Marionetes



 Palkai está em ruínas. Uma névoa negra envolve o Palácio. Nele, há apenas uma porta e uma sensação muito estranha por trás dela... Eu abri lentamente a porta, tenso...


 


Assim que eu abri a porta, todos nós fomos jogados lá dentro. Me levantei e coloquei minha varinha na mão, esperando por quase qualquer coisa... Porém, o que eu vira, era algo que eu não esperava.


Thomas: Mas o quê...?


Lugh: É tão... estranho...


Sophie: Eu não posso acreditar nisso...


O que víamos... O ambiente que nos cercava... era o nada. Não haviam inimigos, armadilhas ou magia das trevas... Nem sequer tínhamos paredes ou chão... Apenas... nada.


Charles: Não existe... nada aqui...


Olhei para os nossos pés. Estávamos só flutuando no vazio. Aquilo era tão impossivelmente estranho...


Sophie: E como saímos dessa?


Pensei... E pensei mais um pouco... Depois de algum tempo, a solução veio em minha mente. Focalizei na imagem de uma porta no meio daquele nada... e ela apareceu.


Charles: Pronto. Agora vamos, logo.


Abri a porta e nós passamos, caindo em outra sala. Essa sala, porém, era bem medonha, cheia de tumbas. Entre os caixões pretos, quatro se destacavam por terem cores diferentes. Um deles era azul, bem escuro. Outro era vermelho sangue. O terceiro era de uma verde-pinheiro. E o último era de um marrom quase negro. Um homem apareceu rapidamente, usando uma capa e um capuz. Era o Imperador.


Imperador: Quem diria que vocês chegariam tão longe? Tinha certeza de que minha sala da loucura iria afetá-los. E vocês dois trouxeram os dois garotos Ereshkigal! Ora, isso é excelente! Posso agora me livrar de todas as ameaças... de uma só vez.


Lugh: É mesmo? E como você fará isso?


Ele bateu palmas. De repente, as quatro tumbas se levantaram e se abriram. Lá dentro estavam Gale, Anna, Alexis e uma outra mulher que não conhecíamos. Eles não estavam feridos como eu esperava, mas com corpos imaculados, pálidos. Os olhos dos quatro se abriram e seus olhos eram dourados, como os de Lugh, apesar de terem uma tonalidade mais nefasta e assustadora...


Imperador: Eu sou quase um Deus! E essas são minhas criações mais perfeitas! Gostaram?


Gale tirou um machado das costas. Anna desembainhou um par de espadas. Alexis pegou uma maça cheia de espinhos. E a outra mulher pegou o objeto mais inesperado, uma pistola.


Imperador: Infelizmente eu ainda não os aperfeiçoei o suficiente para usarem magia. Mas acho que a habilidade deles com armas será mais do que o suficiente para subjulgá-los. Divirtam-se!


Ele saiu em uma explosão negra. Os quatro pularam para fora dos caixões e se prepararam para atacar. Eu comecei a pensar no que fazer, mas antes de poder fazer algo, um dos quatro me congelou. Olhei para Sophie e ela também estava paralizada, caída no chão.


Thomas: O que vocês estão fazendo?


Charles: Sophie está com dor extrema... E por causa de nossa conexão, eu sinto também... Não consigo... fazer nada...


Lugh: Temos que cuidar disso, não é, Thomas?


Thomas: Claro. Rictumsempra!


Anna foi jogada para longe e caiu no chão por um segundo, mas se levantou. Aparentemente, ela tinha perdido uma espada. Olhei para o lado e Thomas tinha pegado a lâmina. Lugh tinha pulado encima de Alexis e esbofeteava a cabeça dela, com as pernas firmemente agarradas em seu pescoço enquanto ela balançava, tentando jogá-lo para longe. Ele estava em dor, porque o perigo ali era enorme, mas ele continuava se segurando. Eu comecei a tentar me mover, mas vira que a pistola da mulher estranha estava apontada na minha testa. No único segundo que eu tinha, levantei minha varinha rapidamente e disse:


Charles: Petrificus Totalus!


Ela caiu, congelada. Com dificuldade, peguei a pistola e me levantei. Joguei a pistola longe e com muito esforço, a fiz explodir no ar. Anna, Alexis e Gale foram quase que obrigados a se virar para olhar, e nesse instante, Lugh pulou de Alexis e tirou a faca, acertando Gale no pescoço. Um instante antes de cair morto, Gale fechou os olhos e sorriu, surpreendentemente.


Charles: Ele está brincando com eles! É magia das trevas muito, mas muito avançada!


Thomas passou a espada pelo corpo de Anna, que também caiu sorrindo. Sobrara Alexis. Sophie se levantara, sem mais dor. Ela pegou a espada que Anna tinha deixado cair e desviou tarde demais de um ataque da General da Terra. Sua capa rasgou e ela caiu para trás. Porém, antes que Alexis pudesse desferir o golpe fatal, Sophie levantou a mão e se concentrou. Depois de instantes, a mulher caiu no chão, morta com um sorriso. Nós fomos até a porta, mas ela não abria. Três chamas estavam acesas, mas uma testava apagada.


Thomas: A porta não abre... de forma alguma!


Lugh: É a condição. Quatro vidas precisam ser tiradas.


Apontei para a outra mulher, que ainda estava parada. Me concentrei e quebrei seu pescoço, matando-a rapidamente. Depois disso eu abri a porta, o que foi fácil. Do outro lado, parecia um templo antigo. No centro do ambiente, no seu círculo de magia, estava o Imperador.


Imperador: Então você até mesmo passou pelos meus Inferi XXI... Muito bom, garotos, muito bom... Mas creio que não seja o suficiente... O Ritual já acabou. Eu venci.


Corremos até ele, mas quando vimos, ele e seu círculo de magia tinham desaparecido.


Imperador: Interessante, mas não muito brilhante, garoto.


Olhamos para o alto. Ele estava lá.


Imperador: Venha, garoto! Deixe-me sentir o gosto do seu sangue!


Sophie me jogou para cima, mas ele desapareceu. No momento seguinte, Ele estava de volta ao solo, mas vários metros distantes da gente.


Charles: Lugh. Faca.


Lugh jogou sua faca e ela foi fincada no chão, em uma das extremidades do círculo de magia.


Lugh: A hora da brincadeira acabou!


Imperador: É mesmo, é? Então venham!


Fomos. Mas no instante em que tocamos o círculo de magia, o Imperador caiu, morto no chão. Olhei para as roupas, mas o corpo não estava ali...


Outro irá do nada morrer...


Era... o Imperador? O tempo inteiro? Não... Não poderia ser...


Thomas: Acabou? Tão... fácil?


Charles: Não. Ele ainda está aqui em algum lugar.


Ao dizer isso, porém, uma voz ecoou na minha mente, e isso me deixou extremamente tenso...


Um grande sacrifício você deverá fazer...


Mas que sacrifício poderia ser?

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.