Caminhos Diferentes



Caminhos diferentes


     Ao verem Harry os três ergueram as varinhas ao mesmo tempo e disseram:


     - Accio! – e os pertences deles vieram voando para seus respectivos colos. Eles se levantaram para sair, Victor acompanhado de Harry, e Amanda correu para levar Denis até porta e Lupin deu um rápido “tchau” para Puff. Ao saírem pela Broptom Road eles desceram para o metrô e quando encontrou um local discreto Harry disse para eles:


     - É aqui que nos despedimos. – e os quatro aparataram cada qual para seu local.


 


     Victor desaparatou dentro de um banheiro vazio e fedido. Puxou seu malão e saiu. Quando ele chegou à rua, estava logo a sua frente uma enorme placa: Kings Cross, e logo embaixo um enorme relógio apontando 10h 55m, o que significava que faltavam apenas cinco minutos para a partida do trem. Ele se encaminhou para lá e entrou na barreira entre a plataforma nove e 10, e depois viu a famosa plataforma nove e ¾. De lá adentrou o trem, e seguiu para o fundo, onde entrou em uma cabine vazia. O trem partiu e cinco minutos após sua partida um homem aparentando mais idade com uma capa de couro de dragão aparentemente muito nova e uma bengala de madeira maciça, ele se dirigiu para a cabine onde se encontrava Victor e sentou ao seu lado. O homem despiu a capa, e colocou sobre seu colo e logo começou falar:


     - Meio tarde não, é? – indagou a Victor.


    Victor não pretendia manter uma animada conversa com ele, mas como não poderia atacá-lo, preferiu conversar com ele.


     - Meio tarde pra quê?


     - Para voltar às aulas, é claro. Você estava em casa, não é?


     - Ah! Não, eu não sou daqui! Eu sou do Brasil, e fui chamado pra cá para fazer uma espécie de intercâmbio com a escola daqui. Eu meio que vou... Testar o nível dos alunos daqui.


     - Pois eu aposto que você vai se surpreender com os resultados! Alguns alunos são realmente muito bons, como: os McNair, a garota Clearwater, o pequeno Stephan Malfoy, entre outros, que já tiveram a origem do sangue comprovada como poderosa...


     - Você é do tipo que prefere sangues-puros, entre qualquer outra coisa?


     O homem se espantou com a pergunta, mas respondeu-a mesmo assim:


     - Não, claro que não. Eu gosto de alguns bruxos que não sejam sangues-puros, mas é que, algumas coisas ruins vêm acontecendo... Você é de fora, por isso não sabe, mas tem um grupo de sangues... De bruxos sem sangue-puro, atacando os outros, eles não têm um plano certo e vivem se escondendo como baratas. Atacam qualquer um a qualquer hora. Já atacou a neta de Potter, o diretor de Hogwarts, a neta de Weasley, que é um dos melhores amigos de Potter... Eles já até mataram um homem... Um dos melhores fabricantes de varinha do mundo foi morto há alguns dias atrás por esses traidores do sangue. O Ministério deveria matá-los, mas como fariam isso? Eles morrem de medo de aparecer... Esses covardes...


     Nesse momento o sangue de Victor já estava fervendo, ele estava quase querendo jogar o homem pela janela do trem e antes que ele dissesse algo mais, o trem parou suavemente, mas antes do homem se levantar Victor disse para ele:


     - Covardes! Covardes são os aurores sangues puros do Ministério, que se acham melhores que os outros, para poder decidir o futuro deles. Covardes são os homens do Ministério, que só vivem de palavras, e não de ação. Precisam de dez homens no mínimo para poder atacar um sangue-ruim apenas. Covardes são os homens do Ministério, que dizem que fazem tudo, mas vivem apenas esperando o dia em que um desses sangues-ruins vai aparecer, para eles pedirem ajuda ao país inteiro. Para guardas eles deveriam ter a obrigação de serem melhores como bruxos e como pessoas, sem olhar essa porcaria de sangue mágico, que ultimamente não tem servido para mostrar nada, já que os últimos lideres foram todos ótimos e todos mestiços... Covarde é você, que só tem coragem de falar mal dos outros pelas costas e se esconde atrás de uma capa de couro de dragão. Só queria ver você duelando contra alguém de sangue-ruim.


     Ele se levantou e saiu, deixando o homem com uma cara assustada e pensando muito mal a respeito dos brasileiros. Já estava de noite, e com certeza o trem demorara bastante pra chegar. Victor nem olhou para trás e desceu do trem o mais rápido que pode. Da estação ele via o castelo de Hogwarts, grande e imponente. Victor pegou o caminho que levava para os portões da escola. Quando chegou ao portão um homem de aparência tenebrosa logo que o viu foi perguntando:


     - Identificação.


