O Chapéu Seletor
A família Potter estava na plataforma de trem, vocês já sabem o que aconteceu ( Está escrito em Harry Potter e as Relíquias da Morte)
O trem estava no caminho para Hogwarts, e estavam Thiago, Alvo e Rosa sentados num banco do trem.
Alvo olhava a todo o momento para fora, procurando algo interessante para apreciar.
-Querem alguma guloseima queridos? – uma idosa mulher apareceu em frente ao assento deles, dando um susto em Alvo.
Thiago se levantou e pediu algumas, depois dividiu com o irmão e com a prima.
-Ah! – gritou um garoto miúdo e rosado, gordinho com um sapo na mão, sentou-se rapidamente em frente aos três familiares – Oi, me chamo Peter Longbottom.
-P-Peter Longbottom? – perguntou Thiago – Filho de Neville Longbottom?
-Sou eu mesmo – o garoto abriu um sorriso – e vocês? Quem são?
-Eu sou Alvo e esse é... – começou Alvo.
-Somos os filhos de Potter! – disse Thiago.
-Uau!
Rosa se interpôs:
-Calma aí meu pai é Rony Weasley!
-R-Rony Weasley? Filho de Arthur Weasley?
-Exatamente – Rosa parecia que tinha orgulho do pai.
Eles continuaram conversando pela viagem:
-Onde você mora Peter?
-Em Hogwarts! – disse ele – Meu pai, como trabalha lá, pode levar a família para morar lá.
-Nós sabemos – disseram os três familiares ao mesmo tempo – nossos avós.
-Ah sim. – disse Peter.
Um garoto saiu correndo pelo corredor do trem e bateu de cara na porta.
-O louco do Willians, é muito estranho – disse Thiago olhando o garoto caído no chão.
O garoto se levantou e foi correndo para outra direção.
-E então, Peter, pra que casa pretende ir?
-Grifinória, é claro.
Ouviram risadas em frente aos bancos no qual eles estavam sentados.
-Ah, o ridículo Peter... – um garoto pálido e louro estava parado ao lado de dois enormes garotos pelo menos um ano mais velhos que ele – Seu papaizinho vai ensinar a plantar é?
-Escórpio, não é? – perguntou Thiago.
-Por que Grifinório?
-Tome isso!
E Thiago tacou todos os chocolates voadores na boca de Escórpio, que saiu voando pelo trem até abrir a boca, todos riram dele, até a professora responsável pelo vagão.
Ele voltou para os bancos, furioso, sacou a varinha e apontou para Thiago.
-E então? – ameaçou Thiago – Vai me enfeitiçar?
-Expeliarmus! – gritou Escórpio e um jato vermelho saiu da varinha dele e entortou o rosto de Thiago, que logo se endireitou e se levantou.
-Ah, então você gosta de feitiços? – ele sacou a varinha – Estupefaça!
Escórpio fora jogado para longe do corredor, e Thiago o seguiu.
-Leva corpo! – gritou Thiago e Escórpio estava flutuando defronte ao garoto – Expeliarmus!
Escórpio voou uns metros e caiu no chão do vagão, resmungando, Thiago voltou ao assento, estava muito nervoso e desmoronou no banco.
-Obrigado – disse Peter – Por me defender.
Thiago abriu um sorriso e caiu no sono.
Se passaram mais duas horas de viagem e os garotos conversavam nos assentos, Thiago acordou, os olhos esbugalhados para ver o que precisava.
-E foi aí que o meu pai usou pela primeira vez a rede de Flu – Alvo terminava de contar uma história quando Thiago acordou.
-Contando a história da Travessa do Tranco?
-Muito legal! – disse Peter.
Rosa começou a contar outra história.
-Isso não é nada, meu pai dirigiu um carro voador com doze anos! – ela disse.
-Uau! – gritou Peter maravilhado.
-Ah é, meu pai derrotou Voldemort! – gritou Thiago e o trem tremeu um pouco.
-Uau! – Peter se maravilhou mais.
-O meu pai destruiu uma Horcrux! – gritou Rosa.
-Uau! – maravilhou-se Peter mais ainda.
-O meu pai era uma Horcrux!
-Uau!
-O meu pai é... Ah, você venceu.
Alvo riu um pouco e olhou para o horizonte, para sua surpresa estava lá, Hogwarts, a escola de magia e bruxaria.
-Thiago! Chegamos! Chegamos! – Alvo estava muito feliz, finalmente conheceria Hogwarts.
-Ah, ainda bem, estava começando a ficar chato – disse Thiago com as mãos na cabeça.
