Capítulo 12



Capítulo 12

Mais um dia das bruxas estava se aproximando e a decoração de Hogwarts ganhava tons mais alegres tornando a vida dos alunos mais felizes.

Voltavam para o salão comunal depois de mais um dia cheio de aulas cansativas e com enormes trabalhos extras para fazer para o azar de alguns alunos que queriam aproveitar os fins de tarde.

Rony e Hermione haviam estranhamente sumido depois da ultima aula e Harry voltava para a torre sozinho, pelo menos até o meio do caminho, onde encontrou Gina voltando para a torre também.

-Oi Harry! Muitos deveres? – a ruiva parecia mais feliz e confiante. Harry pode perceber isso assim que a olhou. Seus olhos brilhavam e isso não era porque o havia visto, com certeza não.

-Nem imagina... mas você parece que não se abala muito ne?

-Por que a pergunta? Estou apenas um ano atrás de você...

-È... – Harry afirmou encabulado. Estava um pouco sem jeito de falar com a garota, principalmente depois de ter ouvido da boca dela que o amava. Porém, algo estranho estava acontecendo, pelo menos ele achava, já que a ruiva não dava mais sinal de interesse por ele, nem o procurava mais para conversar. E ele tinha que confessar que estava sentindo um pouco de falta, talvez dela ou então do amor que ela sentia por ele.

-Você está sozinho! – Gina perguntou notando que o garoto estava um pouco sem jeito de falar com ela.

-Estou... seu irmão sumiu com a Mione e eu fiquei sozinho...

-E a Evelyn? – Gina perguntou incerta, na verdade nem sabia bem por que estava perguntando aquilo, mas enfim a pergunta já estava feita.

Harry demorou a responder, estava tentando captar algum sinal de ciúmes por parte da ruiva, mas para sua quase decepção não havia nenhum vestígio. Ou aquela garota sabia muito bem esconder ou fingir que não gostava mais dele, ou ela finalmente teria esquecido dele e o trocado por alguém que a amasse igualmente.

-Não sei... acho que vamos descobrir agora!

-Bem.. acho que só você... por que eu tenho que ir a biblioteca antes... esqueci de um livro para a aula de poções... depois continuamos a conversa tudo bem!

-Tudo... – Harry respondeu estranhando. Por que aquilo de repente? Será que ela realmente havia esquecido o livro, ou iria encontrar a pessoa que estava tornando aquele olhos brilhantes!

Resolveu não pensar naquilo. Se estava começando a nutrir qualquer sentimento pela ruiva era melhor afundar de vez, porque ele não tinha mais chance e achava que não teria chance com mais ninguém. O famoso Harry Potter era o azar em pessoa quando o assunto era amor.

Entrou no salão comunal percebendo que estava quase vazio, a não ser por aluno do terceiro ano fazendo lições de casa. Andou pela sala notando que o quadro de avisos estava com alguns papeis novos. Leu alguns sem importância e deparou-se com um aviso de Quadribol, onde Sirius marcava um dia para eleger o novo capitão. Ao lado havia algumas linhas para inscrição. Sua surpresa foi ao ver o nome de Rony nele. Pelo menos iria ter alguém amigo naquele cargo, já que os últimos eram tremendos ditadores.

No mesmo papel havia os nomes dos jogadores titulares e os reserva, e junto o horário do primeiro treino daquela temporada. Seria depois de amanhã e ele não via a hora de chegar.

- Os treinos já estão chegando ne? Muito bem... agora que sou o diretor dessa casa quero ter o privilégio de segurar mais uma vez a taça, espero que o meu afilhado predileto faça isso!

-Sirius... sou o seu único afilhado lembra? E acho que último familiar também...

-È... acho que sim... mas não vim aqui para falar disso...

-Veio pra falar comigo? – Harry perguntou estranhando um pouco. Fazia tempo que o mais velho não o procurava para conversar, a maioria das vezes era para lhe dar bronca, mas naquele momento parecia que o assunto era outro e Harry tinha algumas desconfianças sobre o assunto.

-Sim... mas não aqui... queria que fosse particular...

-Hm... ta!

-Vamos pra minha sala... – Sirius guiou seu afilhado até sua sala. Ao chegarem lá, o professor fechou a porta e então sentou-se de frente para Harry, que analisava alguns objetos sobre a mesa.

-Você deixou essa bem a sua cara...

-Linda e fabulosa ne?

-Está se chamando de lindo?

Ambos sorriram, mas não por muito tempo, pelo menos Sirius não, que se lembrou da conversa que teria com Harry.

-Vamos direito ao assunto Harry... eu sei que você esteve me espionando hoje de manhã... e sei que você viu algo estranho...

-Sabia que não era para me elogiar que você me chamou... pode dizer, diz que eu sou fuxiqueiro também...

-Ahh... por favor Harry... eu nem te dou bronca assim... é sério... não sou o seu pai para fazer isso... embora seja seu tutor... o que me dá o direito de lhe educar também, tanto quanto se eu fosse o Tiago.

-Ok... entendo... agradeço sua preocupação... mas se não é para me dar bronca... o que você quer afinal!

-Te contar a minha história, pelo menos parte dela que envolve a Agata... acho que você merece saber isso... afinal você vai morar comigo ne?

Harry afirmou e então fizera sinal para o padrinho prosseguir, o que este fizera sem muita embolação.

