O Lobo Prateado



Alvo estava sentado na mesa da Grifinória, ouvindo Neville terminar de ditar os últimos nomes, seu irmão Thiago conversava com um garoto do quarto ano, que dissera que enfeitiçara um aluno da Sonserina ano passado.


            Ele observou a grande mesa horizontal, onde no centro se encontrava a diretora Mcgonall, mais a direita se encontrava o professor Horácio Slughorn, mais ainda estava Arthur Weasley, ao lado dele, Ted John Tonks, a esquerda da diretora estavam o professor Colin Creevey, a professora Catia Bell, Joana Esteven, as gêmeas Pavati e Patil, Alberta Jean e Rúbeo Hagrid.


            No portão por onde eles entraram estava Filch, o zelador, cuidando dos alunos.


            -Al, depois do banquete vou te mostrar como estuporar um Sonserino! – disse Thiago às gargalhadas.


            Ele riu, mas não viu nenhum banquete.


            -Banquete? – perguntou ele.


            -Daqui a pouco vai ter... – disse Thiago olhando para a diretora Minerva.


            A diretora se levantou de sua cadeira dourada, colocou a ponta da varinha na bochecha e disse:


            -Alunos! Agora que já sabem onde devem estar, que venha o banquete! – parecia que ela estava com um microfone na mão.


            De repente a mesa estava cheia de domos brilhantes que se abriam magicamente, os olhos de Alvo não agüentavam ver toda aquela comida numa só mesa.


            Ele ouviu milhões de:Uau e começou a comer, Rosa, que estava do seu lado, comia bem pouco, Peter conversava com um garoto do primeiro ano também, mas a cada palavra dita, uma mordida.


            O zelador Filch comia um prato de frango, a diretora bebia vinho num copo dourado, os professores olhavam atentamente os alunos, o senhor Weasley fez um aceno com a cabeça e sorriu.


            O banquete já estava no final quando a professora se levantou e começou a dizer:


            -Agora, todos vocês vão para suas casas, guiados pelo monitor da casa!


            Então, o monitor da Grifinória, Alan Curse, apareceu no salão e fez um gesto para todos se levantarem e o seguirem, era uma fila distorcida, cheia de alunos passando os outros para falar com os amigos.


            -Alvo! – disse Peter atrás de Alvo, com Rosa do lado – Gostou da comida?


            Alvo assentiu, eles começaram a subir as escadas que mudavam de lugar, eles tiveram que parar várias vezes pois a escada mudou de apoio.


            O monitor seguiu até um retrato de uma mulher bem gorda, que cantarolava levemente com uma taça de vinho na mão.


            -Tinha que ver ano passado – disse Thiago – Era a mulher gorda, irritante.


            O monitor abriu os braços e disse com firmeza:


            -Cabeça de Dragão!


            A porta se abriu e eles entraram num salão imenso, com vários sofás, uma grande lareira quase apagada, uma pequena biblioteca no canto, com uns oito livros velhos e antigos.


            -Aqui é o salão comunal, subindo as escadas, terão os dormitórios, a esquerda são as meninas e a direita são os meninos, boa noite! – o monitor desceu as escadas e sumiu pelo castelo.


            Todos se acomodaram, as malas já estavam nos dormitórios, e como ainda era cedo, alguns alunos ficaram no salão comunal e os mais velhos foram andando pelo castelo a procura dos amigos.


            -Al, ansioso para as aulas? – perguntou o irmão sentado no sofá em frente a lareira que ele reforçara usando o feitiço:Diffindo.


            -Muito, não consigo nem pensar em começar a praticar feitiços! – disse o garoto olhando o teto.


            Três passos atrás estava Rosa lendo um livro empoeirado de Rita Skeeter, uma historiadora mágica.


            -Vai realmente ler essa porcaria? – perguntou Thiago a prima.


            Ela suspirou e fechou o livro, passando a mão pelos outros, procurando um interessante.


            -Estou procurando um livro sobre feitiços – disse ela olhando os livros empoeirados.


            Thiago tornou a olhar a lareira enquanto Alvo pegava seu novo livro: Expecto Patronum, uma lembrança.


