Cap. 5 A mansão dos Black



Cap. 5 A mansão dos Black


Na manhã seguinte, Harry levantou bem cedo e ficou contemplando o nascer do sol. A Sra. Weasley chegou perto dele:

- Bom dia, Harry!

- Bom dia, Sra. Weasley!

- Não tivemos tempo para conversar sobre seu “sumiço”!, disse sorrindo para ele.

- Desculpe-me Sra. Weasley! Não queria deixá-la preocupada. Pois eu tive insônia nas noite anteriores que acredito que me deixou com muito sono e dormi demais. Foi isto!, disse Harry meio sem graça, pois não queria falar sobre o sonho que teve com Tom Riddle.

- Tudo bem! Você sabe que me preocupo com você! E não quero que nada de mal lhe aconteça da mesma forma com meus filhos!, disse Molly. E continuou:

- Vou entrar e preparar o café. Os Grangers vão embora cedo hoje!

- Mione vai também?

- Sim, ela vai! E Gina também!

- Gina?

- Sim, eu e Arthur a deixamos passar o resto das férias lá!

- Que droga!, disse Ron chegando no meio da conversa.

- Não se preocupe, filho! Elas irão a mansão!, disse Molly fazendo o chá. Acredito que ela estará segura lá. Você-sabe-quem está sumido, mas não é tolo em se expor totalmente. Ainda mais depois do que aconteceu no Ministério.

- Hum!Hum!, disse Ron com sorriso amarelo.

- O que há com você, Rony?, perguntou sussurrando para amigo.

- Nada! Apenas que ouvi a conversa lá em cima que Mione vem trocando correio-coruja com Krum. Disse com os dentes cerrados.

- Ah! Está explicado seu nervosismo! Está com ciúmes!, disse Harry

- EU? COM CIUMES? DESDE QUANDO RONALD WEASLEY TEM CIUMES DELA? – bradou assustando Molly que trazia a chaleira quente que caiu e espatifou no chão.



Todos levantaram das camas assustados. E foram para sala onde aconteceu o acidente.



- RONALD WEASLEY!!! ESTÁ DE CASTIGO ATÉ SEGUNDA ORDEM!!! SUBA PARA SEU QUARTO E NÃO SAIA DE LÁ! COMPRENDEU, RAPAZINHO?

- Sim, mãe!, disse abaixando a cabeça e percebendo que todos olhavam para ele.



Rony se dirigiu para escada. Quando estava para subir, seus olhos encontraram com os da Hermione. Ele abriu a boca para dizer, mas não disse nada. Então subiu, enquanto ela o acompanhava com o olhar, acreditando que nunca viu uma reação tão forte dele.



Harry já ia acompanhando o amigo, quando Arthur o segurou:

- Não, Harry! Você fica!

- Mas, Sr.! Vou...

- Sei que é seu amigo, mas ele está de castigo e vai ficar sozinho, por enquanto!

- Tudo bem, Sr.!



Passada algumas horas, Hermione e seus pais acompanhados por Gina foram embora.



Harry foi para o quarto do amigo:

- Você viu?

- Viu, o que?, disse Ron secamente.

- Ela já foi!

- Estou nem aí!, deitou na cama virando-se para parede.

- Lembra que disse que reparei uma coisa na Mione!

- Sim! O que? – virou para amigo com interesse.

- Está mais...mais...bonita!

- Isto eu já sabia, Harry! Desde do 4o. ano!, voltando-se novamente para parede.

- Então está gostando dela?

- Não diga besteiras!!

- Não são besteiras, Rony! Vocês são meus amigos! Vocês passaram a maior parte do tempo juntos ano passado. Você estava estudando com ela para os N.O.M.´s e eu nas aulas do Snape....e deveres de madrugada. – disse Harry. E continuou:

- Eu não sou bobo como você também não é! Eu vi como você olhou para ela! Eu vi você na janela na hora da despedida. Percebi que Hermione acenou para você.

- Harry! Faça-me um favor! Não quero falar sobre isto! Deixe-me sozinho!

- Tudo bem, mas quando quiser falar serei todo ouvidos!, disse sorrindo para amigo. Sabia que Rony não queria admitir isto.

- Harry! Que tal uma partida de Quadribol? – disse Jorge interrompendo o silencio no quarto.

- Só se for agora!, - disse correndo para pegar a vassoura.

- Rony! Quando você se acalmar, conversaremos depois – disse Harry. “Tchau”.



A partida foi muito legal. Tiveram que fazer 2 contra 2: Jorge e Harry contra Gui e Carlinhos. Eles eram fantásticos como todo mundo de Hogwarts comentavam.