-Harry, Agata e eu fomos namorados quando estudávamos aqui... sempre fomos amigos, apesar de ela ser da Sonserina e eu da Grifinória. Muitos não gostaram quando souberam do nosso envolvimento, mas é claro que os marotos me apoiaram, isso incluindo sua mãe e a namorado do Remo naquela época, mas estes dois não ficaram muito tempo junto, logo a garota passou para o lado das trevas... mas isso não vou te contar agora...

-Mas eu pergunto pro Remo... quero saber mais dele também...

-Ok. Continuando... dentre os marotos, apenas um ficou contra meu namoro com Agata, e isso eu fui descobrir por acaso no dia em que ela de um fora no Pedro, que queria de todas as maneiras tirar ela de mim, é claro que eu achei estranho, que era brincadeira dele, mas depois de nós termos terminado percebi que ele realmente gostava dela.

-Parece que o Pedro queria tudo que você e o meu pai tinham...

-Mas ele não conseguiu Harry... não conseguiu ter o amor que eu e seu pai tínhamos pelas nossas namoradas e pelos nossos filhos...

-Filhos?

-Eu te considero meu filho ô cicatriz!

Harry sorriu e então Sirius mantendo a calma depois de quase por tudo a perder continuou seu relato.

-No sétimo ano eu pedi a Agata em casamento, ela aceitou na hora... mas foi ai que o nosso mundo desabou. Descobrimos que os pais dela, o pai dela necessariamente havia arranjado um casamento com um alemão muito rico e que morava em Londres há alguns anos. Ele era médico e gostava dela, pois já freqüentava aquela casa por motivos de negócios. Todos sabiam que Agata e eu nos amávamos, eu freqüentava aquela casa, a mãe da Agata apoiava tudo. Mas o pai dela não, ele era e ainda é muito ambicioso... e a proibiu de me ver e marcou a data do casamento dela com o médico.

-Este médico é o Pablo ne? Ele me parece ser uma pessoa legal Sirius.

-È... mas não soube respeitar o sentimento da Agata...

-Mas a Agata não podia simplesmente ter dito que não casava?

-Podia... talvez eu ainda não saiba o porque de ela não ter dito... mas acho que foi porque a família dela estava caindo, estava perdendo tudo e o Pablo havia comprado alguns bens deles e até uma empresa trouxa que hoje é administrada pela Agata em conjunto com o pai dela, que ainda tem algumas ações da empresa. Enfim... hoje eu finalmente consegui recuperar ela Harry... e nós não vamos permitir que alguém atravesse nosso caminho...

-Eu entendo... se quiser minha ajuda farei o possível...

-Então comece guardando esse segredo, principalmente em relação a Evelyn. Ela em hipótese nenhuma pode saber disso, por enquanto... ela não vai entender isso...

-Tudo bem... – Harry disse sorrindo, deixando Sirius mais tranqüilo. – Espero que vocês consigam ficar juntos...

-Espero também... obrigada por me ouvir Harry... – Harry sorriu e então antes de sair abraçara o padrinho demonstrando em certo carinho que ele sempre quisera demonstrar, mas nunca soube o momento de fazer.

-Não precisa agradecer... é o mínimo que posso fazer. – ambos sorriram e então Harry saiu fechando a porta atrás de si.

Aquele garoto lhe lembrava muito o Tiago, amigo, companheiro, mas tinha algo que ele tinha que era apenas da Lílian, pelo menos até ela começar a namorar o pontas, era dificuldade de demonstrar que gostava... mas isso ele também aprenderia... se não fosse com ele seria com alguma pessoa que ele amava.


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Encostou a cabeça no topo da cadeira e então fechou os olhos. Será que sua vida tomaria o rumo desejado? Essa resposta ele teria apenas depois da conversa que Agata teria com Pablo e pelo jeito não iria demorar muito para isso...

-Oi amor... – o loiro levantou-se da cadeira e andou até a mulher dando-lhe um beijo nos lábios e depois alisando sua barriga por um tempo, tentando escutar ou sentir algum movimento da criança. – Tem se sentido bem?

-Apenas uns enjôos... mas nada demais... acho que depois que eu completar os cinco meses, daqui uns oito dias, meu enjôos tendem a diminuir...

-Acho que sim... só temos que cuidar da sua pressão... quando a Evelyn nasceu você teve um parto difícil lembra?

-Acho que vai ser diferente... essa gravidez está sendo mais tranqüila... não estou tendo tranqüilo, pode ficar tranqüilo... – Agata disse procurando uma cadeira para se sentar. Após ter achado uma e sentado da forma mais confortável, Pablo sentou-se onde estava antes e começou a analisar algumas fichas deixadas pela Madame Pomfrey.

Dumbledore havia improvisado uma sala para Pablo na enfermaria. Lá ele ficaria mais a vontade e também mais perto dos doentes, caso alguém precisasse dele, o que deixara o loiro muito satisfeito.

-Você vai trabalhar por muito tempo ainda? – a morena perguntou vendo que ele não olhava para ela, parecia esconder alguma coisa...

-Não...

-Hm...

-Algum problema? – Pablo levantou a cabeça e a olhou de maneira fria. Agata teve mais certeza ainda de que Pablo estava magoado com ela, e ela nem sabia o que havia feito, não na frente dele...

Agata suspirou e então levantou-se de sua cadeira para ficar o mais longe possível do loiro, pois o que iria dizer não seria muito fácil.

-Sim... tenho um problema sim...

