Capítulo 9



N/A: oláa queridos leitores... desculpe a demora para postar um novo capítulo, mas era porque não tinha muito tempo para escrever, mas agora que estou de férias vou tentar postar mais rápido...
Preciso muito de comentários, pois eles me incentivam a escrever mais e mais... espero que estejam gostando do meu fanfic...

bjs

Capítulo 9

Evelyn acordou assustada por causa do sonho, ou melhor, pesadelo que tivera, estava com seu corpo suado por ter se mexido muito na cama. Abriu os olhos e então notou que estava em Hogwarts, não em sua casa como havia sonhado, em pensar que não sabia exatamente onde ficava sua casa, apenas sabia que era na Alemanha.
O sonho fora muito estranho, pois estava em seu quarto na Alemanha, junto com uma mulher, que se parecia muito com sua mãe. Ela, Evelyn, parecia estar com no mínimo três anos e olhava algumas fotos com sua mãe, também muito mais jovem. Sorriam e brincavam com um cachorrinho de pelúcia que havia ganhado de sua mãe no que parecia ser seu aniversário.
Foi quando viu as fotos é que teve um susto, havia um homem que se parecia muito com alguém que conheceu a pouco, muito mais jovem, talvez de seus 16 anos ainda, ao lado de outros da mesma idade e que usavam uma roupa de festa. Porém o sonho terminou nesse ponto...
“Eu devo estar ficando maluca... só pode...” – a morena disse alisando seus cabelos e levantando-se da cama. Foi até o banheiro, tomou banho e colocou uma roupa mais leve, já que o dia prometia ser quente.
Voltara até o quarto e então percebera que ele estava completamente vazio. Onde estaria Hermione?!
Suspirou sem saber o que fazer. Talvez, a amiga esteja tomando o café da manhã, já que ainda era cedo.
Desceu até o salão comunal e percebeu, como havia imaginado, que também não havia ninguém, apenas um bilhete sobre uma das mesas de estudo.

“Eve!

Desculpe não ter te acordado... mas eu queria resolver uns probleminhas antes e você estava tão cansada ontem que eu achei que fosse gostar de ficar dormindo mais tarde no último dia de férias.
Quando você acordar eu estarei no salão principal...
Bjs
Hermione”

Evelyn franziu o cenho pensando no que a amiga escrevera. Era o último dia de férias, e ela ainda não havia se dado conta disso. E com isso não havia notado também, que seria hoje o dia em que ela conheceria seus colegas de quarto, de casa, de aula, o namorado de Hermione e seu amigo Harry, o único que ela fazia questão de conhecer, já que fora o único que ela conseguiu lembrar...
Talvez sejam isso os probleminhas de Hermione, decidiu preparar alguma coisa para a chegada deles, bem pensado...
“Acho que vou ajudar...” – disse sorrindo e saindo pelo retrato da mulher gorda em direção ao salão principal.


