As antigas maldições imperdoáv

As antigas maldições imperdoáv



As antigas maldições imperdoáveis


 


       - O melhor amigo de Nicolau Flamel? Isaac Foster? – perguntou ele surpreso.


       - É. Flamel trabalhou na criação da pedra com Dumbledore, mas seu melhor amigo era Foster.


       Denis continuou surpreso.


       - Foster ajudava Flamel nos testes para criar pedra, e eles a estudavam juntos. Mas com o tempo, Foster foi ficando sem ideias do que fazer pra criá-la, e Flamel pediu ajuda à Dumbledore, que finalmente deu resultados.


       - Mas Foster não era um gênio? Como ele não conseguiu criá-la?


       - Ele é um gênio em descobrir coisas, o que não quer dizer que ele tenha que descobrir como fazer tudo. – ele olhou empolgado pra ela. – Acontece que Dumbledore e Flamel conseguiram criá-la, e fazê-la funcionar. Mas pelo que eu saiba concretamente, Foster não sabia nada sobre a pedra.


       - E o que você não sabe concretamente? O que são apenas mitos?


       - Dizem que antes de Flamel destruir a pedra, para Voldemort não capturá-la, Foster cortou um pedaço e guardou-a. Dizem até que conseguiu aumentar o seu tamanho.


       Denis parou pensativo.


        - E o que Foster fez com a pedra antes de morrer? Além de escrever o livro?


        - Bem, ele não tinha família, então doou seus galeões para o hospital, e deixou seus pertences mais importantes no Gringotes para seu aprendiz.


         - Ele deve ter deixado a pedra junto com ele. Quem era o aprendiz dele?- ele estava empolgado.


         - Duvido que fará alguma diferença. Morreu de loucura no Saint Mungus há uns dez anos. Eu mesmo fiz seu atestado. Se chamava Robert Danusky.


        - Esse Danusky tinha algum parente?


        - Tinha seu filho, que era um aborto. Ernesto Danusky. É um vendedor de objetos mágicos. Infrator de leis,vive fugindo do Ministério.


        - Ótimo! Já tenho informações pra procurar por essa pedra. Sora, hoje você foi demais.


        - Eu sempre sou demais, garoto! – se gabou ela de novo. Ele se encaminhou pra sair, mas ela segurou seu pulso. – Você tem visitado sua casa garoto?


        - Eu vou em casa todos os dias... Ou quase todos, pelo menos.


        Ela estava séria.


        - Não essa casa. Me refiro à sua família, no Brasil. Vocês três tem que visitá-los.


        Ele assumiu um ar serio.


        - Não podemos ir agora. Temos assuntos importantes aqui.


        - Seus assuntos importantes não vão acabar tão cedo por aqui. Vocês tem que visitá-los agora.


        - Vamos depois que isso acabar.


        - Depois que um de vocês estiverem mortos? Vão levar o corpo para uma das família de vocês?


        - Não vamos morrer.


        - Vocês estão batalhando uma guerra garoto. E o time de Potter é menor e está em desvantagem. Pessoas importantes vão morrer, e não há como vocês impedirem isso. Faça o que é certo, enquanto ainda há o que fazer.


        - Eu vou fazer. – ele se virou de costas, ela largou seu pulso levemente. – Se cuide Sora. – ele atravessou a porta e um chicote estralou no meio da rua silenciosa.


 


         Ao longe, numa pequena ilha, estava uma multidão muito grande de gente. Bancas vendendo bilhetes em todos lugar rodeavam praticamente a ilha toda. Pessoas de todas as cidades e lugares da Inglaterra passavam por chaves de portais e apareciam por lá. Um monumento gigante em forma de circulo fazia todos o verem de longe. Parecia um estádio de futebol, mas ao invés de grama, havia pedras e objetos pesados. Os lugares estavam ficando lotados, e pessoas gritavam em urros de excitação. Uma cabine especial, no topo do monumento gigante, estava sentado um homem de olhar sério, numa espécie de trono de ouro, com pedras cravejadas. Sua varinha exibia um aura esfumaçada, e triste. Outros homens sentavam ao seu lado, no camarote ministerial e assistiam com largos sorrisos no rosto.


         Em alguns minutos, todos conseguiram entrar, e o Ministro se ergueu da seu trono. Todos se calaram em respeito.


         - Como vocês sabem, - disse o Ministro com um feitiço de aumento de voz. – Hoje será a primeira batalha no Coliseu de Azkaban. Hoje, pessoas que pensam em fazer mal à qualquer um que tenha nosso sangue, pensará duas vezes. Hoje, teremos outra prova que o Ministério promove a paz, mas na ausência dela, ele sabe promover a punição para restaurar a paz perdida.


         Uma porta que levava à parte subterrânea do Coliseu se abriu, e dois homens encapuzados, munidos de varinhas e foices afiadas adentraram segurando um homem pelos braços. Ele estava acorrentado e era claro o medo que ele sentia. Suas pernas tremiam descontroladamente, e ele desejava poder fugir dali.


          Um dos homens ergueu a varinha, apontou para a corrente em seu braços.


          - Esse homem, que será punido hoje, é Rufus Strouble. Ele roubou coisas de muita gente, e até tentou uma fuga de Azkaban. Soube que ele não gosta muito de dementadores.


          Um lampejo saiu da varinha de um dos carrascos encapuzados, e a corrente se arrebentou. Eles empurraram ele para o meio do campo de pedra, as pessoas gritaram. A porta foi fechada.


          - É hora do show! – anunciou McEffron, se sentando de novo.