-Então diga. – Pablo responde de maneira fria, ignorando completamente os papeis de sua mesa e olhando fixamente para a mulher que circulava a sua frente.

-Antes eu quero que você saiba que nada vai mudar entre você e seus filhos... e que essa é uma decisão já tomada, apenas estou lhe comunicando...

-Somos casados... você não pode tomar decisões sozinha... tenho o direito de opinar...

-Não... sobre a minha vida você e meu pai já “opinaram” demais... já sou maior e vacinada, sei me cuidar e bem longe de você...

-Vi que você já se acertou com aquele fugitivo, traidor e sei lá mais o quê. Francamente... pensei que você tivesse alguma compostura ou pelo menos alguma consideração por mim que cuidei da sua filha e a daquele Black!

Agata o olhou por um tempo não acreditando no que ouvia. Ele estava diferente... muito estranho... sempre fora um homem doce, simpático, mas agora ele se parecia mais com o Pablo jovem, aquele que ela conhecera na casa de seus pais, que era ambicioso e faria qualquer coisa para a ter perto de si...

-O que você tem?

-O que eu tenho? Cansei Agata... cansei de dar tudo a você e não receber nada em troca. De sempre ter visto você de cara fechada, de aparência triste, não dava a mínima para mim e muito menos para a sua filha... pensa que eu esqueci que você nunca deu amor para aquela menina?

-Eu amo a minha filha... sempre dei carinho a ela... só não dei mais porque eu também não tinha o amor que precisava...

-Sempre te dei tudo o que você queria... sempre fui carinhoso com você...

-Não era o que bastava... nunca foi você sabe disso... sempre amei o Sirius...

-Não parecia... quando você se entregava a mim era bem diferente... o resultado está aí na sua barriga.

Agata suspirou indignada. Aquela criança era sim muito bem vinda, mas fora um descuido, um completo erro, mas a amaria com se a tivesse planejado...

-Será porque eu lembrava de Sirius quando estava com você!

Pablo levantou-se bruscamente e a segurou pelo braço fazendo-a virar-se para si e a olhar nos olhos.

-Pode pensar em quem você quiser, delirar, falar, beijar, qualquer coisa, mas se você quer o divorcio pode estar muito enganada que isso eu nunca vou lhe dar. É mais fácil você ficar viúva do que divorciada!

Ao dizer isso ele a soltou e virou-se de costas, respirando com mais rapidez, a raiva sendo demonstrada pelo brilho frio que tinha no olhar. Agata sentiu seus olhos arderem, não pelo fato de ter sido negado o divorcio, mas pelo o que Pablo havia dito. Ela nunca havia desejado mal a ele, nunca quis se ver realmente livre dele, Pablo fora um ótimo marido, pai, e ficaria grata a ele sempre.

-Pablo será que nós não podemos conversar como adultos? Se você me amasse iria querer me ver feliz... deixa eu ser feliz agora que eu posso mandar em mim mesmo...

-Queria que você fosse feliz comigo... eu sempre te amei... não casei com você pela fortuna, mas por você, embora o patrimônio da sua família tenha sido um mero pretexto para seu pai acreditar que eu o tiraria da miséria...

-Nós não precisávamos de você... e nem estávamos na miséria, mas sim numa crise que eu e o Sirius iríamos saber contornar...

-Com ele na cadeia? Vocês trocariam corujas? Me diga... você iria ficar sofrendo aqui fora se não fosse eu!

Agata suspirou tristemente. Não era aquele rumo que ela esperava que a conversa fosse tomar, mas se Pablo queria briga iria ter.

-Agora isso não importa mais... se eu fui ou não feliz não interessa... eu quero saber o que vai ser de mim daqui para a frente... e o que eu quero é me separar de você... posso até esperar o nosso filho nascer, fingir que estamos casados na frente de Evelyn... mas depois disso...

-Tudo bem... mas até lá você vai voltar atrás nessa sua decisão ridícula... o nosso casamento de 16 anos não vai acabar de uma hora para outra... não vai mesmo... – ao dizer isso o homem saiu de sua sala deixando Agata sozinha com seus pensamentos.

A morena sentou-se novamente na cadeira escorando sua cabeça na mesa e fechando os olhos tentando aliviar um pouco a dor de cabeça que estava sentindo. Não havia sido o que imaginara, mas pelo menos fora um começo... poderia se considerar uma mulher quase livre finalmente.


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Andava de um lado ao outro naquela sala vazia e com pouca iluminação. Estivera pensando aquele dia inteiro sobre o que havia acontecido no dia anterior. Sentia que havia ido muito longe e muito rápido com algo que ele nem sabia direito o que estava sentindo e muito menos sabia se ela estava disposta a esquecer tudo e ficar com ele.

Sempre soube que Gina gostava, amava o Harry, e esse amor talvez não acabaria de uma hora para outra, talvez ela havia aceitado seu pedido de namoro apenas para esquecer o menino-que-sobreviveu. Mas ele não podia condená-la, ele mesmo não sabia ao certo se gostava realmente da ruiva. A única coisa que sabia era que sentia uma atração muito forte por ela e que talvez pudesse se transformar em amor. Algo que diziam ser impossível estar no coração de um Malfoy. Ele mesmo não acreditava que seus pais se amavam, mas faria de tudo para ter aquela ruiva para si, e havia começado certo, pelo menos era o que achava.