“Ei... não foi isso que combinamos sabia?!” – Hermione gritou do outro lado do salão para um certo cachorro que insistia em passar por perto do bolo.
“Au, au, au....” –Sirius, ou melhor, sua forma animaga, latia e balançava o rabo com muita euforia para Hermione que tentava a todo custo afasta-lo de si e da mesa de doces que havia preparado com todo o carinho.
“Será que dá pra você voltar a forma humana?!” – a grifinória dissera rindo das gracinhas que o cachorro insistia em fazer para lhe alegrar.
Como um passe de mágica, onde estava um cachorro preto, forte e bonito, surgiu um homem de seus 36 anos, com o cabelo moreno pelos ombros, olhos azuis brilhantes e um grande sorriso que fazia qualquer uma delirar pelos cantos, menos Hermione que apenas retribuiu o sorriso.
“Assim está melhor...pensei que você quisesse ajudar a preparar a festa da sua filha e não acabar com a festa.”
Sirius ficara sério por um instante e então sorriu meio sem jeito.
“Primeiro, eu, com certeza, quero ajudar; segundo, até parece que você não conhece o almofadinhas aqui, onde há festa, há possibilidade de se acabar com ela, é claro que no sentido bom da coisa; e por último, eu adoro escutar as pessoas, que sabem, dizendo “Evelyn é sua filha”, “sua filha é sua cara” e etc., porém quando ela está por perto eu prefiro não escutar isso, como você sabe eu fiz uma promessa para a Ágata e eu não vou quebrar essa promessa, você sabe muito bem o porquê!”
Hermione sorriu e então falou baixinho:
“ Ela realmente é a sua cara, e você devia ter visto a sua cara agora, babão!”
Sirius franziu o cenho e então disse no mesmo tom:
“ Você ta convivendo demais comigo sabia, sabe-tudo!”
Hermione fechou o sorriso por um momento, mas logo em seguida deu um sorriso de orelha a orelha, o que foi correspondido pelo moreno a sua frente, já que este era o único que a chamava deste jeito de uma maneira tão carinhosa e verdadeira.
“Ok Sirius,” - a jovem disse – “Você falou muito bonito, e eu entendi seus argumentos, mas agora será que dá para continuarmos o que estávamos fazendo?!”
“Claro!” – Sirius dissera e então logo em seguida transformou-se na forma animaga novamente e começara a correr pelo salão, como se buscasse algo para brincar. Hermione balançou a cabeça negativamente e então pegara alguns balões para encher enquanto Sirius insistia em ser um filhote de cachorro, ou seja, um brincalhão.

Após algum tempo, onde a festa já estava praticamente pronta, os que estavam em Hogwarts começaram a chegar e a se posicionar em uma mesa que havia sido colocada no lugar das quatro mesas das casas.
Dumbledore foi o primeiro a chegar com um embrulho nas mãos. Olhou tudo com muita satisfação, principalmente a mesa dos doces, que parecia muito saborosa.
“Muito bom, muito bom... vocês capricharam muito, acho que já tenho os decoradores para a festa de formatura deste ano.” – o diretor disse seriamente para Hermione que franziu o cenho e então perguntou um pouco nervosa.
“Como?! O senhor está falando sério?”
“Claro minha querida... eu fiquei observando tudo, é claro que vocês não notaram a minha presença, mas enquanto eu organizava alguns papeis eu observava você decorando a mesa, colocando os balões, com magia, nas paredes. Adorei!!”
Hermione sorriu encabulada e então disse um pouco sem jeito.
“Mas isso aqui é apenas uma festa para a Eve, já uma festa de formatura precisa de muita decoração, muita abilidade e...”
“Querida, pode acreditar, você possui tudo isso que está dizendo e muito mais...”
“Dumbledore você vai deixar a sabe-tudo insuportável desse jeito... e além do mais, acho que o almofadinhas aqui contribuiu também... o que eu ganho com isso?”
“Meus parabéns e o sorriso da sua filha.”
Sirius sorriu e então disse satisfeito:
“Pelo menos o sorriso da minha filha eu vou ter, porque se eu dependesse apenas do seu parabéns eu ia ficar trancado no meu quarto no dia da formatura desse ano, só por que fui magoado...”
“E ia perder a formatura do Harry?!” – Hermione perguntou curiosa.
“Bem... eu não perderia, é obvio, mas só porque sou o único parente do Harry e porque ele não merece a minha birra e também porque eu amo o meu afilhado...”
“OK... ok...” – Dumbledore e Hermione disseram quase juntos em um tom de divertimento.

Após a chegada de todos os convidados, que eram Dumbledore, Mc Gonagall e os professores que estavam na escola, assim como os fantasmas que já estavam dispostos a assombrar aquele dia, todos se reuniram em volta da mesa a espera da última pessoa a chegar, que era claro, a mais importante, Evelyn, que no momento dirigia-se até o salão principal imaginando as gostosuras que poderia comer no café da manhã.

