Felinos



 Parte um



A primeira mensagem


 


Felinos 



Acordar cedo é a pior coisa que tem. E em segundo lugar, vem: Ser acordado por alguém de manhã cedo. E foi assim que começou meu belo dia!


– Ahhhh. Ronyy, acorda!


Eu abri meus lindos olhos claros e cheios de remela devagarinho. A fiasquenta da Hermione estava me balançando e gritando bastante. Meus ouvidos não mereciam tanto, por favor...


– O que houve?


– Tem, tem um rato na cozinha!


Eu fiquei estático. Ela estava me “agarrando” por um ratinho? Eu também temia a pequenos bichos, mais o meu negocio tenebroso era com aranhas mesmo... Eu me levantei com o meu chinelo na mão. Entrei na cozinha pé por pé. Eu estava olhando para os lados momento a momento. Eu estava um tanto incomodado por estar tendo que matar um bicho menor que eu, era meio covardia. E eu tive o Perebas quando eu era menos, tinha um ressentimento ou sentimento meio forte por ratos.


– Ali!


Puta que pariu. O que Hermione estava fazendo atrás de mim e gritou tão alto que eu pulei e arregalei os olhos.


– Ta querendo me matar?


Ela estava em cima de uma cadeira, tremendo. Quando eu olhei para onde ela apontava eu percebi que o bichinho estava morto.  Respirei, aliviado. Peguei ele pelo rabo e olhei para Hermione. Ela entendeu meu olhar maligno. Eu estava afim de “brincar” com Hermione.


– Olha o ratinho Mione!


Eu corri atrás dela com o ratinho “inocente e morto” em minhas mãos pela sala, cozinha e frente da casa.


– Rony, para com isso. Ahhh.


Ela dizia correndo.Eu corri dentro de casa, joguei o rato no lixo e comecei a rir enquanto lavava as mãos na pia da cozinha mesmo. Depois disso sentei na mesa. Hermione chegou na sala suada e com alguns galhos no meio daqueles cachos castanhos.


– Eu vou te matar.


 – Vai não, você me ama.


Ela corou. Ficou vermelinha. Eu sorri, passei por ela e beijei a testa dela. Comecei a abrir as janelas da casa e depois logo escutei Harry descer as escadas.


– Bom dia Rony.


– Bom dia Harry.


Eu estava no sofá e Harry desceu as escadas e sentou ao meu lado.


– O que houve com você e a Mione mais cedo?


– A gente teve um momento “Movie Love”


Ele riu. Mias logo lembrei da briga que tivemos ontem. Talvez tivesse mesmo na hora de eu falar para ela que eu a amava e que fazia de tudo para ela. Mas não era esse o momento, pelo menos enquanto eu não terminasse aquela mensagem. Depois disso, eu podia ficar relaxado e com a cabeça fria, e falar com ela.


– Vamos tomar café pessoal – disse Gina, saindo da porta da cozinha. Que hora ela tinha decido?


 


Era seis horas, e como em os outros dias, eu estava na rua Edgar. Hoje eu ia arriscar, ia chegar na velinha e ia falar com ela. Ela saiu com a mangueira laranja desbotada em sua mão e começou a regar as plantas.


– Boa noite.


Ela apenas me encarou, e depois continuou a regar as plantas secas.


– A senhora precisa de ajuda para cuidar do jardim?


– Que jardim? – ela não me olhou nos olhos.


– O que a senhora está regando.


– Se você chama isso de jardim, vá em frente criança.


Eu fui até as flores e percebi que estavam muito, muito secas.  Olhei para dentro da casa da velha, lá tinha um relógio de parede. Ele era grande e marcava cada hora com um passarinho diferente. Meio brega, mais tudo bem...


Eu sai correndo pela rua, eu já sabia como iria ajudar ela.


 


Era sete horas da manhã. E eu estava do outro lado da rua. Meus dedos estavam encardidos de adubo e minhas mãos cortadas por arrancar tantas flores do chão. O sol estava quente e eu esperava que a velinha visse logo meu trabalho, tão cansativo...


Eu vi trinque da porta da velinha começar a ranger. Talvez tudo naquela casa fosse meio velho, como ela... Eu olhava para o jardim. Agora ele estava florido e a grama era verde.


Minha madrugada concertando todo o jardim foi uma boa!


Ele estava bonito e florido. Eu me escondi  atrás de uma das arvores que tinha em uma casa a frente da casa daquela senhora.  A velhinha saiu pela porta e seus olhos ficaram brilhosos e pequenos para tanta admiração.


A grama amarelada e quebradiça, foi trocada por uma verde e macia. As flores secas e cor, foram trocadas por flores coloridas e perfumadas. E por fim, conclui que aquela senhora era um tanto sozinha. Em frente a sua porta, deixei uma cesta com um felino  junto a uma bilhete.


“ Prezada Senhora,


Agora você tem um jardim, um presente.


Gostaria que você retribuísse de tal forma: Não seja tão dura.


Comece com esse pequeno gatinho.


Ele será seu companheiro e amigo daqui para frente.


De um amigo”


Eu continuei a observar enquanto ela lia o bilhete. Eu sabia que minha letra era feia, mais não a ponto dela entender o que estava escrito naquele papel. Ela suspirou e abraçou o bilhete. Que logo foi substituído pelo gatinho.


 Na verdade a história daquele gatinho preto e branco, era a seguinte: Ontem, quando eu fui até agropecuária que tinha na vila ao lado comprar as flores e gramas, eu vi ele. E por uma forma muito misteriosa ele passou uma mensagem para mim: Eu não sou o Bichento da Hermione, sou dócil e querido. Eu fui obrigada a comprar ele.


Agora eu tinha terminado. Eu estava prestes a me livrar dessas mensagens estranhas.


Chegando em casa, Harry, Gina e Hermione estavam na sala. Eu abri a porta e olhei todos.


Hermione estava com os olhos inchados de chorar, e Gina parecia estar meio abatida. Quando Hermione levantou a cabeça e me viu, correu ao meu encontro.  Ela me abraçou e eu estava sujo de adubo, achei aquele abraço meio nojento, mais abracei ela e sorri.


– Aonde você se meteu? – perguntou Harry.


– Ah. Eu estou bem, é o que importa!


– Ok. Vamos para o trabalho Gina, ainda temos tempo de chegar sem se atrasar!


Hermione ainda estava abraçada em mim, quando Gina passou por nós, arriscou dar um beijo em minha bochecha e logo fez um cara de nojo:


– Vá tomar um banho Rony!


– Irei! – eu ri para ela.


Hermione esperou eles ligarem o carro para me soltar.


– Desculpa perguntar. Mais o que você fez a madrugada toda?


– Senta, você precisa saber de algumas coisinhas que ocorreram sobre a carta.


E foi assim e começou nossa longa conversa... Conversamos por muito tempo. Até que Hermione não agüentou meu cheiro e mandou eu ir tomar banho. Eu fui tomar banho, pensando na carta e o que eu teria que fazer com ela. Jogar fora? Guardar?


Desci as escadas e Hermione não estava na sala. Apenas dois caras, na cozinha, fuçando na geladeira.


– Jimmy, sai daí cara. Daqui a pouco tal do Rony desce e a gente tem que ver o que vamos fazer com ele.


Ok, essa parte eu gelei e comecei a subir a escada.


– Achei ele.


Eu só escutei isso. Depois minha nuca sentiu um impacto e tudo ficou escuro. Eu estava ferrado!




Nota da autora: Sei que ficou pequeno pessoal. Mais não estou em casa, estou na casa da minha tia em férias, ai fica ruim escrever. Beijos e comentem

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