Cap. 06: Saudades, Brigas, Bri



Cap. 06: Saudades, Brigas, Brincadeiras e Romances


Neste momento, todos ficaram pensativos. Uns comentavam com os outros.



- Mas, quem poderia ser? – Rony perguntou sussurrando para Harry.

- Nem imagino, Rony! Mas minha curiosidade por que ela tinha tanta esperança de vir para cá?, - continuou Harry a dizer em voz sussurrada.

- Eu não percebi isto, Harry!?! E ainda não entendi por que você deixou ela vir a mansão. Para mim ela foi falsa e parecia que estava planejando algo.

- Eu pensei que ela.....Peraí! Como vocês .... ouviram? – perguntou Harry curioso.

- E vimos tudo que aconteceu – disse Hermione chegando perto deles e Gina vinha logo depois.

- Professor Dumbledore parece que queria que todos vissem e ouvissem, então, nós observamos toda a cena através da parede que dividia os cômodos. – disse Gina.



Dumbledore pediu a atenção de todos e falou:

- Gostaria de fazer algumas colocações aos membros da Ordem da Fênix: pelo que percebi vamos continuar com nossas reuniões aqui. Eu temia não conseguir a tempo que Andrômeda Tonks entrasse com o pedido de tutoria pelo Harry, mas... vejo que o tempo está do nosso lado.

- Mas professor, Harry terá que morar com Andrômeda? – perguntou Molly Weasley em tom de desapontamento.

- Não, Molly! Não necessariamente! Harry pode ficar na mansão, caso ele queira, ou visitar vocês, mas deve passar pela autorização de Andrômeda. Bem que cá entre nós, não será empecilho nenhum. – sorriu o diretor aliviando o coração da Sra. Weasley.

- Continuando! Gostaria de apresentar nossa nova integrante: Srta. Fleur Delacour. E o outro integrante é o Sr. Vítor Krum que está trabalhando para ordem na Bulgária para conseguir adeptos a ordem.



“Que Krum? Eu não acredito?” murmurou Rony com raiva. “Shsss”- sussurrou Mione.



- Diretor! Se me permitir a fazer um questionamento? – perguntou Severo Snape. – Sr. Potter permitiu a vinda da Sra. Malfoy a esta residência, correto? Então receio que a ordem está em perigo de ser descoberta!



Os outros membros da Ordem começaram a concordar com Snape e olharem para Harry com ar de censura até Rony, Gina e os gêmeos olharam assustados ao amigo – exceto Lupin. Que se pronunciou sob o olhar aguçado de Snape:

- È interessante seu ponto de vista, Severo, mas a atitude de Harry foi excelente e de raciocínio rápido.

- Não entendi, Remo? – perguntou Héstia incrédula.

- Olhem! No caso, eu e Severo (mais Severo do que eu) podemos opinar sobre Narcisa. Nós estudamos na mesma época. Ninguém em Hogwarts conseguia passar a perna nela sem receber um troco imediato – que convenhamos até Tiago sobrava com poder de argumentações que ela fazia. Ela não é tola; possue um raciocínio de associação fantástico. Pensem! Ela....

- Ela quer e deseja esta residência. Caso ela não viesse para cá. Então, ela buscaria informações sobre o movimento da casa.

- Certo, Hermione! Ela sabe que Harry não está sozinho: tem os Weasleys, Tonks, até a mim mesmo. Narcisa sabe que são pessoas que não aceitam Voldemort e que lutariam contra ele. – disse Lupin admirado.

- E com associacionismos, assim, ela suspeitaria que algo está acontecendo na residência do Black. – disse Mione perspicazmente.

- Exato! Congratulações, Srta. Granger! Brilhante! – professor Dumbledore aplaudiu sozinho.

- Deixe-me ver se entendi: devemos deixar o inimigo entrar e vigiaremos suas ações mais de perto!!!! – disse Moody pensando. – Hum! ADOREI! REALMENTE EXCELENTE ESTRATÉGIA.



Olho-Tonto Moody caminhou em direção ao Harry e o cumprimentou com intensidade:

- Ah! Alvo! Há muito tempo não vejo um jovem bruxo com tais características. Se bem me lembro, apenas uma jovem bruxa teve um nível avançado (até superior) de planejamento e estratégia desde dos tempos negros....como ela se chamava???

- McClaggan!!! – disse Lupin saudoso.