- Olha que não jogo tem muito tempo!!!, comentou Gui olhando e sorrindo para Fleur. E esta retribuiu.

- Eu também! Nestes anos todo, só via dragões na minha frente, disse Carlinhos pegando a Gole e marcando ponto numa haste improvisada de gol.



Pararam para almoçar. Jorge precisava ir embora. Despediu-se e aparatou para loja. Harry percebeu que o amigo não desceu. Subiu para vê-lo. Viu que Ron dormia, ou pelo menos achou que estava dormindo.



Foi para janela. Viu Gui e Fleur caminhando de mãos dadas. Às vezes, eles se abraçavam e se beijavam. Trocavam carinhos. Estavam felizes... “Como é que deve ser...? Não tive tempo de perguntar para Sirius sobre garotas? Como tratá-las?”, pensou e chorou. Lembrou como nestas horas também o padrinho fazia falta.



********



Harry estava na varanda, continuando a observar o casal. Ele perdeu a noção de tempo. Quando assustou com o grito da Sra. Weasley percebeu que estava começando a anoitecer.



- Vamos, Jantar! – disse Gui se aproximando de Fleur e beijando com muita vontade.



Harry se sentiu sem graça vendo aquilo. “Como será que beija, assim, com tanta intensidade”, pensou. Nos últimos dois dias antes de irem ao Largo Grimmauld, Rony não conversava com o amigo, apenas o necessário – ou seja, falava palavras simples como: “Bom dia! Até logo! Depois! Boa noite!”.



Enquanto a Harry, bem, este recebia orientações e dicas para voar melhor na vassoura, de vez em quando apostando corrida com Carlinhos. Ele não estava preocupado com o Rony, pois sabia que não fez nada de errado para magoar o amigo.



A única boa notícia em que Rony deu sinal de entusiasmo, foi quando Sr. Arthur Weasley chegou com uma edição extraordinária do Profeta Diário intitulando: “Os Malfoy em decadência”.



- O que está escrito pai?, perguntou Rony.

- Apenas resumirei, pois teremos que sair daqui a pouco. Bem, relatam que com a prisão de Lúcio Malfoy, houve blitze na mansão em Wiltshire e levaram uma ordem da Suprema Corte dos Bruxos para que a Sra. Malfoy e filho saíssem da residência imediatamente, levando apenas roupas e objetos de uso pessoal. Todos os bens da família foram apreendidos para investigação, inclusive as contas financeiras no Gringotes. Também estão sendo investigada as quantias repassadas pelo Sr. Malfoy para o Ministério da Magia na gestão de Cornélio Fudge. Este como já foi noticiado foi afastado do cargo para inquérito. Agora vou subir e me arrumar...com licença a todos!

- Draco, sem nada!!!, Rony comentou com um sorriso no rosto. - E nós estamos crescendo com a fortuna que os gêmeos estão conseguindo.

- Não fale, assim, desse jeito Rony Weasley! Não critique a situação que eles estão passando!, disse Sra. Weasley pesarosamente.

- Mãe! Gostaria de lembrá-la que Draco Malfoy é um porre, metido que humilha as pessoas. Ninguém o atura, só aqueles gorilas do Goyle e Crabbe, os outros Sonserinos e o Snape. E também que o Sr. Malfoy que é um comensal quase nos matou lá no Ministério. – disse com um excelente poder de argumentação em sua defesa que deixou Molly sem resposta.



Aproximando o fim de tarde, chegou a hora de reunirmos para ir a mansão dos Black.

- Temos que ir ao Largo! Vamos esperar o sinal de Dumbledore! – disse Arthur olhando para todos.

- Nossa! Carlinhos! Você faz manobras incríveis. Eu nunca imaginei esta. – falou Harry empolgado.

- Obrigado! Espero que as dicas que dei lhe ajudem para Grifinória este ano., disse piscando um dos olhos.

- E Gina, papai? – perguntou Rony

- Jorge e Fred vão buscá-las na casa dos Grangers.



Enquanto aguardavam, a ansiedade de Harry aumentava ainda mais. Ele iria voltar à casa de seu padrinho e não ia vê-lo. Iria rever os objetos, móveis, quadros, inclusive a mãe dele gritando. “Iria encontrar Monstro lá? Talvez, não! Não há Blacks para serem servidos”, pensou olhando para todos presentes na sala.