     - Victor Carter. – Com tom de nervosismo causado pelo homem do trem-Disse Victor.


     - Você deve ser o aluno que vem de longe. Sua chegada era esperada.


    Dizendo isso ele abriu o portão e agitou a varinha, que brilhou por uma fração de segundos. Victor entrou e se dirigiu para o salão de entrada onde deixou seus pertences como o sujeito que abriu o portão havia lhe recomendado. Lá, ele se deparou com uma porta enorme de carvalho, assim que se aproximou da porta ela se abriu. Anteriormente Harry havia lhe dito para se encaminhar ao Salão Principal quando chegasse, e o mesmo havia lhe dado às instruções de como chegar lá. A porta era como todas as outras de carvalho, quando abriu a porta estavam todos da escola nas mesas das casas. Os professores se sentavam no fundo do salão inclusive Harry, que ao vê-lo, foi logo chamando a atenção dos alunos que se calaram imediatamente e dizendo:


    - Caros estudantes, quero lhes apresentar Victor, estudante de uma escola do Brasil que veio passar alguns dias em nossa escola, e espero que ele seja bem recebido por todos. Queira se acomodar na mesa da Grifinória que vai ser sua casa durante sua estadia em Hogwarts. E seja bem vindo.


    Após ouvir as palavras de Harry, Victor se encaminhou para a mesa da Grifinória, onde se sentou muito encabulado de ser o centro das atenções. Ele se sentou ao lado de uma menina de cabelos um tanto rebeldes, tinha a cara de quem era muito rabugenta, usava óculos e tinha o nariz bem grande, e pelo distintivo no peito ele supôs que ela fosse  uma monitora. Passado alguns minutos se lembrou de porque estava ali e logo tratou de fazer amizades para saber quem era Cristina. A sua frente se sentava um garoto aparentemente uns três anos mais novo que ele e lhe parecia simpático, tinha cabelos caídos na testa e comia um pudim aparentemente delicioso. Quando seus olhares se encontraram Victor foi logo perguntando:


    - Por favor, será que pode me dizer onde é nosso dormitório? – Disse ele só para puxar assunto.


    Como estava mastigando não respondeu de imediato, mas assim que engoliu disse:


    - Quando chegar a hora de dormir me acompanhe até lá, e... Como é a escola do Brasil? – Disse o garoto.


    Mas antes que Victor pudesse responder foi logo falando novamente:


    - Desculpe não me apresentei. Meu nome é John Macmillan.


    - Meu nome você já sabe né? Bem.. A escola do Brasil... É igual a essa, tirando as estruturas é claro. – Disse Victor sem nenhuma mentira em mente. Sem saber os seus horários Victor lhe disse:


    - Você conhece alguém do sétimo ano? Para saber meus horários.


    - Talvez você possa respondê-lo Samanta. - Disse olhando para a garota que se sentava ao lado de Victor.


    - Para você é Samanta Sterblitch, Macmillan. – Disse num tom de desprezo. Mas logo em seguida tirou um pedaço de pergaminho do bolso e agitou a varinha, que logo em seguida estava escrito:


”Segunda: Adivinhação, Trato das criaturas Mágicas, Astronomia.


  Terça: Historia da Magia, Herbologia, Transfiguração.


  Quarta: Defesa contra as Artes das Trevas, Feitiços, Poções.


  Quinta: Transfiguração, Feitiços, Poções.


  Sexta: Defesa contra as Artes das Trevas dois períodos, Feitiços.”


    Após pegar o papel com a menina, ele a agradeceu e percebeu que estava com um pouco de fome e vendo aquele banquete enorme decidiu comer um pouco. Vendo que tinha uma bandeja vazia a sua frente ele se serviu com um pouco de cada comida que estava em seu alcance, e começou a comer uma porção de fritas e suco de abóbora. Havia se passado dez minutos que ele estava comendo e nem percebeu que MacMillan lhe chamou:


    - Ei, está na hora de irmos, vamos para eu lhe mostrar nosso dormitório.


    Após ouví-lo lhe chamando, ele se levantou e o seguiu até a entrada do salão, onde a maioria dos alunos da Grifinória estavam indo, em direção a um corredor que eles também seguiram. Caminharam até o fim do corredor onde viraram a direita em outro corredor que dava em escadarias para subir, que se moviam de um lado para o outro. Eles subiram ate o sétimo andar onde passaram por três corredores e viram os alunos da Grifinória, estavam entrando por uma porta que assim que o ultimo passou, se fechou. Na porta havia um quadro com um velho cantando alto e desafinado, e quando viu a presença dos dois rapidamente, parou de cantar e perguntou:


    - Senha, por favor?


