Cap 1 4: “Félix Felicis”(*) e



Cap 1 4: “Félix Felicis”(*) e outras “coisas” a mais

(*) este título pertence a JKR do seu próprio livro







- Malfoy! O que você está fazendo aqui? – Rony aproveitando que estava com a varinha em punho.

- Se ele está aqui! O Sr. Malfoy pode chegar a qualquer momento! – disse Neville com tom de apavoramento na voz.

- Está maluco, Longbottom! Meu pai está em Askaban! Graças a Potter e Dumbledore! – disse Draco com asco.



Larissa se aprumou tranqüilamente e disse: - Olá! Draco!



- Olá! Professora McClaggan! – disse Malfoy com um sorriso no lábios.



- Pára tudo! Deixe-me raciocinar aqui! – Mione pensativa e continuou tentando associar os fatos: - Malfoy aqui!... Mansão Black!... Casa toda arrumada!... Ele não sabe o que aconteceu com o pai!... Os dementadores estão voando por aí!... Malfoy cumprimentando a professora!... Já entendi tudo!

- O que você entendeu, Granger? E o que aconteceu com meu pai? – Draco meio nervosinho.

- Fala, Mione? – Larissa sorriu calmamente, enquanto se aproximava na Tapeçaria da família Black.

- Sra. Malfoy já está morando aqui a mais tempo do que imaginamos! Draco veio para cá para passar o Natal com ela! E...

- Não dei autorização para dizer meu nome, sangue rui...

- Draco! Dobre a língua, meu filho! – disse Narcisa rispidamente entrando na sala com monstro logo atrás trazendo uma bandeja com chocolate quente e biscoitos amanteigados.

- Bela associação, srta. Granger, eu não faria melhor! Olá para todos! Por favor, sirvam-se!....(ela se virou para Lara)... Olá! Minha amiga! – disse abraçando Larissa.



Todos estavam meio desconfiado com aquilo tudo e nem tocaram na bandeja. Claro com exceção de Luna que chegou perto da bandeja e pegou um biscoito.



- Narcisa! Você sabe o que aconteceu? – Larissa preocupada.

- Sim! Remo me avisou agorinha mesmo! Disse-me que os dementadores estão do lado do Lorde das Trevas, assim como, os comensais foram libertados! Então, ele me pediu para recebê-los aqui! – disse e se colocando ao lado de Draco.

- O que eles estão dizendo é verdade, mãe! Pai está solto? Livre? – Draco com um olhar de felicidade, contrastando com a expressão de Narcisa que assentiu.

- Então! Ele pode aparecer a qualquer momento! Ele vai expulsar, vocês todos daqui! Inclusive você, Granger! – Draco animado que cerrando os olhos para o desespero do grupo de garotos que estavam naquela sala.

- Sinto muito, Draco! Seu pai não entrará nesta mansão! – Narcisa prontamente e encarando o filho.

- Mas como não?.... Mãe! Ele está solto!... Você tinha que está feliz! Papai vai voltar – Draco mudou de feição rapidamente.

- Entendo sua felicidade, meu filho! Sei que você mais quer é seu pai aqui no Natal conosco! Mas não será possível!... (Narcisa abaixou a cabeça e continuava a falar)...Está casa está sob o feitiço Fidelius feito por Dumbledore! Só ele que é que define quem virar aqui! Ou seja, os membros da Ordem da Fênix! No caso você! E este grupo aqui presente!



Draco olhava para mãe incrédulo no que ela acabou de dizer, mas diria que não só ele. Todos, principalmente Harry, estava espantado com a Sra. Malfoy. Então, ele lembrou que tinha deixado ela ir a casa do Black, mas “por que ela está lá a mais tempo?”, pensou.

- Harry! Pela sua cara, você deve estar se perguntando por que eu estou aqui?! – Narcisa se aproximou dele e sorriu dizendo:



- Durante muito tempo, eu fui “escrava” de Lúcio! Por muito tempo eu vivi com a Maldição Imperius em minha mente.



Harry se assentou para ouvir a história de Narcisa. Os outros fizeram o mesmo. Draco permanecia mudo e parecia com muita mágoa. Larissa se aproximou da amiga e a ajudou-a a assentar. E Sra. Malfoy continuou a falar:



- Bem! Depois que seus pais se casaram! E eu fui ao casamento! Lúcio tinha me proibido ir, mas eu fui! Da mesma maneira que eu tinha ido antes no dos Longbottoms!... Ele descobriu que eu fui, mas não foi isto que com muita raiva de mim!... (Narcisa com olhos de lágrima) Ele descobriu uma coisa que eu tinha dentro mim e estava fugindo ao meu controle!... Eu o enfrentei... (ela olhou para Larissa)... Mas ele era forte!....



De repente, Remo Lupin entrou na sala silenciosamente e aproximou de Narcisa lhe dando a mão. Ela sorriu brevemente, suspirou e continuou a história:

- ... Por raiva!!... Por ciúmes!!... Para não me perder, pois principalmente eu sabia de muitas coisas sobre os comensais e o Lorde das Trevas! Ele me amaldiçoou com Imperius... eu tentei lutar, mas não consegui!



Harry olhava que Narcisa estava alterando o som da voz que soluçava entre uma frase e outra. Enquanto isso, Remo se dirigiu para trás da poltrona onde se encontrava a Sra. Malfoy:



- ... houve meus momentos de lucidez! Poucos momentos, mas os tive; mesmo por breve período de tempo!... O primeiro foi o nascimento de meu filho, Draco! O segundo foi o encontro que tive com Lílian, Alice e Larissa! E fizemos uma proteção para vocês!



Neville estranhou tudo aquilo, mas todos olharam para Harry:

- É eu já sabia disso! Larissa me contou! Isto foi antes do ataque a Yorkshire!



Narcisa continuou:

- Sim! Depois meu terceiro momento de lucidez! Foi saber do próprio Lúcio que minha amiga Larissa tinha morrido no massacre!.... como sofri! Lembro que abracei Draco e ali fiquei com ele meu colo! Chorando! Eu não pude salvar Lara!



- Não se culpe, amiga! Eu que peço desculpa por fazer vocês três sofrerem com minha “morte”! – Larissa chateada.



Narcisa não disse nada, apenas deu um outro sorriso breve e continuou:

- O quarto foi a morte de Lílian e a tortura Crucio que minha irmã Bellatrix fez aos Longbottoms!... Ai! Alice!... - Narcisa tentou segurar o choro, mas conseguiu começou a chorar em soluços.



Neville começou a chorar. Hermione e Gina, que estavam ladeando-o, abraçaram-no. Remo entregou um lenço a ela, enquanto Dumbledore, Minerva e Severo entravam calmamente a sala.



