Capítulo 7



Capítulo 7

Três... dois... um. Finalmente chegara o seu aniversário de dezessete anos. È... nunca havia feito uma contagem regressiva para seu aniversário, mas esse era especial, talvez em partes, era o último aniversário que faria naquele lugar, naquela casa onde era abaixo de nada. Mas era melhor não pensar em suas frustrações agora, afinal estava completando 17 anos, a idade em que poderia fazer o que quisesse, já que estava completando sua maioridade bruxa. Poderia fazer bruxaria fora de Hogwarts, aparatar... enfim... digamos que agora começaria a sua vida!

Colocou o relógio sobre a mesinha e então levantara-se com a lanterna até a janela. Olhou o horizonte escuro com um sorriso no rosto. Lebrava-se das vezes em que sua coruja vinha imponente trazendo seus presentes, cartas, ou qualquer coisa que ela achava e trazia para ele. Talvez essa fosse a única coisa que sentiria falta. Da janela e daquele luar brilhante.

Olhou mais uma vez o horizonte e pode diferenciar um ponto branco ao longe, com certeza Edwiges, e mais três pontos que não conseguia diferenciar muito bem... A medida que as corujas se aproximavam ele podia notar que elas traziam mais coisas do que em seu aniversário anterior.

Afastou-se da janela e então elas entraram no quarto indo pousar sobre sua cama fazendo uma algazarra para poderem serem soltas.

“Shhhhhh... fiquem quietas!” - Harry dizia desamarrando primeiro Edwiges e depois as outras, que foram saindo assim que ele terminava de tirar os embrulhos. Duas saíram logo depois de terem bebericado um pouco da água de Edwiges e a outra, menor, demorou mais para sair.

Olhou os pacotes sobre sua cama sorridente. Apesar de tudo seus amigos nunca os esquecia.

Pegou o pacote de Hagrid e o abriu devagar para não fazer muito barulho. Para sua surpresa não era nada muito aterrorizante, era um cartão muito bonito, que brilhava e acendia algumas luzinhas coloridas sobre as letras do “Feliz Aniversário”. Ao abrir o cartão levara um tremendo susto, tendo que fechá-lo imediatamente.

“Hagrid o que!” - O cartão cantava “Parabéns a você” assim que se abria. Com certeza devia possuir muitos feitiços. Era realmente criativo e a cara de seu amigo. Quando estivesse em um lugar seguro iria abri-lo e ler o que estava escrito. Mas para sua surpresa dentro do pacote havia mais uma carta, desta vez sem enfeites.

[i] Harry querido...

Espero que tenha gostado do cartão... demorei dias para fazê-lo e, pode acreditar, tive que procurar em muitos livros da biblioteca alguns feitiço para fazer o cartão cantar. Mas eu espero que tenha gostado, sei que não é grande coisa mas... é isso. Não vejo a hora de ver você de novo. Boas féria e feliz aniversário.

Hagrid. [/i]

Harry sorriu abertamente. Apesar de ser um gigante, Hagrid era muito emotivo e Harry tinha certeza de que ele devia chorar de saudades nas férias.

Olhou as outras cartas sobre sua cama, com a lanterna tentando ilumirar tudo, e então viu a carta que tanto esperava: Sirius, seu padrinho desnaturado.

Pegou a carta e a abriu com pressa.


[i] Prezado afilhado Harry Potter:

Tudo bem... sei que exagerei na demora, mas me desculpe, aconteceram diversas coisas nesse começo de férias e eu não pude te escrever, quando nos vermos de novo prometo que te conto tudo em detalhes. Mas uma novidade eu posso te contar: Estou em liberdade! Minha audiência aconteceu faz poucos dias e fui absolvido de meus “crimes”, finalmente consegui colocar o Pettigrew ‘censurado’ na cadeia. Agora as outra novidades você saberá assim que chegar em Hogwarts. Boas féria e bons 17 anos (ahhh como eu queria ter essa idade de novo).

Abraços Sirius! [/i]

Finalmente. Sirius está em liberdade, poderá retomar sua vida sem se preocupar em fugir e isso deixava Harry realmente feliz. Sirius, seu único familiar, era a única pessoa com que Harry mais se preocupava... queria ver a felicidade dele e faria qualquer coisa para isso acontecer.