    - Olho de Centauro. – Disse MacMillan.


   Após ouvir a senha o quadro se abriu e do outro lado estava o salão comunal da Grifinória. Era muito grande, maior que o espaço físico que a porta mostrava, e suas paredes eram todas vermelhas cor de sangue, e havia alguns quadros nas paredes  com pinturas de jogadores de quadribol, numa das partes do teto havia um grande escudo de aço avermelhado, onde um imponente leão dourado rugia para todos que entravam na sala. A sala estava cheia quando Victor entrou, vários alunos mais velhos estudando, e muitos alunos mais novos brincando com apetrechos mágicos com uma grande letra W bordada.  


    MacMillan olhou em volta e apontou para uma mesa com algumas pessoas sentadas conversando. Victor e ele se dirigiram para a mesa. Nela estavam sentados três garotos e duas garotas conversando sobre a próxima aula de D.C.A.T, quando MacMillan e Victor se sentaram. Um garoto alto e forte estendeu sua mão enorme para Victor e disse:


    - Eu sou Benedith Wood, e também sou o capitão e goleiro do time de quadribol da Grifinoria. E bom você saber que eu vou frequentar a sua sala...


    - Ótimo! Vou gostar de pertencer a sua sala.- respondeu Victor convicto.


    Outro garoto mais quieto e sombrio, que tinha as sombracelhas muito grossas resolveu se apresentar:


    - Eu sou Kennedy Blake, e também sou do seu ano. Eu sou o capitão do Clube de Poções.


    Antes que Victor pudesse dizer algo a Blake, uma garota loira, muito assanhada e eufórica se apresentou:


    - Eu sou Bianca Vane! E infelizmente eu não estou no seu ano. Eu sou do sexto ano, mas se você quiser ir a biblioteca comigo algum dia...


    - BIANCA! Isso não é jeito de conversar com as pessoas novas. Converse com elas como uma pessoa normal, por favor! – Quem estava falando era uma garota morena, dos cabelos bem negros e os olhos verdes como uma esmeralda. Sua pele era muito clara e ela possuía um ar de certa generosidade ao falar com as pessoas. Ela se virou para Victor e disse: - Oi! Eu sou Cristina Potter, e também estou no seu ano.


    Um outro garoto com a pele negra e muito magro se apresentou também:


     - Meu nome é Ryan Bogard. E eu também faço parte da sua sala.


     Todos ficaram olhando Victor, e para quebrar o gelo, Bogard disse:


     - Fiquei sabendo que teremos um teste de D.C.A.T. amanhã...


     - E pra que vai servir isso? – Questionou MacMillan.


     - Pra que você acha idiota? – Wood respondeu bruscamente.


     - Não foi nesse sentido que eu quis dizer. Parece que teremos um Campeonato de Defesa Contra as Artes das Trevas, onde todas as casas vão participar... Vai ser um super evento principal.


     - Deve ser para mostrar o nosso poder para os estrangeiros... – Disse Blake.


     - Mas é melhor você treinar, Carter, pois Cristina é a melhor duelista de todos os tempos. Desde o quarto ano ela é a capitã do Clube de Duelos da Grifinória. – disse Wood.


     - A única que quase derrotou ela foi a Amanda, mas, mesmo assim, ela perdeu... – Comentou Vane.


     - Obrigado por me enaltecerem. Mas não sabemos as habilidades de Victor, por isso gostaria que parassem de contar vantagem...


     - Essas são palavras da Amanda... – Ia dizendo Vane.


     - Não diga o nome de Amanda! Você nem ao menos sabe o que aconteceu e fica dizendo o nome dela por aí... – E ela se levantou e subiu a escadaria do dormitório tão rápido que nem ao menos deu tempo de Vane dizer algo.


     Victor sentiu algo diferente em relação à Cristina, uma coisa que nunca sentira antes, uma pena, que ele acreditava ser apenas por não poder contar a ela sobre como Amanda estava bem. Logo depois disso, os outros foram dormir, e Victor foi também, pensando como seria o Campeonato de Duelos das Casas e em uma garota especial...


    


     Enquanto isso, num lugar muito distante, Puff estava caminhando a pé para uma pequena aldeia bruxa, onde muitas poucas pessoas estavam à rua, conversando baixo em um idioma diferente. Puff estava na Irlanda, o país que recentemente ganhara pela centésima vigésima segunda vez a Copa Mundial de Quadribol. O lugar era muito pequeno e calmo. Parecia-se com a aldeia onde McEffron escondera Olivaras.


