcgonagall.

“Minerva?” - a mulher dissera surpresa. Levantou-se do sofá que estava sentada ao lado do genro e caminhou até a recém chegada. - “Que surpresa...”

Pablo olhava tudo um tanto quanto confuso. Sempre soube quem eram os professores e colegas de Agata. Mas o que estava lhe surpreendendo era o fato da antiga professora da esposa aparecer sem motivo algum.

“Desculpe aparecer assim sem avisar Annette... mas minha visita será rápida...”

“Algo errado?” - Annette perguntou desconfiada. Havia acabado de descobrir o seqüestro da filha, não ficaria admirada se tivesse acontecido mais coisas ruins.

“Mais ou menos... na verdade eu estou aqui para falar com o Sr. Stein.”

“Sobre?” - Pablo perguntou desconfiado.

“Sua esposa... já sabemos o que está acontecendo por meio de Sirius Black.”

“Pensei que ele estivesse fugindo... mas isso não tem importância no momento... possui alguma notícia da minha esposa?”

“Sim...” - Minerva dissera seria, ainda estava nervosa e preocupada com o trio que se dirigia rumo ao covil das cobras. Apesar do Lord estar derrotado, ainda havia comensais fortes e que continuavam a praticar magia negra. -“ Sirius e mais dois saíram em busca de sua esposa um pouco antes de eu chegar aqui. Se tudo ocorrer bem , Agata estará conosco pela manhã...”

“Mas a onde fica esse lugar? Por que não me chamaram para ir junto?”

“Sr, não seria seguro... meus colegas sabem muito bem lidar com esse tipo de pessoa, enfrentaram uma guerra e já sabem como derrotar os comensais.”

“Comensais? Minha mulher está presa com Comensais?”

“Pettigrew é um comensal, nada mais natural ele estar no meio de comensais...”

Pablo suspirou exasperado. Não podia ser... estava acontecendo tudo novamente, mas desta vez ele não permitiria, ele não falharia. Sem esperara mais nada, sequer mais pistas da professora, Pablo aparatou.

“Pablo...” - Annette Tessler gritara nervosa - “ele não pode... ele vai fazer besteira...”

“Nós não podemos fazer nada querida... ele é marido e está sofrendo muito com o seqüestro da esposa... é natural que ele se sinta desta forma.”

“Quem?” - a voz viera de alguém que descia pelas escadas rapidamente. Estava com um roupão por cima do pijama e o cabelo preto liso amarrado para trás em um rabo de cavalo. - “Quem está seqüestrada? Por acaso é a minha mãe, vovó?” - Evelyn caminhou até as duas que estavam paradas perto da porta e que a olhavam surpresas por ela estar ali.

“Meu amor... nós íamos te contar... estávamos apenas esperando o momento certo e o mais oportuno.”

“Ah claro... esse momento seria quando minha mãe já estivesse em casa... por que eu sempre sou a última a saber de tudo? Será que não tem mais nada que eu não sei?”

Nesse momento a avó de Evelyn a olhou extremamente seria. Se ela soubesse que havia um segredo que mudaria sua vida para sempre...

“Desculpe querida... eu também não sabia... me senti do mesmo jeito que está se sentindo agora... e não é hora para brigar... precisamos torcer para dar tudo certo com sua mãe...”

“Já estão á procura de Agata... pode ficar tranqüila.” - Minerva dissera com um sorriso. Era impressionante o quanto aquela menina se parecia com Agata, sua ex-aluna e também com... não era possível! Devia estar imaginando coisas. E isso deveria ser guardado para si, teria muita confusão se dissesse o que estava pensando...

“Algo errado?” - Evelyn perguntara preocupada. A mulher estava branca e a olhava com uma expressão totalmente diferente. Era a mesma expressão que seu pai havia feito antes de terem vindo para a casa de seus avós.

“Não querida... é que você se parece muito com sua mãe... não sei se você sabe, mas sua mãe fora uma das minhas melhores alunas...”

“Fico orgulhosa por isso... pena que ela não me diz muito de Hogwarts e de Londres... estou conhecendo tudo sozinha...”

Um silêncio se apoderara daquela sala. Até que a professora decidiu partir e deixar neta e avó conversarem.