Narcisa continuou a falar: - Depois disso! Por anos e anos! O Imperius de Lúcio me dominou! Não deixando me aproximar das pessoas, apenas cuidando da casa e de Draco com ajuda de Dobby! Estava presa dentro de mim mesma!... Aí! Então... foi quando Draco falou seu nome, Harry! Algo dentro de mim transformou! Com a maldição tinha me esquecido que você sobreviveu e pelo jeito você estava bem!... (Narcisa sorriu e parecia mais tranqüila)... Uma esperança invadiu meu coração!... Então, numa noite! Lúcio estava mexendo nas coisas dele!... E aí! Eu vi que ele pegou o diário de Tom Riddle!



Harry agora estava tentando associar os fatos e olhou para Dumbledore que aparentava serenidade.



- Ouvi-lo dizer que eliminaria você e principalmente Dumbledore, pois pelo que pude perceber e associar, foi um pedido do próprio Tom no diário. Então com isto, comecei a ligar os fatos históricos de Hogwarts e a lenda da Câmara Secreta, pois eu sabia que Tom Riddle era o herdeiro de Salazar Slytherin. Sabia que ele se tornou o Lorde das Trevas. Não hesitei, Harry, você estava em perigo... E precisava ajudar de alguma forma...



- Você mandou Dobby? – perguntou Harry assustado.

- Sim! Eu ordenei Dobby a impedi-lo de ir a Hogwarts! Disse para que pensasse as formas de como pudesse te salvar! Ordenei que não dissesse meu nome ou da minha família!

- Por isso! Que não quem era a família que ele servia na época! – Harry pensativo.

- Mas pelo que percebi! Você tinha ido! E Dobby ainda estava sob minhas ordens! Como ainda ele não tinha cumprido as minhas ordens! Ele persistiu em te salvar!



- Até que eu consegui libertá-lo! – Harry sorriu.



- Isto! Acredito que ele te agradecerá por muitos anos, Harry! – Narcisa levantou e se ajoelhou de frente a ele. E disse:



– Podem dizer que você parece fisicamente com seu pai! Podem dizer que você não aceite as regras de Hogwarts como seu pai! Podem dizer que você é um dos melhores apanhadores que apareceu em Hogwarts, como seu pai! Mas para mim... e creio eu Larissa também... suas ações, sua coragem, sua postura pelo senso de justiça, sua lealdade para com os amigos, e principalmente suas decisões que são feitas pelo seu coração... (Narcisa chorava).... é Lílian em você, Harry James Potter! –



De impulso, Harry abraçou a Sra. Malfoy fortemente que retribuiu acariciando o garoto. E ele se sentiu seguro ali nos braços de Narcisa. Sim! Era a mesma proporção de carinho que sentia quando Larissa o abraçava.



Harry sentiu um abraço de mãe e era a mesma sensação materna que a Sra. Weasley lhe passava. Ele não teve dúvida, uma felicidade correu em coração. Lembrou o que o padrinho tinha lhe pedido para ficar com Narcisa e Remo. Agora! Entendeu por que Lara tinha pedido a Sirius sobre a segurança dele, Harry. Pois ali, abraçando-o estava Narcisa Black, amiga de sua mãe, Lílian. Uma pessoa que em ele podia confiar a partir daquele momento.



- Então, eu digo! – Dumbledrore se adiantou. – Narcisa me contou esta mesma história e então eu aceite-la aqui entre nós! Claro, Draco também!



Logo após, aparecendo correndo pela sala, o Sr e Sra. Weasley abraçando os filhos, o pai de Luna atrás e a Sra. Longbottom preocupadíssima com Neville.



- Neville! Como pode!? – disse ela nervosíssima.

- Mas, vó! Eu...

- Eu nada! Fiquei super preocupada quando entrei em seu quarto e todos vocês tinham sumido! – disse interrompendo o garoto de bochechas gordinhas.

- Talvez eu possa dizer que a culpa foi minha Sra. Longbottom! – disse Larissa se aproximando dela.

- Realeza ou não, mocinha! Você não tem juízo? Sabe que “ele” está atrás de você!? E você ainda leva, eles juntos!? Isto foi um ato de irresponsabilidade! – Sra. Weasley apontava o dedo para Larissa como se fosse uma mãe contrariada com a filha.

- Não posso fazer nada, a não ser pedir desculpas e dizer que isto não acontecerá novamente! – disse Larissa de cabeça erguida.

- Muito bem! Humf!.... Meus filhotes! – disse Molly abraçando Gina e Rony ao mesmo tempo. Mesmo sob protesto dos dois.

- E você, Harry! Hermione! – Sra. Weasley se aproximando.

- A culpa foi nossa, Sra. Weasley! Nós fomos por nossa conta! Larissa não nos obrigou! –reclamou Harry em defesa de Lara e outros concordaram.

- Professora McClaggan, Potter! – pontuou Severo Snape rispidamente.



- A culpa é mais minha! – disse Neville meio que envergonhado. – Eu pedi a professora para ir lá comigo! Como ela não podia sair de Hogwarts! Ela saiu escondida!

- Nem por isso retira a culpa de Larissa sobre isso que aconteceu! – Dumbledore calmamente e olhou para Lara que estava de cabeça abaixada.



- Quem te ajudou a sair de Hogwarts e a entrar em St. Mungus, McClaggan?– perguntou Snape que aparentava uma expressão de desgosto no que estava acontecendo.



Larissa o fitou. Snape ficou pálido, mas não deu pra trás. Tirou os olhos dela, mas manteve expressão firme.



- Mundungo! – disse Lara que depois olhou para Dumbledore.



- Bem! Bem! Acredito que os jovens aqui tiveram uma noite e tanto! – disse Alvo sorrindo e continuou dizendo enquanto se aproximava de Larissa. – Precisamos conversar novamente, Lara! O que aconteceu aqui é grave! E você sabe disso!



Larissa concordou.



- Narcisa! Por favor, poderia encaminhar os jovens para os quartos.

- Não! Agradeço, Alvo, mas eu levarei meu neto! – disse a avó de Neville.

- Melhor que ele fique, Clara! Aqui estará seguro! Eu garanto! – disse-lhe sorrindo.

- Então, eu irei para casa! – disse meio chateada olhando para Neville

- Eu farei companhia para senhora! – disse a Sr. Lovegood abraçando a filha e também deixando-a lá.



Eles se despediram e foram se retirando.



- Molly! Ajude, Narcisa, sim! – Dumbledore serenamente. – Pois conversaremos com Lara em portas fechadas! – voltou seu olhar para McClaggan.



Eles se retiraram e foram se recolher aos quartos.

- Meninas, vocês dormiram no quarto de Sirius junto com Larissa! E vocês garotos junto com Draco no quarto de Regulus! Sr. e Sra. Weasley num dos quartos de hóspede.