Parecia que tudo estava dando certo, tudo depois da guerra terminada estava se encaixando em seu devido lugar.

Guardou a carta de Sirius ao lado da de Hagrid e então resolveu abrir as cartas de seus amigos, pegou a do Rony (o pacote ficava maior a cada aniversário) e desembrulhou com cuidado para não fazer barulho.

Era um grande e bonito Jogo de Xadrez, as peças eram realmente grandes e brilhosas (no manual diz que as peças se iluminam no escuro). Deveria ter custado muito aquele presente, mas como o Rony mesmo lhe dizia nas cartas, agora Arthur era ministro e portanto, estava ganhando bem. Rony estava rindo a toa por isso, já que agora suas roupas e pertences haviam melhorado muito...

Colocou o jogo sobre a cama e ficou analisando-o por um tempo, não via a hora de poder jogá-lo com alguém... esperava sinceramente que esse alguém não fosse Rony, afinal queria ganhar algumas partidas também.

Pegou a carta do ruivo e leu-a fascinado.

[i] E aí amigão! Curtindo seu aniversário? É... 17 anos não se faz todo o dia. Gostou do presente? Espero que sim, não sabia o que te comprar, então andando pelas ruas da Londres bruxa eu achei esse jogo. Brilha no escuro, vira pó quando a peça é destruída e ela se refaz quando começamos o novo jogo! Bom né! Não vejo a hora de jogar esse jogo com você, mas vê se joga hein, é muito sem graça ganhar sempre hehehe.

Mas deixando isso de lado... ainda está em pé a sua vinda aqui na toca na última semana de férias! Tomara que sim... minha mãe vai te buscar desta vez, sabe como é... meu pai está ocupado e... fique pronto até as 3h em ponto ok!

Até lá Harry!

Abraços Rony!

Obs: A Hermione vai pra Hogwarts duas semanas antes de começar as aulas, eu não sei por que, mas ela diz que é porque foi escolhida monitora-chefe este ano... eu não acreditei, afinal Percy e os outros também já foram e não precisaram ir antes... mas em todo caso, acho que perdi minha namorada para o distintivo!


Obs2 (só mais esse): Virei monitor-chefe! Já estava achando que seria o único da família Weasley a ficar de fora... Gina já é monitora também... e você Harry! Parece que Dumbledore não quer que você seja... mas chega, minha mãe já está doendo... nos falamos daqui algumas semanas... [/i]

Aquela pergunta o havia pegado desprevenido. Nunca se importara com isso, em ser monitor ou qualquer coisa nesse sentido, talvez porque ele já estivesse cheio de tantas coisas para fazer, mas... realmente não se importava com isso. Sua mãe fora monitora e monitora-chefe e pelo que os professores dizem, ela era uma aluna exemplar, a não ser quando estava com Tiago e os marotos, a linda e inteligente Lilian virava a temida versão feminina de Tiago.

Harry sorriu. Como queria ter conhecido eles... teria sido tão melhor mas... era para ser assim.

Largou a carta de Rony e tentando afastar aqueles pensamentos que só lhe traria lágrimas, pegou o embrulho de Hermione, que Edwiges havia trazido, e o abriu com muito mais cuidado.

Seus olhos piscaram algumas vezes ao ver o que era, um livro preto. Tudo bem... Mione sempre lhe dava livros, não que estivesse reclamando, sempre gostava dos livros que ganhava dela, principalmente o que ela lhe dera sobre Quadribol, mas aquele livro de capa preta era diferente, MUITO diferente para falar a verdade.

O livro era todo preto, tanto a capa e contra-capa quanto as páginas, e as letras eram todas em branco, era lindo, mas para que ele iria quere-lo!

Só saberia lendo a carta de Mione.

[i] Harry Potter

Sei que você deve estar se perguntando o que é esse presente (Rony fez a mesma cara que você deve estar fazendo nesse momento), como já diz, esse livro fala sobre Amnésia e possui muitas explicações de como acontece isso e o que pode ser feito para ajudar a pessoa que sofre com isso...