“Hm... que fome... espero que tenha pão de queijo hoje...”
Evelyn andava distraidamente estranhando o não movimento que aquela escola estava naquele dia, se bem que o “normal” dela nas férias era esse, mas mesmo assim, faltava barulho dos fantasmas aprontando. E o que estava mais estranho era que Sirius ainda não havia aparecido para lhe dar um susto, ou simplesmente, para lhe dar bom dia e conversar. Não que estivesse sentindo falta disso, mas... estava muito estranho.
Quando chegou no salão principal, notou que havia uma movimentação estranha, principalmente pelos balões coloridos que enfeitavam as paredes, e pela mesa de doce que, para Evelyn, alegrava o salão.
Andou até o meio do lugar e olhou em volta a procura de alguém, ou qualquer coisa que explicasse tudo aquilo, mas nada, apenas a decoração, as comidas e uma grande faixa com... o seu nome?!
Evelyn franzira o cenho, estava curiosa para saber o que era quilo, porém teve a impressão de que ele estava esquecendo algo muito importante, algo que era essencial para ela, mas... Não conseguia lembrar...
Sentou-se de frente para os doces, sua fome fugindo aos poucos, por causa da euforia em lembrar-se o porquê daquela festa para si.
Enquanto estava ali sentada, uma movimentação começou a acontecer atrás de si, então quando cantaram os parabéns Evelyn virou-se sorridente para os que estavam presentes. Seu sorriso aumentou cada vez mais ao ver Sirius e Hermione carregando um bolo com algumas velinhas sobre este.
Ao terminarem de cantar, Evelyn falou não acreditando ainda no que via.
“Eu... eu nem sei o que dizer... até porque havia esquecido que hoje era o meu aniversário.”
“Pois é... mas nós não esquecemos...” – Hermione disse e andou até a jovem para lhe dar um abraço e os parabéns.
Após Hermione fora a vez de Sirius, que se demorou bastante no abraço e nas felicitações.
“ Muitos parabéns... espero que você seja muito feliz querida...”
“Obrigada... adorei a surpresa...”
Sirius, com muito custo soltara Evelyn para dar espaço ao Dumbledore, que começara a reclamar da demora e da vontade que estava para comer o bolo.
Dumbledore a abraçou e então disse baixinho apenas para a menina ouvir.
“Espero que nós tenhamos uma amizade tão linda assim como eu tenho com o seu pai e com sua mãe...”
Evelyn sorriu sem jeito, ainda não se lembrando da amizade que Dumbledore tinha com seu pai, na verdade como poderia se lembrar disso, se mal lembrava que Pablo era seu pai?!
Após todos terem a parabenizado, a festa realmente começou. Tocava músicas de todos os tipos, conversas alegres rolavam por toda a parte.
Evelyn que ainda não acreditava na sorte que estava tendo de ter uma festa surpresa e ainda contar com os amigos que eram os únicos no momento, sentou em uma das cadeiras que estavam dispostas pelo salão. Hermione caminhou até seu lado e então sentou perto da morena.
“Algum problema?”
“Não... nenhum... apenas estou feliz demais... e acho que estou estranhando um pouco isso... afinal foram muitos os acontecimentos nas últimas semanas.”
“Você não pode ficar se preocupando desse jeito, hoje é seu aniversário, 1° de Setembro, lembra? Dia em que Hogwarts volta a funcionar também... portanto coloque um sorriso neste rosto e levanta!!!”
“Não sei o que seria de mim sem você...” – Evelyn sorriu e então avistou Sirius vindo ao seu encontro.
“È 18 anos ne?!”
“Engraçadinho... sabe muito bem que é 16...”
“Sei sim...” – e isso ele sabia perfeitamente, já que fazia exatamente esse tempo que tudo havia terminado, talvez não o amor, mas seu relacionamento, sua vida, sua liberdade.... mas era melhor não pensar em momentos deprimentes, mas sim aproveitar a vida com sua filha.- “Divirta-se... porque amanhã você não terá mais folga... você, finalmente, irá descobrir o que é ter o Sirius aqui, como professor...”
