Onde o Destino Escreve



Os cinco amigos estavam sentados em uma pedra bem quente, felizes pelo resultado.


-Temos de voltar para a casa de Merlin – disse Peter.


Phelipe logo se levantou com um salto, os cabelos louros balançaram bastante nisso, fez um ar de idéia e dirigiu a mão a Alvo.


Alvo segurou com firmeza, deu a mão para Peter, que estava do seu lado, este deu para Rosa e esta para Thiago.


De repente, a sensação de estar sendo puxado tomou conta de Alvo, quase não respirava, sentia-se apertado.


Em um segundo estavam todos caídos ao lado da casa de Merlin, o estranho é que havia flores na janela. Eles escancararam a porta e viram Merlin ainda conversando com Alvo.


Monstro estava cuidando das flores, o nariz que ia até a boca estava mais pontudo do que nunca.


-Derrotamos o Dragão – disse Alvo ao entrarem na casa.


Merlin os fitou com desconfiança.


-Como vou saber se é verdade?


Phelipe lhe entregou um gente negro, queimado pelo fogo.


-Peguei antes de aparatar, estava caído no chão depois que Alvo destruiu o dragão – disse Phelipe entregando o dente para Merlin.


-Certo, vou me preparar, encontro vocês em Hogwarts..


De repente, o clarão os engoliu, e estavam de volta a sala comunal da Grifinória.


Alan, um garoto do segundo ano caminhava pela sala e desmoronou num sofá, fitou o fogo estalante.


-Oi Alan – disse Alvo correndo pela sala e antes que Alan respondesse tinha desaparecido.


Eles desciam as escadas apressados.


-Temos que impedir Frank de entrar no castelo, ele já deve estar na colina com todos os comensais da morte que pode reunir e todos os dementadores – alertou Phelipe se dirigindo ao pátio de entrada, onde muitos alunos olhavam curiosos a marca que pairava no céu, na qual Joker fez.


Alvo congelou, avistou Frank em cima da colina de varinha erguida, os olhos estavam tempestuosos, mas notou que havia um risco no meio de cada um. Imaginou serem pálpebras.


Phelipe aparatou e de repente, estava ao lado de Frank, olhando enojado para a escola.


-Dementadores! – gritou Frank e um teto de dementadores voou em direção a escola, tirando as lembranças felizes.


Muitos ergueram as varinhas e soltaram o patrono.


-Expecto Patronum! – gritou Alvo e o lobo voou em direção aos dementadores – Rosa, fique perto de mim!


A prima obedeceu, ficou ao lado do primo, que repelia um dementador.


-Venha! – gritou ele quando os dementadores invadiam ferozmente o castelo. Eles correram em direção a torre do relógio, Alvo ás vezes lançava um patrono para se proteger.


Estavam nos corredores de madeira, ofegantes, a escuridão que estava dava medo em Alvo, os dementadores poderiam surgir de qualquer lugar.


Uma surpresa e um dementador voou em direção a Rosa.


-Expecto Patronum! – ordenou Alvo e o lobo mordeu o dementador.


Vários dementadores rodearam Alvo e Rosa, mas Alvo só conseguiu deter alguns, e olhe lá...


Os dementadores puxaram Rosa para longe de Alvo, que agora estava descontrolado, ouvia o pedido na sua cabeça:Proteja – a pra mim?


Ele correu ao encontro da prima e a segurou, os dementadores não tinham pena dela, puxavam-na com força.


Alvo percebeu que um castor voou em cima dos dementadores, que fugiram rapidamente, deixando Rosa no colo de Alvo.


Alvo olhou para trás, os dementadores que sobraram estavam caídos no chão, e, o melhor, sua tia Hermione Granger estava parada de varinha erguida para eles.


Ela correu em direção a filha e abraçou Alvo.


-Al, você mostrou que é tão amável quanto seu pai, isso não é pouca coisa – disse Hermione sorrindo intensamente para o garoto que acabara de salvar sua filha.


-Como veio pra cá? – perguntou Alvo.


-Cabeça de Javali, aquele bar de...


-Eu sei, quem mais veio?


-Seu pai, sua mãe, Rony, Jorge, Percy, Draco, Gui, e Fleur ficou pra cuidar das crianças.


-Ótimo, pois tenho que lhe contar uma coisa – Alvo explicou tudo o que aconteceu no mundo de Merlin e sobre suas oclumências.


-Al, você tem alguma ligação com Frank, eu não sei qual, mas tem... O que? O.k, estamos indo – Hermione conversava em seu rádio – É o Rony, está precisando de ajuda com os comensais da morte.


Hermione pegou uma vassoura abandonada e Alvo , com Rosa no colo, sentou atrás dela, esperançoso.


-Olha ali, é a Luna! – gritou Hermione observando uma mulher loura quase branca, de olhos azuis, a pele bem clara, espantava um comensal da morte com um feitiço de leva corpo.


Mias adiante viram Ted John estuporando um comensal da morte, parecia que a batalha estava apenas rolando no pátio.


Vários alunos conjuravam patronos em seus dormitórios para deter os dementadores, estava um festa lá embaixo, e Alvo pôde ver Rony e seu pai fechando os grandes fortões de carvalho.


Hermione e Alvo entraram no castelo um segundo antes do portão estar totalmente fechado. Alvo podia ver seu pai bufando e sua mãe cuidando de Molly Weasley, sua avó.


Alvo colocou Rosa no colo de Hermione e foi correndo abraçar os pais, Thiago se juntou a eles, os cabelos esvoaçando ao correr.


-Temos que fazer um plano! – gritou o irmão.


-Certo, e tenho um em mente -  disse Alvo e explicou tudo para os familiares e amigos que se reuniam ali, logo os professores estavam ao seu lado recebendo orientações.