Professor Dumbledore, nós precisamos descansar! E... – disse Sra. Weasley se virando para o grupo de jovens bruxos – “Receio que está tarde e a hora de vocês – mocinhos e mocinhas - irem para cama”.

- Certo! Membros da ordem – apenas os adultos - amanhã a tarde nos encontraremos para reunião. Boa noite! – disse Dumbledore e que desapontou os garotos e deixando Harry com uma pontinha de raiva.



Todos se retiraram. Apenas Harry, Mione, os Weasleys, Fleur e Lupin permaneceriam na mansão de Sirius Black.



- Remo, você vai ficar no quarto de Sirius! Quero lembrar que o professor Snape deixou uma poção Mata-Cão, encima do criado-mudo. Os gêmeos, Carlinhos, Gui, Harry e Rony ficaram nos quarto de hóspedes. Hermione, Gina e Fleur no quarto que foi de Regulus. Enquanto, eu e Arthur no quarto do casal Black. – disse a Sra. Weasley no tempo que todos estavam atravessando o corredor.



Lupin abriu a porta e desejou boa noite a todos. “Eu nunca entrei no quarto de Sirius...”, pensou Harry quando já estava entrando no cômodo onde iria dormir junto com Rony.



- Bem, pensado Harry! – disse Carlinhos

- O que? Sobre Sirius? – respondeu Harry confuso.

- Não!! É sobre seu raciocínio... – completou Gui.

- Eu nuncar pensarria dester jeitor, Arry! – comentou Fleur.



Os outros foram entrando junto. Eles ainda queriam comentar sobre a decisão de Harry.

- Legal, Harry! – disse Mione, abraçando-o. Gina fez o mesmo completando com um beijo na bochecha do garoto.

- Humf! – bufou Rony – Mas o Snape tem ainda razão sobre Sra. Malfoy e também vamos ver Draco aqui. Que droga, Harry!! O que é pior ainda Krum está na Ordem!?!?

- Pára de reclamar Ronald Weasley! Você deveria estar dando pulos de alegria que Vítor está do nosso lado. Você mesmo gostava do jeito que ele jogava no Quadribol. Olha a habilidade que ele tem. E Harry fez isto para nosso bem! – disse Hermione encarando Rony.

- Gente! Peraí, eu não pensei isto! Eu apenas deixei que ela viesse aqui, porque acho que...que...- Harry não tinha o que argumentar, apenas fez isso no impulso. Parece que algo dentro dele pedia para deixar Narcisa ir lá. E foi salvo pelo gongo para não continuar a responder, pois a Sra. Weasley entrou no quarto expulsando a todos.

- Rony!! Rony!! Pô, fala comigo!

- Boa noite!

- Você ainda está chateado com aquilo que disse sobre você e Hermione lá na Toca?

- E mais ainda com que você fez hoje!!! Vê se pode Draco aqui! Que saco!! Ter aturá-lo.

- Mas...Ron! Eu...

- Que droga, Prof. Dumbledore! E ainda agüentar ver Mione e Krum aqui juntos!!

Ron...

- Muito obrigado Harry! Podia dormir sem esta! – finalizou Ron dando as costas para Harry.



Harry titubeou em falar; achou melhor se calar. Deitou e dormiu.



********



Sentia que era sua vez de dar as cartas. Sabia que sua vida iria mudar. Não sabia para onde, mas mudaria para sempre seu destino.



Então, fez tudo conforme a orientação da carta e entrou no Caldeirão Furado. Estranhou o lugar, cheio de gente com roupas esquisitas, mas era interessante observá-los.



Foi ao local onde estava a entrada para o tal Beco Diagonal. Ficou maravilhado com a área! Sentiu que aquelas pessoas o entenderiam como ele é. Entrou na loja e percebeu que não tinha dinheiro para comprar e ainda ouviu um comentário:

Hogwarts é uma escola cara! É muito sacrifício pagá-la, mas compensa a aprendizagem mágica dos nossos filhos!!!



“Como vou pagar isso tudo e ainda a escola?” – pensou alto. Enquanto isso caminhava e viu o banco Gringotes. “O que fareeeeeii?”, estava andando distraído que trombou uma senhora e acabou caindo:

- Olhe para onde anda, moleque! – bradou a mulher e deixando ele com uma pontinha de raiva. Teve vontade de atacá-la, mas não pode. Em compensação, pegou a bolsinha de dinheiro dela. “Bem agora, eu tenho dinh...ah não!!!”



Percebeu que o papel com a relação de materiais caiu numa poça d´água:

- Que coisa! Agora até minha lista está molhada....era só que faltava!?!