“E você vai descobrir como é ter a Evelyn aqui, como uma aluna exemplar!” – A morena disse seguindo o mesmo tom que o mais velho, arrancando risadas dos que estavam a volta.
Dumbledore andou até o grupo e sem dizer nada puxou Sirius para longe, pois havia algo que o moreno devia saber antecipadamente.
“Mas...”
“Desculpe... sei que não sou eu quem você quer ver agora, mas sim a aniversariante.... mas preciso dizer algo importante antes...” – o diretor disse com um tom sério, seus olhinhos azuis brilhando cada vez mais.
“È sobre a Eve?!”
“Mais ou menos...”
“Fala então...”
“Bem... você deve saber que a Madame Ponfrey terá que se retirar da escola este ano já que irá auxiliar no hospital St. Mungus, portanto eu tive que contratar outra pessoa...”
“E... quem é? O que eu tenho a ver com isso?!”
“Bem... quero que saiba que a pessoa quer ajudar e não atrapalhar... e...”
“Dumbledore.... não me diga que?! A não ser que haja outra pessoa que atrapalhe mais minha vida do que o oleoso do Pablo!!”
“È... ele mesmo... mas eu não acho que ele atrapalhe sua vida, muito pelo contrário, mas também a questão não é essa. Eu só quis te avisar antes...”
“Muito obrigado Diretor!!!” – Sirius disse virando-se de costas e saindo de perto do mais velho. Tudo parecia perfeitamente bem, porque as coisa tinham que estragar.
“Não seja criança Black! Tenho certeza que ele vai ser de grande ajuda.... ele e Ágata precisam ficar perto da filha.”
“Agata... ela também vem?!” – o moreno perguntou com um brilho diferente no olhar.
Dumbledore sorriu e então se aproximou do homem colocando uma mão em seu ombro querendo consola-lo de alguma forma.
“Sabe meu jovem... eu ainda lembro quando eu via você e a menina Ágata passeando pelos corredores, dançando no baile, ou até mesmo aprontando alguma na companhia dos pais de Harry. Queria ver aquele sorriso novamente em seu rosto, mas não esse sorriso que você dá por obrigação, mas aquele de quando você era mais jovem, aquele que arrancava suspiros de todas as meninas e fazia qualquer um rir, até o mais deprimido.”
“Eu estou tentando Alvo... mas confesso que está sendo difícil, por mais feliz que eu esteja por estar em liberdade, em finalmente cumprir a promessa que eu fizera a Tiago e Lílian de cuidar Harry, e agora em descobrir que eu tenho uma filha com a mulher que eu mais amava...”
“Ama... Sirius... deve ser isso que esteja faltando...”
“Talvez não tenha mais volta... não depois do que aconteceu... ela está casada há mais de 16 anos, está esperando um filho dele e... mentiu para mim, omitiu uma coisa importante de mim... não sei se ela ainda me ama, aliás, acho que sou o único a cumprir promessas... porque eu esperei ela, porém ela não... ela seguiu a vida dela casada...” – Sirius fechou os olhos por um momento tentando afastar qualquer dor ou lágrima que pudesse transparecer de seu olhar. Não queria mais continuar aquela conversa, precisava seguir em frente.
“Desculpe estar desabafando assim... mas era preciso isso para conseguir ressurgir o antigo Almofadinhas!”
Dumbledore sorriu e então abraçou seu ex-aluno com afeto. Sempre soube que não era ético demonstrar mais carinho por um aluno do que por outro, mas quando se tratava dos marotos e seus descendentes, isso mudava totalmente. Tratou e sempre os tratará como se fosse seus filhos e netos.
“Sirius... eu estarei sempre aqui... para o que for necessário, quero que você conte comigo.”
O moreno deu um aceno positivo com a cabeça e então voltou para a festa, onde todos estavam mais dispostos a dançar e com menos vergonha de avançar nos salgadinhos.
Dumbledore dando uma última olhada em Evelyn e em Sirius seguiu para sua sala, onde faria os últimos retoques para o início de mais um ano letivo.