            Ele abriu na primeira página, onde estava a homenagem:


                                        Dedico este livro


                                      À Harry Potter


                                             Que me ensinou a conjurar


                                     O Expecto Patronum


 


            Um sorriso se formou no rosto magro de Alvo, que folheou uma página, o primeiro capítulo era:


                                  DEMENTADORES


                 


                       Os dementadores são criaturas horrorosas, que já trabalharam para o ministério da magia, eles se alimentam das melhores lembranças, deixando você apenas com as piores, são criaturas garndes e encapuzadas, as mãos são podres e enormes, a boca deles é como se fosse um furo na capa preta deles, são assustadores.


                      Neste livro de cem páginas eu vou contar como se defender deles e contar histórias de como eu passei a adorar esse feitiço: Expecto Patronum.


                      Os olhos dos dementadores estão encharcados de ódio, vocês devem estar preparados para não hesitar ao encontro deles.


                      E essa foi a introdução, vamos ao próximo capítulo.


 


                              UMA LEMBRANÇA FELIZ


 


                      Conjurar um patrono não é nada fácil, você, antes de tudo terá de pensar numa lembrança muito feliz que você goste muito, fará dela parte de você.


                      Quando eu tinha quinze anos eu tentei conjurar um patrono, a lembrança que eu escolhi foram os meus pais,  então eu disparei o feitiço e um castor voou em minha direção, eu fiquei muito feliz, essa seria minha próxima lembrança?


                      O patrono deve ser encorajado pelos bons sentimentos, ou seja, não adianta você pensar num momento feliz no qual está batendo numa criança inocente e você está rindo, tem de ser uma lembrança agradável a todos.


                      O feitiço tem um formato de animal, aquele que se esconde dentro de você a procura de te defender, ele é seu companheiro e ele, apenas ele tem o direito de ver seus sentimentos bons e mostra-los aos dementadores.


                      Os olhos do animal se encontram ao seu, pedindo uma lembrança, quando você pede ele te defenderá, levando como arma sua lembrança, então é essencial que você saiba que animal você tem.


            A leitura de Alvo fora interrompida por Peter entrando aos berros na sala com um rádio na mão, estava no canal Os perigos do ministério.


            -Ouçam isso! – gritou Peter botando o rádio numa mesa, Rosa, Alvo e Thiago chegaram perto e escutaram o locutor falando:


            -Estamos aqui, perto da prisão de Askaban, os dementadores fugitivos são muitos, uns cem, estão indo para Dufftown, tomem cuidado, uma equipe de Aroures fora mandada para Dufftown.


            -Dufftown? – perguntou Thiago – Isso é muito perto de Hogwarts!


            -Será que alguns vão ir em Hogsmeade? – perguntou Alvo olhando o irmão.


            -Não sei, mas já é tarde, amanhã nós discutiremos sobre isso, vamos dormir.  


            Eles subiram as escadas e foram dormir, alvo estava com o mapa do maroto dois na mão, começou a ver os corredores de Hogwarts, com vários alunos se retirando para suas casas.


            Ele pegou sua varinha de salgueiro apontou para cima, sussurrou pensando em Harry e Gina e disse:


            -Expecto Patronum...


            Um jato de luz branca surgiu mas se dissolveu rapidamente.


            -Tentando fazer um patrono? – perguntava um garoto ao lado de Alvo – prazer, me chamo Alan.


            -Oi, Alan, é estou tentando fazer um patrono, acha que eu consigo? – disse Alvo.


            -Não sei, esse é um bom começo para um aluno novo, boa sorte – e o garoto foi dormir.


            -Obrigado...


            E Alvo foi dormir também, e começou a sonhar...


 


 


            Estava embaixo de uma árvore, vinham em sua direção dois homens altos, um tinha cabelo negro que descia pelo rosto magro e pálido, ao lado dele um senhor barbado e alto, com varinha a mão, uma varinha muito bonita.


            Eles pararam em frente a Alvo, que não entendia nada, somente que ele tinha de se defender, mas o homem com varinha não fez nada, apenas dirigiu um sorriso ao garoto sonhador e disse:


            -Olá, Alvo, como vai?


            -Quem são vocês? – perguntava Alvo em sua mente e de repente a frase veio em sua língua.


            -Somos o princípio de seu nome! – disse o homem de cabelos negros.


            -Alvo... Severo? – indagou Alvo.


            -Eu sou Alvo, e esse é Severo – disse o homem de varinha a mão.


            -Severo? Que dizer, Severo Snape? – perguntou Alvo se levantando.