- Talvez, eu possa te ajudar!!!, ele ouviu uma voz profunda e grave vinha de trás.



Quando ele acabou de se virar, reparou que um homem alto, vestido de preto com cabelos grisalhos lhe estendia a mão para ajudar a levantá-lo:

- Obrigado! Eu estou perdido. Recebi uma lista de material de uma escola de magia, mas não tenho dinheiro.

- Calma! Que pressa...qual é seu nome, garoto?

Tom Marvolo Riddle. E o Sr.?

- Marvolo? Que interessante! – falou o homem admirado como se fosse aquilo que ele procurava a muito tempo. Continuou a falar:

- Conheci uma moça muito bonita com este sobrenome. O nome dela....e faz tempo...que...!, - dizia olhando para os lados e pensativo. “Mas gostaria de conversarmos em outro lugar. Venha!”



Ele ficou confuso. “Para onde este senhor me levaria? Quem é ele?”, pensou

Não se preocupe, Tom! Eu sou aquele que te guiará para cumprir o seu destino!, disse caminhando em passos largos.

- Como assim, senhor?

- Por favor! Entre, Tom!

Ele olhou para uma porta grande prateada que possuía um símbolo que lhe parecia familiar: uma cobra. No hall de entrada, viu uma grande escada a frente e nas laterais duas salas. O Sr. desconhecido se encaminhou para sala da esquerda e ele o seguiu.



A sala era grande com janelas grandes. Os móveis eram antigos, mas bem conservados.

- Sente, Tom!, disse.

Não queria se sentar, relutou:

- Olha, eu nem sei quem é o Sr.!!! Poderia me explicar como poderia me ajudar a comprar estes materiais. – disse olhando fixamente para o sr. desconhecido.

- Peculiar sua postura. Bem, Tom! Vou direto ao assunto: eu conheci sua mãe!, disse rapidamente.

- Minha mãe? Ela morreu quando eu nasci! E acabei naquele orfanato imundo. – falou com asco e se sentando no sofá.

- Sim, imagino como você esteja! Bem, o nome dela era Izabella Marvolo, descendente de raça de sangue puro de bruxos, principalmente de um grande bruxo Salazar Slytherin.



Ele ficou atento. Não sabia nada de sua mãe, muito menos do seu pai.

- Salazar junto com quatro outros grandes bruxos fundaram esta escola a qual você foi selecionado a estudar. A divisão das turmas em casas foi definida pelas características dos alunos os quais estes estavam dispostos a ensinar: coragem (Grifinória – Godric Griffyndor), lealdade (Lufa-lufa – Helga Huffpuff), inteligência (Corvinal – Rowena Ravenclaw) e Astúcia (Sonserina – Salazar Slytherin). O problema começou, pois nenhum dos bruxos queria passar seus conhecimentos aos outros alunos das outras casas que eles acreditavam que não eram dignos para tal. Eles brigaram e um certo dia, Salazar abandonou a escola, mas deixou uma câmara secreta que apenas o herdeiro poderá abrir. No caso...

- Entendo, eu sou este herdeiro! Mas para que esta câmara foi feita?

- Ela contém um basilístico, uma cobra gigante que aniquilará os sangues ruins e os sangues mestiços que estiverem na escola.

- Ah! Suponho que o senhor é bruxo e tem interesse em acabar com estes tipos de raça? Mas por que não fez isto você mesmo?, perguntou com curiosidade.

- Sim, boa colocação! Atualmente, não posso andar as ruas, pois sou procurado! Mesmo que quisesse não teria a capacidade de entrar dentro de Hogwarts que é um dos lugares mais seguros do mundo dos bruxos. È aí, onde você entra, Tom!, disse o bruxo com sorriso nos lábios. E continuou: - Os diretores desconhecem sua descendência, pois já se passaram muitos anos desde a saída de Slytherin.

- Não entendo, não vejo em interesse nenhum nisso!, disse levantando do sofá, dando as costas para o bruxo e caminhando até a porta.

- Mesmo se lhe dizer que sua mãe se apaixonou por um trouxa e este a abandonou grávida, depois dela dizer a ele quem era de verdade: uma bruxa.



Ele parou de andar. Não acreditava no que ouviu. Continua de costas para o bruxo.

- Ele a abandonou, Tom! Fez juras de amor eterno a Izabella. E ela acreditou que o amor dele era resistiria dizendo quem era. Ledo Engano! Pobre Iza! Foi execrada por aquele a quem ela se entregou por acreditar na tolice desse amor de trouxa. – disse o bruxo em tom apático. E perguntou:

- E você ainda não tem interesse?



