coração acelerado e um calafri

coração acelerado e um calafri



Harry se levantou na manhã seguinte e desceu para tomar café-da-manhã.

Logo que passou pelo quadro da Mulher Gorda viu Hermione conversando com um grupo de meninas.
Todas estavam dando risadinhas animadas, menos Mione que parecia tímida.

Harry deu uma risada abafada e sem pensar muito se aproximou.
As amigas dela se calaram, mas Hermione pareceu não perceber que Harry estava lá, pelo fato dele estar atrás dela.

Por um impulso, puxou Hermione pela cintura e lhe deu um beijo no rosto.

-Harry! – ela exclamou – Eu não sabia que você estava...

Harry sorriu e passou o braço por volta do ombro dela.

Hermione por sua vez, não disse mais nada, apenas sorriu, corando.

-Bem, a gente vai indo então, Mione – uma das meninas disse.

-Ah, ta bem, a gente se vê por aí.

Depois que as garotas de afastaram, Hermione se virou para Harry.

-Elas estavam me perguntando...sobre a gente.

-Imagino – Harry respondeu – E elas estão acreditando?

-Estão – ela disse animada – Ficam até me fazendo perguntas...

-Perguntas? – Harry perguntou rapidamente.

-É...me perguntam se você beija bem e...

-E o que você respondeu? – Harry perguntou a interrompendo.

-Bem, eu respondo que sim – ela disse dando uma risadinha – Afinal, você é o meu namorado, não?

Harry sorriu e eles desceram para tomar café-da-manhã.



Um mês se passou.
Estava mais frio e caia mais neve do que o esperado.
A escola inteira já tinha consciência de que Hermione e Harry namoravam, e que o namoro ia muito bem, obrigado.
Foram poucos momentos que Harry conseguia ficar as sós com Hermione.
Eles só ficavam juntos quando havia gente por perto, mas com as provas, eles estudavam bastante, quase não tendo muito tempo de fazer ciúmes para o Tom.

Harry, por sua vez, não agüentava mais.
Toda vez que via Hermione era a mesma coisa.
Sentia um arrepio pelo corpo todo, sua mão tremia, suas pernas bambeavam...
Ele tinha que agir. E agora não tinha desculpa.
Não podia continuar com medo da reação dela. Uma hora ou outra ele teria que contar a verdade para ela.
Contar que a amava e que a única coisa que importava no mundo era ela...a única coisa que ele tinha.

Mas o que mais irritava Harry era que Tom demonstrava que sentia ciúmes, sim.
Hermione pulava de alegria, e Harry não sabia até quando conseguiria fingir que se sentia bem em saber que Tom se importava com Hermione. E dessa vez, parecia ser sério.

Era por volta das sete e meia da noite, quando Harry e Hermione se sentaram na escada da cabana de Hagrid.
Havia muita gente ali. Alunos do primeiro ano faziam guerra de neve e Harry e Hermione só observavam, rindo e lembrando do tempo que faziam aquilo.

Hermione apertou com força a mão de Harry quando viu Tom se aproximar.
Havia muita gente ali, e Tom se perdeu no meio da “multidão”.
Hermione esticou o pescoço, a procura dele, mas não o encontrou.

-Ai, Harry – ela disse – Ele demonstra que sente ciúmes de mim...mas não faz nada!

Harry ouvia coisas do tipo, o dia todo e só ele sabia como aquilo machucava, mas o que podia fazer?


-É – Harry confirmou respirando fundo.

No mesmo instante, Dino se aproximou.

-Oi, Mione, oi Harry!

-Oi! – os dois disseram juntos.

-Ah, eu posso...falar com você um instante, Harry? – o garoto perguntou – Sabe, é umas coisas e...eu queria saber se você podia me ajudar e...

-Tudo bem – Harry disse se levantando – Mione, você espera?

-Claro – ela respondeu sorrindo.

Harry e Dino se afastaram um pouco.

-Diga – Harry disse.

-Bem...eu...você...é que...

-Hum? – Harry perguntou não contendo uma risada – Por que você está tão nervoso?

-É que sabe...eu e a Gina...completamos um ano de namoro.

-É eu sei...hum...parabéns, cara.

-É que sabe...ela...ela...

-Dino, será que você pode ficar calmo e me falar logo? A Mione tá lá sozinha.

-Tá...vou tentar – ele disse respirando fundo – Ela quer que eu...bem você sabe né...

-Hum...ela quer que você... – Harry perguntou levantando a sobrancelha.

-Isso! – ele disse, parecendo mais tranqüilo ao ver que Harry havia entendido.

-E qual o problema?

-É que eu posso não ser muito bom nisso, entende?

-Ah, Dino, e eu aqui achando que alguém tinha morrido...

-É sério, Harry! Eu não sei o que fazer.

Mas quando Harry ia abrir a boca para falar alguma coisa, viu que Hermione não estava mais lá.
Correu os olhos rapidamente a procura dela e viu que ela estava conversando com Tom.
Os dois.
Conversando sozinhos.
Harry sentiu tanto ciúmes que não conseguia mais pensar em nada.

-Harry? – Dino perguntou.

-Hum...que? – Harry perguntou ainda olhando para Mione.

-Então, será que você pode me ajudar?

Harry respirou fundo. Não estava a fim de ficar ali, conversando com Dino, enquanto Hermione conversava com o seu ex-namorado.

-Ah, Dino, eu também...você sabe...eu não sou bom nisso...se é que você entendeu...

-Você nunca...?

-Nunca – Harry afirmou olhando para Hermione de canto de olho.

-Ah, certo...

Mas Harry não ouvia mais uma palavra que Dino estava falando. Percebeu que Hermione e Tom estavam discutindo.

Teve bom senso e tentou ficar ali, parado. Mas não estava agüentando mais.
Afinal, quem aquele idiota do Tom achava que era pra gritar assim com ela?

-Dino – Harry disse interrompendo o amigo – Me desculpe, mas eu não estou com cabeça pra falar com você sobre isso. Não agora.

Dino, por sorte pareceu compreensivo.

-Ah, tudo bem, depois a gente conversa – ele disse se afastando.

Harry voltou a olhar para os dois e viu que eles ainda discutiam.

Agora que Dino não estava mais ali, Harry conseguia ouvir alguma coisa que eles falavam.

Seu ódio ia aumentando cada vez que ouvia a voz de Tom.

-Hermione, eu sei que é tudo mentira! Ta na cara! – Tom gritou.

Harry apertou a varinha que estava no bolso com força.

Se controle, se controle, pensou.

-Eu não tenho que ficar dando satisfação pra você! É a minha vida, Tom! Você não tem nada a ver com ela!

Tom deu uma risada.

-Você acha que eu já não saquei que é tudo mentira?

-Ah é? E por que você acha que é tudo mentira? – Hermione perguntou com a voz ainda mais alterada.

-Porque eu nunca vi um beijo de vocês – Tom respondeu tranqüilamente.

Ah não.
Essa foi demais.
Ele não podia ir falando besteira pra Hermione.
Não mesmo.
Harry não suportaria ouvir mais nada que viesse da boca de Tom.
Não suportaria ver ele gritando com ela. Não mesmo.

Não pensou duas vezes.
Na verdade, não havia o que pensar.
Era aquela hora, aquele era o momento certo.

Harry se aproximou, puxou Hermione pela cintura e ficou muito próximo dela, sentindo sua respiração.
O coração de Harry acelerou e ele sentiu um calafrio.
Antes que Hermione dissesse qualquer coisa, Harry a colou em seu corpo e a beijou.


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