O ruído da porta sendo aberta foi ouvido pelo loiro que virou-se imediatamente para ver quem adentrava o local. Ao ver a figura da ruiva, com sua capa da grifinória sorriu aliviado e aproximou-se da garota.

-Pensei que não viria mais!

-Anda inseguro Malfoy... isso não é bom...

-Não é insegurança, apenas falta de paciência para ficar te esperando...

-Se quiser eu volto... – Gina dissera virando-se para voltar pelo caminho que viera antes, porém Draco a segurara aproximando-a mais de si.

-E quem disse que eu ia deixar você sair daqui? A minha espera valeu a pena...

Gina sorriu e então enlaçou o pescoço do loiro, sentindo sua cintura ser puxada para mais perto do garoto a sua frente pelos braços fortes que ele possuía por jogar quadribol.

-Que bom... sabia que não é muito legal um namorado cobrar a namorada? Mesmo ou principalmente quando eles namoram a apenas um dia.

-Tudo bem... esquece o que eu disse... – o loiro falou depositando seus lábios sobre os de Gina calando qualquer pergunta que pudesse ser feita por ela.

A grifinória deixou-se ser levada pelos beijos de Draco, ao mesmo tempo em que seus pensamentos também flutuavam em sua mente.

Era estranho lembrar que há apenas um dia ela ainda suspirava pelo Harry, ou pensava amar o colega de casa. Talvez já estivesse acostumada em amar o garoto e este nem se dar ao trabalho de dizer que ela não tinha chance alguma com ele. Até que Draco apareceu a sua frente dizendo que se sentia atraído por ela, talvez não com essas palavras, mas ela conseguia sentir isso dele, sentir que ele estava mesmo interessado nela. Um Malfoy demonstrando todo seu interesse a uma Weasley. Não era tão impossível, bastava que fossem um homem e uma mulher, um casal que se sentisse atraído não importando a classe social.

Ainda sentia-se confusa com seus sentimentos. Talvez o melhor seria parar e analisar sozinha seus sentimentos, sobre o que sentia em relação ao Harry, ao Draco...

-Meus beijos lhe fazem flutuar? – a voz do loiro a chamou novamente de seu devaneio, a fazendo sorrir por causa da expressão que Draco fazia ao olhá-la.

-Menos... não é para tanto... eu estava apenas pensando...

-Sobre?

-Nada demais... mas agora me veio algo em mente... o baile do dia das bruxas... você sabe que esse ano teremos novamente esse baile não sabe?

-Sei... depois de ter acabado a guerra tudo voltara ao normal em Hogwarts, mas o que eu tenho a ver com isso?

Gina rolou os olhos e então soltou-se do namorado afastando-se por um momento.

-Ah... pensei que fosse mais inteligente. Estou falando que você vai ter que convidar alguém para ir...

-È naturalmente que vai ser você... a propósito: Quer ir ao baile comigo! – Draco fizera um pequena reverência a ruiva, arrancando gargalhadas desta. – Qual a graça?

-Nenhuma... na verdade não há graça alguma nisso, de não podermos ir ao baile juntos...

-Então?

-Foi o seu jeito...

-Certo... mas e a resposta?

-Não... não podemos... você terá que pedir outra garota...

-Mas... pensei que até lá você fosse querer ir comigo? Apesar de estarmos namorando escondido...

-Sei disso... mas vai ser algo estranho se aparecermos juntos... por enquanto acho que não vai ser uma boa idéia...

-Digamos que eu concorde com isso... com que você iria? Com aquele cicatriz? Por que é obvio que ele vai convidar você esse ano...

-Não... mas se ele me convidar eu vou aceitar... e o que te faz pensar isso, que ele vai me convidar... nunca me deu bola por que faria isso agora!

Draco soltou Gina afastando-se um pouco. A olhava de maneira curiosa, Gina podia ver o brilho de fúria em seus olhos. Sempre soube que não era bom brincar com os sentimentos do loiro, talvez não fosse essa sua intenção, mas alguma coisa lhe dizia que tinha ido longe demais.

-Weasley... me diz uma coisa. Você aceitou meu pedido por falta de opção?

-Você me fez o pedido por atração ou por única alternativa! – Gina respondeu com uma pergunta a altura do loiro, este franziu o cenho não gostando do rumo daquela conversa.

-Eu perguntei primeiro... sabia que só os idiotas respondem uma pergunta com outra?

-E então por que você seguiu perguntando ao invés de me responder?

-Talvez porque sejamos dois completos idiotas por estarmos juntos... Céus onde eu estava com a cabeça quando fiz essa loucura?

-E eu quando aceitei.

-È óbvio que você gosta do Potter... burro fui eu que pensei que era algo passageiro...

-Acho que algo que dura quase sete anos não acaba de repente e nem é passageiro... – Gina disse cruzando os braços. Não sabia muito bem o que estava falando, só sabia que não iria deixar Draco lhe vencer, mas algo dentro de si não estava gostando nada daquela briga...

-Òtimo! Se não é passageiro então lute por ele... eu desfaço o pedido e assim você fica livre e eu também... vou poder achar alguém a minha altura! – Draco falou com raiva. Sentia uma leve tristeza dentro de si, não era apenas atração que sentia pela ruiva e isso ele sabia muito bem. Talvez no começo só quisesse brincar, se aventurar com ela, mas agora... não havia feito aquele pedido por nada, estava gostando da Gina, e seu sentimento não era mentira, talvez fosse a única coisa verdadeira nele, porém ele não poderia demonstrar isso, não antes de saber exatamente o que a ruiva sentia por ele, ou o que ela sentia pelo Potter.