Algo nele foi tomando proporções de raiva e imaginando sua mãe sofrendo por aquele traidor que ela amou. Sofrendo no parto para tê-lo e morrendo logo depois.



Virou-se e fitou-o. Depois voltou seu olhar pensativamente para lareira apagada e retornou a olhar para aquele bruxo:

- Como poderia me vingar minha mãe daquele que a abandonou? E também punir aqueles que me maltrataram todo este tempo?, perguntou.

- Tudo ao seu tempo, caro Tom! Em primeira ordem, você estudará e aprenderá mágica, poções e feitiços. E eu lhe ensinarei algumas mais....assim, como poderia dizer, proibidas e secretas que não lhe mostrarão lá na escola. Depois, você já preparado, poderá assumir o que é de direito e herança e prosseguir com o sonho de Salazar Slytherin.

- Destruir os trouxas que querem ser bruxos. Bem, gostei da idéia!, disse com satisfação e prosseguiu: Posso me vingar logo após?

- Claro! Todos – bruxos, sangue ruins e trouxas – temerão seu nome. Assim como temem o meu!, disse em tom austero.

- Qual é?

- Grindelwauld.



********



Harry acordou assustado, mas com uma sensação estranha; como se fosse de contentamento.

- Que coisa estranha! De novo, Tom?, disse.



Ele não queria, mas estava sendo maior que ele. Como poderia controlar isto? Como parar de sonhar e sentir o que Voldemort sente?



Lembrou de Sirius, queria falar com ele. Dizer tudo. Ouvir a sugestão do padrinho. Perdeu o sono, saiu do quarto e ficou caminhando pela mansão. De repente, ouviu a voz do elfo doméstico Monstro. “Ele não foi embora? Não há mais Blacks para serem servidos?”, pensou Harry. Continuou andando se aproximando de onde estava o servidor. Parou ao lado da porta da cozinha. Ficou na penumbra para não ser visto:

- Logo, logo, eles sairão! É questão de tempo! Então continuarei servir meus senhores, - resmungou Monstro segurando uma foto de Bellatrix. “Monstro ter paciência! Sr. Malfoy disse!”

- Harry!, disse Gina em voz baixa.

- Ai! Shss! Que susto, Gina! - respondeu.

- O que houve?

- Monstro! Está tramando algo!

- È mesmo? Não confio nele!!!

- Também não! Depois que ele mentiu para mim dizendo que Sirius tinha saído naquela noite.

- Ué? Cadê ele? – perguntou Gina deixando Harry surpreso com o sumiço repentino do elfo. “Você acredita que ele nos ouviu Harry?”, continuou Gina.

- Não! Não creio, mas em todo caso...o que você está fazendo aqui?

- Perdi o sono! Desci para beber água e te encontrei aqui.



Eles entraram na cozinha e pegaram os copos de água. Sentaram-se a mesa e não falaram nada, até que Gina:

- Harry!

- Sim!

- Posso perguntar uma coisa?

- Sim!

- Mas não precisa responder, caso não queira, ok?

- Tudo bem.

- O que você está sentindo?

- Como assim?

- Bem... Quero dizer... Sirius... sente falta dele? Digo, você não comentou mais sobre isso! Ainda mais, depois daquele dia que Jorge interrompeu dizendo que você tinha o Lupin.

- Ah! Eu não queria desmerecer Lupin. Eu gosto muito dele, mas Sirius era uma ligação maior. Era melhor amigo do meu pai., disse Harry abaixando a cabeça.

- Entendo! Não se culpe, eu acredito que Lupin entendeu também., disse Gina tentando animá-lo segurando com carinho a mão de Harry.



Harry levantou a cabeça e olhou para Gina. Ela sorriu e ele sentiu algo estranho no peito que não sabia explicar exatamente. De repente, um grande lobisomem apareceu na cozinha assustando-os.

- Harry!?!, gritou Gina com medo na face.

- Calma, Gina! Se Lupin tomou a poção do Snape – e espero que ele não tenha errado nos ingredientes – estará tudo bem!

- Mas Harry?, disse observando a criatura caminhando lentamente até o fogão.

- Gina, ele está farejando algo! Deve estar com fome!

- Sendo Lupin ou não, eu estou com medo!, disse a caçula dos Weasleys agarrando o pijama de Harry com tanta força que quase arrebentou os botões.