Harry eu não estou de dando esse livro por que achei ele bonito e o assunto legal, não foi isso. Quando nos encontrarmos pessoalmente posso te explicar o porquê disso, mas por enquanto eu gostaria que você desse uma olhada no livro (leia ele!). Posso te afirmar que fazendo isso vai estar ajudando muitas pessoas, uma até que você conhece muito bem.

Te vejo em Hogwarts. Boas férias e feliz aniversário!

Hermione Granger!

Obs: Só para variar: Virei monitora-chefe, vou continuar de olhos em você e no Rony, apesar que ele também é monitor-chefe, mas mesmo assim... eu conheço a sua reputação Harry e também a história dos seu pais (os senhores marotos!)...

Até mais! [/i]

Tinha quase certeza de que sua vida iria melhorar muito mais em Hogwarts... Hermione e Rony de monitores-chefes... falam e falam, mas no fundo não fazem nada, teve um exemplo disso no ano passado. Mione mais lhe ajudava a fugir do que cumpria seu juramento ao distintivo. Tudo bem que era a guerra, mas mesmo assim...


Guardou as cartas no seu esconderijo e então olhou o relógio sobre a mesinha. Eram quase duas da manhã e estava completamente sem sono. Olhou pela janela e então vira uma coruja muito conhecida vindo ao longe. A coruja entrou pela janela e sentou sobre sua cama. Harry desamarrou a carta e então disse brincando.

“Demorou dessa vez... achou coisa melhor no caminho? Olha que eu posso reclamar com Dumbledore...” - a coruja piara e então bicara seu dedo de leve como agradecimento. Assim que tomara a água de Edwiges e comera sua comida - o que Edwiges achara uma falta de educação - saíra rumo a Hogwarts.

Abriu a carta com o brasão da escola e lera tudo com muita atenção.

[i] Sr. Potter!

Ficamos muito felizes por o senhor estar em seu último ano nessa escola e para isso gostariamos que tudo saísse muito bem nesse último ano em Hogwarts - a não ser que o senhor escolha algum curso extra que oferecemos aqui em Hogwarts.

Logo abaixo segue a lista de materiais e livros que serão utilizados nesse ano. Tenha um ótimo fim de férias. Estaremos esperando ansiosos por sua volta!

Vice- diretora: Minerva Mcgonagall

Diretor: Alvo Dumbledore[/i]

Harry olhou a lista de livros e notou que havia mais uma folha além dessa e então a lera, um sorriso surgindo no rosto a cada palavra lida.

[i] Querido Harry!

Isso deve lhe parecer muito estranho, não é mesmo! Mas como gostamos muito do senhor, resolvemos lhe mandar essa carta para lhe parabenizar por seu aniversário e também para lhe comunicar que o senhor fora aceito para voltar a Hogwarts mais dois anos para - se quiser - fazer uma pós-graduação em um curso que o senhor escolher.

Logo abaixo segue a lista de cursos que estamos oferecendo. Pense bem antes de escolher o curso, pois ele será de grande-utilidade para a profissão que escolher quando se formar.

Sua resposta deverá ser entregue até o natal desse ano, com o devido curso escolhido.

Carinhosamente Dumbledore, seu fiel amigo! [/i]

Harry lia e relia as últimas palavras escritas pelo diretor “fiel amigo”, sempre soube que Dumbledore gostava dele, mas nunca pensou que um dia ele iria expressar isso tão abertamente para ele. Estava entrando em seus 17 anos muito bem.

Deitara na cama e desligara a lanterna, guardando-a dentro da mesinha ao lado de sua cama. Olhou para o teto, não enxergando nada, mas vendo através dele. As palavras rodavam em sua mente em uma tremenda desordem. Não conseguiria dormir daquele jeito, era muita informação para um dia só.


Iriam ser as semanas mais compridas de sua vida até o dia em que iria deixar aquela casa para sempre e iria morar com seu padrinho, Sirius... seria uma longa espera, mas que no fim valeria a pena.
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Andava de um lado ao outro no quarto. Havia começado a arrumar a mala há uma hora e até agora não sabia o que colocar nela. ‘Pense Evelyn! Não é difícil, são só algumas roupas!’ pensou tentando se acalmar. Mas nada do que via em seu guarda- roupa - de sua mãe na verdade, ou melhor, será que tinha um guarda-roupa? - era o que gostaria de levar para Hogwarts.