Gina descruzou os braços e baixou os olhos para olhar o chão. Após alguns segundos de silêncio a ruiva voltou seus olhos para o loiro a sua frente, parado praticamente como uma estátua, esperando alguma reação por parte dela. A grifinória andou a passos lentos até o loiro e então o abraçou por algum tempo sem ser correspondida. Draco ainda permanecia como uma estátua sem saber o que iria fazer diante daquele ato repentino. Apenas sabia que aquilo estava lhe deixando ainda mais confuso. Não tinha a mínima idéia de como agir, se demonstrava o que sentia ou se demonstrasse sua habitual frieza.

-Nós não podemos brigar assim... somos um casal de namorados... lembra! – Gina perguntou afastando-se do loiro para encara-lo.

-Não sei se deveríamos continuar Gina. Acho que estamos apressando as coisas...

-Tudo bem... acho que devíamos ir com calma sim... mas não podemos voltar atrás... se eu ainda gosto do Harry, se você gosta de outra pessoa, ou não sente algo forte por mim... isso é passado... temos que começar daqui... sei que formamos um casal bonito...

-Sério? – Draco perguntou com um sorriso que fora desfeito novamente por outra pergunta que lhe veio em mente. – Mas você não está comigo só para esquecer o Potter ne? Não admito isso!

-Claro que não... não sou disso... você ainda vai me conhecer...

-Eu espero... – Draco falou em um sussurro e então puxara a ruiva para mais perto lhe abraçando fortemente. Gina retribui o abraço da mesma forma, apoiando sua cabeça no ombro do loiro.

Como queria não pensar mais no Harry, até não pensava tanto, mas cada vez que o encontrava seu coração ainda disparada, ainda lhe dizia que ele estava dentro de si, mas agora mais uma pessoa estava o adentrado, Draco, estava lhe conquistando aos poucos e profundamente. Não queria se iludir, não queria se machucar ou brincar com os sentimentos dele, nem com os seus. Sentia que o loiro pensava do mesmo jeito, sentia a mesma coisa.

-Entende porque devemos namorar em segredo?

-Sim... somos muito fracos, nossos sentimentos são muito inseguros para enfrentar tudo e todos... sabe... estou começando a gostar disso...

Gina sorriu no abraço do loiro e então fechou os olhos aproveitando ao máximo aquele carinho.

Ficaram assim por muito tempo, até que resolveram voltar aos seus dormitórios, quando já passava e muito da hora de dormir.


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Novamente o mesmo sonho, as mesmas palavras, as mesmas lágrimas e o mesmo sentimento triste. Abriu os olhos cheio de lágrimas e sentou-se na cama notando que suas colegas de quarto ainda dormiam.

A véspera dos dias das bruxas estava amanhecendo, e então Evelyn resolveu não voltar mais a dormir, até por que não iria mais conseguir. Aqueles sonhos estavam lhe deixando cansada e com terríveis olheiras, o que lhe consolava era que iria buscar a poção naquele dia. Finalmente teria ótimas noites de sono.

Arrumou-se sem fazer barulho e então desceu até o salão comunal com seus livros. Havia se esquecido de fazer um dever para Herbologia e como não tinha nada melhor para fazer resolveu fazer o dever.

Sentou-se em uma das mesas colocando seus livros e alguns pergaminhos sobre. Abriu um livro mais fino e começou a procurar alguma explicação para sua dúvida.

-Caiu da cama! – uma voz tirara a morena de sua concentração assustando-a a ponto de pular da cadeira.

-Harry! Nunca mais faça isso! – a morena disse rindo e sentando-se novamente na cadeira.

-Ok... desculpe... parecia tão concentrada... não podia perder a oportunidade... – o jovem falou sorridente sentando-se de frente para Evelyn que o olhou por algum tempo.

Já fazia alguns dias que se flagrava o olhando daquele mesmo jeito, pensando nele ou até mesmo querendo encontra-lo em algum lugar para conversar. Sentia que alguma coisa dentro de si estava mudando, que um novo sentimento estava começando a surgir, talvez fosse pura ilusão, mas não podia negar, estava realmente gostando do moreno.

-Tudo bem... estava fazendo um dever de Herbologia...

-Essa hora?

-Como você disse... cai da cama... e como não tinha nada para fazer resolvi estudar...

-Isso não combina muito com você... – Harry falou um pouco sério. Realmente uma visão de estudiosa e certinha não se encaixava com aquela menina, sempre bem extrovertida, animada e conversadora. Tudo bem que as vezes sentia a depressão emanar da jovem, mas isso se devia ao fato de que sua memória ainda tinha falhas, não conseguia lembrar de fatos remotos, da sua vida.

-Como é!

-Não é uma ofensa... mas acho que você não e muito de estudar...

-Então seja por isso que eu não estou conseguindo fazer isso... – Evelyn mostrou o pergaminho praticamente vazio, a não ser pela questão escrita no topo.

Harry sorriu e então aproximara sua cadeira mais perto da morena.

-Aceita minha ajuda! Ainda falta muito para começar a aula e eu não tenho nada para fazer...

-Sem sono também?