De repente uma pequena luz prateada atravessou a janela e parou no meio da sala dos Weasley. E ela foi gradativamente crescendo e tornou-se numa forma circular de metal dividida proporcionalmente com pequenos raios em 7 partes. Tinha detalhes multicoloridos e brilhantes entre os espaços. Harry não soube definir o que seria aquilo. O objeto possuía um som tranqüilizador como se algo sussurrasse nos seus ouvidos e sentiu que já soubesse disso a muito tempo: uma sensação de segurança que dali em diante, tudo estaria sob controle.

- É o aviso de Dumbledore!, disse Arthur pegando o artefato – Cada um segure um dos lados.



Quando todos seguraram, o objeto irradiou rapidamente cobrindo a todos. Foi tão rápido que já estavam na sala da mansão dos Black.



O professor Alvo Dumbledore estava esperando junto com a professora Minerva McGonagall e os outros membros da Ordem da Fênix: Remo Lupin, Ninfadora Tonks, Quim Shacklebolt, Elifas Doge, Dédalo Diggle, Mundungo Fletcher, Alastor Olho-Tonto Moody, Emelina Vance, Héstia Jones, os gêmeos e Gina Weasley e Hermione.



- Onde está Professor Snape? – perguntou Sra. Weasley.



McGonagall já ia responder...

- Boa noite a todos!, disse com aquela voz sinistra e de tom baixo que Harry já conhecia depois de 5 anos de Hogwarts. Ele se acomodou num canto escuro da sala.



- Bem, acredito que todos estejam presentes!, iniciou o professor com sua paciência de sempre. – Fui informado que não poderemos mais usar esta residência para nosso encontros.



Todos ficaram espantados. Houve comentários e burburinhos entre as pessoas. Apenas Snape permanecia quieto.

- Por que professor?, perguntou Quim.

- Receio que esta mansão terá novos moradores, Quim!

- Quem?, perguntou Emelina.

- Eu sei! - disse Tonks e todos a fitaram esperando resposta.



Neste momento, bateram a porta. Prof. Dumbledore se adiantou:

- Por favor, Tonks e Harry fiquem. E quanto aos demais, gostaria que encaminhassem para sala ao lado e vocês entenderão o que está acontecendo. Minerva vá abrir a porta!



Todos saíram e Harry não estava entendendo até ouvir uma voz que pensou que só ouviria em Hogwarts: Draco. Ele entrou na sala:

- Que mansão é esta, mãe?

- É dos Black, priminho!!, disse Tonks com ar de gracejo.

- Primo...como ass..!!! POTTER?, berrou Draco.

- Acalma-se meu filho! Não queremos confusão aqui, - disse uma mulher alta, magra com um rosto bem delineado e olhos cor de mel, sim, era Narcisa Malfoy a mesma que Harry viu na Copa Mundial de Quadribol. – Prof. Dumbledore! Como vai?

- Narcisa! Quanta honra! – disse beijando a mão da Sra. Malfoy.

- Ninfadora! Que prazer em revê-la! E sua mãe, como está? – se virando para Tonks.

- Bem, tia! Mas tenho curiosidade da sua presença aqui – disse Tonks ironicamente.

- Como se você não soubesse!!! – respondeu Narcisa

- Mãe! Não estou entendendo nada? E Potter? O que ele está fazendo aqui? – perguntou Draco olhando com raiva para Harry.

- Meu filho! Esta mansão faz parte da minha família! E como Sirius – meu primo - foi morto! Tenho direito meus direito de reivindicar a posse dela.

- O que? Sou parente de SIRIUS BLACK?



Houve um breve silencio na sala.

- Comporte-se Draco. Sim. Sirius Black é meu primo de 1o. grau. – disse a Narcisa calmamente.

- Como você supõe da morte de Sirius, Narcisa? Isto não é Oficial! – disse Dumbledore fintando-a com seus óculos de meia-lua.

- Digamos, professor que tenho minhas fontes de informação, mas não se preocupe. Sei que o Ministério acredita que Sirius ainda está foragido e permanecerá assim. – disse analisando o estado de poeira da Tapeçaria dos Black pendurada na parede da sala.

- Narcisa, eu devo lembrá-la que Harry Potter é afilhado de Sirius e de acordo com as leis....

- Ele pode ser beneficiado com os bens do padrinho! Perdoe-me professora McGonagall, mas conheço as leis deste mundo. Também sei que Sirius é um fugitivo de Askaban por se juntar ao Lorde das Trevas e matar os Potters e Petergrew. O que dificulta as coisas para transferência destes bens para Harry, pois o padrinho é classificado de má índole. Então...

- Sendo ele menor de idade, necessita de um tutor de com qualidades para adquirir estes bens, querida irmã! – disse uma voz de mulher com intensidade forte e bem marcada.

Mãe! Pai! – disse Tonks surpresa.



