Capítulo XII



N/A: Esse começo é escrito por um amigo
meu, até uma parte que eu aviso que sou eu que estou escrevendo xD


 


Capítulo 12


 


O horizonte se
enchia de claridade naquela linda manhã. A sala comunal estava infestada de
alunos se arrumando, estudando, matando aula... Alguns casais namorando, e
outras pessoas se olhando tímidas. Enfim, o que interessa é que Haykito tinha
acabado de acordar. Desceu as escadas com ansiedade, mal podia esperar para ver
Andrew, com aquela face angelical, seu sorriso terno, calmo, e seus olhos
serenos. Não podia mesmo esperar pelos braços daquele garoto. Por
que estou pensando tanto nele? Eu ainda amo o Harry!
Harry! Ele lembrou-se
de Harry, e um frio passou-lhe pela barriga. E ele? Afinal, Harry também tinha
beijado-o. Uma sensação dedúvida perpassou-lhe. Será que era possível amar
duas pessoas ao mesmo tempo?


Haykito olhou em seu
relógio e percebeu que já era hora de ele descer para o banquete. Desceu os
degraus das escadas que se moviam nervoso, primeiro por quem encontraria,
segundo por medo de errar o caminho naquele enorme colégio. Por sorte, tinha o
mapinha. Seguiu passo-a-passo as ilustrações até chegar em uma enorme porta,
e quando encosou na porta, ela girou por si mesma, ele se afastou e...


- Haykito! - lá
estavam Hermione e Harry, o coitado do Harry carregando pencas de livro de quem
mais além da nerd?


- O-oi! E-eu não
e-errei o caminho nenhuma v-vez! - disse, engasgando com as palavras.


- Que bom! - disse
Hermione sorrindo. Haykito nem prestou atenção no que a garota tinha dito, e
percebeu bem que o olhar do menino se encontrava naquele instante com o de seu carregador.



- Errr... estou
morrendo de fome - disse Haykito desviando o olhar - acho melhor eu ir...


- Tudo bem -
sorriu-lhe Hermione - te vemos na aula conjunta com Corvinal hoje.


- Ah, sim... Mas
como sabe que eu sou da Corvinal? - Hermione olhou de beira para Harry e depois
deu um passo, para dizer baixinho no ouvido de Haykito: “tem
alguém te espionando...
” Haykito abafou uma risada e se dirigiu à mesa
da Corvinal. Andrew estava na mesa da Sonserina, e lhe mandou um sorriso;
Haykito retribuiu.


Não conhecia ninguém
da Corvinal, portanto aquele fora um almoço entediante, e ninguém havia puxado
assunto. Será que é porque sou novato?
Que povo chato... Eles vão ver quem é Haykito-kun!
E viram mesmo. O
atestado de insanidade de Haykito foi atestado quando ele olhou para o teto de
nuvens e gritou


- Esquilooooos!


Meninas ingênuas de
primeiro e segundo ano deram gritinhos estéricos, alguns garotos gargalhavam,
as garotas do sétimo ano abafavam risos e os professores apenas ergueram suas
sobrancelhas.


- Haykito-kun, fora
do Salão Principal! - disse a Profª. McGonagall, ríspida. Haykito baixou a
cabeça e saiu, e quando ia fechar a porta, olhou para as pilastras do canto e
disse


- Morcegooooos! - e
mais gritos histéricos. Saiu correndo.


Andrew veio correndo
atrás de Haykito, sem conseguir esconder as risadas.


- V-você foi
d-d-demais! - disse Andrew, tendo um ataque de risos.


- Valeu... mas é só
para atrair amigos! - disse Haykito, descontraído.


- Amigos? Mas você
já tem a mim!


- Ahh, Andrew... Você
é um amigo... mas mesmo que seja muito amigo, num dá pra sobreviver com um só
né?


- Quem disse que eu
sou só seu amigo? - Andrew baixou a voz - Pensei que tivesse te mostrado o que
eu realmente sinto por você! Droga...


- Não é isso, And...
Vamos ver no que vai dar, tudo bem? Mas aos poucos, porque a gente ainda mal se
conhece.


Um jarro caiu de uma
das meio-pilastras. Haykito olhou e ergueu uma sobrancelha.


- Harry, sai daí...
Vamos tirar isso a limpo, ta bem?


Harry saiu, tímido,
detrás da pilastra. Juntou-se aos outros dois garotos e eles foram a um canto
vazio do corredor.