-È... – Harry respondeu sem muita convicção. Na verdade não sabia o motivo pelo qual havia acordado. Talvez fosse insônia. Mas aquilo não importava mais, o que importava era que estava gostando da companhia da menina. Ela lhe fazia sentir muito bem como uma garota nunca há muito tempo não fazia, tirando a Cho obviamente – Deixa eu ver isso... – Harry falou pegando o pergaminho das mãos da jovem e sem querer encostando nas mãos macias e delicadas dela. Evelyn sentiu o toque das mãos de Harry nem que por apenas poucos segundo, mas já fora o bastante para seu coração pular.

Evelyn o olhou nos olhos por algum tempo sem que o moreno percebesse já que ele lia o dever da morena com uma certa concentração encantadora, na visão de Evelyn.

Fechou os olhos por um momento se punindo por aqueles pensamentos. O que ela estava pensando? Não podia estar pensando aquilo. Não devia estar gostando do Harry, sabia muito bem que Gina gostava dele e que Harry não aceitaria seu amor, que ele talvez daria uma chance a ruiva. Não podia se meter no caminho deles, Hermione e Rony não iriam apóia-la!

-Eve... estou falando com você! – Harry tocou em seu ombro tentando chamar sua atenção.

-Eu preciso ir! Você não pode me ajudar!- a morena falou assustada levantando-se e pegando seus livros sobre a mesa saindo em seguida pelo retrato da mulher gorda ainda muito apressada.

Harry avistou a jovem saindo apressada com muita curiosidade e uma certa preocupação. Olhou em suas mãos e então se dera conta de que havia ficado com o dever da garota. Seria difícil, mas teria que encontra-la antes que suas aulas começassem.


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Andavam de mãos dadas pelos corredores de Hogwarts em direção a aula de duelos, até que encontraram Harry andando na direção deles, ou melhor, correndo.

-Ei... por que a pressa... a aula do Sirius começa daqui a dez minutos... – Hermione falou o segurando pelo braço antes que este passasse sem o avistarem.

-Por isso... a de Herbologia da Evelyn também...

-E o que você tem com isso? – Rony perguntou curioso.

-Fiquei com o dever dela... estava ajudando ela hoje de manhã quando ela saiu correndo...

O casal sorriu ao ver a cara de espanto do moreno. Porém este não parecia achar graça de nada.

-Qual a graça?

-Não sabia que as mulheres fugiam de você! – Rony disse ainda sorrindo.

-Acho melhor você ir andando... Sirius não vai gostar se você se atrasar...

-Eu me entendo com ele depois... – Harry falou e saiu correndo sem olhar para trás enquanto o casal ainda gargalhava por causa do acontecido.

Harry chegou em poucos minutos até as estufas onde o sexto ano se encontrava, porém a professora Sprout não se encontrava ainda.

O moreno diminui a velocidade e então começou a procurar uma morena de cabelos compridos e olhos azuis no meio da turma, até que a encontrara mais afastada do grupo olhando o nada. Chegou devagar e então postou-se em sua frente abandando o dever na frente de seu rosto.

-Acho que isso é seu!

-Harry... o que está fazendo aqui? Sua aula...

-Não podia te deixar na mão... além do mais agora a aula é com o Sirius e eu não sei porque, acho que ele não brigaria comigo se soubesse que eu estava ajudando uma certa morena...

Evelyn sorriu e então pegou o pergaminho notando que ele não estava em branco, porém havia muitos parágrafos bem desenvolvidos.

-Se você for rápida vai conseguir passar a limpo... – Harry falou antes que a jovem pudesse recusar o trabalho.

-Ah... nem sei como te agradecer...

-Não fugindo mais... não sei o que te deu, mas confesso que fiquei preocupado... foi algo que eu disse? – Harry perguntou sorridente, sendo correspondido pela morena que falou um pouco encabulada.

-Desculpe... esquece o que aconteceu ta! Agora eu vou ir... passo a limpo isso em um instante... – disse e então olhara os olhos verdes de Harry por mais um tempo, até que sem perceber, Evelyn depositou um beijo demorado no lado esquerdo do rosto do Harry, que ficara surpreso com o gesto.

Evelyn sorriu e então afastou-se de Harry, que permanecia em estado de surpresa. O que havia sido aquilo? Ele não sabia o certo, mas havia adorado aquela iniciativa, porém não podia ficar se iludindo a toa, eram amigos e só. Não queria aprofundar aquela relação e se iludir novamente.

-Não! – Harry falou de repente e então resolveu voltar ao castelo. Não podia se atrasar mais...

Evelyn, em poucos minutos, havia passado o texto de Harry a limpo, ainda não acreditava no que aquele garoto havia feito por ele. Fora simplesmente magnífico, o que serviu para deixar seu coração mais quente e ela com mais vontade de ficar perto dele. Porém a visão de uma ruiva vindo ao seu encontro atraíra sua atenção.

-Oi... conseguiu fazer o dever? – Gina perguntou olhando o pergaminho da jovem completamente cheio de conteúdo.

-È... sim... – Evelyn falou e então notou que a ruiva não acreditou muito em suas palavras. – Bem... tive uma ajuda... digamos que uma ótima ajuda.

-O Harry não costuma ajudar todos... acho que ele foi com a sua cara! – a ruiva falou sorridente vendo o quanto a morena parecia nervosa.

-Não... imagina... sabe... acho que você formam um belo casal!

-Eve... eu não gosto do Harry e nem ele de mim... se esse é o problema pode ficar tranqüila... – Gina falou piscando um olho para a morena que sorriu aliviada.