     Puff chegou à aldeia sem ter ideia de como apareceria para Tobias Corey e lhe explicaria a situação, até porque ele não falava o idioma irlandês, que dificultava muito sua busca. Ao se aproximar mais da entrada da aldeia, ele notou que alguns homens carregavam feno para um grande galpão, e logo adiante tinha um grupo de mulheres conversando e varrendo a entrada de um bar. Puff resolveu entrar para pedir informações.


    Ao entrar no bar, ele notou que apenas algumas mesas estavam desocupadas. E varias delas estavam cheias de homens bebendo e festejando alguma coisa. Puff olhou em seu relógio de pulso e viu que já estava quase na hora do sol se pôr. Então ele resolveu acampar perto da entrada da aldeia, em um lugar menos suspeito.


    Ele saiu para caminhar e em mais ou menos meia hora, encontrou um bom lugar para poder acampar, longe da população e em boa localização. Apontou a varinha para o chão e conjurou fogo, enquanto ele armava a barraca tirada da bolsa de viagem. Quando a noite caiu, a escuridão veio com ela, e apenas o brilhante fogo de Puff iluminava a densa escuridão. Puff tirou um pacote de bolachas recheadas e uma grande caneca de leite com achocolatado da bolsa, e isso foi seu jantar daquele dia. Quando ele já estava cansado a ponto de querer dormir, ele ouviu uma chicotada no ar e algumas vozes falando:


    - Vocês acham que ele está aqui? Essa parece ser uma aldeia trouxa!


    - E daí? Se ele não estiver aqui, vamos para a próxima aldeia.


    - E o que faremos com essa aqui? – Perguntou um terceiro homem.


    - Destruiremos ela inteira, pois, uma aldeia a mais ou a menos de trouxas não faz diferença, não é?- E todos começaram a rir. Puff apagou o fogo com um feitiço de agua e se abaixou no chão, esperando que os sequestradores passassem despercebidos por ele. O plano de Puff deu certo, e os três homens empunharam as varinhas e se materializaram em fumaça negra, e desceram rápido em direção à aldeia. Em poucos segundos chegaram lá e começaram a lançar feitiços nas poucas pessoas que ainda estavam na rua. Elas gritavam e corriam de medo, tentando ao máximo desviar dos feitiços dos sequestradores. Logo apareceram mais aldeãos, que entraram em pânico também, o que formava uma grande confusão. De repente o chefe dos sequestradores começou a gritar:


      - Apareça, Corey! Sabemos que você está aí! Se você não aparecer, nós vamos exterminar essa aldeia inteira.


      Ao ver toda aquela confusão, Puff sentiu uma enorme raiva dos sequestradores, e mesmo que não fizesse parte da sua missão, decidiu que ia enfrentá-los. O chefe dos sequestradores estava lançando uma Maldição Cruciatus em um idoso, quando ele gritou para uma casa mais alta:


      - Viu, Corey? Eu vou matar todo mundo! Todos esses sangues-ruins. Você não vai aparecer?


      - Já apareci! – E antes que o chefe deles pudesse olhar para o lado, Puff  lhe deu um soco no meio do rosto, que o fez cair e deixar escapar a varinha. Ele tentou se mover, mas a fúria de Puff era tão enorme que ele foi pra cima dele com tudo, e ao invés de feitiços, dava-lhe vários socos e chutes no peito e na cabeça. De repente ele ouviu uma explosão, e se lembrou o que tinha que fazer.


      Correu alguns metros, e se escondeu atrás de uma casa, onde dava para visualizar o segundo bruxo, que era bem alto e magro. Ele conjurava enormes animais de fogo maldito e destruía as casas com sua maldição. Puff disse em voz baixa:


      - Fogo maldito... O que apaga isso?...- Dizia para si mesmo.


      Então ele colocou o braço dentro da bolsa, e retirou de lá, pequenos caldeirões de poções, fechados e de aparência muito frágil. Puff depositou eles no chão e pegou o que possuía a cor verde pântano, olhou bem para o bruxo magro, mirou e jogou: O caldeirão verde foi projetado para longe e acertou em cheio o peito do bruxo, que em menos de um segundo foi tomado por vários tentáculos verdes, como raízes que se enrolavam e apertavam forte o corpo do bruxo, que caiu, mas antes que ele fosse todo prensado pelos tentáculos, ele pegou a varinha e enfeitiçou:


      - Diffindo! – E os tentáculos se partiram. Ele se levantou gritou:


      - Danpnas Ignis! – E uma águia flamejante se chocou contra a parede em que Puff estava escondido, mandando tudo para os ares, e projetando Puff a uma boa distancia.