Não sabia por que, mas estava gostando da idéia de ir para esse colégio, lá no fundo sentia que estava esperando por isso há muito tempo... mas infelizmente não sabia mais o que pensar... como sempre desde a vinda para aquela casa...

Não que aquela casa fosse o seu problema, sentia-se muito bem nela, sua vó - sim tinha uma vó, o que mais faltava ela descobrir? Que tinha um namorado e não sabia! Era melhor não falar naquilo, pois era bem capaz de aquilo acontecer... - era realmente um amor de pessoa e fazia tudo o que ela queria, se bem que Evelyn não queria muita coisa. Queria mesmo era sua memória de volta, com todos os seus pensamentos e o que sabia antes... se bem que saber, ela sabia até demais... lembrava de tudo o que havia aprendido, todos os feitiços que havia aprendido em sua antiga escola... isso tudo ela sabia, apenas se esquecera dos fatos que vivenciara, não dos que aprendera. E isso ela havia descobrido com seu médico Max Kuhn. Não sabia explicar, mas havia gostado daquele homem desde o primeiro instante que o vira depois de ter acordado, ele lhe transmitia uma paz, uma enorme tranquilidade e lhe explicava tudo, em relação a amnésia, com muita paciência.

Colocou algumas peças de roupa dentro da mala, depois de tanto escolher, e então a fechara com bastante esforço, podia ter chamado alguém para lhe ajudar, mas queria fazer as coisas da sua maneira. Faltavam mais algumas horas para partir rumo a Hogwarts com Hermione, sua melhor amiga, desde quando não sabia - que novidade - mas logo que a viu sentiu que deveria gostar muito daquela menina.

Saiu do quarto com a mala e então desceu as escadas em direção a sala de estar onde seus familiares estavam sentados conversando e bebendo chá.

Pablo andara até ela e a ajudara a carregar a mala. Apesar de não estar gostando muito daquela idéia de Evelyn ir para Hogwarts, fazia o maior esforço para deixar sua filha calma.

“Está pronta!” - Agata perguntara sorridente. Seu sonho sempre fora ver Eve em Hogwarts, e parece que ele estava se realizando.

“Estou... demorei para escolher o que levar... mas finalmente acabei de aprontar minha mala.”

“Queremos te dizer algumas coisas querida... sente-se.” - Pablo dissera sentando-se ao lado de Agata e pedindo para Evelyn sentar-se de frente para eles.

“Onde estão os meus avós!” - Ela perguntou antes de mais nada.


“Saíram, mas antes de você partir eles estarão de volta, mas...” - Agata respondera apressada e então resolvera partir para o que era necessário. - “Eve... como você sabe, você estará indo duas semanas antes de o ano letivo começar, isso é para você conhecer o lugar e se habituar... Dumbledore fez questão disso, pois ele sabe o quão difícil é ter que conhecer tudo e estudar coisas que devem estar esquecidas em sua memória... por isso quero que você se comporte e pergunte o que quiser, Hermione está indo com você para lhe ajudar agora e também terá o Sirius que irá estar lá antes também justamente para lhe vigiar...” - Pablo fizera uma careta ao ouvir aquele nome e os olhos de Evelyn brilharam radiante.

“Vou adorar ficar perto do Sirius...”

“Que bom... seu pai e eu iremos de trem com os demais no dia 1 de Setembro.”

“Meu aniversário...” - a jovem dissera pensativa, os olhos fixos no chão.

Evelyn e Pablo se entreolharam confusos. - “Você não havia esquecido tudo!”

“Não... na verdade algumas coisas eu lembro. Como os feitiços, o meu aniversário, o que eu mais gosto de fazer, minha cor favorita, meu ídolo... coisas básicas sobre mim eu lembro...”

“Menos que eu era sua mãe...” - Agata acrescentou triste. -“... isso é muito mais do que o básico Eve.”

“Desculpe... prometo lembrar da nossa relação... mas ainda não consigo... o mesmo acontece com Pablo... digo, com meu pai... também não lembro dele como meu pai, mas sim como alguém conhecido... eu realmente sinto muito...”