          Uma porta do outro lado do campo se abriu. O céu ficou escuro, o vento ficou frio, a felicidade sumiu daquele lugar. Dois dementadores de três metros de altura saíram flutuando como animais famintos atrás do homem que estava no meio do campo. As pessoas se assustaram com os dementadores, mas puderam ver os campos de proteção em volta da arquibancada.


          Rufus sacou a varinha e conjurou:


          - Expecto Patronum!- uma pequena luz azul se formou na varinha dele, mas se desfez como um gás se vaporizando. Os dementadores continuaram se aproximando dele, ele conjurou outro patrono, com o mesmo efeito deplorável do último. Ao ver eles em tão pouca distancia, ele começou a correr. Mas o campo de cem metros não foi longo o suficiente e logo os dementadores estavam em seu encalço. As pessoas urravam de medo, e alguns de excitação.


        Rufus fez uma pedra enorme flutuar e arremessou-a num dos dementadores. Ele foi atingido, e caiu no chão, mas começou a flutuar no mesmo segundo novamente. Ele correu de novo, e tropeçou numa pedra e caiu sentado no chão. O dementador chegava cada vez mais perto, e ele começou a se arrastar sentado para se afastar. Sentiu o concreto encostar nas suas costas. Estava no fim da linha.


        O dementador estava a dois metros de distancia. Rufus fechou os olhos e respirou fundo.


         - Expecto Patronum!- uma luz branca saiu de sua varinha, mas quando ele abriu os olhos, e viu o rosto faminto do dementador, com sua enorme boca em forma de buraco se aproximando dele. No seu ouvido, ele pode ouvir os gritos de um homem gritando irritado. As lembranças do assassinato de sua mãe pelo seu próprio pai.


         O patrono sumiu. Rufus sentiu o toque frio da mão em seu pescoço erguê-lo sem dificuldade alguma. Sentiu a felicidade ir embora, a tristeza tomar conta do seu corpo e de sua mente. Sentiu a respiração ser sugada pelo buraco que era a boca horrenda daquele monstro. E sentiu no ultimo momento, com um grito abafado, o beijo de um dementador, o toque frio de sua boca sugando a felicidade de um homem.


         As pessoas gritaram, algumas de indignação, outras nem tanto. As mulheres fecharam seus olhos, alguns homens viraram seu rostos. O mal estar tomou conta de todos.


         Um homem vestido de capa preta, sentado ao lado do trono do Ministro tomou a palavra com sua varinha.


          - O show acabou. Mas as punições apenas começaram. Infratores, cuidado.


          As pessoas começaram a sair do coliseu, indo em direção às chaves de portais, para voltar pra casa. E ninguém percebeu que o trono ministerial estava vazio.


 


         - Parece que a pedra deve ter ficado com o tal de Ernesto Danusky. O filho do Robert. – disse Denis, após atualizar Puff, Victor e Lupin sobre a conversa com Sora.


         - Então devemos achar esse cara, e pegar a pedra com ele. – disse Puff.


         - Seria mais fácil se alguém soubesse onde ele está. – respondeu Lupin.


         - Sora disse que ele é um vendedor de objetos, e mexe com coisas ilegais também. Aparentemente, ele foge do Ministério da Magia.


         - Estamos procurando um fugitivo. Que ótimo. – xingou Victor.


         - Não é tão difícil assim. Nós fugimos também, então sabemos o que ele fará pra fugir também. – comentou Puff.


         - Mas nós fugimos de tudo. É bem diferente essa situação. – comentou Victor.


         - Algo do que Puff disse tem sentido. – falou Denis. – Ele não pode fugir o tempo todo, e se nós sabemos como fugir, podemos encontrá-lo.


         - Vocês têm por onde começar? – questionou Lupin.


         - Vamos procurar pelo último lugar que ele vendeu suas coisas. Deve ter algum informante no Beco Diagonal. – respondeu Victor.


         - Então vamos começar essa investigação. – e Lupin se levantou da cadeira que estava sentado e pegou um pergaminho, tinta e pena para escrever. – Vou informar Potter. Ele deve conseguir algum informante no Beco Diagonal.


         - E o que vamos fazer? Ficar sentados esperando Potter nos mandar uma carta? – perguntou Victor.


         - Não. Vocês podem acabar de traduzir aqueles livros ali. – e eles viram os outros livros que Denis trouxera da Biblioteca do Ministério, e muitos ainda estavam sem leitura.


         - O livro do Príncipe Mestiço já acabou de ser traduzido? – perguntou Victor.


         - Já. – respondeu Puff. – o único feitiço que tinha era aquele mesmo. O “Sectumsempra” é o único feitiço. O resto são poções melhoradas.


         - Logo o meu livro tinha que ser o mais lixo? – perguntou ele indignado.


         - Poções não são lixos. – respondeu Puff. – Eu gosto de poções. Elas nos salvam nas horas mais inesperadas.


         - Não são as poções que são lixos. – riu Victor. – É que o livro que eu peguei foi complicado de pegar, e ainda assim não vai ter nenhuma novidade pra gente usar.


        - Se vocês querem novidades, deviam ler esse aqui! – disse Denis, que estava debruçado sobre a mesa, com um livro grosso de capa marrom, empoeirado e aberto.


        - O que esse livro velho tem? – perguntou Victor.


        - Por ser velho, ele já é uma fonte de informação inesgotável. Aqui fala de feitiços antigos, que foram proibidos de ser usados.


         Eles se aproximaram em um segundo.


         - Que tipo de feitiços?- perguntou Puff. Denis respirou fundo antes de responder e deu um sorriso confiante.


          - As Antigas Maldições Imperdoáveis!   


           

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