* * * * * *

O expresso de Hogwarts parou na estação de Hogsmeade e alunos de diversas idades saiam em direção às carruagens que os levariam em direção ao castelo.
Hagrid, como nos anos anteriores estava a espera dos novos alunos para os guiarem até a travessia do lago. Como sempre, muitos alunos olhavam espantados para a paisagem verde e no alto do castelo as suas torres exuberantes, até mesmo os que são alunos há mais tempo se espantam com a beleza do castelo e sua magia.
Ágata olhava tudo maravilhada e com saudades. Estava tão feliz por estar voltando aquele lugar e ver que estava tudo muito bem e que mesmo com a guerra, a escola funcionava tão bem quanto antes.
“Olhe Pablo... aqui a Eve vai estar nas melhores mãos...”
Pablo olhava tudo seriamente. Também achou muito bonito, seguro, porém não queria demonstrar, ainda achava que o melhor local para Evelyn era a Alemanha onde nasceu e cresceu, mas já que ele iria trabalhar ali por algum tempo, não iria reclamar.
“Claro que vai... estará em nossas mãos...”
Harry e Rony após darem um “oi” passageiro ao Hagrid seguiram até as carruagens, onde para surpresas de todos, se encontrava Hermione e Evelyn, e guiando uma das carruagems, Sirius sorria para Harry que se aproximava.
“Olá Harry, meu afilhado preferido!!!” – Sirius dissera em seu tom brincalhão.
“Sirius... eu sou o seu único afilhado, por isso tenho que ser especial ne? Mas você me disse que eu teria uma surpresa quando chegasse em Hogwarts... mas não sabia que seria esta... você como guiador de uma carruagem... bom... nada mal...”
Sirius balançou a cabeça, enquanto que Evelyn sorria divertida e Hermione corria para abraçar os amigos com saudade.
“Ahh... Rony, Harry.... que saudades!!!!!!”
“Mas faz apenas duas semanas que não nos falamos, amor!” – Rony disse estranhando um pouco o saudosismo e também ansioso para ficar a sós com a namorada.
“Que falta de consideração... mas não importa... e... cadê a Gina?!”
“Bem...” – Rony e Harry se entreolharam confusos. Não haviam se dado conta de que Gina não estava ao lado deles.
“Eu estou aqui seus inconseqüentes...” – A ruiva andava lado a lado com o professor Lupim e sorria para eles. – “se não fosse o professor eu estaria perdida agora.”
“No sexto ano, perdida?!” – Rony perguntou descrente.
“Gin!!” – Mione correu até a amiga dando-lhe um abraço afetuoso, e logo após abraçara o professor também, porém arrependera-se pelo ato, já que nunca fora de sair abraçando os professores por aí.
“Que bom ver minha aluna predileta novamente.” – Remo disse após o abraço, arrancando suspiros e ciúmes de muitas alunas a volta, e alunos também.
“Tira o olho... que a aluna é minha aluado... eu é que fiquei aturando ela durante uma semana inteira. Ela e a Eve ficaram grudadas a mim o dia inteiro...”
“Mas você não reclamou disso antes...” – Evelyn que até o momento obserava a interação do grupo disse meio encabulada.
“Ahh... esqueci... essa é a Evelyn, eu falei dela para vocês nas cartas...”
“Oi.” – Harry e os outros disseram juntos.
“Chega dessas baboseiras.... a seleção vai começar daqui a pouco...” – Sirius, que não agüentava mais segurar os cavalos que guiavam a carruagem, disse mandando os alunos entrarem.
Evelyn, como antes, fora na frente com Sirius; Hermione, Rony e Harry foram atrás sozinhos, onde aproveitaram para conversarem.
Gina, Remo e para uma nem tanta infelicidade de Draco, foram na última carruagem sem dizer um “ai” sequer.