- Ah! Não, Mãe!?!?!? Além de aturar um lobisomem dormindo na sua cama e ao seu lado, eu ainda vou dormir junto com o bocó de bochechas redondas, o idiota de sardas e a cicatriz ambulante! Você está brincando com minha cara? – disse Draco meio de contragosto.

- Isso são modos de falar com sua, mocinho? – Sra. Weasley.

- Não se meta, balofa! – Draco rosnou.



Rony pegou a varinha e já ia atacá-lo, mas não foi necessário. Narcisa fitou o filho com um olhar que o feitiço de petrificação era fichinha.



- Eu até entendo o que você sente e se incomoda com a presença deles, mas eu exijo respeito! Você não é obrigado a gostar deles! Muito menos eles por você! Mas.... Suporta e abstenha-se, Draco Malfoy! Agora vá para seu quarto!.... JÁ! – Narcisa nervosa. Draco obedeceu, mas estava muito contrariado.



O trio seguiu o Malfoy que disse em tom raivoso:

- A cama é minha! Vocês dormem no colchão!



Era melhor não falar nada. Harry tinha entendido que o recado da Sra. Malfoy era para ele também.



- O que será que está acontecendo lá embaixo? – Neville perguntando ao Harry e Rony.

- A professora deve estar levando um “sabão” daqueles! Bem grandes! – disse Malfoy jocosamente.



Harry serrou dentes. Estava doido para avançar em Draco que percebeu.

- Vem, Cicatriz! Vem! Estou esperando! Sem varinha mesmo! Vem! – Draco já de pé em posição de briga.



- Nós ajudaremos, Harry! – disse Rony com o punho levantado.

- Não, Ron! Desta vez, só eu e ele! – disse Potter fitando Malfoy.



De repente, Hermione, Gina e Luna apareceram no quarto, quando o sonserino e o grifinório estavam se socando.



- BRIGA! – Luna gritou que parece que saiu correndo com Hermione buscar ajuda. Gina permaneceu e olhando para o irmão parado, gritou:

- RON! NÃO VAI FAZER NADA?

- Não! Harry não quer! – respondeu a irmã.

- Isso mesmo, Gina! Fique onde está! – alertou Harry.



Enquanto isso o “pau rolava solto” no quarto dos garotos. Harry socou a cara acertando em cheio o super cílio do loiro sonserino. Draco levou a mão a testa e viu que estava saindo sangue. Correu para socar Harry que se esquivou indo ao chão, mas não escapou do chute na barriga que Draco lhe deu.



Potter levantou do chão levando a mão ao ventre e ficou ali parado. Mal podia respirar.



Draco continuava a caçoar ironicamente:

- Vamos! Isto nem é o começo, Potter! (Malfoy olhou para Gina e deu de costas para ela) O que me lembra!!!! Sua namoradinha não vai salvá-lo, não?



Gina fechou a cara e saltou para cima de Draco pulando atrás dele e agarrando suas costas.



- Larga-me! Sua Weasley nojenta! Saia de cima de mim!– bradava Draco.

- Vai! Gina! Mostra como é uma Weasley de verdade! – Ron começou a rir ajudando a Harry se recompor.



Quando Draco conseguiu se esquivar de Gina, Neville colocou o pé direito à frente de forma que Draco tropeçou para trás, estatelando-se.



Todos começaram a rir. Draco se irritou. Parecia que não sabia o que distinguir o que o acertou se era a dor de cabeça ou ser motivo de riso daqueles grifinórios:



- O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI? – disseram ao mesmo tempo, Narcisa e Molly entrando ao quarto.



As respectivas mães dos garotos estavam espantadas com o estado deles.

- Ronald Weasley! Explique-se? – Molly lhe apontava o dedo.

- Eu, não! Gina, mãe! – respondeu.

- GINA! ISTO SÃO MODOS! QUE COISA FEIA! NA CASA DOS OUTROS?!! QUE VERGONHA! MINHA ÚNICA FILHA SE METENDO EM CONFUSÃO!?!?!?... (Sra. Weaslry baixou o tom de voz)... Ainda bem que seu pai está lá em baixo na reunião e não ouviram nada!



- Quem começou? E quero a verdade! – Narcisa olhando para o grupo de garotos que todos apontaram para Draco.

- Não! Peraí, não foi não! – Malfoy em tom malicioso e manipulador.

- Quem foi, então? – Narcisa fitando o filho.

- Lógico que foi Potter, mãe! – apontou para Harry.



- Não sei a senhora Weasley! Mas para mim todos estão errados! – Narcisa foi enfática na afirmação que Molly concordou prontamente dizendo:

- Isto pede medidas drásticas, senhora Malfoy!

- Sim! E vai começar hoje mesmo! Draco, Harry, Ronald, Neville e Gina! Vocês irão fazer o serviço pesado da casa! Eu quero esta casa brilhando para o Natal! Tirar o pó de todos os móveis desta casa! Irão limpar, esfregar e encerar o chão! Após o almoço, lavarão seus pratos, copos e talheres! E depois ir ao escritório, para eliminar as fadas mordentes que existem em ficar lá, assim como, um bicho-papão dentro do baú! Então, eu sugiro! Como está quase amanhecendo! Vocês economizarem energia para este serviço! – Narcisa parecia muito nervosa.

- Mãe! Mas eu não briguei!??! – Rony reclamando.

- Mas não fez nada para impedir! Tão culpado quanto os outros! Agora para cama! Dêem graças a Deus que Narcisa e eu não estamos colocando vocês para trabalhar neste instante.



Mal acabaram de deitar e dormirem, já era dia já estava clareando. Monstro entrou no quarto e começou a acordar todos os garotos:

- ACORDEM! ORDENS DA SRA. BLACK MALFOY! PARA FORA DA CAMA!



- Argh! Culpa do Potter! – disse Draco resmungando.

- Ah! A culpa é minha! Você é que provocou primeiro! Malfoy! – Harry estava de pé.

- Humf! Não sou eu que puxo saco da profa. McClaggan!? – respondeu Draco com ironia. Ele olhou para Rony e Neville: - Estão olhando o quê? Cara feia para mim é fome!!!



- E por falar em comida! Vamos descendo! Mamãe já chamou e está preparando o café! – disse Gina no quarto e fitando Malfoy com raiva.



Enquanto caminhavam para escadas, Harry reparava mais na estrutura da mansão. Ele estava impressionado com o aspecto do lugar. Não era a mesma residência como viu no ano passado. Estava arrumada e um pouco mais alegre, mas lembrou de Sirius. Sentiu a falta do padrinho. Talvez fosse diferente se ele estivesse ali.



Quando chegaram a sala de jantar encontraram a mesa já posta.

- Sentam-se! – disse Molly que parecia de mau humor.



Os garotos se sentaram, mas Draco se isolou deles. Parecia que preferia estar sozinho.