“E o que você me diz do Sirius!” - Pablo perguntou curioso. Talvez já soubesse a resposta ou então os laços paternais poderiam realmente serem fortes. - “Ele é o único de quem você lembra... apesar de que não o conhece há muito tempo...”

“Com ele é diferente... na verdade é totalmente diferente... não sei explicar direito... Sirius me passa tranqüilidade, me faz feliz de maneira muito simples... se eu não fosse mais nova que ele...”

“16 anos mais nova querida.” - Agata acrescentou séria.

“Pois então... eu diria que estava apaixonada por ele.” - Evelyn quase riu quando viu as caras que seus pais fizeram, principalmente Agata, mas não o fez. Sabia que havia falado uma grande besteira, não queria ter dito aquilo, não era o que realmente sentia, mas poderia ser confundido muito bem com amor, paixão ou outra coisa desse sentido, mas também não era... pressentia que era mais especial que qualquer sentimento, só não sabia explicar...- “Mas não estou... não estou!”

“Ok Eve... sabemos que não é esse tipo de amor... você não precisa nos dizer... talvez sua mente lembre apenas as boas recordações e pelo que eu lembre Sirius não fez parte de seus maus momentos.”

A jovem consentiu sem dizer nada apenas fixando seu olhar no rosto da mulher a sua frente. Queria tanto lembrar dela... ficava com um nó no coração por saber que estava a magoando com o fato de não lembrar que era sua filha... mas não queria fingir, saberia que cedo ou tarde seria desmascarada... teria que seguir daquele jeito, talvez agora longe seriam mais fácil lembrar...

A campanhia tocara e tirara-os de seus pensamentos e daquele silêncio até que confortante. Frida, que viera da Alemanha a uma semana para cuidar de Agata que havia entrado para seu terceiro mês de gestação e que precisava de alguém para ajuda-la, fora abrir a porta. A visita a acompanhara até onde Evelyn e seus pais estavam.

“Mione!” - Evelyn dissera com um sorriso e levantando-se para abraçar a amiga.

“Oi... você já está pronta!”- a jovem perguntara com receio. Nunca sabia como agir com a amiga. Depois do incidente no hospital, que ela não sabe até agora o que aconteceu, mas que causou a amnésia de Evelyn, Hermione tentara ajudá-la a lembrar, mas sem forçá-la a nada, apenas se fazendo presente e dando apoio. Fora assim que conquistara a confiança que sempre tivera de sua amiga, talvez ainda não fosse a amizade que sempre tiveram, mais algum dia chegariam novamente a serem melhores amigas, quase irmãs.


“Estou sim...” - Ao dizer isso, a morena se virara para seus pais e os abraçara fortemente. Agata sem que ninguém visse pediu para que Evelyn entregasse uma carta ao Sirius. Evelyn não entendera o porquê, talvez antes de perder a memória ela teria adivinhado sem pensar muito, mas agora ela apenas consentira e guardara a carta consigo esperando ansiosa pelo momento de ver seu grande amigo.

“Cuide-se minha filha. Daqui duas semanas estaremos partindo para Hogsmeade no trem dos alunos.” - Agata dissera sorridente, escondendo de todos a vontade de chorar. Seria patético, porque já estava acostumada em ver sua filha partir para a escola, nos últimos anos nunca dera muita bola, mas naquele momento sua vontade fora de chorar e de agarrá-la para não soltar mais.

“Vou me cuidar...e espero que você cuide do meu irmãozinho... mãe!”

Quando Evelyn estava para sair a porta de entrada batera anunciando que alguém havia chegado. Annette e John chegaram um pouco cansados e então sorriram ao verem que haviam chegado em tempo para dar boa viagem a neta.

“Minha neta querida... que bom que cheguei em tempo... queria te dar um abraço e...” - Annette a abraçou carinhosamente depositando um beijo em seu rosto logo em seguida. Evelyn sentiu-se estranha, porém feliz. Sua vontade era de chorar, era de querer não sair dali, mas alguma coisa lhe puxava, lhe dizia para ir logo à Hogwarts, pois algo estaria esperando por ele lá... muita alegria e também muita tristeza.

