Professor de Poções



– Pois estou lhe dizendo, estão se reunindo em bares nas cidades trouxas. Os trouxas não desconfiam de nada, não sabem quem e o que são comensais, nunca serão reconhecidos lá! - dizia Snape a Dumbledore enquanto seguiam apressados para a sala dos professores. Lá se encontraram com os outros professores.

Dumbledore entrou na sala dos professores e todos se aquietaram, pela cara dele esperaram por más notícias. E elas eram realmente muito más. Voldemort já havia reunido muitos ex-Comensais e estes haviam reunido outras pessoas ainda. Todos se encontravam em turmas, nos bares e lanchonetes trouxas, vestindo-se e agindo como tais.

– Voldemort estará tentando se aliar aos gigantes ainda existentes e não poderemos deixar que isto aconteça! - bradou Dumbledore batendo com o punho na mesa.
– Há mais uma coisa - murmurou Snape franzindo a testa. - Voldemort está em aliança com os Dementadores.

Um silêncio seguido de murmúrios ecoou na sala.

– Meus caros, acredito que temos um grande problema em nossas mãos, ele primeiramente deve ser resolvido entre nós sem o alastrarmos! - disse Dumbledore coçando a barba. - E precisamos ficar atentos a qualquer mudança, por mínima que seja, da parte de qualquer uma das pessoas que vivem neste castelo. Porque Voldemort pode muito e seria fácil para ele dominar com feitiços imperdoáveis, já que é a única pessoa que não obedece às nossas leis!

Aquele foi o final da reunião. Dali algumas horas, Dumbledore se reuniria com o conselho dos bruxos e com Fugde, apesar do Ministro da Magia ainda não confirmava a presença. Dumbledore não estava tão confiante que este iria ajudar. E a verdade era que todas as vezes que Dumbledore lhe pedira ajuda, o ministro tendia a dar com a língua nos dentes e todos ficavam sabendo o que realmente estava acontecendo.

As aulas haviam recomeçado há duas semanas sob segredos cochichados por alunos nos corredores. Havia algo de estranho nos professores novamente, pareciam ter voltado das férias muito exaustos, estavam agitados e irritadiços, zangavam-se por pouco, até a professora Sprout, que sempre foi tão calma.

– Há algo acontecendo, e ninguém tira isso da minha cabeça - disse Harry a Rony quando estava indo dormir.
– A professora Minerva quase descontou dez pontos de mim por causa daquela sua risadinha, hoje!
– Acho que se fosse Vold... ah, você-sabe-quem eu já estaria sabendo, mas minha cicatriz nem deu sinal!

Rony deu de ombros e os dois se deitaram. Harry não conseguiu dormir. Na manhã seguinte ele resolveu que iria investigar, não importava se Snape o tratasse mal, mas os outros professores? Ah, isso Harry não poderia suportar.

Era uma manhã tipicamente fria para a aula de poções, Snape estava sentado em sua mesa esperando todos os alunos sentarem e se acalmarem, o que não demorou muito porque eles sabiam do que o professor era capaz. Assim que todos se aquietaram Snape levantou, ficou diante de sua mesa, com os braços cruzados e olhando para o chão começou a falar.

– Este ano estarei mudando meus métodos de ensino, mas isto não quer dizer que deixarei de descontar pontos ou dar detenções a alunos que mereçam - e Snape olhou de Harry para Neville. - No entanto, deixarei que escolham suas duplas nas aulas sem qualquer objeção. Hoje, especialmente, gostaria de saber que poção vocês gostariam de preparar?

Snape parou de falar olhando para os alunos, esperando que estes lhe dissessem o que queriam, mas eles não o fizeram. Estavam boquiabertos e atônicos, alguns até babavam. Ninguém se atreveu a falar nada.

– Vejo que, como falei no primeiro ano, esta turma não é uma das melhores, vocês nem tem idéia de que poção fazer!!

Hermione ergueu o braço.

– Estava quase acreditando, srta. Granger, que a companhia do sr. Potter e do sr. Weasley haviam lhe causado algum dano cerebral!
– Professor S-Snape - disse ela arriscando-se -, poderíamos fazer a poção Caminho-Certo.
– Suponho que muitos de vocês estejam no caminho errado, não? - brincou Snape sorrindo e voltando-se para trás, andou até o quadro negro onde escreveu os ingredientes para executarem a poção.
– Mas o que foi isso? - sussurrou Rony a Harry.
– Eu falei que alguma coisa está errada! - sussurrou Harry de volta ao amigo.

Terminada a escrita, Snape voltou a postar-se em frente aos alunos e lhes pediu que se dividissem em três.

– Senhor Longbottom, como o senhor é o mais desastrado e será o único que não tem trio, sente-se aqui na frente que eu mesmo lhe ajudarei a preparar sua poção.

Neville arregalou os olhos tanto que eles quase saíram das órbitas. Depois o menino olhou para Hermione. Rony fez uma careta tão estranha que Harry foi obrigado a rir, enquanto Draco não conseguia se conformar com o que estava acontecendo. Neville se aproximou de Snape e sentou-se a sua frente.

– Muito bem, senhor Longbottom, vamos começar, mas não pense que irei picar seus ingredientes, apenas ajudarei o senhor a observar o tempo exato de colocação dos ingredientes no caldeirão.

Aquela aula havia sido tão estranha, que a fofoca se alastrou quase que pelo colégio inteiro e assustou as próximas classes que teriam Poções naquele dia.


Continua...

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