O salão principal estava cheio de alunos alegres e ansiosos para saborearem o banquete de boas vindas. Após todos chegarem e a seleção das casa ter sido feita, Dumbledore levantara-se para dar os habituais avisos.
“Boa noite meus queridos alunos e professores. Creio que estão todos ansiosos para saborearem o banquete, mas prometo que não vou demorar nos avisos. Como vocês virão, temos algumas mudanças quanto aos professores, Remo Lupim fora muito gentil em aceitar meu pedido para voltar a preencher a sua vaga de professor na matéria de Defesa Contra as Artes das Trevas, assim como Sirius Black que irá começar este ano a dar Duelos, que será uma matéria obrigatória a partir do terceiro ano, creio eu. Acho que era isso em relação aos professores. A floresta está proibida, como sempre, principalmente aos que estão chegando agora, assim como o terceiro andar deste castelo, além de algumas regras que você podem tomar conhecimento junto ao Sr. Filch e sua gata, que são os zeladores do nosso colégio. E por fim... tenho que dar uma notícia, a Madame Pomfrey teve que deixar seu cargo de enfermeira aqui depois de anos, pois fora chamada para auxiliar no Hospital St. Mungus. Como todos sabem, após a guerra o número de doentes aumentou consideravelmente, e assim, o número de profissionais teve que aumentar. Mas não se preocupem, pois um pai de uma aluna nossa teve o prazer de aceitar meu convite. O Sr. Pablo Stein, médico na Alemanha e agora em Hogwarts.”
Ouviu-se um burburinho quando Pablo juntou-se a mesa de professores, porém algo a mais fora-se ouvido, da mesa da Grifinória.
“O que?!!” – Evelyn dissera ao ouvir o nome de seu pai ser dito.
“Calma Eve...” – Hermione dissera a amiga. – “Depois você conversa com ele, agora não.”
“Eu não acredito, pensei que iria ficar em Hogwarts sozinha, não com os meus pais a minha volta todo o tempo dizendo ou não o que eu devo fazer.”
“Eve, eles só querem o seu bem...” – Rony, que já estava por dentro de tudo o que acontecia, assim com Harry, tentava consolar a menina.
“Se quisessem eu não teria perdido a minha memória.” – a morena assustou-se com o que dissera. Nunca havia pensado no que havia ocasionado a sua amnésia. Teria sido os seus pais os causadores? Ela mesma talvez, ou algo que ela ouviu ou viu?!
“Não pense nisso agora... você só vai bloquear mais ainda sua mente...” – Harry disse seriamente, arrancando olhares sérios de Rony e alegres de Hermione.
“Harry, você leu o livro?!” – a loira perguntou orgulhosa.
“Bem... li... algumas partes...”
Evelyn que sabia do livro sorriu para o moreno a sua frente. Sabia o quão grande era e também o quão chato devia ser, e Harry leu apenas para ajuda-la.
“Òtimo... o Harry tem razão Eve... Você vai ter muito tempo para pensar sobre isso... até mesmo para conversar com o Sr. Stein.”
“È... vocês têm razão... eu só espero ter um pouco de sossego aqui...”