Após se despedirem mais uma vez, Evelyn partiu juntamente com Hermione para a estação de trem onde Hagrid aguardava com um sorriso feliz no rosto.

“Mione!” - o gigante falara assim que avistara a menina. - “Como anda a minha amiga e a melhor aluna de Hogwarts...?”

Hermione sorriu envergonhada e então apresentou Evelyn ao gigante que sorriu.

“Muito prazer Srta. Stein. Me lembro muito bem de sua mãe, a srta. Tessler, ela era muito linda... não conversava muito com ela, mas sim com seu p... mas é melhor deixar essas lembranças pra lá... não é mesmo querida.” - disse virando-se para Hermione. Não queria começar dando com a língua nos dentes. Se Dumbledore havia lhe confessado aquilo com tanto segredo, não iria dizer tão facilmente e não iria decepcionar Dumbledore e muito menos Sirius.

“Vou querer saber mais sobre minha mãe, Hagrid... acho que vamos conversar muito, pelo menos mais do que você com minha mãe...”

“È... vamos sim Evelyn... posso te chamar assim né?”

Evelyn consentiu sorridente.

“Vamos Hagrid... Dumbledore deve estar a nossa espera...” - Hermione advertiu seriamente e então Hagrid dera passagem para as jovens entrarem no carro que havia alugado para levá-las a Hogwarts. Entrou logo depois no carro e então dera a partida nele. Precisou da autorização do Ministro Sr. Weasley para modificar aquele carro trouxa, sendo que o Sr Weasley não era mais daquela área, mas não custou nada pedir.

A viagem fora, apesar de cansativa, muito proveitosa. Hermione contava tudo, dentro de um certo limite, sobre Hogwarts, professores, alunos, lugares, leis e etc. E também contara sobre ela mesma, Rony e Harry, este último Evelyn ouvira com mais atenção, dizendo de vez enquanto que tudo lhe parecia muito familiar e exclamando que não via a hora de vê-lo, principalmente ao ouvir que ele virara o garoto mais popular de Hogwarts - do mundo bruxo também, é claro - e também o mais bonito, agora que ele havia se desenvolvido e estava se tornando um homem com medidas definidas, mais galanteador e sem medo de lidar com as mulheres... é claro que os defeitos Hermione deixara de lado, queria arrumar alguma amiga a Harry ou talvez, uma namorada, já que Harry recém acabara com Cho Chang e deveria estar com uma dor de cotovelo horrível.


“Mione... mudando um pouco de assunto... você podia me dizer o que sabe sobre Sirius...”

“Bem... eu conheço o Sirius desde o meu terceiro ano, quando descobri que ele era padrinho de Harry e que fora muito amigo dos pais dele e enfim... que fora muito popular em Hogwarts no seu tempo de escola. Não sei muita coisa dele... apenas que fora absolvido de seus “crimes” a pouco tempo e que agora está livre para viver a vida...”

“Novamente em Hogwarts...” - Hagrid acrescentou depois de muito tempo calado. Fazia muita força para dirigir, estava ainda apertado, mesmo depois de ter aumentado o espaço internamente do carro para poder entrar nele e fazê-lo levantar vôo. No começo Hermione ficara extremamente com medo de viajar no alto com Hagrid no carro, mas Evelyn puxara conversa tentando distrair a amiga. -... como professor... ops... falei demais... era para ser surpresa...

“Como Hagrid!” - Hermione perguntara num misto de felicidade e curiosidade.

“Bem... Sirius aceitou o pedido de Dumbledore para dar aulas de Duelos em Hogwarts e desta vez a matéria será obrigatória em todos os anos, principalmente no último quando o aluno está se formando. Os outros professores que deram essa matéria não aceitaram que ela fosse obrigatória, por isso que não durava muito tempo o curso... Remo aceitou voltar a Hogwarts junto com Sirius para ocupar o cargo de professor de DCAT.”

“Sirius e Remo... nossa... finalmente Hogwarts terá professores de qualidade...”

“Pensei que minhas aulas fossem de qualidade, Srta. Granger.”

Hermione sorriu divertida ao ouvir o que o homem dissera. Tá certo que as aulas de Hagrid não eram muito boas, mas sempre aproveitava alguma coisa.