Neste instante, Sr e Sra. Weasley apareceram e viram a cena. Os outros vieram logo atrás.

- Ai, ai! Por Merlin, Arthur! Lupin! Ele se transformou! Isto é ruim!, disse Sra. Weasley com veemência para Sr. Weasley

- Calma, Molly! Ele não fará mal a ninguém. Ele tomou a poção.

- Não me venha com isso! Você disse que ele iria trancar a porta e me deu a segurança de nada iria acontecer.

- Porr querr Lupiin não trancor a portar? – perguntou Fleur imediatamente olhando que Lupin já estava transformando em humano.

- Ahh! Por favor, todos para fora!, pediu Arthur.

- Accio capa! – disse Molly.



Enquanto todos saíam da cozinha para que Sra. Weasley cobrisse Lupin, já estava começando a amanhecer.



Todos ficaram na sala e dava para ouvir as lamentações de Molly Weasley com Remo Lupin sobre o incidente presenciado. Eles estavam saindo da cozinha com Arthur Weasley amparando Lupin:

- Puxa, Molly! Não fala, assim com Lupin, ele não tem culpa do que é! Ele está exausto. – falou Arthur.

- Eu tenho certeza que tranquei a porta. De maneira nenhuma colocaria, os garotos em perigo, Sra. Weasley!, disse Lupin expressando certa fraqueza na voz.



Eles pararam um pouco e viram os grupo de jovens que olhavam a cena.

- Bom dia todos!, disse Lupin lívido.

- Arthur! Leve-o depois continuaremos nossa conversa. – disse a matriarca dos Weasleys. E olhando para Harry e Gina, falou:

- E vocês, dois! O que faziam acordados....?

- Bem, nós..nós.. – Harry engasgou

- Perdemos o sono, mãe!, disse Gina prontamente.

- Bem! Então, vou preparar o café da manhã! disse a Sra. Weasley desconfiada de alguma coisa.

- Eur ter ajurdarrei senhorar Weasley!

- Obrigada, Fleur! Então, vamos lá! Enquanto ao restante, arrumem seus quartos.

- Mãe! E o Monstro? Ele.... – disse um dos gêmeos.

- Não fiquem na esperança que Monstro vá arrumar, pois não vai por motivos óbvios. Vão!, completou Molly.

O Sr. Weasley, Gui, Fleur e os gêmeos saíram para trabalhar. Carlinhos teve que voltar para Romênia. Apenas restavam na mansão: Sra. Weasley, Gina, Rony, Hermione, Lupin e Harry. Claro! Monstro, mas nunca sabia onde ele estava.



- Bem! Temos muito trabalho! Como perceberam a casa está um horror! E começaremos tudo de novo!, disse a Sra. Weasley com tom de desânimo. E completou entrando no quarto de Sirius.

- Vamos começar por aqui! Gina e Hermione, cuidem das fadas mordentes que estão nas cortinas. Eu cuidarei da poeira e limparei os móveis. Lupin, bicho-papões. Rony e Harry separem a papelada que está neste baú por assunto.



Lá foram os dois garotos! Rony continuava a falar pouco com o Harry. Enquanto as meninas não paravam de falar.



Harry percorreu o olhar pelo quarto e viu a Sra. Weasley tirando a poeira de um quadro que parecia ser os pais de Sirius; ele quando criança, talvez o bebê seria Regulus no colo da Sra. Black.



- Uma pessoa notável, Sr. Black! Primeira Ordem de Merlim por serviços prestados a comunidade bruxa., disse Molly

- Pena! Que acreditava que só os bruxos de “puro sangue” tinham valor!, completou Remo.



Continuaram as arrumações do quarto. Harry mexia a papelada do baú e viu um diário no fundo. Pegou-o e olhou para amigo Ron. Hesitou em mostrá-lo. Viu que possuía iniciais: L.H.M. “Não é de Sirius!” pensou folheando. De repente, a campainha tocou assustando a todos e Harry percebeu que caiu do diário duas fotos.



Enquanto Molly e Remo desceram para atender a porta. Harry pegou as fotos. Mione, Gina e Rony se aproximaram dele e também viram. A primeira foto que não era mágica: um rosto de uma garota muito bonita que sorria. “Parecia que tinha olho claro”, comentou Gina. A segunda foto tinha quatro meninas – uma delas era a garota da primeira foto. Elas mostravam felicidade; elas estavam uma abraçada a outra; acenavam e mandavam beijos. Harry reconheceu as outras: uma sua mãe, Lílian. As outras: a mãe de Neville, Sra. Alice Longbottom; e por incrível que possa parecer a terceira era:

“Sra. Narcisa Malfoy”, disse todos ao mesmo tempo.