Neste instante, Narcisa chegou sorrindo acompanhada e abraçada com Remo Lupin. Draco fechou mais a cara e teve nojo no que viu. Para Harry era legal, pois sabia quase de tudo entre eles através do diário de Larissa.



Logo depois, Sr. Weasley com pressa se sentou a mesa:

- As coisas vão explodir no Ministério, Lupin!

- Vão, sim! Senhor Weasley! Ainda mais que os dementadores abandonaram seus postos e se voltaram para o lado de Voldemort! – disse Lupin que continuou: - A ministra e eu teremos muito trabalho.

- Ao sairmos daqui, compraremos a edição do Profeta Diário! E veremos como eles falaram sobre isto, certo? – disse Sr. Weasley receoso.



Logo depois, Hermione e Luna meio sonolenta chegaram. Larissa ainda não tinha descido.



- Muito bem! Sirvam-se meninos, pois o dia vai ser cheio! – alertou Molly.

- Mãe!!!! A casa está toda arrumada! Para que vamos arrumá-la? – Draco tentando manipular Narcisa.

- Nem tudo está arrumado!! – respondeu secamente ao filho.

- Monstro podia fazer isto, não? – disse Rony.

- Pela primeira vez, Weasley, uma pergunta sensata! – disse Draco com ar de superioridade que Ron torceu o lábio contrariado.

- Não! Irei ao Beco Diagonal com a Sra. Weasley e Monstro! Há algumas coisas sobre o casamento de Gui Weasley e Fleur Delacour que precisam ser organizados e faremos os pedidos de antecedência, não é, Sra. Weasley?

- A Sra. Malfoy conhece as costureiras, os buffet, e lojas de decoração de festas muito boas e conceituadas!!! – disse Molly empolgada.



Narcisa sorriu em agradecimento e continuou a dizer:

- Também passarei no banco Gringotes e farei uma retirada! Precisamos de mantimentos, materiais de limpeza! E também farei algumas compras a mais, pois temos hóspedes!... E enquanto saímos, vocês seguiram as ordens que fiz! Caso, não cumpram a tempo! No dia seguinte, terá mais! E assim, sucessivamente e irá se acumulando até a véspera de Natal! Ou seja, daqui a dois dias! – disse Narcisa friamente e colocando um ponto final na conversa.

- Então, eu sugiro que trabalhem em conjunto! – Molly com um sorriso diferente.



Lupin terminou o café, beijou Narcisa na boca e saiu para trabalhar no Ministério junto com Artur.

- Mãe!!! A Senhora é ainda uma Malfoy! – afirmou Draco nervoso.

- Sim! Mas estou em separação de corpos com seu pai! Ou seja, estou legalmente separada dele! E segundo as leis bruxas, não estou mais ligada aos Malfoy – apenas com o s sobrenome me liga a ele - até sair o meu pedido de divórcio! Então, meu filho, você vai ter que acostumar em ver Remo aqui em casa!.... Não me olhe, assim! Minha vida afetiva, cuido eu, rapazinho! Concentre em sua comida!



Após a refeição da manhã, Harry disse:

- Bem! Isto eu posso dizer com experiência sem varinha, pois não é muito diferente do que eu passei com Dursleys, então, dividiremos assim: Gina, você arrumará as camas, tirará o pó dos móveis. Podemos usar a vassoura para alcançar o teto, ou seja, use-a, ok?... (Gina assentiu e subiu).... Ron, Neville, vocês passaram o esfregão no andar de cima e enquanto eu e Malfoy, faremos aqui em baixo...

- Desde quando recebo ordens de uma Cicatriz, Potter? Desista! Eu ficarei com as fadas mordentes... – disse Draco saindo ali e indo para o escritório.

- Você é quem sabe!?... – disse Harry e quando Malfoy saiu: - Idiota!



A arrumação da manhã foi ótima sem a presença de Draco para encher a paciência. Hermione e Luna ajudaram Gina e Neville na organização dos quartos, já que Malfoy não quis ajudar.



- Como foi, garotos? – Molly chegando com os mantimentos.

- Ah! Vejo que fizeram um excelente trabalho por aqui! ... Ah! Leve lá para cozinha, Monstro! – disse Narcisa carregando apenas a bolsinha de mão.

- Licença, eu ir para cozinha! Preparar almoço! – Monstro cheio de sacolas.

- E Larissa, Harry? – Sra. Malfoy sorrindo.

- Ela não desceu até agora! – disse Harry olhando para as escadas e reparou que o quadro da Sra. Black estava em silêncio até demais.



Narcisa subiu as escadas, parece que se dirigia ao quarto de Sirius.



Na hora do almoço, todos se sentaram. Larissa apareceu ao lado de Narcisa, mas não parecia muito feliz. Harry não deixou de reparar que ela estava de olheiras profundas que contrastavam aos seus olhos azuis-esverdeados chegando quase a tom de cinza.



Durante a refeição, a coisa mais desagradável nesta hora, era ouvir Malfoy falando como eliminou as fadas mordentes. Só tinha um consolo para Harry, Draco estava todo picado. Ron segurava para não rir, assim, como Neville.



Entre uma conversa e outra, houve um silêncio. Aí, Luna, do nada, tirou algo da sua cabeça:

- Não sei, não! Está estranho demais! Não acha? – Luna ressabiada, enquanto comia. Todos a olharam sem saber o que ela dizendo.

- O que foi, Luna? – Gina sem entender a amiga.

- Não confio nele! – respondeu a corvinal.

- Quem? – perguntou Neville curioso.

- Mundungo! – respondeu Luna prontamente.

- Ele é da Ordem, não precisa se preocupar! – disse Rony tranqüilamente.

- Não sei não! – Luna insistia no assunto.

- Ah! Pára com isso, Dunga! È uma pessoa confiável! – disse Ron, logo depois comendo uma asinha de frango.

- Nem tanto, Ronald Weasley! Nem tanto! – disse Molly desconfiada de Luna, mas não voltou a tocar no assunto.



Quando terminaram, todos lavaram os pratos, talheres.



- Bem, já que você conseguiu eliminar as fadas mordentes, acredito que não terá problemas em eliminar o bicho-papão, Draco? – perguntou Hermione presunçosamente.



Draco não respondeu nada.



- Os banheiros? – perguntou Narcisa, enquanto Larissa ia para o quarto.

- Ah! Não, mãe! – Draco protestando.

- Claro! Banheiros! Deixe o bicho-papão para o fim da tarde.

- Mas eu vou sozinho! Vou para o banheiro do corredor! Sem esta Cicatriz, esta Sarda e esta Bochecha Gorducha!

- Ótimo! Nem nós de um Cabelo Loiro Escorrido! – disse Neville dando as costas para Draco e se dirigindo ao segundo andar da casa.