      Em um segundo ele se ergueu e já desviava dos feitiços lançados pelo homem magro, quando ele resolveu contra-atacar: aí estavam feitiços de todos os tipos, sendo lançados e defendidos, enquanto eles giravam em torno de si mesmos. De repente Puff fez algo inesperado: parou de se movimentar e surpreendeu o inimigo, mas ao invés de lançar um feitiço poderoso ele conjurou:


      - Accio! – E nada aconteceu, e o outro bruxo lançou:


      - Avada... – mas antes de terminar a pronuncia, um caldeirão marrom atingiu em cheio a cabeça do bruxo magro com um enorme estampido surdo, que caiu de uma vez e desmaiou. Aparentemente seu caldeirão marrom era um compacto e pesado bloco de metal, e Puff o havia convocado com a esperança de acertar o inimigo por trás, e sua estratégia tinha dado certo.


     A batalha ainda não havia acabado, pois ainda tinha um bruxo para ele desarmar, e ele encontrou rápido seu inimigo quando sentiu uma forte batida no peito, era um Feitiço Estuporante que passou raspando o peito de Puff. O bruxo era o menor dos três, e o que tinha a pior mira para feitiços, mas era inteligente e não deixava que nada o acertasse, dificultando um pouco as coisas para ele. O duelo durou cerca de dois minutos, quando o bruxo menor errou o Feitiço Estuporante por mais de um metro, Puff nem pensou duas vezes e já estuporava o inimigo.


      Ele esboçava um enorme sorriso e dizia a si mesmo:


      - Eu sou demais! Consegui derrotar os três sozinho... Deixe só até eu contar para eles...


       Ele mal acabara de recolher seus objetos na bolsa, quando sentiu o Feitiço de Desarmar o acertando, e sua varinha foi jogado à uns quatro metros para frente dele, e depois ele sentiu a Maldição Cruciatus o acertando em cheio. Logo ele caiu e sentiu seus ossos queimando. Era uma dor insuportável de se sentir, parecia que a morte era melhor que sentir aquilo...


      Logo a dor parou, e ele viu o conjurador do feitiço: era o chefe dos sequestradores. Ele estava com os dois olhos arroxeados e uma das bochechas inchadas, e exibia um sorriso deformado, mas que era muito maléfico. Logo ele começou a dizer, com a varinha apontada para Puff:


      - Você achou mesmo que iria ser tão fácil assim? Um bruxo, contra um dos melhores sequestradores do mundo? Você não tem ao menos alguém de apoio?


      - É claro que tem! Incarcerous! – E cordas muito grossas enrolaram o corpo inteiro do bruxo, que caiu sem ar e prensado pelas cordas. Puff tentou visualizar o seu bruxo salvador, mas o cansaço foi tanto que ele viu apenas seus olhos se fechando instantaneamente.


 


      Já no outro canto da Inglaterra, Denis montava guarda em frente a um enorme prédio que dava para a principal organização do mundo dos bruxos: o Ministério da Magia. Ele estava lá porque tinha que entrar na Biblioteca do Ministério, e pegar um livro que tivesse informações sobre magia avançada.


     Ele já estava lá à quase um dia inteiro, passara mais de dezoito horas observando quem entrava e saía pelos portões de visita, e rede de Flu. Ele estava dentro de um prédio vazio que ficava à dois quarteirões do Ministério, e tinha levado dentro de sua mochila preta, comidas, bebidas e equipamentos para vigia, como telescópio, binóculos, capas, e algumas das novas criações de Puff: as mini poções surpresas, que eram coloridas e tinham algum efeito relacionado à cor.


     Já eram mais de sete horas, e Denis viu as ultimas pessoas saindo do Ministério: um cara magro com o nariz empinado, um guarda negro e grande, e o Ministro da Magia. Depois disso, apenas ficaram lá os guardas que vigiam o Ministério, e uns dois aurores para vigiarem as partes que precisavam de mais defesas.


     Denis apontou a varinha para o quarto vazio e puxou de dentro da mochila uma cama de armar, que logo se arrumou sozinha. Depois ele deu uma ultima espiada nos guardas do Ministério e disse para si mesmo:


     - Ótimo! Agora é só espiar mais um dia, e depois eu já posso entrar e pegar esse maldito livro.


     Ele apontou a varinha para a janela, que se fechou, apontou para a lâmpada, que se acendeu e sentou sobre sua cama. Cobriu-se até a cintura e retirou de dentro da mochila um enorme livro e começou a lê-lo, para passar uma enorme noite de tedio esperando o dia amanhecer.

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