- Sim! Alguém disse meu nome?, perguntou Narcisa maliciosamente, enquanto entrava no quarto junto com seu filho.

Harry escondeu a foto e o diário debaixo da cama. E deu um passo a frente.

- Acredito que eles adivinharam que vocês viriam aqui, Narcisa!, falou Molly desconfiada.

- Estou surpreso com sua vinda, Sra. Malfoy! Harry me disse que seria bem vinda caso avisasse com antecedência!, disse Lupin.

- Ah! Tinha me esquecido desta parte! Desculpe-me a minha falta._de_atenção!, falou Narcisa em tom de arrogância olhando para Remo Lupin. Draco sorriu junto com a mãe.



“Cínica. Está mentindo!”, Harry ouviu Ron sussurrar.



- Vejo, Molly que está arrumando a mansão!!, continuou Narcisa.

- Sim! Por isso, acredito que você chegou numa hora imprópria para visitas, Narcisa!, disse a Sra. Weasley ignorando-a e se dirigindo a poltrona para tirar o pó.

- È percebo que vocês estão muito ocupados para dar atenção a uma família nobre como a nossa!, disse Narcisa com seriedade no tom de voz e caminhando até o cabide.



O que deixou Harry com raiva foi que percebeu que Draco deu um sorrisinho sarcástico que concordava com a mãe.

- Pois bem! Vamos ajudá-los!, disse Narcisa prontamente, com um sorriso de satisfação e colocando a capa no cabide. Arregaçou as mangas e saias.



A expressão facial de sarcástica de Draco se desfez rapidamente para um rosto de: “O que?..... Mãe! Você não está falando sério?”. Isto deixou Harry doido para rir, mas segurou.



- Não me olhe deste jeito, Draco Malfoy! Vamos ajudar, sim! Se vamos visitar esta residência e até quem sabe um dia morar, eu a quero digna para se viver. E também, esta mansão já foi muito bonita e imponente de Londres. Gostaria de retorná-la a tal posto.- disse Narcisa em tom forte na voz, mas expressando um certo saudosismo no olhar. E continuou a dizer:

- Então!!!!, olhando para todos e estes assustados, inclusive Sra. Weasley embasbacada.

- O que foi Molly? Não posso ajudar?

- Sim... mas?... como? Narci... Eu... – Molly gaguejou.

- Ótimo!... Por favor, Monstro!... Cadê ele?... Monstro?

- Pois não! A mestra chamou...

- Sim! Onde estão vassouras... rodos... baldes... esfregões.... água... panos mágicos aspira-pó e os clareia-chão... borrifador mata fadas mordentes.... aromatizantes....



A cada palavra que Narcisa dizia, Monstro fazia aparecer os objetos pedidos. Harry olhou para Remo Lupin estava estranhando aquilo tudo de Narcisa:

- Vejo que você é uma pessoa surpreendente, Narcisa!, disse Lupin fitando-a.

- E eu vejo que você me conhece muito pouco, meu caro Remo!, disse retribuindo o olhar e sorrindo com os lábios.

- Lembro no tempo de escola, que os Sonserinos eram de difícil aproximação até de compreensão. – comentou. Por um breve instante, Harry achou que Lupin riu carinhosamente para Sra. Malfoy.

- Estou esquecendo de alguma coisa???, disse Narcisa mudando de assunto.

- Acredito que um Gramofone tocando uma música bem animada será uma ótima solução contra bichos papões!, disse uma voz feminina vinda porta do quarto.



Todos olharam. A reação de cada pessoa presente naquele quarto foi diferente, apenas Monstro foi indiferente:

Draco não sabia quem era, apenas olhou curioso. Lupin deu um passo adiante e lodo depois parou incrédulo no que via. Sra. Weasley estava em estado de choque e disse:

- Eu.... pensei... que você tivesse.... morta?

- Lara?!?!?! – falou Narcisa surpresa e se adiantando em passos largos para chegar próximo da jovem mulher.



Harry e os outros se entreolharam. Perceberam quem era logo de cara. “É a garota da foto!!!”, sussurrou.