Então, foram aos banheiros. Eram três ao todo: um, no quarto de casal, para onde foi Ron e Neville. O outro era no quarto de hóspede maior onde foram Harry e Gina. E o terceiro no corredor, próximo ao quarto de Regulus para onde foi Draco. Havia um lavabo, mas Monstro foi cuidar de lá.



Harry e Gina inventaram uma brincadeira para ver se fluía melhor no trabalho. E até que deu certo, pois quando terminaram o banheiro estavam brilhando. Eles estavam sentados no chão, um encostando-se às costas do outro.



- Ai! – suspiraram ao mesmo tempo.



Gina se virou e Harry fez o mesmo. Por um breve momento, trocaram olhares e sorrisos que mexeu um pouco dentro dele, mas parece que em Gina não, pois tinha levantado:

- Vamos! Vamos tomar um copo de água! Nós merecemos, não? – perguntou Gina dando a mão a ele.



Desceram. Gina foi buscar os copos de água, enquanto Harry entrava na sala de visita onde estavam Larissa, Hermione e Luna. A visão de Harry era a partir da porta. Logo a frente, a professora estava sentada numa cadeira sextavada antiga e com braço. Ela segurava um livro e enquanto Hermione e Gina no chão olhavam atentas para Lara.



- Olá, Harry! Quer ouvir? São poemas! – perguntou Hermione, quando Ron chegava junto com Neville.

- Vamos lá! – disse Rony empolgado e se aproximando das garotas. Neville fez o mesmo sentando ao chão. Gina chegou entregou o copo a Harry.

- Vamos , Harry! Deve ser legal? – Gina lhe sorrindo.

- Eu prefiro ficar em pé! – disse Harry olhando e sorrindo para Lara que lhe retribuiu por um breve instante.



Todos os amigos estavam sentados no chão de costas para a porta de entrada e virados para Larissa que se voltou ao livro de poemas.

- Este é um dos poemas que mais gosto! – sorriu Larissa, enquanto Harry seguia a direita da porta e se recostava em uma poltrona apreciando o timbre da voz de Larissa Helena McClaggan.

A dança

Pablo Neruda



Não te amo como se fosses a rosa de sal,

topázio

Ou flechas de cravos que propagam o fogo:




Neste momento, Harry olhou para a porta e viu Snape entrar.



Te amo como se amam certas coisas obscuras,

Secretamente, entre a sombra e a alma.




Ele ficou ali parado olhando Larissa enquanto ela continuava a declamar o poema, em tons e gestos agradáveis aos ouvidos.



Te amo como a planta que não floresce

e leva dentro de si, oculta,

a luz daquelas flores,

E graças a teu amor

vive escuro em meu corpo

O apertado aroma que ascendeu da terra.




Snape fechou os olhos, parecia que ficava mais lívido cada vez que Larissa recitava os versos.



Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,

Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:



Assim te amo

porque não sei amar de outra maneira,



Senão assim deste modo que não sou

nem és,

Tão perto que tua mão sobre o meu peito

é minha,




Snape colocou a mão no peito e se segurou a porta, ainda de olhos fechados.



Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho



- Nossa! Que lindo! – exclamou Hermione com olhos cheios de água e recostou no ombro de Ron.



Harry olhou para Snape que percebeu sua presença e se recompôs imediatamente. Ficando em uma postura reta e olhando a cena a sua frente.



- O que quer dizer, Larissa? – perguntou Neville.

- Quer dizer, Neville, que este homem ama uma mulher, mas não consegue declarar para ela, pois o amor está dentro dele e ele não acredita nesse amor, mas por esse sentimento que ele vive por ela,.... pelo que sente por essa mulher.

- Como se fosse para ele, um sonho! – disse Luna extasiada.

- Sim! Como se ela fosse um sonho! Algo intocável! – Larissa se virou a porta e viu Snape.

- Olá, Snape! O que fazes aqui? – Lara lhe sorriu. Todos se viraram para ver o professor.

- Reunião da Ordem! Acho que cheguei cedo de mais! – disse secamente a todos e depois se retirando sem se despedir.



Draco chegou e armou um barraco:

- Ah! Só eu que trabalho aqui, não!? Esqueceram que temos um bicho papão para eliminá-lo!



Harry teve vontade de esganar Malfoy pelo seu ar de arrogância.

- Draco tem razão! Melhor vocês, irem ao escritório! – disse Larissa olhando para Neville, Gina, Ron e Harry.



Já era fim de tarde.



O bicho-papão estava lá.

- Quem vai enfrentar primeiro? – Neville curioso.

- Pode deixar que vou! – Draco todo convencido.

- Então, ta! Vou abrir o baú para você, Malfoy!... Alorromora! – disse Neville abrindo e se afastando do baú.



De repente, quem saiu de dentro do baú, para o espanto de todos, era Hermione. Ron fitou Draco parecendo ter ódio no olhar. Harry o segurou.



Malfoy engoliu saliva, suspirou:

- Ridikulus!!!



Na mesma hora, Hermione se transforma em um mar de sangue.



- Deixe, comigo, agora! – disse Neville se aproximando e o bicho tornou a forma do professor Snape.

- Ridikulus!!!



E cena se repetiu da mesma forma que foi da outra vez: Snape com as roupas da Senhora Longbottom.



- Agora, comigo!



Uma aranha grande começou a se formar na frente de todos e:

-Ridikulus!!!



A aranha começou a patinar em cima de 8 patins em cada pata e caindo ao chão de uma jeito muito engraçado.



- Eu! – disse Gina se aproximando do bicho.



Neste instante, uma forma humana começou a ser delineada. E daquele vulto formou o maior medo de Gina e Harry o reconheceu prontamente.



- Tom Riddle! – Gina tremeu os lábios ao dizer. Ela ficou paralisada. Neville e Draco ficaram meio que sem ar nesta hora.

- Gina! Vença seu medo! – disse Harry. – Grite a palavra mágica!



Gina não conseguiu. Harry já ia intervir, mas Snape apareceu. Ele ficou a frente de Gina que estava tonta e Potter a segurou para não cair.



No mesmo instante, Tom ganhou outra forma, só que delineava formas femininas até que:

- Larissa! – sussurrou Harry que não acreditava no que via. “O professor tem medo de Lara?? Ele tem medo de uma mulher?”, pensou.



Harry viu a cena, assim, como Ron, Neville e Draco.



O bicho-papão em forma de Larissa sorria para o Snape. Ela fazia gestos abrindo os braços com se chamasse professor Snape. Ela fitava-o com malícia. Então, depois de um breve silêncio, ela correu para atacá-lo. Quando ela ia pular em cima dele:

- VOCÊ É UMA ILUSÃO!....RIDIKULUS!!!