“Desculpe se arrumei algum mal entendido, ou se piorei a situação. Mas Dumbledore fez questão de que eu viesse avisar a família. Agora tenho que voltar e dar algumas notícias a ele. Estou torcendo por vocês...”

“Obrigada... fiquei feliz em reve-la! Garanto que Agata também ficaria...” - a mulher sorriu e então seguiu Minerva até a porta. Após a professora ter saído, a dona da casa olhou a neta que estava parada e a olhava seriamente. Teria agora uma conversa muito importante com a menina.

“Desculpa... mal nos conhecemos e eu já estou mentindo para você...”

“Não importa... você também não sabia de nada, não é? Quem não devia ter mentindo para mim era o meu pai, ele sim eu conheço desde que nasci, e afinal é sobre a minha mãe...”

“Eu sei... mas justamente por ele ser seu pai, que ele não te falou nada. Queria te proteger...”

“Eu vou fazer 16 anos daqui dois meses, ele não pode me tratar como uma criança se eu já sou suficientemente madura para entender isso.”

“Querida... mesmo que você tenha 40 anos e seja uma mulher forte, vai sempre continuar sendo a filhinha dele... a menininha que aos olhos dele ainda precisa de cuidados, como se fosse apenas um bebê. Pode acreditar, mas eu ainda sinto isso em relação a sua mãe. Você não sabe a dor que eu sinto e estou sentindo agora...”

“Vó...” - Evelyn abraçou a mulher fortemente e algumas lágrimas foram derramadas. Sentir aquele calor emanando do corpo daquela mulher era muito bom, a jovem sentia-se mais tranqüila e mais protegida. Era como se tivesse sendo abraçado por sua mãe.

Queria dizer tanta coisa a sua mãe... queria ter a chance de dizer o quanto a ama e poder ter pelo menos algumas horas para ficar ao lado dela, assim como ela está agora com a sua vó.

‘Mãe... como você é importante para mim... eu não saberia viver sem você...’

Algum tempo passou, até que Evelyn percebeu que alguém não estava lá. E esse alguém era seu pai.

“Onde está meu pai?”

“Bem... eu também não sei... ele saiu correndo daqui quando ficou sabendo de algumas coisas...”

“Tudo bem... eu não vou perguntar o que é...” - a jovem dissera perguntando o quanto a mulher estava indecisa em dizer aquilo.

“Que bom... porque eu não saberia te explicar...”

“Eu posso continuar deitada no seu colo vovó?”

A mulher sorriu divertida. - “Desde quando você precisa pedir isso? Era eu que iria pedir para você não sair do meu colo...”

“Que bom...” - ao dizer isso Evelyn deitou novamente a cabeça no peito da mulher e fechou os olhos. Queria acordar e ver que o seqüestro de Agata não passava de um pesadelo...
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Há quanto tempo que não via mais aquele lugar... pelo menos há 25 anos. E isso, com certeza, não lhe causava saudades. Pensou que nunca mais precisaria voltar aquele lugar sombrio e detestável. Mas era questão de vida ou morte, sua se acontecesse algo com Agata.

Nunca conseguiu se perdoar pela morte dos seus pais, mesmo sabendo que fora melhor assim, mas não se perdoaria se acontecesse algo com sua esposa. A mulher que sempre amou.

Como estava atrás de algumas plantas não conseguia perceber muito bem o que estava ocorrendo dentro daquela casa caindo aos pedaços. Precisava arrumar algum jeito de entrar na casa sem ser reconhecido. Se bem que não havia muitos comensais do seu tempo e não o reconheceriam se chegasse na frente deles, mas era melhor se precaver...

Conjurou uma capa preta e a colocou em volta do corpo, assim como o capuz para esconder seu rosto. Olhou o pulso onde a marca negra fora conjurada e suspirou cansado. Depois de tantos feitiços para esconde-la de Evelyn, pois seria um baque quando soubesse que seu pai fora um comensal, teria que deixa-la a mostra naquele momento.

Esperou um pouco até criar coragem e então se dirigiu até os quatro comensais que vigiavam em volta da casa. Não esperava ser recebido com muita alegria, mas pelo menos que fosse recebido com gratidão por mais um comensal voltar a casa para ajudar... se bem que não era essa sua intenção, mas se quisesse salvar Agata, teria que fingir...