Se Harry não tivesse enganado, o casal que acaba de chegar seriam, então, Andrômeda e Ted Tonks.

- Andrômeda? Quanto tempo faz que nós não nos vemos? – disse Narcisa sem perder a compostura ou mostrar irritação.

- E coloque tempo nisso...- comentou Sr. Tonks.

- Sim, isso é verdade! Bem, Narcisa, já encontrei a solução do seu problema. Como apresento uma história sem crimes contra a sociedade bruxa, eu entrei com um pedido de guarda para que eu seja tutora de Harry. E quero informar que consegui a autorização judicial da Suprema Corte dos bruxos. – Sra. Tonks terminou de falar mostrando um pergaminho para Sra. Malfoy.

- Ela não fez isso? Isto é jogar baixo demais, mamãe! – perguntou Draco se dirigindo a mãe.



Harry sentiu uma sensação de alívio. Não só para ele, mas como em memória de Sirius que não deixaria os Malfoy tomarem do afilhado o que é de direito.



- Boa jogada, professor Dumbledore! Vejo que moveu seus peões no xadrez! – disse Narcisa olhando com sutileza ao diretor de Hogwarts. E sorriu brevemente para ele e continuou a falar mais seriamente caminhando até o filho e se colocando atrás dele: - Receio que não temos para onde ir. Vim para cá na esperança de conseguir uma residência para abrigar a mim e a meu filho. Pois sabia a existência dessa mansão quando Monstro, o elfo doméstico dos Black, esteve lá em Wiltishire.

- Significa que Potter vai ficar com esta mansão? – perguntou Draco com raiva olhando para mãe.

- Sim, meu filho!, disse Narcisa de cabeça erguida fitando Harry com olhar sério. Draco estava espumando de raiva.

- Não se preocupe cara Narcisa. Apesar de você o que é – uma Malfoy – ainda é minha irmã. Então, eu ofereço minha casa para recebê-la e também ao seu filho. – falou Andrômeda caminhando para ficar ao lado da Sra. Malfoy.

- O QUE MORAR COM UMA TRAIDORA DE SANGUE E UM TROUXA? NUNCA! – bradou Draco desvencilhando dos braços da mãe e se dirigindo ao Potter: - E AINDA ESTA CICATRIZ AMBULANTE FICA COM ISTO TUDO?



Draco ergueu a varinha e Harry também. Ficaram frente a frente prontos para duelarem.



- Accio varinhas!



Elas foram parar nas mãos de Narcisa Malfoy que disse:

- Draco, eu não quero brigas! Não lhe ensinei boas maneiras? E enquanto a você, Sr. Harry James Potter, esperava mais ponderação pelo seus atos. O que seria mais digno de sua parte filho de quem foi.

- Tiago Potter! – completou Harry.



Narcisa incrédula no que ouviu dele, disse:

- Não! Falo de Lílian que tinha uma habilidade de discernimento como poucos.



Harry achou que ela piscou um dos olhos para ele. Mas foi tão rápido que acredita que ninguém percebeu.O garoto Potter olhou com espanto para Sra. Malfoy e depois para os professores Dumbledore McGonagall e voltando para ela. Era terceira vez que alguém falava de sua mãe durante todos estes seis anos. A primeira vez foi professor Dumbledore, a segunda foi Lupin.



- Infelizmente, não temos outra opção, Draco! Aceito sua proposta, Andrômeda!, disse Sra. Malfoy olhando com pesar a Tapeçaria dos Black novamente.



Draco foi se direcionando para porta decepcionado. Harry olhou para Prof. Dumbledore. E parece que este leu o que Harry estava pensando, concordou. Então, Harry aproximou de Narcisa e disse:

- Acredito que não haverá impedimentos de sua vinda a esta residência Sra Malfoy. Desde que avise antes.

- Agradeço, Sr. Harry James Potter., disse Narcisa polidamente.



Quando eles saíram. Todos da ordem voltaram para sala e se acomodaram.

- Como ela pode ser tão cínica! A ponto de querer esta residência. Ela deve saber que a ordem esta aqui. Monstro deve ter contado a ela. - disse Fletcher.

- Não! Ela não sabe Mundungo! E Monstro também não contou! Na época ele ainda servia a Sirius, disse o diretor calmamente.

- Como ela sabe o que aconteceu com Sirius? Não deu tempo de Lúcio contar para ela, pois já estava preso. – falou Vance.

- Bellatrix, receio! – rosnou Moody.

- Também, não, meu velho amigo!, completou Dumbledore.

- Então, quem? – perguntou Hermione.

- Não sei, Srta. Granger!

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