Logo depois, um raio de luz se formou no quarto e Larissa-papão se transformou um lindo arco-íris.



O bicho-papão tinha sido destruído. Todos ficaram espantados com o professor Snape que saiu da mesma forma que chegou.



“Ele tem medo de uma mulher?”, pensou novamente.





**********



Tinha chegado a noite, na mansão Black, a Ordem se reuniu, às portas fechadas, na sala de visitas.



Para Harry, não fazia muita diferença naquele momento. Seus amigos estavam ali e também conversavam sobre o ataque em St. Mungus e o que repercutiu no Profeta Diário.



Na grande copa / cozinha, Hermione, Gina e Luna estavam sentadas na bancada. Rony, Harry e Neville estavam sentados numa bancada de frente as garotas. A mesa ficava ao meio. E estavam sentadas lá, Larissa e Narcisa. Era muito interessante de se ver as duas, uma ao lado da outra e não se desgrudavam. Parecendo duas adolescentes.



O que tornava a conversa mais agradável era presença dos gêmeos Weasley. Tudo era um motivo de palhaça e brincadeira.



O riso era contagiante.

- Vocês me lembram tanto Tiago e Sirius!! – comentou Larissa com um sorriso largo olhando para Narcisa.

- Isto quando eles não infernizavam Severo! – respondeu Sra. Malfoy rindo ainda da piada anterior dos gêmeos.



Todos olharam para a Narcisa e Larissa com curiosidade.

- Professor Snape era atormentado pelo Sirius Black e Tiago Potter? – perguntou Jorge olhando para Fred que disse:

- Nossa! Queria ter sido na mesma época de Gui para pelo menos presenciar tal fato, nem que seja por um ano!!!

- Vocês não sabiam disso? – Narcisa surpresa.

- NÂO! – clamou todos, menos Harry. Larissa ficou séria.

- Ué, Harry? Você já sabia? – Rony perplexo.

- Sim! – disse desanimado, lembrando da penseira e do diário de Larissa.

- E não nos contou? – Fred desapontado.

- Fico imaginando como era! .... Devia ser todo ano letivo! Uma briga diferente... – Jorge até revirava o olho.

- Ninguém deixava barato, Weasley! Nem Tiago, nem Sirius, nem Peter e muito menos Severo! Era... Digamos... o show que Hogwarts inteira via! – comentou Narcisa.

- Acho que vocês não conhecem essa história! Desde que eles entraram em Hogwarts, foi um tormento! Segundo até onde eu sei, tudo começou no Beco Diagonal! Quando Sirius, de brincadeira, atingiu Severo com um snap explosivo dentro do uniforme!

- Falaram foi terrível! – comentou Larissa meio sem graça. Narcisa continuou:

- É! Quando Severo se virou, ele não viu Sirius, mas viu Tiago entrando na loja! Então, ele achou que Potter que mandou o snap! A partir daí, Severo xingou tanto Tiago que se sentiu ofendido, pois quanto mais explicava, mas Severo não acreditava nele!.... Então, Sirius apareceu e começou a defender Tiago

- Até aquele dia, Sirius não conhecia Tiago, mas já defendendo dizendo que era seu amigo! E que o.... o?.. o?... Como eles chamavam Snape mesmo? – Narcisa esquecida.

- Ranhoso! Seboso! Snivellus! – disse Harry de cabeça baixa, pois lembrava do que seu pai fazia com Snape.

- Snivellus? – Fred soltou uma gargalhada logo depois.

- Sim! Acredito que este ultimo... é

- Por que ele fez amizade no último ano de Lucio em Hogwarts! – comentou Larissa séria.

- Não entendi? – Luna curiosa.

- Snivellus? Parece nome de cachorrinho de madame!!! – disse Jorge rindo que olhou para Larissa que confirmou com a cabeça dizendo:

- Sirius tinha me contado!! – Larissa desanimada.

- HAHAHAHAHAHAHAHA! – os gêmeos tinham ganhado o presente de Natal com a notícia. – Seu pai e seu padrinho, Harry, deviam ser a atração de Hoggie naquela época! – Jorge quase chorando de tanto rir.

- Para mim, não tem graça nenhuma! – disse Larissa mais séria. - Desculpe-me, Harry, o que vou dizer! Mas seu pai não tinha nenhum pingo de juízo! Do nada, ele atormentava Snape, assim como Sirius também!... Claro, Snape não deixava por menos! Aprontava com eles! Era uma coisa lamentável e infantil! Era a coisa mais ridícula que podia ser visto!

- Professora? Professor Snape te trata mal, não? – perguntou Neville. Larissa ficou pensativa e disse:

- Há muito tempo atrás, eu e Snape, tivemos nosso entendimento! Por um breve momento, confesso, mas tivemos!



Narcisa riu baixinho e disse: - E posso dizer que Sirius MORREU de ciúmes ao saber que você estava tendo aula particular de poções com Severo!!! Alice e Lílian ouviram escondidas, ele comentou com Tiago! E ficou mais fulo ainda sabendo que Severo a convidou para ir a Hogsmead, no dia do seu aniversário, lembra Larissa?



Ao mesmo tempo que Narcisa falava, Larissa levantou e ficou de costas para porta de entrada, mas respondeu a pergunta da amiga com um tom de estranhamento:



- Lembro! Snape não me buscou naquele dia!... Foi Sirius que apareceu na porta de entrada da Torre Corvinal!... Lembro também que Sirius estava diferente!... Estava agitado!... Tirando vantagens!... Convencido!... Depois disso, Snape passou a não me dar aulas particulares de poções!... Fechava a cara toda vez que me via nos corredores de Hogwarts e nas salas de aula!!... Parecia que eu era invisível a ele!

- O que isso tem haver Sirius com o fato de você não ter saído com Severo? – Narcisa sem entender nada.

- Aconteceu [i]uma coisa[/i] naqueles dias que antecederam a este encontro!?- disse Larissa enquanto fechava os olhos. No mesmo momento, Snape tinha acabado de entrar. Ele pareceu o olhar frio de sempre.



De repente, Lara se virou e deu de cara com ele.

- Olha para onde anda McClaggan! – secamente.

- Desculpe-me, Snape! – Larissa.



Os gêmeos começaram a soltar uns sorrisinhos abafados. Com certeza estavam lembrando do apelido Snevillus.



Snape não disse mais nada e não fez nenhum comentário aos olhares maldosos dos gêmeos. Olhou para todos, até que Remo entrou também e beijou ternamente Narcisa.



Draco resmungou: - É estranho como as coisas são! Meu diretor da minha casa sonserina apoiando sangues mestiços e ruins! Não pensei que fosse desse jeito! Minha mãe com um sangue mestiço! E pior! Um lobisomem! Estou decepcionado! Minha própria mãe, traidora dos sangues puros!