Soltaram risadas, todos colocaram suas vestes pretas e longas, com o brasão de Hogwarts, exceto pelos alunos mais velhos, que tinham brasões de suas casas.
Eles esperaram os vagões ficarem vazios para descerem do trem, pois havia muita confusão e os alunos mais velhos da grifinória comemoravam a chegada dos alunos novos, tanto que cinco garotos mais velhos abraçaram Alvo e Peter.
Eles caminhavam pela plataforma escura, não havia muitos alunos, poucos apenas, Thiago estava estranhando.
-Hagrid deveria estar aqui – disse ele com um passo apressado.
A frente deles havia um paredão enorme de névoa, eles o passaram, e de repente, estavam muitos alunos de Hogwarts parados em frente a um grande homem barbado, com uma balestra na mão.
-HAGRID! – gritou Thiago e foi ao encontro do gigante.
Rosa e Alvo se entreolharam: Seria esse o tal amigo de Harry, Rony e Hermione?
-Vejo que seu irmão veio também! E Rosa! Peter! – ele com certeza estava muito feliz – Vamos, arranjei um barco bem grande para caber todos nós!
E eles entraram nos barcos, a água refletia os reflexos, quando Alvo se olhou na água, pareceu envergonhado da feição de felicidade que estava.
Eles entraram no maior dos barcos, junto Hagrid.
-Ah, Thiago, arranjei essa balestra pra me defender dos dementadores!
-Ah, Hagrid... – Alvo foi interrompido com Thiago tapando-lhe a boca.
-Ótima arma Hagrid, não acha Alvo? – perguntou Thiago olhando preocupado para Alvo.
-Ah, claro, é.
Hagrid riu e o barco tremeu, Alvo pensou que ele ia virar.
-Ah, Hagrid, onde fica sua casa? – Alvo tentou fazer com que ele parasse de rir.
-Depois da ponte torta, atrás de Hogwarts, perto da floresta proibida, ali longe, após o grande relógio...
-Já entendemos Hagrid! – disse Thiago, virou-se para o irmão e sussurrou – Ele ficou assim ano passado, não sei o porquê.
-Hagrid, como vai meu pai? – perguntou Peter.
-Bem, Peter, ele ficou com saudades quando foi passar as férias com sua bisa - avó. Ele tem me ajudado muito com as plantas assassinas da floresta proibida.
Rosa e Alvo se entreolharam: O que ele disse? Plantas assassinas?
-E como vai a avó Molly? – perguntou Thiago, e essa pergunta fez Alvo e Rosa olharem atentamente para a boca do gigante.
-Ela tem tomado conta da cozinha – disse Hagrid – Me ajudou com as abóboras, temos vendido no Beco Diagonal, sabia?
-Não... – responderam todos.
Alvo se olhou na água, viu seu traje e fitou atentamente seu brasão, quase soltou um grito, o brasão era da casa Sonserina, um brasão prateado e verde, com uma cobra de prata rodopiando-se.
Ele olhou para o brasão no peito e não havia nenhuma cobra, era o brasão de Hogwarts, as quatro casas.
-Hagrid, e se eu for para a Sonserina? – perguntou Alvo olhando o brasão.
-Qual o problema? – perguntou ele sem olhar para Alvo.
-Nenhum.
E voltou a apreciar a grande escola, milhões de torres o esperavam para serem descobertas, passagens secretas, a própria Câmara Secreta, o terceiro andar, a Sala Precisa, quantas coisas ele ia descobrir nesses anos em Hogwarts?
Ele olhou em volta, os pequenos barcos o seguiam, uns dois barcos atrás deles estava Escórpio e seus dois comparsas, ele estava ferido, com a mão machucada.
-Olha lá! O Bicuço! Ou melhor, Asafugaz... – Hagrid apontava para o céu negro, onde podiam ver um par de asas prateadas que desciam ao encontro do gigante.
Eles quase caíram do barco quando o animal ficou poucos centímetros da borda, era muito estranho, tinha asas com toques prateados enormes, um corpo de cavalo e cabeça de pássaro.
-Que coisa é essa seu gigante inútil?! – gritou Escórpio lá de trás.
-Quem... – começou Hagrid.
-O filho do Draco – disse Thiago.
Hagrid assentiu, mandou Bicuço voar para a casa e prosseguiram para Hogwarts.
Eles saltaram delicadamente do barco e seguiram o gigante. Ele foi em direção ao pátio, era enorme, a grama molhada reluzia ao luar, ele abriu o grande portão de madeira e eles o atravessaram. Alvo olhou pro lado, viu milhões de escadas mudando de lugar.
Hagrid disse para eles esperarem e subiu as escadas correndo.