Alvo estava preparado, o brasão que dava orgulho em seu peito estava brilhando mais do que nunca, o leão parecia realmente estar no coração de Alvo, preparado para ajudá-lo. No desespero, ele gritou muito alto, assim iniciando o primeiro grande feito de Alvo Severo Potter.


O grande portão se abriu, milhares de dementadores imergiram no castelo, Alvo apontava somente a varinha para eles e com medo gritou:


-Expecto Patronum! – a voz em sua cabeça parecia ecoar pelo castelo:Proteja-me Lobo prateado.


O lobo prateado apareceu, mas dessa vez, enorme, chegando a poder ser titulado gigante. Engolia todos os dementadores com facilidade e expulsava-os, latindo tão alto que todos tiveram que fechar os ouvidos.


Alvo agarrou a calda do lobo e subiu em cima dele, uma poeira branca voava em seu rosto. O lobo agora voava pelo castelo afugentando os dementadores. Imagine você olhando um castelo de longe e um lobo prateado pulando de torre em torre.


Ele viu seu pai conjurando o cervo na torre de Astronomia, porém em tamanho normal.


O lobo agora voava rapidamente em volta do castelo espantando os dementadores, assustava os comensais da morte que voltavam a companhia de Frank.


O lobo viu que não havia mais dementadores no castelo e desapareceu, deixando Alvo sozinho no pátio de entrada, em frente a Frank Lestrange e Phelipe Gaunt.


 Alvo olhava ferozmente para o adversário que apenas ria, de repente ele sentiu algo tocando-lhe o ombro e viu que seu pai estava lá, encarando o inimigo.


-Renda-se a mim Alvo, e ninguém sairá morto! – gritou Frank lá de cima da colina.


-Pai, o plano...


-Está rolando, os professores estão fazendo poções e sobrevoando os comensais da morte lá dentro, está uma guerrilha no Grande Salão, e tudo supõe-se que vamos vencer.


-Vou usar o patrono, ele vai afugentar Frank pai, eu sei que vai, vou usar o patrono e tudo vai voltar ao normal.


-O que seria normal pra você filho?


-Eu estar com a minha família, feliz.


-Pra mim também, e eu estou feliz, porque vendo o meu filho se tornar um homem, um homem bom.


O pai abraçou Alvo e apontou a varinha para Frank, o filho também.


-Faça – disse Harry.


-Expecto Patronum! – gritou Alvo e o lobo prateado voou em direção ao inimigo.


-Ele está bricando? Um patrono? – indagava Frank para Phelipe – Que seja, Expecto Patronum...


Um lobo voou em direção a Alvo, mas esse era negro, preto como um breu, eles se encontraram em meio caminho e começaram a se morder, um no outro.


-Mate o outro, Phelipe, agora!


Phelipe lançou um feitiço verde em direção a Harry, mas este bloqueou com o protego, o feitiço verde quase perfurava o escudo de Harry quando Alvo lançou Expeliarmus em Phelipe.


-Phelipe, mate os dois, agora, Phelipe! – gritava Frank, mas Phelipe apenas ficava de cabeça baixa, triste, se perguntava: Estava fazendo a coisa certa?


A resposta na mente dele era não, por isso aparatou para perto de Alvo e lançou o feitiço verde em Frank que sumiu.


-O que aconteceu? – perguntou Alvo a Phelipe.


-Não sei.


Os olhos de Alvo ficaram negros, ele perdeu a noção de tudo, de repente, estava em um local estranho, havia uma pequena estrada que levava a uma luz no final, atrás dele estava Frank.


-Olá, Alvo, infelizmente meus poderes reduzem quando estou em sua mente – disse Frank enquanto Alvo se virava erguendo a varinha.


-Está em minha mente?


-Estou, uma traição dolorosa de Phelipe não acha?


-Ele fez a coisa certa!


-Que seja, agora só quero dizer que essa é, talvez, o nosso último encontro.


“O mundo terá uma história diferente se um de nós ganharmos aqui, se você morrer eu farei a minha história, se  eu morrer, você decide o que vai fazer do mundo. Aqui, na sua mente, é a escrivaninha onde o Destino escreve!”


Avada Kedavra


-Expeliarmus!


O clarão verde se chocou com o vermelho e ficaram ligados, no centro, estavam se chocando, a luz prateada do choque bruxuleava no rosto de Alvo, que se sentia sozinho ali, e a pergunta soava pela sua mente e podia ser ouvida por Frank, já que estavam em sua mente.


Será que vou morrer aqui? Será que vou derrotá-lo?


-Não tenha tantas esperanças, Alvo! – gritava Frank animado.


Os pensamentos de Alvo começaram a voar por ali, o uniforme do Harpyas esvoaçava pelo vento, a imagem da cicatriz de seu pai rodopiava em um furacão que rolava ali perto.Sua mãe voava numa vassoura e gritava:Você consegue Alvo! Thiago, Rosa e Peter acenavam para ele e atrás estava a foto que seu pai lhe mandara na primeira correspondência, onde estava escrito e agora gritava:Ganhamos Grifinória!


Alvo entendeu, então era aquilo, não estava sozinho.


-Desculpe-me Frank – disse ele – Mas sou eu que mando na escrivaninha da minha mente!


O clarão vermelho soou tão alto que engoliu Frank e este desapareceu.


Alvo agora estava absorto em seus pensamentos, seu pai e sua mãe vinham abraça-lo, porque era assim que ele queria, seu irmão, Rosa e Peter gritavam seu nome contentes, por que era assim que ele queria. No céu, estava escrito: Aqui é onde o destino escreve – por que ele queria escrever isso. Ele percebeu que, sim, ele fazia o próprio destino.

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