- Mais respeito com sua mãe, garoto! – Lupin saiu de onde estava e foi para cima de Draco segurando-o pelo braço.

- ME LARGA! NÃO PRECISO DE VOCÊ! EU QUERO MEU PAI! E DE MINHA MÃE JUNTO DELE! NÃO VOCÊ! – bradou Draco.



Narcisa ficou em silêncio e parecia magoada com a atitude do filho.

- Draco! – disse enquanto Draco saía do recinto.

Narcisa já ia segui-lo.

- Não! Deixa, Narcisa! – disse Lupin. – Ele compreenderá!

- Um tempo atrás, achava que sim! Mas agora que Lúcio saiu de Askaban, uma pontada de esperança ascendeu em meu filho!.... Eu vou lá! Tem algumas coisas que Draco não sabe do pai!... Com licença! – Narcisa saiu.



- Puxa! Ele está nervosinho só por que a mãe dele está namorando prof. Lupin? – perguntou Fred.

- E você gostaria de ver sua mãe com outro homem? Ou melhor um lobisomem? – perguntou Snape sarcástico. Os gêmeos e Rony não gostaram do que ouviram.

- Então, pela cara de vocês já responde tudo! – Snape com um sorrisinho de malícia.



- Com licença! Eu estarei no meu quarto! – disse Larissa se retirando. Snape acompanhou com olhos até ela sumir no corredor. Ele percebeu que Harry fechou a cara e ele retribuiu ao garoto.



Snape permaneceu atrás da cadeira onde Moody tinha acabado de sentar, enquanto Tonks se dirigindo ao filtro de água.



- E aí Lupin! O que titio Voldie está aprontando por aí? – Fred animado.

- O negócio está fervendo! – disse Tonks entrando e pegando um copo com água. – Voldie está armando o mais depressa que imaginamos! O cerco está fechando! Os gigantes estão também do lado dele! Hagrid informou a Dumbledore! Possivelmente, um ataque breve ao nosso mundo! Mas o que ele quer mesmo é Lara!

- Isto complica!? – disse Neville.

- Sim! No lado dos trouxas, os políticos deles estão abafando o caso para que o pânico não se alastre no mundo! Até agora está dando certo! – disse Tonks tomando logo depois um gole de água.

- Estão contando muita coisa, não acham? – perguntou Molly entrando a copa.

- Não! Até que não! Eu sei que Voldemort quer Larissa e eu ouvi tudo na reunião da Ordem que teve em Hogwarts! – disse Harry com veemência em sua colocação.



- Vejo que as regras de Hogwarts não são suficientes para pará-lo, Potter! E que também você se acha superior a elas! – disse Snape secamente olhando Harry de esguelha.



Harry já ia responder, mas a Sra. Weasley cortou dizendo:



- Está tarde! Todos para cama! Fred e Jorge, vocês vão para casa ou ficarão?

- Não! Vamos para o [i]apertamento[/i] de Gui e Fleur! É próximo daqui!– respondeu Fred.

- Então! Vão! Gui e Fleur estão saindo! – respondeu a Sra. Weasley, enquanto os gêmeos saíam em disparada.



E ficaram se olhando, pareciam soltar faíscas pelos olhos.

- Harry, querido! Vamos! Vamos dormir! – disse Molly que continuou a dizer se dirigindo ao Snape: - Professor! O senhor deseja que arrume o quarto de hospede!

- Obrigado, Sra. Weasley, mas não será necessário! Daqui a pouco, já estarei me encaminhando para lá!



Os garotos assustaram e olharam entre si, enquanto estavam caminhando até a escada.

- Mãe! Snape vai dormir aqui? – perguntou Ron já subindo as escadas.

- Professor Snape irá dormir aqui, Ronald Weasley! – afirmou Molly.

- E Snape vai dormir no quarto de hóspede menor? – Neville curioso.

- O professor Snape, Neville! Sim, ele vai!.... Shsss! Draco dorme! – respondeu Molly, enquanto entrava no quarto. Draco já estava lá dentro e deitado a cama.



Mas ele não estava dormindo: - O que? O professor Snape vai dormir aqui? Onde ele está?

- Sim! Na copa! – respondeu Molly indiferente a Draco. Ele levantou e saiu voando do quarto.



- Não ninguém merece! Só esta mansão para fazer todo mundo ficar junto! – comentou Ron chateado.



Draco apareceu, pegou as coisas dele e foi embora dizendo que ia dormir no quarto junto com o professor Snape: - Antes ele do que vocês! – disse Malfoy de maneira desdenhosa.



- Ótimo! Vai com Merlin! – disse Rony de forma engraçada que Harry e Neville riram.



Os garotos fingiram dormir, quando Molly tinha saído.



Logo depois, Harry ascendeu uma lampião, foi ao malão e pegou o diário de Larissa.

- Este é o diário, Harry? – Neville curioso levantando da cama e se aproximando. Ron fez a mesma coisa.

- Sim!... Tem um bom tempo que não abro! Querem ver? – Harry sorrindo.



Neville e Ron se olharam e disseram: Sim!



Então, Harry abriu o diário onde estava o marcador de páginas.

- Onde você parou? – Neville mais curioso

- Na parte que Snape estava dando aula para Lara!!! – disse Harry com raiva.

- Nossa, Harry!? Calma! Somos seus amigos! – disse Ron.

- Então, era verdade que a Sra. Malfoy conversava com Larissa? – Neville.

- Sim! Eu sabia, mas não sabia que Sirius ficou com raiva sobre isso! – Harry.

- Vamos, ver Larissa deve ter escrito algo! – Ron.

- Vamos lá! – disse Harry suspirando e abrindo o diário.



Quando Harry abriu, os garotos vislumbraram a cena a frente o que Lara vivenciou naquela época.

- Nossa! Isto é uma mágica legal! Olha!!! È como se trouxesse Hogwarts para cá!?!?!?! – Neville maravilhado.



Rony não tinha palavras. Ficou de boca aberta com a cena.

- Puxa! Larissa era gatinha mesmo!

- Ela tinha 15 anos, Harry? – Neville.

- Acho que sim! Bem, vou ler aqui! – Harry começou os dizeres e então, já era a voz da jovem Larissa que apareceu.





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Hogwarts, maio/1975. 5o. ano.



Estou aqui debaixo dessa árvore, de frente ao lago. E com esperança de ter me saído bem nos NOM´s. Acredito que as aulas de Severo foram primordiais para minha segurança.



Neste momento, o jovem Severo Snape aparece e assustou Larissa.

- Ai! Severo!... Não faça mais isso, por favor? – disse Lara com sorriso nos lábios.

- Desculpe-me! Como foi no NOM´s prático de poções? – Severo se sentou ao lado da jovem Lara.

- Graças a você! Acredito que tirarei E! .... Obrigada! – Larissa se voltando para o diário.