Após os avisos e aplausos serem dados, o banquete fora exposto em cada mesa das casas. Todos olharam famintos e então começaram a se servir de tudo. Ágata, que acompanhara Pablo até Hogwarts, sentara-se na mesa junto aos professores. Sentia-se constrangida, mas feliz, por reencontrar todos que não via há muito tempo, até encontrar Snape fora um motivo de felicidade.
“Olá Severo... pensei que não o encontraria mais depois da nossa formatura...” – Ágata, como Snape, fora da Sonserina, talvez por um engano, mas mesmo assim tinha orgulho de sua casa, só que seus maiores amigos foram da Grifinória, despertando um certo ciúmes e desagrados por parte dos sonserinos.
“Eu também... mas... vejo que você seguiu os passos sonserinos... casou-se com um comen...”
“Eu sei disso Snape. Não precisa me lembrar... e se você quer continuar tendo minha amizade, acho melhor parar com seu veneno.” – Ágata disse um pouco nervosa. Fora um choque quando descobrira que seu marido era um comensal, ou melhor, um ex-comensal, mas após tudo ter sido explicado ela havia ficado mais calma...pois pelo que lembrava de Snape, em seu tempo de escola, era sempre doloroso ser um ex-comensal, já que todos sempre o olhariam com desconfiança. E não fora diferente com Pablo, já que os poucos que descobriam sua outra face se afastavam dele bruscamente, por isso que resolvera esconder a marca de todos e principalmente de Evelyn.
“Desculpe... acabo esquecendo as vezes que você é minha amiga... já que quem se virava para o lado dos “marotos” sempre odiava a mim...”
“Você sabe que não é assim...” – Ágata sorriu. Nunca escondeu dos marotos e de Lílian que adorava Snape como um amigo, pelo simples fato de ter sido o único que não a abandonara por ela ter ficado amiga deles, mas também tinha o lado de que ela era a única que conhecia o verdadeiro lado de Severo Snape, o lado carinhoso, gentil, e porque não dizer, carismático, mas por algum motivo desconhecido, era escondido pela carranca e pelas frustrações que carregava aparentemente no rosto. E isso ela tentou de todas as formas tirar, mas não conseguia, e achava que ninguém mais havia tentado depois de sua formatura...
Snape sorriu encabulado. Ágata, com certeza, era uma Sonserina, e sua amiga, queria continuar a preservar aquele sentimento, único, talvez, mas belo.
“Vejo que Ágata, como sempre, fizera o nosso professor Snape sorrir... acho que até o fim do ano você vai conseguir o que sempre quis...” – Sirius dissera após ter visto o sorriso, milagroso, que Snape lançara. Já que estava sentado do lado dele. Remo, que estava do lado oposto a de Sirius olhou surpreso e então sorriu lembrando dos planos que Ágata contava para tentar ajudar Snape, com a desculpa de que ele era boa pessoa, só precisava de um empurrão para deixar isso aparecer. Tal foi seu desgosto, ao descobrir que ele era um comensal que ela deixou até Sirius com ciúmes de Snape.
“Sirius... acho melhor você ficar quieto, ou vai perder aquilo que está lutando...” – Remo dissera em um cochicho para Sirius que parou de sorrir instantaneamente. O moreno olhou para o amigo e então olhou de volta para Snape que parecia soltar faíscas... e então repondera a Remo.
“È... acho que não vale mais a pena mesmo... Quem sabe eu não ajude a Ágata a revelar o “eu carismático” de Snape?” – ao dizer isso ele e Remo sorriram marotamente e olharam para Ágata que conversava sorridente com Snape.
A conversa entre os ex-alunos de Hogwarts seguiu na mais completa harmonia, enquanto que Harry observava tudo com uma certa surpresa.
“Não dá para acreditar... Sirius e Remo conversando com Snape e sorrindo?!”
“Ahh... Acho que isso se deve a presença da Sra. Stein... pelo que eu ouvi e vi nas fotos de formatura dela, ela sempre foi muita amiga de Snape, já que ela foi da Sonserina.”
“Minha mãe foi da Sonserina?!” – Evelyn perguntou após ouvir o que Hermione dissera.
“È... foi...”
“E por que eu estou aqui?!”
“Eu me fazia essa mesma pergunta... mas acho que lá no fundo você sabe a resposta...” – Harry dissera sorridente para uma Evelyn um pouco encabulada. Ela sabia sim porque estava lá. Ela queria descobrir quem era, e para isso precisaria da ajuda de amigos, que era o que ela preservava mais na vida, disso ela sabia, pois Hermione apesar de tudo continuou sendo sua amiga.
A conversa entre eles seguiu-se mais animada ainda, principalmente, depois que Evelyn se soltou mais na presença dos outros alunos da grifinória e estes saberem um pouco sobre sua vinda para Hogwarts.


