Carta



General da Terra Charles. Não soa mal, mas me deixa culpado pela teia de mentiras que criei só para alcançar esse posto. Apesar de eu desejar que tudo se torne mais fácil a partir de agora, uma pequena parte de mim tem certeza de que não será tão simples... Sei não... Poderia ela estar certa, General?


 


Assim que ele me deixou sair dali, eu saí. Aquela energia perturbada não demoraria a se impregnar em mim. Nergal olhou para mim e disse:


Nergal: Charles! Quando eu o conheci, nunca pensei que...


Charles: Ei, não me trate como uma criança! Eu tenho quase 22 anos!


Nergal: Não pode ser!


Mas ele não disse mais nada e eu não insisti em perguntar. Segundos depois ele olhou para mim, calmo de novo e disse:


Nergal: Agora que você é um General, posso lhe mostrar as salas de nosso uso exclusivo nosso. Apenas você, eu, Gale e Anna podem usá-la.


Charles: Anna? A General da Água?


Nergal: Exatamente. Venha comigo.


Primeiro escolhi minhas roupas de General: uma túnica azul e uma capa roxa escura com detalhes em bronze. Coloquei minha varinha embainhada na bengala com compartimento que Nergal me dera. Usei meu velho cinto com meus cantis na cintura, e voltamos para o tour pelos corredores exclusivos dos Generais dos Elementos. Nergal me levou para a sala de jogos, a sala de duelos, os banheiros exclusivos (que eram bem luxuosos, para falar a verdade), a sala de jantar, a biblioteca... Depois dessa última, que eu gravei bem onde ficava, claro, fomos para a sala de música.


Nergal: Anna! Ficou sabendo sobre o quarto General?


Anna: Não! Finalmente encontraram? Quem é?


Charles: Eu. Sou o General da Terra. É um prazer conhecê-la, senhorita.


Anna: É um prazer conhecê-lo também, Charles. Onde estão indo?


Nergal: Estou mostrando para Charles as salas de uso exclusivo dos Generais.


Anna: Ah, claro!


 Continuamos, calmos até a sala de música. Lá existiam vários instrumentos, mas o que se destacou para mim foi um belo piano de cauda. Eu sorri e olhei para o piano:


Charles: Posso tocar?


Nergal: Claro, qualquer coisa daqui. Vamos eu te acompanho.


Enquanto eu andava até o piano e me sentava em seu banquinho, Nergal pegou um violino e se sentou ao meu lado.


Charles: Eu não sei que música tocar!


Nergal: Posso tocar algo enquanto você se decide?


Charles: Claro, claro... Talvez isso possa até me ajudar em minha decisão.


Nergal começou a tocar uma melodia que eu nunca tinha ouvido antes... Estranhamente, eu de repente sabia como acompanhá-lo no piano. Comecei a tocar junto com ele e ele pareceu surpreso, mas continuou. Juntos tocamos a música que era tão estranha e ao mesmo tempo tão familiar. Eu me senti tão alegre ao tocar e ao perceber que ainda tinha habilidade porque... eu nem mesmo me lembrava quando tinha sido a última vez em que toquei! Era maravilhoso! Quando acabamos, nos levantamos. Nergal guardou o piano e nos abraçamos, alegres.


Nesse momento, uma carta chegou. A coruja pousou no meu ombro e deixou a carta nas minhas mãos, saindo assim que eu peguei o papel. Abri a carta naquele instante e a li:


Charles!


Há muito tempo que não nos falamos! Uma sensação boa, creio eu que você tem nesses tempos! mande uma Carta para mim, porque estou ansiosa para saber suas novidades! Na primavera passada você nem sequer tentou me contatar, não é! Sua mãe me contou que você esteve ocupado, mas eu tinha até feito uma Capa para você! Só que não há como me cobrá-la, eu a perdi. Revele com cuidado o motivo, ou Depois você sofrerá as conseqüências! Quando eu quiser que Você me mande uma carta, receberá outra coruja. se Estiver pronto, me mande um lírio Sozinho.


com amor e um pouco de rancor,


S.


Charles: É uma carta sem nenhum sentido!


Nergal: Uma amiga com receios, talvez?


Charles: Creio que sim. Vou ter que respondê-la logo!


Nergal: É claro. Está ficando tarde, Charles. É melhor dormirmos. Amanhã vai ser um dia cheio de testes para você.


Charles: Testes?


Nergal: Sim. Para saber sua força, seu poder, sua sabedoria e coisas do tipo. Não se preocupe, você vai tirar tudo de letra!


Nergal me levou até meus novos aposentos, onde eu encontrei uma escrivaninha. Perfeito. Eu me sentei e coloquei a carta ali, mas li de novo, atento. Depois de pensar bastante, percebi que realmente havia uma mensagem oculta, como eu esperava.


Há Uma Carta Na Sua Capa Só Revele Depois Quando Você Estiver Sozinho


Eu hesitei, mas decidi averiguar. Andei até a capa, pendurada em um cabideiro e disse:


Charles: Specialis Revelio!


Uma simples carta caiu da capa no chão. Eu a peguei com cuidado e a vi. Mas quando eu li a única coisa que estava escrita nela, fiquei chocado e percebi que estava perdido. Na carta vinda da capa que eu consegui em Valor ao me tornar um de seus Generais, o que estava escrito era:


Organização XXI.

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