            O homem sorriu, de repente a névoa tomou o local e Alvo estava no castelo, em frente ao seu pai, que lhe apontava a varinha e dizia:


            -Expecto Patronum!


            Um cervo voou em direção a Alvo, depois seu pai lhe disse:


            -Sua vez!


            Alvo sacou a varinha apontou para o céu:


            -Expecto Patronum!


            Um jato branco saiu da ponta da varinha de Alvo e se transformou em um lobo, que voava pelo céu junto com o cervo, e juntos, desapareceram nas nuvens, Alvo olhou seu pai que vinha o abraçar, quando eles se tocaram Alvo acordou.


 


 


            Era de manhã. Os garotos brincavam com suas varinhas no dormitório Thiago duelava com um amigo e as garotas desciam apressadamente as escadas.


            Alan, o garoto que estava ao lado de Alvo, fez bolhas para atrapalhar o divertido duelo.


            Peter ria e fazia faíscas para comemorar o primeiro dia em Hogwarts, Alvo sacou a varinha e gritou:


            -Expecto Patronum!


            Faíscas brancas saíram da ponta da varinha de Alvo e apagaram, ele ficou muito triste por não conseguir fazer o feitiço.


            -Al? – Thiago sentou-se ao lado do irmão quando o duelo acabou – Esse feitiço era...


            -Sim, o patrono.


            Thiago abriu um sorriso, apontou a varinha para o teto e repetiu o feitiço, da ponta da varinha dele, saiu um javali, correndo pelo ar.


            -Aprendi ano passado, no final das férias, não conte a ninguém.


            Alvo sorriu, e juntos desceram as grandes escadas, foram tomar café da manhã no Grande Salão.


            Alvo se sentou ao lado de Peter e Rosa, à sua frente estava Thiago, que estava conversando com um garoto do seu lado.


            -Depois do café da manhã vai ter a aula de Herbologia! – dizia Peter ansioso.


            -Dizem que o professor Longbottom vai estuporar as crianças que errarem as tarefas! – brincava um garoto da Sonserina que passava pelas costas de Peter.


            Ele se afastou e Alvo o fitou, era alto e sempre andava com a varinha a mão.


            Rosa se levantou do banco e apontou para a janela gritando:


            -É hora do correio!


            Várias corujas apareceram da luz total e penetraram no Grande Salão, elas rodeavam os donos trazendo notícias, Edwiges, a coruja dos Potter, entregou duas cartas a Thiago e Alvo, Errow, a coruja dos Granger, sempre atrapalhada, voava por cima da grande mesa procurando Rosa, quando e encontrou mergulhou o bico em seu prato, largando uma carta em uma maça cortada.


            Alvo, curioso, tirou o elástico que juntava as duas cartas e pegou a sua, tinha uma foto de seu pai e ele, com letreiros em baixo:Ganhamos Grifinória! – Ele abriu um sorriso tão grande que dava para ver atrás, Rosa lhe contou que Hugo roubara a varinha de um garoto da Sonserina na plataforma, disse que estava escrito na carta.


            Thiago sorria e mostrava a foto da vassoura tão amada por ele: Fire Style, e disse que ele e Alvo receberiam uma.


            Peter mostrava um Lembrol  na mão, sorrindo ele agitava a esfera de vidro até aparecer uma fumaça branca que a preencheu por completo.


            Molly entrou no grande salão com uma panela na mão, mexendo algo totalmente pegajoso, ela ia ao encontro de Arthur, que se encontrava monitorando o café da manhã, deu um beijo no marido e disse:


            -Corra para as estufas! Uma planta assassina de cinco metros está encurralando o professor Longbottom!


            O professor Weasley correu para fora do Grande Salão, com varinha empunhada.


            -Temos que ir lá – disse Alvo vendo o avô sair pela porta.


            -Concordo – disse Rosa.


            -Estão loucos? – disse Peter – Cinco metros! – repetiu ele – Estraçalha qualquer um em minutos!


            -Sério? De um a sessenta? – disse Alvo se levantando – Desculpe mas não vou deixar meu avô ser devorado por uma planta.


            Ele e Rosa saíram em disparada atrás do avô, subiram até o primeiro andar, avançaram pela Torre do Relógio, desceram as escadas de madeira, passaram pelo pátio da Torre do Relógio, atravessaram a Ponte Torta, entraram na caverna e saíram na Torre do campo de Quadribol, , correram pelo gramado e entraram nas estufas de Herbologia, que se ouviam gritos vindos lá de dentro.