- Deviam ter mais cuidado com as portas e janelas, pois consegui entrar sem ninguém perceber. Mas como todo Sonserino é descuidado! Imaginei que encontraria você aqui. Além - é claro – dos demais que já sabia já ocupavam a mansão.



Narcisa e a moça se entreolharam e depois deram uma gargalhada:

- Narcisa!!!

- Lara!!!!

Dizeram isso se abraçando fortemente.



- Pensei que você tivesse....

- Morta....? Bem, parece que você esqueceu como eu sou, Narcisa! Sou difícil de agarrar.

- Mas você morreu!!! Toda sua família!!! Você-Sabe-Quem e os comensais....atacaram o principado em Yorkshire. – disse Molly ainda assustada.

- Suponho que seja a Sra. Weasley! Professor Dumbledore me alertou da possibilidade da senhora se assustar. Bem! Vou resumir o que aconteceu. Quando Voldemort e seus seguidores invadiram o palacete, eu estava tentando fugir, quando um auror matou um dos comensais.

- Wilkes foi morto neste dia!, disse Lupin pensativo.

- Correto, Remo! Que bom revê-lo! Acredito que desde o término da escola que não te vi mais!, disse abraçando-o.

- Meu Deus! Eu estou assustada, mas feliz! Achei que nosso mundo tivesse perdido a esperança na época que sua família foi morta. – falou Molly correndo para abraçá-la.

- Mas.... por que você veio para cá? Estou vindo Ministério e estive com o professor.

- Bem! Ele pediu para avisar 3 recados: primeiro que Arthur não virá para o almoço. Segundo: o assunto de hoje a tarde terá que ser adiado. Terceiro: pediu para trazer pessoalmente estas quatro cartas-corujas de Hogwarts, assim como, as quatro cartas do resultado dos N.O.M.´s, - disse a moça distribuindo para cada um dos garotos as respectivas correspondências sem errar.

- Como você sabe de quem é carta de quem?, perguntou Rony.

- Pelo óbvio, Ronald Weasley!! Dããã!!!, falou Mione em tom jocoso. Gina e Harry riram acompanhados por Draco.

- Não entendi!

- Pense, Weasley! Olhe as minhas fisionomias...

- Malfoy, Draco! - completou a jovem moça raciocinando e respondendo. E ele continuou:

- Olhem você e sua irmãzinha: Cabelos ruivos, sardas e vestes de segunda mão.

- Tirando este comentário sem graça de Draco. Weasleys, Ronald e Ginevra.

- E o cicatriz!

- Potter, Harry. Gostaria de salientar que não olhei a cicatriz, mas sim o olhar dele, Sr. Malfoy! Lembra muito Lílian.



Narcisa levantou e se pronunciou:

- Temos trabalho muito trabalho a fazer e....

- Espera aí, mãe! Vocês se abraçaram. Cumprimentaram, mas não apresentaram. – disse Draco. Enquanto todos balançavam concordando com Malfoy: “É a primeira vez que concordo com este pretensioso”, sussurrou Rony no ouvido de Harry.

- Quem é ela afinal?, Draco com curiosidade.

- Larissa McClaggan.



*********



- Sra. McClaggan! E para mim, não tem carta coruja? – perguntou Hermione ansiosa.

- Ah, sim! Deve ser a Srta. Hermione Granger! Professora McGonagall e Professor Dumbledore disseram que entregarão pessoalmente as cartas a você. Ah! Também gostaria que me chama de Srta. McClaggan, não sou casada!

- Claro que isto poderia ter acontecido a mais tempo, aí então seríamos primas, Lara!?!? – comentou Narcisa.

- É, mas infelizmente ele...

- Eu sei, eu sei...- disse Narcisa interrompendo Larissa

- Estarei preparando o almoço – disse Molly.

- Então, vamos lá, garotos! - disse Lupin. Só Malfoy torceu o nariz e Hermione não sorriu.

- Mas e as cartas! Eu quero saber o resultado! – disse Rony.

- Depois, Rony!! – disse Molly tirando as cartas das mãos deles e saindo do quarto. – “Isto ainda tem tempo...”

- Não entendi? – perguntou Gina.

- Acredito que seja para vocês não ficarem encucados caso não forem bem nos resultados? – arriscou Remo rindo.

- Mãos a obra!!! Eu ajudo! – disse Larissa.



Realmente, foi muito engraçado ver Draco Malfoy arrumando algo. Ele fazia cada cara de asco para tudo que tocava.

- Mãe! Deixa...

- Nem pense em lançar feitiço! Você não tem permissão, mocinho!, disse Sra. Malfoy repreendendo-o.