Um dos comensais, que também estava encapuzado sacou a varinha e apontou para o visitante. Pablo também sacou a sua e ficara em alerta. A última coisa que queria era lutar...

“Sou Pablo Stein...” - ao dizer isso mostrou o braço onde estava desenhado com perfeição a marca negra. - “vim para ajudar...”

O homem olhou a marca com uma certa desconfiança. Haviam vários feitiços capazes de criar a marca e com a mesma perfeição. Quem sabe aquele homem não era um farsante?

Chegou perto de Pablo, ainda com a varinha apontada para o peito do loiro e então examinou a marca.

Como o próprio Pablo sabia e se lembrava muito bem, qualquer pessoa que aderisse ao lado das trevas, passava por um treinamento após ter feito a marca negra. E uma parte deste treinamento era examinar e descobrir se a marca era ou não verdadeira. Era isso que o comensal fazia... Depois de algum tempo o homem balançou a cabeça em afimativa aos companheiros.

“Então você é um comensal... mas por que resolveu voltar?” - o encapuzado a sua frente perguntara.

“Fui um dos poucos que não morri na guerra. E estou aqui para continuar de onde paramos...”

“Òtimo... mas antes você vai precisar falar com Pettigrew... ele que nos reuniu aqui e que quer recomeçar desde a derrota do Lord.”

“Pettigrew...” - Pablo dissera com um leve sorriso nos lábios. Parece que seu plano ia dar certo... - “Então me leve até ele... eu estou com sede de vingança!”

“Nós vamos ficar muito tempo aqui esperando?” - Remo perguntara apreensivo.

“Não... que tal você ficar de olho no que os comensais tanto conversam com aquele visitante?” - Sirius dissera amargamente. Ainda não conseguiu engolir o fato de Remo estar defendendo tanto Snape. Em pensar nos tempos de escola quando Remo o ajudava a atrapalhar a vida de Snape, lhe dava mais raiva ainda. Podem ter ficado adultos, mas para Sirius era impossível deixar de brincar com os defeitos de Snape... mas ainda bem que ele era um ex-comensal, pois só assim poderiam entrar naquela casa, ninguém é perfeito e também imperfeito.

Não era possível que mais comensais estavam voltando ao covil. Parece que a idéia de Sirius estava certa. Deveriam agir o mais rápido possível...

“Nós não poderemos fazer nada, enquanto eles conversam com o visitante...” - Snape dissera ao mesmo tempo que via um dos comensais analisar um braço do visitante. Isso lhe trazia muitas recordações. Uma delas era o momento em que aquela marca, que ainda estava em seu braço, fora marcada em si. Sentia-se tão arrependido... mas aquela não era hora de ficar se lamentando, mas sim de esperar a hora mais certa de atacar.

“Mas que seria ótimo atacar eles de surpresa...” - Sirius dissera com um sorriso malicioso em seus lábios. - “Ok, ok...” - disse ao ver as expressões sérias no rosto de Remo e de Snape, que não era novidade alguma.-“... eu estava só aliviando um pouco a tensão!” - ao ver que nenhum dos dois aliviara as expressões de preocupação, Sirius voltara sua atenção mais uma vez ao grupo de comensais que acabava de analisar o novo comensal que havia chegado.

“Nós não sabemos se há mais comensais por perto.” - Remo dissera vendo que Sirius ainda esperava resposta. - “eles não ficariam juntos em um mesmo lugar, sempre há mais alguns dispersos em volta da casa.”

“Ok então... são quatro em volta do visitante e nós sabemos que são mais ou menos uns dez o todo. Mais que dois não pode estar na rua... se Agata esta la dentro, com certeza tem gente vigiando-a e cuidando da segurança de Pedro.” - Sirius dissera e recebera a aprovação dos outros dois.

“Esperamos isso acabar e atacamos... Remo e eu distraímos os de fora enquanto você entra na casa e descobre onde está a Sra Stein.” - Snape que até agora ficara observando-os dissera decisivo.

“Tudo bem... sabia que a pior parte ia ficar para mim!”

“A amada e a liberdade são tuas... então se vira caro Black!” - Sirius e Snape se olhavam odiosamente, enquanto que Remo observava a hora em que o visitante entrava na casa acompanhado de dois comensais.