Quando o banquete de boas vindas terminara os monitores de cada casa seguiram seus alunos até a torre de suas respectivas casas, Rony, Hermione e Gina, seguiram suas funções separadamente, enquanto que Harry ficara ao lado de Evelyn.
Ambos estavam um pouco encabulados, pois era a primeira vez que ficavam sozinhos, sem a presença dos amigos, mas para quebrar aquele gelo, Evelyn resolveu dizer alguma coisa.
“È... você leu o livro mesmo?!”
“Bem... li sim...”
“E você fez isso para me ajudar?!”
“Mais ou menos... quero te ajudar sim, principalmente que te conheci, mas antes eu lia por curiosidade e não sabia quem você era, e porque... bem... acho que isso não importa agora...”
Evelyn sorriu sem jeito. Havia esperado tanto para conversar com ele, que agora não sabia o que dizer. Hermione lhe dizia sempre, que quando elas se encotravam nas férias Evelyn fazia questão de perguntar como Harry estava indo na escola, se ele já havia feito alguma namorada e, fora uma decepção quando ele começara a namorar a Cho.
“Você conseguiu se adaptar bem a Hogwarts ne?!” – Harry disse quando se dirigiam para a torre da Grifinória.
“Digamos que uma semana inteira me fizeram quase decorar o caminho.” – ela disse sorrindo, arrancando um sorriso de Harry também.
Estavam entretidos na conversa quando alguém no caminho os chamou delicadamente.
“Eve, Harry...” – a mulher os chamou novamente. Estava sorrindo e com uma mão na barriga.
“Mãe...” – a morena disse ao ver a mulher aproximando-se dela.
“Querida... queria ter falado com você antes... mas não consegui, fiquei conversando com alguns amigos meus...”
Harry, vendo que a conversa era de mãe e filha resolveu deixa-las a sós, para infelicidade de Evelyn que queria continuar a conversa com ele, e estava, de certa forma, com medo de falar com sua mãe e magoá-la caso ela perguntasse se ela havia lembrado de alguma coisa, e sua resposta sairia com um “não” deprimente.
“Vejo que sua barriga cresceu mais um pouco...”
“Impressão sua... uma semana não altera nada sabia?”
Evelyn sorriu e então colocou são mão no ventre de sua mãe tentando sentir qualquer reação do bebê.
“Não vejo a hora de ver a carinha do meu irmão ou irmã!”
Ágata sorriu e então abraçou sua filha fortemente. Estava com tantas saudades que seria capaz de pega-la no colo e faze-la dormir.
“Minha filha... estou tão feliz por você estar aqui, por estar completando mais um ano de vida hoje, por estar tão bem... com pessoas que eu confio até de olhos fechados sabia?!”
“Estou feliz também”... – um silêncio predominou entre elas, e então o abraço fora desfeito, mostrando que Evelyn não parecia tão feliz quanto tentava demonstrar.
“Eu queria que você falasse a verdade... porque você não me parece tão feliz filha... por acaso é a minha vinda a Hogwarts que está te incomodando?”
“Não... no começo eu fiquei um pouco incomodada, mas agora passou... sei que vocês querem me ajudar... eu só quero que vocês me super-protejam, sei me virar sozinha, embora não pareça, e sei que logo vou descobrir o porquê de eu ter perdido a memória...”
Ágata se assustou um pouco com aquela convicção. Não sabia, não imaginava que a filha estava disposta a descobrir o porquê de tudo aquilo ter acontecido. Teria que avisar a Sirius, a Pablo, pelo menos eles vão tentar tirar isso da cabeça da morena.
“Mas não vamos falar disso agora... mas sim de algo que eu não tive a oportunidade de dizer ainda...”
“O quê?!”
“Bem... eu ainda não te dei meus parabéns... minha menina está virando uma mulher de 16 anos agora e eu estou me sentindo tão só”
“Ahhh... isso não tem nada a ver... você logo logo vai ter outro pra te encher a paciência...”
As duas sorriram e então continuaram o caminho que Evelyn sabia muito bem... a torre da grifinória.


Continua...











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