“Ahh... Hagrid... juntamente com você, Sirius e Remo, vamos ter uma equipe ótima... não acha!”

O gigante concordou plenamente. Evelyn que estava calada sorria também... poderia ficar ao lado de Sirius todos os dias e também iria conhecer Remo, amigo de Sirius e de Hermione pelo que ela pode ver... não via as horas das aulas iniciarem.

A viagem seguiu divertida até Hogwarts onde Dumbledore estava a espera para mostrar o que elas fariam nas duas últimas semanas de férias.

A conversa não durara muito tempo, já que Dumbledore tinha um compromisso inadiável naquele dia, apenas havia ficado porque precisava presenciar a chegada da nova aluna.

“Srta. Stein... seja muito bem vinda.” - Dumbledore dissera após Evelyn ter saído do carro.

“Obrigada...” - Evelyn correspondera com um sorriso, o que fizera o diretor se assustar com a semelhança. Depois do que Sirius lhe contara ele tivera muito mais entusiasmo para receber aquela jovem.

“Bem... não quero me demorar muito... vamos entrar... os professores já estão no salão principal aguardando a sua chegada...”

“Pensei que...” - Hermione dissera em um murmúrio.

“Ahh... Srta. Granger... os professores fizeram questão de recebe-las...” - Dumbledore dissera ao mesmo tempo que as guiava em direção ao castelo.

Evelyn olhava tudo atenta, com um misto de surpresa e admiração em seus olhos.

Quando chegaram no salão principal, os professores, incluido Sirius, um dos novos professores, estavam sentados em seus lugares como se fosse o primeiro dia letivo.

Sirius sorriu ao ver a menina adrentando o local e então a cumprimentou com um sinal de cabeça, o que a jovem respondeu da mesma maneira.

“Bom... como eu estou com pressa, gostaria que a Pr. Mc Gonagall viesse até aqui e proseguisse com o mesmo ritual que a cada ano fazemos aos novos alunos...”


“Sim...” - A professora indicou o banquinho para Evelyn, que andara até ele sem entender muita coisa. Hermione havia esquecido totalmente aquele detalhe, tanto que nem havia mencionado a seleção das casas para a amiga. - “Agora relaxe, vou colocar o chapéu seletor em você e ele irá escolher em qual casa você irá ficar, se Grifinória, Sonserina, Corvinal ou Lufa-Lufa...”

Evelyn franziu o cenho. Para ela qualquer casa seria boa... não sabia como eram elas, sabia apenas o que Hermione havia lhe contado há pouco e o que ela já sabia e não tinha esquecido... Sonserina e Grifinória... eram as únicas que ela sabia... em qualquer uma que ela fosse seria vantagem...

“Hm...” - o chapéu dissera após ser colocado na cabeça da jovem. - “Vejo uma personalidade incrível e muito interessante, porém não consigo analisá-la muito bem... parece que sua mente está bloqueada...”

“Parece não... está bloqueada...” - Evelyn dissera baixinho. Estava fascinada com tudo e esperava ir para uma casa que a fizesse lembrar...

“Oh, desculpe... mas não tem problema... pelo pouco que consigo ver... você será uma grande bruxa na... GRIFINÓRIA!”

Evelyn sorriu satisfeita, fora um peso que lhe tirara das costas, embora ela não soubesse porque. Hermione e o resto dos professores também sorriam, Sirius muito mais depois que a tensão e a surpresa se esvairam de seu rosto. Pensara que Evelyn fosse ficar na Sonserina simplesmente pela influência de Agata, mas para sua felicidade, a morena iria seguir o seu mesmo caminho.

“Eve... você vai ficar na mesma casa que eu!” - Hermione dissera quando a jovem se aproximara dela.

“Que bom... sei que vou estar bem acompanhada...”

“Agora meninas... vocês podem seguir para a torre da grifinória, suas coisas já devem estar lá... bom fim de férias... nos veremos em breve.” - Dumbledore dissera e então saíra rumo ao seu compromisso.

Evelyn e Hermione seguiram até a torre da grifinória entusiasmadas, não viam a hora do ano letivo iniciar...

Continua...

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