[A
partir daqui, eu escrevo xDD
]


- Olha, eu queria
deixar isso claro - começou Haykito, sobressaltando a voz da balbúrdia
crescente em volta de si, vinda dos estudantes que acabavam de acordar e
dirigiam-se às suas aulas. - Harry... eu... te amo, o.k.? Ou pelo menos eu acho
que sim - Seu estômago deu diversas cambalhotas desconfortáveis dentro de si e
ele oscilou repentinamente, sentindo a visão enturvar. -, mas... sei lá... você
tem namorada... e de acordo com a própria Hermione tem me seguido e...


- E ele não te quer
- disse Andrew, avançando ao seu lado e contraindo o rosto em uma expressão
selvagem.


- Não é isso -
replicou Haykito, trocando um olhar de súplica para o outro e voltando-se
novamente para Harry. -, olha. Ou você termina com a Gina...


- Ou não tem
romance - vociferou Andrew, arfando ferozmente.


- Ah... - Harry
alteou o olhar entre os dois por alguns segundos, fixando-o finalmente em
Haykito, aparentemente desesperado; depois, suspirou longamente e prosseguiu em
uma voz gutural: - sinto muito então... eu... não posso terminar com a Gina...
ããh... tenho aula agora...


Ele encarou-os mais
uma vez e, depois, girou nos calcanhares quase correndo para o próximo
corredor, embrenhando-se no meio de diversos alunos e desaparecendo de vista
enquanto dobrava um corredor.


Então era aquilo?
Harry simplesmente desistira dele por causa de Gina. Ou seja: ele não tinha
coragem de enfrentar o mundo em luta de um amor... ou seria verdadeiramente
amor? Seu estômago deu outro solavanco e ele girou para o lado, pousando o
olhar sobre Andrew.


Os cabelos loiros
quase prateados refulgiam à luz do sol que jorrava dos caixilhos largos em toda
a extensão do corredor; os olhos azuis opalescentes pareciam confrontá-lo, sob
sobrancelhas bem definidas, contraídas em uma expressão preocupada. Os ângulos
retos de seu rosto... tudo... ele era lindo... simplesmente lindo. E perfeito!
Compreensível...


Haykito sentiu lágrimas
quentes saltarem de seus olhos e apressou-se para enxugá-las com a barra da
manga; estreitou os olhos, como que para escondê-las e foi caminhando contra o
sol, em direção às masmorras, sentindo Andrew ao seu calcanhar.


- Sabe... eu acho
que você foi muito... duro com o
Harry - ele começou, calmamente. -, foi tratando ele mal e não deixando ele
falar quase...


- Ah... desculpe -
disse Andrew, rápido. -, eu...


- Obrigado -
replicou Haykito. -, mesmo... você foi... perfeito!


- Ah - murmurou o
outro, o rubor colorindo drasticamente o seu rosto alvo. -, não fiz mais que a
minha obrigação. Eu te amo, Haykito... e tudo o que possa fazer para ter você,
farei...


Haykito estacou no
chão abruptamente, fazendo algumas estudantes do primeiro ano que seguiam
pressurosas atrás dele, tropeçarem, balançarem os braços no ar
desesperadamente e, cair de costas, tinteiros voando para todos os lados.


A mochila de uma
arrebentou, fazendo com que os livros caíssem abertos e várias folhas rolassem
três metros quase. Uma garota ruiva, de cabelos até os ombros, balançando dos
lados, ergueu-se do tombo e veio na direção deles com o dedo em riste,
irritada, mas simplesmente perdeu-os quando Andrew segurou-o no braço de lado e
dobrou um corredor, escondendo-se sob uma estátua de uma velha mulher de nariz
adunco; Haykito ergueu os olhos e viu que estavam em um espaço do tamanho quase
de uma sala, com candeeiros presos às paredes e uma pequena mesa circular ao
centro.


- Onde... estamos? -
perguntou, curioso.


- Ah... é um
esconderijo - respondeu Andrew, o orgulho sobressaindo na voz grossa. -, se
continuarmos andando vamos sair no terceiro andar... agora... podemos ficar aqui
e esperar a garota sair... se... quiser...


- Não, tudo bem -
disse Haykito, calmamente. -, sabe... eu estava pensando e... acho que você
merece ter créditos comigo... e...


Virou-se
repentinamente para o outro, os olhos presos nos de Andrew; sentiu uma vontade
enlouquecedora de jogar-se nos braços do garoto, sentindo a calidez de seu
corpo contra o dele mas afastou-se alguns centímetros, como se pudesse criar
mentalmente uma parede invisível que os separasse.