            -Rosa, Alvo! – gritava Peter correndo atrás deles.


            Ele os alcançou, botou a mão nos joelhos e fitou a porta de madeira que levava as estufas.


            -Vamos – disse Alvo, e, juntos, escancararam a porta atravessando o corredor que levava as estufas, onde uma enorme flor com dentes amarelados avançava sobre os professores, Longbottom e Weasley.


            -Immobilus!gritou Rosa e a planta parou de se mexer por uns segundos mas logo depois recaiu sobre os professores.


            -Boa tentativa – informou Peter pegando a varinha – Quem sabe se nós dois fizéssemos ao mesmo tempo?


            -Crianças saiam daqui! – gritava o professor Weasley.


            Alvo sacou a varinha.


            -O que faremos? – perguntou ele.


            -Sei lá, podemos tocar fogo nela! – sugeriu Peter.


            -É arriscado, podemos acertar os professores! – Rosa se pôs na frente de Peter.


            A planta ameaçava abocanhar os professores enquanto eles discutiam.


            -Alvo, o que vamos fazer? – perguntou Peter e só veio uma coisa na cabeça de Alvo.


           Ele deu três passos e pensou em seus pais, apontou a varinha para a planta e disse:


            -Expecto Patronum!


            Um lobo prateado saiu da ponta da varinha de Alvo e voou até a planta que se assustou com a figura e fugiu quebrando as janelas.


            Os dois professores encurralados se levantaram e, assustados, olhando a planta se afastar, seguiram para ver os corajosos alunos.


            -Alvo, Rosa, Peter? – o professor Weasley estava estupefato.


            Alvo desmoronou no chão, sua varinha parecia pesada, ele a colocou no chão e fechou os olhos. Uma imagem momentânea de seu patrono surgiu em sua mente e se apagou de repente.


            -Oi avô, nós só queríamos ajudar, sabe? – Rosa tentou convencê-los de que aquilo não foi tão perigoso.


            -Alvo – disse o professor Longbottom – aquilo era...


            -Um patrono? Sim – respondeu o garoto se levantando.


            Thiago apareceu com sua cabeça pelas janelas quebradas, arregalou os olhos quando viu todos aqueles destroços.


            -O que aconteceu aqui?


            -Planta assassina, Alvo a espantou com um patrono – respondeu o professor Longbottom.


            O garoto entrou na estufa, analisou os fatos e por fim disse:


            -A aula de herbologia é daqui a pouco, é melhor arrumarmos tudo.


            -Todos nós usaremos Reparo! – disse Arthur saindo da estufa com varinha a mão.


           Todos o seguiram, ele parou defronte as janelas quebradas, apontou a varinha e falou:


            -Reparo!


            Uma janelas se consertou, agora faltavam cinco.


            -Uau, a janela se consertou sozinha! – disse Peter.


            -Sozinha? Então eu não sou ninguém? – Arthur olhava friamente para Peter.


            Alvo apontou a varinha para cima e gritou:


            -Reparo!


            A segunda janela estava inteira e os outros consertaram as outras.


            Depois que eles consertaram tudo, sentaram no gramado e começaram a conversar.


            -Thiago, não devia estar na aula de Fantasmas?


            Antes que Thiago pudesse responder uma mulher de cabelo desarrumado apareceu de trás de uma árvore, todos a olharam com nojo.


            -Thiago! – gritou a mulher – Vá para a aula, agora mesmo!


            -Quem é...


            -Professora Alberta Jean, aula de fantasma – o garoto se levantou e foi ao encontro da mulher que o segurou pela orelha.


            Enquanto eles se afastavam os alunos do primeiro ano chegavam nas estufas, com livros na mão.


            Eles foram ao encontro dos alunos que olhavam confusos para os professores e os três alunos, o professor Weasley desviou o caminho antes de se encontrar com os alunos, e de repente, sumiu.


            -O que ele fez? – perguntou Rosa.


            -Aparatou – respondeu o professor Longbottom.


            Os três alunos se juntaram ao resto da turma e ouviram a explicação de Herbologia do professor Longbottom, apesar de Alvo não estar pensando nisso, mas sim, no seu patrono, no lobo prateado

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