-Ah... não... não é isso... eu... achei que você ficaria com ciúmes... sempre ouvi da Hermione que você amava o Harry... pensei que não havia mudado isso...

-Mudou... talvez outro dia eu te conto o porquê... mas agora... acho que você precisa saber de algumas coisas sobre o Harry... acima de tudo eu sou amiga dele e desejo tudo de bom a ele... – Gina falou e então começou a enumerar algumas características do menino.

Estava surpresa consigo próprio, aquela havia sido uma cena típica onde ela com certeza teria ficado com ciúmes do Harry, porém seu sentimento fora outro, talvez de alivio, felicidade por ver que alguém gosta dele e que poderá faze-lo feliz, mas não pode negar que sentiu uma pontinha de tristeza, por saber que havia perdido o Harry para sempre e que quando teve a oportunidade não soube usa-la, não soube lutar por ele. Quem sabe o melhor não seja esse... Draco tem demonstrado a cada dia que gosta realmente dela e ela também sentia que estava cada vez mais ligada a ele, estava mais atraída por ele, pelo Draco que aparece apenas para ela...

As duas continuaram conversando por muito tempo, até mesmo quando se uniram para fazer um trabalho em grupo. Parece que haviam encontrado uma nova amizade.


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Feitiços eram atirados por todos os lados, assim como contra-feitiços. Sirius olhava tudo atentamente e anotava em um pergaminho os avanços e o que poderia ser melhorado em cada aluno.

Naquela manhã ele havia pegado a turma de surpresa, já que resolvera passar um pequeno teste nos alunos para ver o que ainda faltava ser melhorado na questão de contra-atacar.

O trio de ouro observava dois colegas duelarem com ferocidade, já que eram um da sonserina e outro da grifinória. Pelo que Sirius havia dito antes, quando se eram de casas opostas a rivalidade ajudava a tornar a coisa mais real, porém Harry achava que ele estava se tornado uma versão oposta do Snape, ou seja, super-protegendo os alunos da Grifinória.

-Harry... – Rony chamou o amigo atraindo a atenção de Hermione também. – Já chamou alguém para ir com você no baile de amanhã?

-Não... mas estava pensando em alguém... se você não se importar é claro...

-O que eu tenho a ver com isso? – Rony perguntou curioso, percebendo que um par de olhos azuis os observa e tentava ouvi-los.

-Bem... eu quero chamar a Gina... – Harry falou sem muita convicção. Talvez nem a chamaria com segundas intenções, mas acontece que gostava dela muito, como amiga, a considerava como uma irmã, mesmo as vezes possuindo algumas duvidas em relação a isso.

Rony concordou assim como Hermione, porém o dono dos olhos azuis sentiu seu coração acelerar e seu corpo tremer ao ouvir a intenção do moreno, até que...

-Professor...

-Sim Sr. Malfoy. – Sirius interrompeu o duelo que estava praticamente no fim e então atendeu o chamado do loiro com curiosidade, já que ele não gostava muito de parecer na sua aula.

-Bem... eu não entendi muito bem essa parte...

-A parte do Expelliarmus? - Sirius perguntou evitando sorrir, tentando manter-se sério.

-Não... na verdade eu gostaria de duelar.. quero saber logo como eu estou. – Draco disse friamente não suportando a idéia de ter que pedir algo a aquele professor.

-Tudo bem... deixa eu ver com quem você pode duelar... – Sirius dissera observando a turma.

-Não... se não se importa eu gostaria de escolher meu adversário...

Sirius franziu o cenho, porém resolvera atender o pedido do garoto. Não sabia o que ele tinha mente, o melhor seria manter-se em alerta.

-Como quiser...

Draco fingiu escolher um dos colegas, até que seus olhos azuis, porém agora pálidos de raiva se fixaram na pessoa que Sirius temia.

-Harry Potter... gostaria de duelar comigo!

Harry olhou para o casal ao seu lado e para Sirius que possuía sua varinha em mãos, caso alguém fosse longe demais com os feitiços.

-Tudo bem! – Harry disse subindo no palco improvisado sendo seguido pelos olhos do loiro e de Sirius que parecia um pouco temeroso.

-Antes de começarem quero que se cumprimentem e que façam um duelo limpo. Conheço a ira de vocês... não quero ter que interferir nisso, entenderam! – Sirius falou sem demonstrar qualquer tipo de nervosismo, porém ainda achava aquilo muito estranho e, principalmente, divertido de se assistir.

Harry e Draco se cumprimentaram por um breve momento e então viraram-se de costas afastando-se alguns passos.

Viraram-se novamente de frente e então ergueram suas varinhas na altura do rosto. Olhavam-se com frieza, Draco mantinha o mesmo olhar furioso nos olhos, e Harry continuava demonstrando seu olhar corajoso, porém algo novo estava lá, talvez fossem dúvidas em relação aquilo...

-Comecem! – Sirius falou erguendo sua varinha também. Os alunos o olharam perplexo. Nunca fora preciso que o professor usasse sua varinha nos casos de duelos, mas talvez aquele seria um caso especial.

Rony e Hermione olhavam tudo com apreensão. Já haviam vistos tantos duelos entre eles que nem sabiam quem era o mais forte e que era o mais provável a vencer naquele duelo. O ódio entre a dupla existiu desde o primeiro dia em que se viram, ainda mais depois que a guerra acabou e Lúcio Malfoy fora parar em Askaban assim como poucos comensais que haviam sobrevivido.Embora Harry não possuísse culpa alguma em relação ao pai do Malfoy, este procurava sempre demonstrar sua vontade de culpa-lo...