Harry já estava acostumado com arrumações na casa dos Dursleys, mas estava se divertindo muito com Gina e Rony. Eles inventavam formas diferentes de arrumação: uma delas foi a competição de corrida com o rodo e o pano mágico clareia-chão. Eles montavam e saíam pelo corredor, correndo. Numa dessa Harry foi com Gina na brincadeira. Foi muito animador para ele está perto de Gina naquele momento.



Rony, finalmente, resolveu se soltar mais. Estava menos carrancudo. Conversava mais com Harry. E ainda arriscava algumas brincadeiras de fazer bolinhas de sabão que Harry lhe ensinou. De vez em quando, olhavam rapidamente, a Sra. Malfoy limpar os objetos. Ela lançava os feitiços junto com os produtos que arrumavam tudo. “Nossa!!!”, exclamava Gina.



Almoçaram. Narcisa e Larissa conversavam animadoramente, deixando Draco com rancor. Lupin estava sentado de frente a Narcisa e olhava discretamente para ela. De vez em quando, arriscavam entre eles uma troca de sorrisos. Hermione comia silenciosamente. Gina e Rony conversavam com Harry e Sra. Weasley.



Teve um momento que Harry começou a reparar mais mesmo, foi Larissa. Uma mulher realmente bonita: rosto angular bem delineado onde os cabelos castanhos escuros contornavam despretensiosamente. Tinha uma pele morena, olhos azul acinzentado.



Hermione fazia a arrumação, mas estava calada de mais. Draco já iria provocá-la, mas Rony impediu. “Cai fora, Malfoy!”.

- Ou o que, Weasley?

- Ou você vai se arrepender de ter nascido!

- Há!Há!Há! Será que Weasley continua rei ou vai perder a majestade?

- Malfoy! Está querendo me desafiar?

- Que tal? Vai ver que ela foi mal nos NOM´s. Assim, você salva a honra intelectual desta sangue ruim!!!

- Eu lhe avisei! – falou Rony dando um soco em Draco. E o nariz deste começou a sangrar. Depois, disse novamente:

- Seu nariz empinado acabou de cair, Malfoy. Quem é sangue ruim agora?



Hermione já estava atenta. E riu. Draco estava olhando para ela e depois fitou Ron:

- Seu! Seu! Seu!....Você me paga!!

- Aqui, você é minoria, Malfoy! Não tem Goyle e nem Crabbe para te defender – disse Harry em tom de raiva e pronto se preciso enfiar um outro soco na cara de Draco.

- O que está acontecendo aqui? – entrou Sra. Weasley na sala.

- Malfoy, mamãe! Chamou Hermione “daquilo”! – respondeu Gina.

- Ai! Ai! Sr. Malfoy! Sua mãe não ensinou respeito, garoto? – perguntou Sra. Weasley colocando gelo no nariz dele.

- Claro que sim, Sra. Weasley! Além disso, já está tarde! Obrigada a todos! Amanhã estarei de volta para continuarmos a faxina! Até logo! Despeça de todos, Draco! – falou a Sra. Malfoy voltando tom de seriedade e de compostura novamente. Draco apenas fechou a cara e inclinou levemente a cabeça.

- Já vai Narcisa? Para onde você vai?– perguntou Larissa.

- Sim! Para região de Chelsea. Na casa de Andrômeda.

- Irei acompanhar vocês até o centro.

- Vamos, então!

- Certo! Prazer em conhecê-los, garotos! Lupin nos veremos mais vezes com certeza?

- Agora que você está viva!! Claro!! – disse rindo.

- Por enquanto, eu gostaria que vocês fizessem segredo do meu aparecimento! – disse Larissa em tom mais baixo.

- Por que? – perguntou Harry com curiosidade.

- Professor Dumbledore tem as suas razões?!?! E também preciso garantir que não teremos vazamento deste – Larissa sorriu levemente e pegou uma garrafa que parecia um suco de uva de dentro da capa. E se virou caminhando para porta onde Narcisa e Draco aguardavam:

- Narcisa! Gostaria de presenteá-la com uma garrafa deste suco espumante para lembrarmos dos bons tempos! Seu filho pode tomar. Não é alcoólico.

- O que é aquilo, Lupin? – Mione perguntou.

- Não faço a mínima idéia! Se bem que?!?!? Talvez uma poção de esquecimento temporário.

- Não conheço!!

- Também não conheceria.... é magia das trevas!!!

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