Família



Um Necromago e três Generais Elementais. Nossos alvos. Essa história de lista de pessoas para assassinar é tão clichê e fria! Mas se tornou a nossa sina... Já que somos os únicos que sabem sobre a Organização XXI e sua chefia podre.




Charles: Ok, estamos procurando pelos Generais... Onde poderíamos encontrá-los?


Nergal: Não sei... mas eles vão nos encontrar se não agirmos... Então temos que agir... rápido.


Sophie: Algo me diz que Gale estará em um vulcão... Sim... Lá ele poderia usar a lava em seu favor...


Charles: Mas isso não importa. Temos que encontrá-lo por último. Ele seria desetabilizado pela morte dos outros... E iria escorregar... Aí, eu o faria cair.


Dan: Não quer dizer...


Charles: Nós? Não, eu tenho que derrotá-lo sozinho... Por que todas as vezes que alguém interveio... pagou caro...


Dan: Charles... eu...


Charles: Não vai pagar o preço. Nenhum de vocês.


Eu estava irritado e chocado... Ironicamente, uma ave preta se chocou comigo naquele instante. Ela deixou algo no chão e voou para longe. Eu peguei o pacote que ela tinha deixado e o abri, calmo:


“Nergal!


Lugh está com problemas! Alexis o confundiu com um indesejável e irá matá-lo. Preciso que o salve. Toque no pequeno troféu que eu te entreguei e vocês cairão no lugar. Vocês tem uns dez minutos para chegarem até a cena do crime.”


Só pensei em um remetente possível:


Charles: L.


Alberto: Mas se L tem esses poderes, por que não impede o assassinato ele mesmo?


Charles: Pela mesma razão que ele não livrou Lugh de Ermenrich... Ele não é capaz de interferir. Não diretamente.


Dan: Vamos... Não sei quem é Lugh, mas creio eu que é uma chance perfeita de nos livrarmos da nossa primeira inimiga, Alexis. Temos que ir, não.


Sophie: E se isso fosse uma armadilha, Charles? Gale poderia pensar em uma coisa dessas!


Charles: Não acho que Gale saiba sobre Lugh... Mas ele poderia saber que era familiar de Nergal e tentar chantagem emocional... Nergal, a decisão é sua. O que faremos?


Nergal: Temos que ir. Se for verdade, tenho que salvar o garoto. Se for mentira... Acabaremos com Gale. É simples.


Pensei em uma terceira possibilidade, mas não a disse por que na hora achei que ela era ridícula. Bem, não havia o que esperar, havia? Pegamos a chave de portal e giramos... muito... Quando dei por mim, tínhamos chegado... mas onde?


Alberto: Um gruta de cristais... Onde será que estamos?


Sophie: Inexplorada. Estes são cristais comuns... Mas eu sinto um rastro... de magia negra...


Charles: Posso sentí-lo também... Mas não vejo ninguém.


Estávamos confusos. Aquela era uma câmara fechada, então como sobreviveríamos lá? Era uma armadilha. Muito imbecil se me perguntar. Ia pegar a chave de portal, mas ouvi uma pedra se mexer e uma voz disse:


??????: Eu fico com isto. Accio!


A chave de portal voou para longe de mim até a pessoa que tinha acabado de aparecer. Ele não tinha nada visível, exceto sua mão com a varinha. Assim que a chave de portal chegou até ele, ele a jogou para longe. Ele tirou a capa de invisibilidade e eu vi como ele realmente era.


??????: Vejo que trouxe amigos... Melhor ainda.


O homem era bonito, mas tinha um ar de pura crueldade... Ele tinha cabelos negros penteados para trás com gel, olhos verdes e bem soturnos. Sua boca tinha um sorriso torto, meio desajustado e ele tinha um cavanhaque bem arrumado. Usava um terno que eu achava ser Armani e mocassins pretos. Ele então riu e continuou.


??????: Há quanto tempo sem nos vermos... irmão.


Nergal: Uthart. O que quer conosco?


Uthart: O garoto não o matou. E você não matou o garoto.


Nergal: Ele pensava que eu era você... Ele, Raye e...


Uthart: Raye? Raye está morto. Uma doença estranha. Escrevi para o garoto como Raye desde que ele saiu para Hogwarts...


Nergal: Seu filho quase foi dominado por um espírito cruel! E é isso que me diz? Que seu outro filho está morto? Que esse devia ter morrido também? Você diz isso com um sorriso?


Percebi que Nergal estava perdendo o controle ali. Um duelo estava próximo... E naquele espaço confinado, ele seria fatal para pelo menos um de nós...


