Capítulo IV



Capítulo quatro


 


Alguns minutos
depois, eles voltaram para o Caldeirão Furado e Haykito pôde finalmente
livrar-se das diversas bolsas cheias de comprar que vieram acumulando conforme
passavam pelo caminho; o garoto assustou-se com o número de matérias que
Hermione cursava e, inclusive teve que sofrer por causa delas, já que só
serviram para somar-se aos outros livros de outras matérias.


Finalmente, depois
de despencar em sua cama, cansado, ele foi puxado de volta ao bar e eles começaram
a jogar baralho, embora ele fosse um desastre naquilo.


- Mas então, me
fale mais no Ronald - disse ele, tentando puxar algum assunto que levasse-a a não
pensar no jogo e, assim, não ganhar mais uma rodada.


- Hum... para ser
sincera, eu não acho que ele mereça o meu amor. - suspirou Hermione, abaixando
mais uma carta e vencendo mais uma vez.


- Por quê?


- Sabe... ele parece
não saber o verdadeiro significado do amor - respondeu ela. -, não sei... é
estranho...


- E você sabe? -
perguntou Haykito, conformando-se que não ganharia e, então, voltando-se
totalmente para a conversa.


- Acredito que sim -
disse Hermione, com um sorriso. -, ou, senão, todo esse sofrimento até hoje não
passou de... de uma ilusão...


- Eh, talvez -
suspirou ele, calmamente.


- E você? - ela
ergueu os olhos, vencendo mais uma rodada e dando as cartas para uma nova. - Já
amou alguém de verdade?


- Digamos que sim -
respondeu ele, à contragosto. -, mas não me sinto bem falando sobre isso.


- Por que não?


- Um amor não
correspondido - disse Haykito.


- Esses são os
piores, acredite! - murmurou Hermione, passando a mão pelos olhos e
esfregando-os rapidamente, para tentar disfarçar o brilho de uma lágrima que
acabara de se formar. - Desista, você não vai vencer nunca - Ela batia outra
rodada e, então, puxou uma garrafa de cerveja amanteigada e encheu um copo de
vidro, tragando um gole suave e, depois, pousando-o novamente no tampo de mesa.


- É... eu desisto
mesmo... - murmurou o garoto, sem vontade. - esse jogo me cansou... mais do que
eu já estava cansado.


- Hahaha... que
seja... também estou cansada se você quer saber...


- De que? - exclamou
Haykito, fingindo estar irritado. - Você não fez absolutamente nada
exceto mandar eu buscar livros e mais livros e segurá-los...


- Ah, por favor,
seja um cavalheiro e pare de reclamar - disse Hermione, inclinando-se e fazendo
um biquinho com os lábios. -, sabe...
vou ser sincera... eu gostei de você. Simpático. Divertido. Alegre...


- Posso ser tudo,
menos alegre - contrariou Haykito, sem vontade.


- Por quê?

- A vida já me fez sofrer demais - disse ele. -, e toda essa
"alegria" não passa de uma máscara para que os outros não percebam
que na verdade estou berrando por dentro... berrando... pedindo por socorro...
clamando...


Ele ergueu os olhos
e notou que as lágrimas já marejavam-nos; precipitou as mãos sobre eles, para
secar qualquer líquido que tivesse se projetado. Hermione o encarava com uma
expressão leve e terna que ele conhecia vinda apenas de sua mãe... ele também
gostara dela. A garota fora para ele uma amiga que ele apenas uma vez tivera...


- Entendo - Hermione
sussurrou com a voz fraca. -, já me senti assim diversas vezes... mas...


Haykito apenas
sorriu em resposta e puxou mais um jogo de cartas para si, abrindo-o e
perscrutando-o por alguns segundos.


- Vamos lá - disse,
rápido. -, acho que agora posso ganhar.


Hermione preferiu não
relutar e perguntar o que havia acontecido e também puxou seu jogo de cartas,
relanceando os olhos por elas e vendo que estava fácil ganhar.


- Acho melhor você
desistir... - ela murmurou, sorrindo.


- Eu nunca desisto -
disse ele, erguendo os olhos que quase pegavam fogo e ampliando um sorriso
sincero para a garota.


- Você vai conhecer
Harry e Rony - disse Hermione, suavemente. - e espero que vá para a Grifinória...


- Quem sabe... -
murmurou ele, em devaneios sobre a próxima jogada que teria que dar; sabia
muito bem que não se movia de acordo com o desejo dos outros, ao contrário.
Tinha uma personalidade forte, difícil de ceder para outra, sempre erguendo-se
segundo o seu próprio pensamento e não aceitando bem alguma outra opinião que
diferenciasse da sua.


A porta do bar abriu
mais uma vez, como abria ocasionalmente e, por ela, um casal e um garoto alto e
ruivo entraram, batendo os pés da poeira no assoalho e varrendo os olhos por
toda a extensão do pub à procura de
Hermione; o ruivo ergueu um dedo fino em direção à uma mesinha ao canto e
sorriu alegremente.


- MIONE... AQUI!


A garota ergueu os
olhos, encontrando-os com o olhar e, então, disse com um ar juvenil:


- Eles chegaram...


Haykito desprendeu
sua atenção das cartas e virou o rosto para a porta; havia um garoto magricela
e um pouco baixo, de cabelos negros e despenteados de mãos dadas a uma garota
mais baixa que ele, de cabelos ruivos escorridos emoldurando o rosto angelical
de cor alva e, ao seu lado, um ruivo cheio de sardas sorrindo sem parar.


Mas sua atenção não
conseguiu sair do garoto mais baixo e de como ele era bonito... Harry...
Harry Potter
.



 


Nota do autor que aqui vos escreve xD:


 


Bem... estou muito feliz comigo mesmo por essa fic *_*
acabo de escrever um capítulo simplesmente PERFEITO pra ela. o 7 xD que em
breve vocês lerão. Mas então eu pensei o seguinte. Vamos fazer uma troca, ok?
Eu escrevo pra vocês a fic e vocês escrevem pra mim os comentários. =D Assim
ficamos quites... ou... bye bye capítulo 5 :rool: que triste, não? xD


:*



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