- Sei lá... - De
repente, sua voz parecia a de um estranho e seu estômago doía dentro de si. -
ultimamente eu tenho pensado... bastante em você, eu diria. Mais do que o
normal de se pensar até. E... eu não sei para ser sincero. É... estranho não
é? - Ele riu brevemente, sentindo as maçãs do rosto escaldarem. - Eu nem sei
o que dizer e isso é mais estranho demais para mim... - Andrew avançara alguns
centímetros, o ranger do soalho quebrando o silêncio que se formara
repentinamente. Os dois se encararam; sorriram. E coraram.


E, no instante
seguinte, Haykito sentiu uma mão quente percorrer seu pescoço enquanto a outra
deslizava pela sua cintura; lábios cálidos encostaram nos seus e, depois, uma
língua ávida por prazer separou-os, encontrando a sua. Um longo beijo
seguiu-se e Haykito deixou-se entregar ao momento, correndo os dedos pelos botões
da camisa de Andrew e deslizando-os pela pele alva do garoto.


Podia sentir o coração
dele pulsando aceleradamente sob seus dedos e sua respiração pesada conforme
investia em mais um beijo, seguido de outro.


Uma sineta soou
retumbante por todo o colégio e eles ouviram os alunos passarem apressadamente
no corredor da estátua, correndo para não perder as aulas.


Haykito
desvencilhou-se, parando quatro metros atrás e apoiou-se no tampo da mesa,
fazendo ela vacilar e uma das pernas finas quebrar.


- Reparo
- sussurrou ele, rispidamente, fazendo a perna voar pelo ar e colar-se a parte
de baixo da mesa; sentou-se na cadeira baixa, segurando-se à mochila, sentindo
o coração acelerado.


- Eu... - começou,
com a voz embargada.


- Não fale nada -
interrompeu-o Andrew, sorrindo radiante; inclinou-se para a frente,
aproximando-se dele e, beijou a sua bochecha de leve, fazendo com que ela
ardesse, ruborizada. -, tenho aula de transfiguração agora - disse,
alegremente. -, no próximo tempo nos vemos... quer matá-lo? - Haykito balançou
negativamente a cabeça, embora não sentisse os movimentos do corpo. - Bem...
então... nos vemos no intervalo e no almoço. Tudo bem para você?


- Ããh? Tudo -
murmurou Haykito, brevemente, os pensamentos voando rapidamente para um outro
lugar; ele viu a silhueta magra de Andrew desaparecendo pela estátua pela qual
haviam entrado e sentiu as pálpebras pesarem sobre seus olhos. No instante
seguinte, seu corpo flutuava sobre a névoa prateada, sem peso... sem gravidade.


Ele caíra no
infinito, sem destino; então, seus pés aterrissaram em um solo úmido e ele
viu-se novamente no sítio de seu pai; a chuva fustigava com ferocidade por
todos os lados e, há alguns metros, uma lona branca e alta protegia uma mulher
alta e magra, com cabelos longos cascateando sobre os ombros; ela sorria, os
olhos azuis fixos no garoto.


Dessa vez ele não
correu como fizera na primeira vez do encontro, apenas sorriu simpaticamente e
avançou flutuando, até estacar defronte a sua mãe. Não precisou falar nada,
ela já sabia o que ele pensava dizer e, apenas ergueu a mão pálida para calá-lo.


- Eu sei - disse,
suavemente. -, e sabia antes também... Andrew e Harry... você terá que
escolher qual lhe faz melhor... qual você ama de verdade e qual te ama de
verdade....


- Isso é meio óbvio
- disse Haykito, rapidamente, interrompendo-a. - Andrew me ama de verdade.


- Sim, eu
concordo... para ser sincera - murmurou ela, ainda sorrindo. -, mas deve
escolher o melhor e o que é sua verdadeira alma gêmea...


- Obrigado, mãe -
sussurrou Haykito, a voz aveludada, inclinando-se brevemente para abraçá-la.


- Agora vá... tem
aula agora... e depois... um tempo matado com o seu amor...


Vultos giraram em
volta dele e, então, ele aterrissou novamente na sala escondida pela estátua;
puxou a mochila contra o corpo e saiu acelerado... como será que era o
professor de poções e como ele iria reagir com seu atraso?


 


N/A: O que houve? Nem eu sei... eu parei de escrever por
muito tempo e então decidi terminar com essa fic em apenas um capítulo curto.
E eu o fiz. mas até lá, vocês ainda têm muitos capítulos para ler. Por
favor, peçam por mim *cai* pra eu voltar a escrever x.x porque é o que eu mais
quero agora, sério. Mas... sei lá. Também é porque eu não tenho lido muito
:x e o livro que eu quero, eu não tenho. enfim. me ajudem quééridôs :*:
amo-os. E até.



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