A nova varinha de McEffron



 


A nova varinha de McEffron


     


 


      Quando eles se deram conta, estavam na Broptom Road. Eles viram que quem os havia salvo fora o seu professor, Teddy Lupin, que estava olhando para eles com cara de alivio e após passarem pelas defesas da casa ele foi logo dizendo:


      - Nossas fontes que andam monitorando McEffron, nos disseram a tempo que ele estava indo até sua casa escondida, onde vocês estavam, e felizmente eu pude chegar a tempo de salvar vocês. – Disse Lupin.


      - Pena que você não chegou a tempo de salvar Olivaras também, porque nós não daríamos conta de derrotar aquele cara sozinho, ele é extremamente poderoso. – Disse Puff com tom de tristeza e revolta.


      Puff e Lupin não tinham percebido, mas Victor estava furioso de não ser páreo para McEffron. E sua expressão dava a nítida impressão que ele não descansaria até ser forte o suficiente para derrotá-lo. E com toda aquela discussão Amanda e Denis acordaram e desceram para a sala para ver o que estava acontecendo e quando viram todos, foram logo perguntando juntos:


      - O que está acontecendo? E como foi a missão?


      - A missão foi um fracasso, e Olivaras... É... Está morto. – Disse Puff antes que Victor pudesse falar alguma coisa.


      - O quê? Como vocês permitiram que isso acontecesse? – Perguntou Denis.


      Antes que eles pudessem responder, Lupin foi logo dizendo:


      - Eles não tiveram como impedir, McEffron apareceu lá e se eu demorasse mais alguns segundos, eles também teriam sido mortos.


      - Mas, como isso pode ser verdade? Victor é o melhor de nós três em duelos.


      - Esse é o problema, nem Victor é páreo para ele!


      Quando Lupin disse isso, Denis ficou assustado, ele não imaginava que McEffron era tão poderoso a ponto de quase ter matado seus amigos. E o silêncio reinou naquele lugar até que Puff quebrou o gelo como sempre fazia:


       - Não tem nada para comer? Estou morrendo de fome?


       - Todos nós lamentando a morte de Olivaras e você pensando em comida? – Disse Amanda furiosa.


       - Mas eu não como nada há umas três horas! E além do mais, a missão foi um verdadeiro fracasso e não tem como voltar atrás... Então a solução é comer! – Completou Puff!


      - Não é não! Não tem nem duas horas que você comeu pela última vez, e a morte de um amigo não se resolve dessa maneira! Não é comendo que tudo vai ficar bem! – Respondeu Amanda.


      - E como se resolve a morte de um amigo? Ressuscitando ele do mundo dos mortos?- Questionou Puff.


      - Não, se resolve a morte de um amigo, vingando-o!- Comentou Victor que estava silencioso até o momento. Nesse instante ele saiu depressa para fora da sala, e antes de terminar de atravessá-la, ele comentou: - E nós ainda somos fracos demais para vingá-lo! – E a porta da sala bateu, com tamanha que era a raiva de Victor, por não poder ter feito nada para impedir a morte de Olivaras.


      - Vingar a morte de Olivaras? O que ele está pensando? Nem mesmo eu conseguiria derrotá-lo, como vocês poderiam? – Disse Lupin.


     Então Denis também entrou na conversa;


      - Não é te desvalorizando, mas, somos muito bons em duelos e feitiços em geral, e se treinarmos mais um pouco, com certeza vamos derrotá-lo, pois McEffron não é imortal!


      - Mas ele é muito bom, vocês comprovaram isso. Como pensam em derrotá-lo?


      - Eu já tenho uma ideia de como fazer. Puff, Amanda, venham comigo, pois nós temos que resolver uma coisa.


      E os três se encaminharam para o quarto com a placa V.G.C.


    


 


      Enquanto isso, em uma casa muito distante, num subúrbio trouxa, havia uma reunião de gente vestido de negro, conversando baixinho entre eles. De repente um vulto entrou rápido pela sala e todo mundo se calou. O silêncio se propagou em menos de um segundo, tal era o respeito que sentiam pelo vulto que acabara de passar. Então ele parou em frente a mesa e olhou para todos os presentes, logo depois começou seu anúncio:


      - Acho que vocês já sabem sobre a morte de Olivaras... Pois bem... Eu o matei, pois ele atrapalharia meus planos.