-Expelliarmus! – Draco gritou decididamente pegando Harry desprevenido, fazendo com que sua varinha voasse pela sala de aula. – Sempre achei sem graça duelar com você Potter, mas hoje você se superou!

Harry olhou com desprezo para os olhos azuis cintilantes do loiro, e então sem desviar os olhos avançou pela sala até achar sua varinha caída a um canto não muito longe do palco em que estavam.

-Se acha tão sem graça então por que me escolheu Malfoy... quer saber se eu sou pior que você? Que você não precisa se preocupar com um fracote como eu? – Harry subiu no palco novamente e colocou-se em posição de ataque gritando logo em seguida. – Estupefaça!

O feitiço atingiu Draco atirando-o há alguns metros, o que deixou todos surpresos, já que um simples feitiço era muito simples de se defender, porém a surpresa não durou muito, pois Draco levantou-se rapidamente atirando outro feitiço em Harry que conseguiu se defender com perfeição.

O duelo seguiu com mais força, feitiços mais abilidosos sendo proferidos por ambos e também sendo defendidos, as vezes sem tanta perfeição.

-Por que você quis duelar? Não lembro de ter feito algo a você nos últimos dias...

-Você é o motivo Potter... ou melhor... para duelar com você eu não preciso de motivos... eu estou apenas defendendo uma pessoa inocente de você... uma pessoa que não merece estar ao seu lado, ou melhor, uma pessoa tola que sempre quis estar ao seu lado... mas graças a mim esta pessoa se livrou de você... e eu espero que você não estrague a vida dela!

Harry franziu a sobrancelha por um momento abaixando sua varinha, o que fora um completo erro já que Draco aproveitou a deixa lançando um feitiço no moreno que o atirara longe do palco o deixando sem forças para continuar.

Sirius vendo que o duelo esta finalmente acabado andou até o afilhado o acordando e verificando se estava tudo bem. Para sua surpresa não havia sido necessário sua interferência no duelo, já que ambos souberam se comportar, a não ser por esse último feitiço que pegara Harry desprevenido, e para Sirius o feitiço realmente fora muito bom.

-Muito bem... trinta pontos para Sonserina e para a Grifinória pelo duelo limpo...

-Quê! – Harry que já havia acordado e estava se levantando com a ajuda de Rony olhou para Sirius que aproximava a turma novamente. – Eu fui nocauteado! Por que a Sonserina vai ganhar pontos!

-Harry... eu não mandei você se distrair... – Sirius disse em um sussurro, parecia decepcionado, mas sorrira ao ver que o garoto estava bem.

Draco, porém não sorriu ao receber os pontos, tão pouco agradeceu, apenas guardou sua varinha e sem olhar para ninguém, muito menos para seus fiéis guarda costas, saiu pela sala quando o sinal tocou anunciando o final de mais uma aula.

Quando todos os alunos já haviam saído, restando apenas Harry, Rony, Hermione e Sirius, este resolveu perguntar o que havia acontecido.

-Eu me distraí!

-Você não é uma pessoa de se distrair Harry, muito menos em um duelo e ainda por cima com Draco Malfoy! Já pensou se fosse Voldemort! Se você estivesse lutando com ele!

-Eu só não pensei como lutei Sirius. E você sabe muito bem quem ganhou! Eu não me orgulho de ter feito isso, de ter matado uma pessoa! – Harry gritou andando pela sala querendo extravasar sua raiva e seu desgosto por ter perdido para o loiro que mais odiava.

-Você salvou o mundo mágico... salvou a vida de muitas pessoas... e eu dou graças a Deus que Voldemort não falou baboseiras a você enquanto lutavam, porque certamente você iria se desconcentrar...

-Espera aí! – Harry disse aproximando-se do padrinho, que possuía um pouco de frieza na voz. – Tudo isso é decepção? Tudo isso é desgosto por ter um afilhado fracote?

-Eu não disse isso... eu não pensei nisso... estou querendo apenas te ensinar como todo professor de Hogwarts faz.

-Não foi isso que eu percebi na sua voz!

Rony e Hermione assistiam tudo calado, porém resolveram deixa-los sozinhos para conversar e saíram da sala sem que fossem vistos.

-Eu não quero brigar com você Harry!

-E você acha que eu quero? Não pedi para duelar com o Malfoy... se eu quisesse me ferir faria com qualquer outra pessoa... ultimamente eu não estou a fim de duelar, estou sem cabeça para isso...

Sirius passou uma mão pelos seus cabelos e então sorriu para o afilhado a sua frente tentando amenizar o clima que estava tenso naquela sala.

-Desculpe Harry... eu acho que não estou num bom dia... acho que meu orgulho de Grifinório está alterado. Estou querendo que você faça o que eu não posso mais fazer... o que eu fiz quando tinha sua idade.

-Tudo bem.. eu ainda não entendi o que o Draco me disse... que eu saiba eu não fiz mal a ninguém... ou eu fiz!

-Harry... desde quando você se importa com o Malfoy? Foi apenas uma estratégia... e dá próxima vez eu espero que você não dê atenção...

-Tudo bem... agora eu tenho que ir... – Harry disse pegando suas coisas e então despediu-se do padrinho saindo logo em seguida pelos corredores movimentados do castelo, deixando Sirius pensativo e com seu orgulho alterado...

Continua...

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