- O que você escreve aí? – Severo curioso.

- Minha vida!... Tudo o que acontece comigo e que acho importante para mim!... Situações, pessoas importantes que passaram e irão passar neste período em Hogwarts!.... Para quando eu estiver mais velha, aprender e a olhar-me melhor!... Avaliar minha postura frente as situações e as pessoas especiais! Ver meu desenvolvimento e amadurecimento! Legal, não? – Larissa fechou o diário e se virou para Snape que a olhava.



Ela sorriu para Snape que retribuiu.

- Sim! Interessante!... Posso? – Snape esticou a mão pedindo o diário. Lara entregou.

- Por favor, não abra, Severo! – advertiu Lara.

- Claro que não abrirei!... (Severo avaliou o diário por fora) ... Eu estou aqui neste diário? – perguntou Snape enquanto olhava para a capa.

- Sim! Você já faz parte de minha vida! – Larissa se aproximou e tocou o rosto do jovem Snape fazendo que se entreolhassem. A cara de Severo lívida.



Larissa fez um carinho na face dele e continuou dizendo:

- Quais são sonhos?

- Co.. Co... Como? – Snape estava sem ação.

- O que o faria mais feliz de todos os homens? – Larissa curiosa se aproximou mais recostando no ombro de Snape.



Snape não respondeu. Estava paralisado, mas chegou a dar um breve sorriso.





- Sabe! Quem ele está me lembrando agora? – disse Neville comentando, enquanto Harry e Ron se viravam: - Você Rony!

- Como assim, Neville?

- Você com Hermione!!! Você não sabe o que fazer! Fica paralisado com ela o toca ou se aproxima de você de maneira carinhosa!!!



Rony ruborizou-se. Harry riu do amigo: - Você lembra que Lara disse a você, Ron?

- Sim! Que eu devo falar com ela!!

- Então, entregou a carta? – Harry.

- Não! Vocês reparam que Krum estava aqui hoje? – Rony cabisbaixo.

- Acho melhor você entregar esta carta logo! Antes que Hermione decida ficar com ele! – Neville comentando



De repente, uma voz apareceu atrás do garotos:

- Uma vez, Larissa, me disse que o homem tem mais coragem para lutar contra dragões, monstros do que falar o que sente por uma mulher!



Era Luna.

- O que faz aqui? – Harry curioso.

- Não consegui dormir, então ouvir barulhos e vim para cá! – disse Luna sentando-se entre os garotos: - Vamos, Harry! Continue a ler!!



Harry balançou a cabeça e retornou a leitura.





- Eu e Lílian aprendemos um feitiço muito complexo, sabe?

- É! Você e Evans são muito boas em feitiços! – comentou Snape enquanto olhava o lago.

- Não é qualquer um! Existem vários! Assim como você sabe muito de poções e magia das trevas!... Eu e Lílian resolvemos estudar por nossa conta: magia antiga! – disse Larissa empolgada, olhando para Snape que ainda visualizava o lago.

- Isto não é não pode? È contra as regras da escola! – disse Snape ressabiado.

- Eu sei, mas eu quero aprender mais sobre isso! Lílian será uma inominável!

- Evans?

- Sim! Ela é boa nisso! Ela sabe muita coisa! E uma delas é de saber qual seria a felicidade do outro! – disse Larissa que estava na posição gatinho. Snape a olhou.

- Como se fosse Legilimência? – Snape com curiosidade. Larissa não entendeu e Severo explicou:

- Está arte das trevas em que se vê a pessoa através da mente! Isto é muito útil para saber se a pessoa está mentindo ou não! Deve se manter um contato visual com a pessoa! O bloqueio para isto é a Oclumência! – respondeu se voltando para o lago.

- É! È parecido! Mas não é a mente que se vê!.... É o coração!... Tem que manter um contato visual também!...Faça uma Legilimência em mim! – pediu Larissa.

- O que? – Severo incrédulo.

- Sim! Se me prometer que eu faço esse outro que conheço em você?!

- Tudo bem!!! – disse Severo pegando a varinha.



Larissa se posicionou de frente e:

- Legilimens! – disse Severo.



“Larissa era uma criança de 5 anos de idade e estava brincando com uma boneca aos pés de seus pais que estavam sentados em cadeiras de jardim. Seus irmãos estavam correndo pelos prados. De repente, uma escuridão se formou. Não era chuva se aproximando. De repente uma serpente gigantesca apareceu.

- Corra, Lara! – gritou o pai.



A serpente já ia devorar Lara e.....”





- Harry pára. Está ficando sinistro isso tudo! – disse Neville assustado.

- Não! Continua, está legal! – disse Luna empolgada com aquilo tudo.

- Você é maluca! – comentou Ron. Luna nem ligou e olhava a cena a frente dizendo: - Anda, Harry!







- Nãooo! – Larissa caiu para trás, assustada. Snape também foi jogado para o lado oposto.

- Foi bom! Muito bom, Larissa! Bom bloqueio! – elogiou Snape que continuou: - O que era aquilo?

- Não sei! Eu tive este sonho há muito tempo atrás, mas parou! E não sei exatamente o que significa!? – disse Larissa estranhando o fato disso ter voltado em sua memória. E continuou:

- Bem! Agora é a minha vez! – disse Lara, enquanto Snape estava se recompondo e recostando na árvore.

- Acho melhor, não! – Snape já ia levantando, mas Larissa saltou no colo dele que ficou espantado com a reação dela:

- Vamos ver, Severo Snape! O que te faria a pessoa mais feliz!!.... (Larissa pegou a varinha e).... Felix Felicis!!!



“Larissa começou a visualizar ela andando com Severo de mãos dadas pela travessa da Hogsmead.”



- Pára! – disse Severo pegando Larissa pelo ombro. Ela estava sorrindo e disse:

- Eu estava pensando como retribuí-lo pela ajuda que você me deu no NOM de poções e você já querendo isso!

- Eu... eu...?!?!? – Snape começou a ficar sem jeito o que dizer. Então, Larissa perguntou:

- Você gostaria de ir comigo a Hogsmead, Severo Snape?



Ele engoliu saliva e balançou a cabeça afirmativamente.

- Então está combinado! No próximo sábado, sairemos juntos em Hogsmead! Meu amigo, Severo Snape de Sonserina! – disse Larissa beijando a testa de Severo e saindo do colo dele. Pegou o diário e saiu correndo. Logo depois, Lara se virou de longe, acenou para ele e saiu correndo indo em direção ao castelo.





- Nossa! Eles tiveram amizade mesmo!! – Rony fez um bico engraçado e balançando a cabeça, impressionado com que acabou de ver e ouvir.



Harry e Neville permaneceram mudo, enquanto Luna entoava de forma empolgada: - Que feitiço legal!



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