     Um outro bruxo de estatura media e nariz pontudo e cabelos muito lisos penteados para trás, praticamente grudados na nuca, comentou:


      - E os outros bruxos envolvidos no caso? O que foi feito deles?


      - Todos os nove seguranças da casa receberam o que mereciam e...


      - Não são a eles que me refiro, me refiro aos outros dois vermes que entraram lá e derrotaram um esquadrão inteiro de aurores renomeados. Espero que eles também tenham recebido o que merecem, pois... brincaram com o nosso nome!


      - Quanto a isso não precisa se preocupar, pois já estou tomando as providencias necessárias para acabar com esse “esquadrão de mercenários”, e tenho certeza que vou matá-los assim que puder.


      O bruxo narigudo já ia comentar de novo, quando McEffron disse:


      - Silêncio! Você já comentou demais para um dia. Sabemos que esse “esquadrão de mercenários” contêm três pessoas, então vou encarregar alguns aurores de minha confiança para acabar com essa ameaça...


      Um outro bruxo, mais novo e mais vital resolveu falar também, mas antes dele erguer a voz, McEffron o interrompeu também;


      - Silencio garoto! Você não sabe que numa reunião, os menos sabidos devem ficar em silencio enquanto os outros falam?- O garoto silenciou, mas manteve firme a fisionomia, enquanto McEffron continuava a falar: - Os bruxos que devem caçar os outros três indivíduos serão: Steve Maulcom, Brian Oliver e Jason Chrouch. Espero que vocês cumpram suas missões e exterminem esse mal que nos impedem de expurgar o mundo desses miseráveis sangues ruins!


      Então o garoto que tinha se levantado antes, comentou com coragem;


      - Eu também posso derrotá-los! E afinal, você não nos contou o que realmente queria quando sequestrou Olivaras, o nosso grande fabricante de varinhas, e agora ele está morto e nem sabemos seus motivos para tê-lo matado!


      - Pois bem... Se você quer saber, você saberá. Levante-se! – McEffron se ergueu da cadeira e enfiou a mão direita no bolso da capa, de lá ele retirou uma varinha: era mais grossa que o comum, e sua madeira era bem escura, do núcleo exalava uma fumaça fina e cinzenta, só vista se reparado muito bem e tudo ao redor ficou frio, como se a felicidade não existisse no mundo. – Pois bem, Olivaras era um grande fabricante de varinhas, e ele conseguia colocar vários núcleos nas varinhas. Os mais usados são: dragão, unicórnio e fênix, mas o que poucos sabem, é que toda criatura magica pode ser usada como núcleo em varinhas. Desde que eu soube disso tenho estudado maneiras de colocar um núcleo diferente em minha varinha, mas qual seria a melhor criatura mágica para fazer uma varinha para o bruxo mais poderoso que o próprio Lorde das Trevas? Então, eu pensei na criatura que é mais sombria que todas as outras, a mais temida de todas, a única que não pode ser derrotada... Os dementadores!


      - O quê? Você colocou um dementador como núcleo de uma varinha?


      - Sim. Os dementadores sugam a alma das pessoas. Vamos ver se a varinha deles tem o mesmo poder... AVADA KEDAVRA!


      E um lampejo acinzentado saiu rápido contra o corpo do jovem, que foi jogado a uns cinco metros de distancia sem nem sentir a dor da morte ou dos estilhaços do chão e da mesa que foram projetados apenas com o passar do feitiço, tanto que era seu poder. E com o corpo já sem vida, uma bolinha brilhante saiu da boca do jovem morto e se desfez no ar. E vendo os olhos espantados dos outros, McEffron comentou:


     - Bom saber que ela cumpre o que promete! Alguém mais tem algo a me perguntar?


     Apenas o silencio prevaleceu, mostrando que o medo da morte silencia até os mais corajosos.  

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