Uthart: ...Seria bom. Lugh nasceu sem o poder, Nergal. Assim como você. Uma aberração incompetente, que mancha a honra da família... Pensei que um mataria o outro, mas fui otimista demais... Incompetentes como vocês não são capazes desse tipo de coisa, são?


Nergal: Monstro! É assim que fala de seu filho?!


Uthart: Aquela coisa não é meu filho. É uma doença. E como qualquer doença, precisa ser eliminado, sem dó nem piedade.


Alberto e Dan também ficavam nervosos... Será que eu era o único capaz de manter o controle ali? Eles não percebiam que uma briga era impraticável? Andei e passei na frente de Nergal, me colocando à frente de Uthart.


Uthart: E você, garoto? O que faz aqui?


Charles: Uthart Ereshkigal. Devo dizer, é uma honra finalmente conhecê-lo... Sabe, eu compartilho de sua ideologia. Vermes sem coragem ou estômago para usar as Artes não deveriam existir... Nem nesta família, nem no mundo.


Uthart: Você fala bonito, garoto, mas prove-me. Prove-me que você é capaz de usar as Artes! Só assim você me garantirá que não é um aliado de Nergal!


Qualquer pessoa sã desistiria do plano nesse instante. Mas eu apenas sorri. Peguei minha varinha e apontei para Sophie:


Charles: Crucio!


Ela caiu no chão e parecia se contorcer de dor. Não sabia se era real ou não, por que eu fechei a conexão para que ela não se vingasse jogando a dor para mim. Uthart riu.


Uthart: Isso mesmo, garoto! Mas... por que você escolheu a garota?


Charles: Ela me ama. Sim, ela tem esse sentimento deturpado por mim. Esse sentimento que corrompe a mente dos homens e os torna fracos. Por isso, eu deveria matá-la... Mas ela é útil. Então eu não o farei até que ela perca sua utilidade...


Uthart: Eu gosto de você, garoto!


Ele me olhou fundo nos olhos. Sabia o que ele faria, mas era tarde para me esquivar. Bem, defesa física seria inútil... Mas e a defesa mágica?


Uthart: Legilimens!


Charles: Protego!


Ele penetrou em minha mente só por um instante, mas logo depois, eu sabia que estava na dele. Olhei para onde eu estava: um gabinete que parecia bem clássico. Tinha uma lareira, um cantinho de estar com dois sofás e uma mesa de centro e várias estantes nas paredes... Mas o de mais importante era o que havia na parte superior do aposento. Ali, uma mesa bem polida, com uma cadeira enorme e confortável eram o centro do lugar. E lá, Uthart estava sentado.


Uthart: É perfeito... A Inversão dos Nomes... Agora que Raye se foi, só tenho dois inimigos... Dois obstáculos... O resto da família é subordinada a mim... Até mesmo Thomas... Ele nem sequer pensa na possibilidade de seu pai ter sido morto por mim! Hahahaha!


Um ser estranho aparatou ali dentro naquele instante. Percebi como a aura se distorcera e sabia quem era: o Imperador.


Imperador: Vida eterna... Você a quer, não é?


Uthart: Quem é você?


Imperador: Um eterno vivente... e você me fará uma tarefa...


Uthart: O que é?


Imperador: Há um garoto nessa família... que pode derrubar nós dois... Mate-o... e eu lhe mostrarei... o segredo do poder eterno...


Uthart: Claro, claro...


O Imperador desaparatou. Uthart não sabia o que esse Imperador queria e nem como ele era um eternal, mas ele tinha certeza de algo: antes que fosse derrubado, Lugh cairia. Eu sentia que saía de lá da mente dele... E quando me vi em meu corpo físico de novo, já tinha sido lançado para longe e batido na parede da caverna... Minha boca se enchera de sangue, mas o que eu precisava saber no momento não tinha nada a ver comigo:


Charles: Eu... te machuquei?


Sophie: Não, foi um belo blefe. Ainda bem que eu o percebi no último instante, não?


Uthart: Você tentou me ludibriar, moleque! Por isso, será o primeiro a morrer! Avada Kedavra!


Pronto. Paz eterna, lá vou eu... Porém, eu vi que o raio de luz não me acertara. Alberto tinha se colocado na minha frente, mas ao invés de cair morto no chão, como era o esperado, ele explodiu em chamas, deixando apenas um pouco de cinzas no chão. Não pensei em como aquilo era estranho, por que eu queria matar Uthart naquele mesmo instante... Ele estava surpreso, mas intacto, enquanto Nergal, Sophie e Dan tinham sido derrubados pela explosão. Eu era o único consciente ali, mas mal conseguia me mexer. E o homem sorria, pronto para lançar mais uma maldição.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.