“Fiquem quietos... é a nossa hora! Sirius espere aí, quando fizermos um sinal você entra...” - quando Remo estava para sair detrás dos arbustos, Snape o segurou e o puxou de volta.

“Está pensando que vai ir assim sem esconder-se?” - o ex-sonserino conjurara duas capas iguais as dos comensais e então entregou uma a Remo que a vestiu imediatamente, assim como Snape fizera também.

“E eu?” - Sirius perguntara em um muxoxo - “também quero uma capa...” - Snape contrariado e querendo bater em Remo por estar rindo da cara do amigo conjurara uma capa preta e entregara a Sirius, que fingira estar feliz como uma criança.

Após Sirius ter colocado a capa ficara observando os outros indo em direção aos dois comensais que observavam atentamente em volta da casa. Estava ansioso e com medo por causa de Remo. Snape podia enganar os comensais com a marca que possuía no braço, já o Remo teria que lutar bravamente quando os comensais virem que ele era um invasor e que queria atacá-los. Mas se isto acontecesse estaria lá para proteger o amigo...

Agora era ficar e observar o que aconteceria com Snape e Remo...

Estava em uma pequena sala com os dois comensais ainda em sua cola. Não era possível que aqueles comensais não confiavam nem na marca negra desenhada em seu braço. Mas se queria prosseguir com aquela farsa teria que fingir até o fim.

Não demorou muito para um homem baixinho e meio careca entrar pela porta daquela sala e dizer bem baixinho para um dos comensais:

“Fique de olho na mulher... tenho para mim que ela me esconde alguma coisa...”

“Sim... o outro ira ficar aqui para se acontecer qualquer coisa...” - ao dizer isso o homem saiu pela porta e fora em direção ao quarto de Agata, se Pablo soubesse disso...

Pettigrew olhou para Pablo que ainda estava encapuzado e então disse em alto e bom tom.- “Então... o que você faz aqui depois de tanto tempo?”

“Tanto tempo? O Lord fora derrotado a apenas quatro meses... não faz muito tempo...” - não estava gostando daquela pergunta. Se Pettigrew lhe perguntara isso era porque desconfiava dele, desconfiava que ele era um comensal fugitivo...

“Você acha que eu não conhecia todos os comensais que seguiam o meu Lord? Se você não sabe disso é porque não é um comensal... pode até ter a marca mas não é mais um de nós... o que você quer Stein?”

Pablo ficara assustado com aquilo... pelo o que se lembrava daquele homem na casa de Agata, ele sempre fora muito encabulado e nervoso, mas naquele momento lhe parecia um homem macabro e astuto... - “Ok Pettigrew... se você não lembra eu sou Pablo Stein...”

“O marido de Agata... é claro que eu lembro...” - nisso Pedro pegara sua varinha e a apontara para o loiro a sua frente. - “e é claro também que você veio buscar ela...”

“De certa forma sim... mas eu vim lhe fazer uma proposta... eu lhe digo onde está o que tanto quer e você me devolve a Agata...”

“Você acha que eu trocaria a Agata por quem eu procuro?”

“Trocaria... eu não estou fazendo esta proposta de brincadeira Pettigrew...” - nisso Pablo também sacara sua varinha e apontara para Pedro. - “eu quero a Agata comigo... e agora!”

“Ok, ok! Não vou negar que eu estou com a sua esposa porque eu quero que o Black venha até mim... mas se você está propondo ajuda eu não vou negar... eu te levo até ela e você me diz onde o maldito está escondido.”

Pablo sorriu e então abaixara a varinha ao mesmo tempo em que Pedro lhe levava até onde Agata estava...

Enquanto isso dois comensais eram derrotados do lado de fora da casa e Remo e Snape assumiam os seus lugares sem que ninguém visse. Sirius ao ver a derrota correra até eles e fingira ser um comensal também para em seguida entrar na casa e descobrir onde Agata estava...

Como a casa era grande e no momento estava vazia ele resolveu assumir a forma canina. Na forma de cachorro conseguia ouvir muito melhor e quem sabe sentiria o cheiro de Agata...

Quando estava quase perdendo as esperanças Sirius ouvira vozes indo em direção ao último quarto daquele andar... uma ele distinguiu ser a de Pedro e a outra para sua extrema surpresa era a de Pablo?

“Quero que Agata desmaie... em hipótese alguma eu quero que ela me veja... ela ficaria confusa demais...”

“Como você quiser.. Mas assim que você pegar a Agata eu quero a minha parte.”

“Tudo bem... se você quer o Black... é isso que terá... eu já disse que sei onde ele está escondido, não disse?”

Houve algum silêncio e então o barulho de porta se abrindo. Sirius retornara a sua forma humana e seguira-os mais cautelosamente ainda. Ao chegarem no quarto de Agata, Pedro entrara sozinho e deixara Pablo do lado de fora sozinho, o que proporcionara uma idéia maluca a Sirius.

O moreno andara até Pablo, este virara-se para ver quem chegava, para sua felicidade estava com o capuz e então não poderia ser reconhecido tão facilmente por Pablo.

“Você quem é?” - Pablo perguntara desconfiado, mas com certeza devia ser algum comensal. Sirius ao invés de parar seguira em frente e entrara no quarto onde pode ver Agata sentada na cama enquanto que Pedro lhe lançava um feitiço para ela adormecer. Antes do feitiço ser concluido a varinha de Pedro voara longe quando Sirius dissera altivamente “Expelliarmus”.

“Mas o quê...?” - Pedro perguntara ao ver o homem encapuzado com a varinha apontada em sua direção. - “Stein?”

“Errado... mais uma chance!” - a voz de Sirius ecoara divertido.

“Black!”

“Acertou! Mas qual prêmio eu te dou?”

“Nenhum Black!” - Pablo, que havia acabado de entrar no quarto, lhe apontava a varinha na direção do coração. -“ Deixa que eu me viro com a MINHA mulher!”

“Sua mulher? Se fosse sua, não estaria fazendo planos para capturar ela...”

“E você acha que eu daria este desgosto a ela? Que eu lhe entregaria a Pedro para pega-la? Eu morreria se recebece o desprezo de Agata. Além do mais eu estou no meu direito de fazer planos para resgatá-la...”

Agata que estava se recuperando do feitiço vira quando Pedro pegava sua varinha, que fora atirada longe pelo feitiço de Sirius , e apontava para as costas do moreno.

“Estupore!” - Para surpresa de Pedro e de todos Agata pulara no meio de Sirius e Pedro e ao ser atingida pelo feitiço voara longe e caíra desmaiada no chão.

“Agata!” - Sirius correra até ela e vira que ela sangrava...Pedro ao ver aquilo se transfigurara em rato e fugira antes que alguém o pegasse.

Pablo ao ver a mulher desmaiada não quis correr atrás do fugitivo, mas sim auxiliar Sirius e recuperar sua mulher inconsciente.

“Enervate!” - Pablo dissera e em seguida Agata acordara e olhava-os desesperada.

“AH... me ajudem... não deixem eu perder o meu bebê!” - ao dizer isso ela desmaiara, mas desta vez pela dor e pelo sangramento que ocorria no meio de suas pernas.

“Bebê?” - ambos se perguntaram, mas resolveram leva-la imediatamente a algum hospital.

Pablo pegara-a no colo e desaparatara rumo ao St. Mungus, deixando Sirius preocupado. Mas como estava com muita raiva resolvera ir atrás do fugitivo. Ao chegar onde Remo e Snape estavam encontrara-os com algo na mão e rindo divertidos. Snape lançava olhares de raiva ao embrulho nas mãos enquanto que Remo sorria maravilhado.

“O que vocês têm na mão?” - Sirius perguntou ofegante. Remo apenas mostrara um vidro com um rato velho dentro tentando fugir.

“Não me digam que é...”

“È sim... Snape e eu estávamos observando o lugar quando vimos um rato fugindo em direção as árvores. Eu em um instinto resolvi seguir o bicho e ao chegar nos arbustos dei de cara com Pedro ofegante e medroso. Resolvi estuporá-lo antes que ele fugisse novamente...” - Sirius não acreditava no que via. Finalmente uma notícia feliz. Estava com Pedro Pettigrew em mãos, agora era torcer para que tudo ficasse bem com Agata...

Continua...

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