Escórpio estava com varinha a mão apontando para Thiago.
-Olá – disse ele.
-Como vai sua mão? – perguntou Thiago.
-Melhor agora que vai se vingar! – ele pressionou a varinha e disse com firmeza – Everte Statum!
Thiago voou uns metros e se levantou, com o braço meio verde, pegou a varinha, seu braço estava voltando ao normal.
-Só um Malfoy mesmo... Flipendo!
Escórpio caiu de cara numa estátua, apontou a varinha para Thiago e furioso gritou: Expeliarmus!
-Protego! – gritou Rosa com varinha em punho.
-Como ousa interferir uma batalha? Sua... Traidora de sangue!
-Ei! – gritou Alvo – Ela é minha prima! E os pais são bruxos!
-E...
-Expeliarmus!
-Protego!
Alvo se encheu de raiva, mas um fantasma ergueu Escórpio no ar e gritou em uma gargalhada.
Um Malfoy? De novo, um Malfoy em Hogwarts? Que pena...
Ele soltou Escórpio no chão e foi em direção a Thiago.
-Como vai Thiago? – ele disse.
-Oi, Pirraça, colocou as vomitilhas no chá do Barão Sangrento?
-Coloquei! – Pirraça soltou risadas e desapareceu numa parede, logo chegou um homem de cabelos negros, olhos castanhos, era meio gordinho, Neville Longbottom.
-Os alunos que já passaram pelo processo de seleção de casas podem ir para o Grande Salão! – disse ele.
E Thiago deu tapinhas nas costas de Alvo e foi em direção a uma porta enorme de madeira.
-Alunos novos! – gritou ele – Vocês passaram pelo processo de seleção de casas. Vou explicar como acontece. Vocês farão uma fila indiana até o final das grandes mesas, eu chamarei o nome de cada um de vocês, sentarão em um banquinho e o chapéu seletor irá dizer em que casa vocês irão: Grifinória, Corvinal, Lufa-Lufa, e Sonserina.
Todos fizeram breves comentários da explicação do professor e o seguiram para o grande portão.
-Certo! – disse ele – Bem-vindos a Hogwarts!
Os portões se abriram, eles entraram num enorme salão com quatro mesas enormes que se estendiam do início do salão até o final, e lá trás havia uma mesa no sentido horizontal, com vários professores.
As mesas tinham um brasão em cima de cada uma, uma tinha um brasão que Alvo conhecia: Sonserina, um brasão verde e prateado com uma cobra de prata. Depois virou os olhos para outro brasão, vermelho e dourado, com um leão de ouro, Grifinória, sem dúvida. Olhou os outros dois brasões, um era amarelo e prateado, com uma doninha: Lufa-Lufa. O último era azul e prateado, com uma águia de prata: Corvinal.
Olhou para o teto, esperando ver grandes pilastras o segurando, mas na verdade viu milhões de estrelas sobre sua cabeça.
-Como... – sussurrou para Rosa.
-Magia – a prima respondeu.
Ele entendeu, olhou para frente vendo as pessoas que se encontravam em sua frente: Peter Longbottom, Rosa, Escórpio e um garoto escuro com cabelo crespo.
Eles pararam, Neville Longbottom pegou um enorme pergaminho e disse bem alto:
-ALVO SEVERO POTTER!
O coração de Alvo pareceu parar, e Neville parecia muito feliz ao pronunciar tal nome.
Alvo sentou-se no banco e Neville pôs um chapéu enorme e estranho em sua cabeça.
O chapéu se mexeu muito na cabeça dele, depois começou a dizer:
-Um Potter? Interessante... Ele é como o pai... Muito bem... Tem muita habilidade, sim. Um pouco de inveja, mas uma mente nada má... Talento, ah, esse tem...E uma vontade de provar... Acho que você terá sucesso na Son... – o chapéu seletor ouviu um sussurro.
-Por favor... Tudo menos Sonserina...
-O que? Você é igual ao seu pai! Bem, você alcançaria um enorme sucesso na Sonserina, vai saber... Mas por que não quer ir para Sonserina meu rapaz?
-Porque muitos bruxos que se tornaram maus foram para Sonserina – respondeu o garoto num sussurro.
-Então, você quer ser um bom bruxo... Grifinória!
O som da casa ecoou por todo o salão, os grifinórios bateram palma e Alvo foi correndo ao encontro do irmão.
Alvo prestava atenção aos nomes, até que ouviu Neville pronunciar alto:
-ESCÓRPIO HYPERIUS MALFOY...
Escórpio foi em direção ao banco e sentou-se. Neville colocou o chapéu na cabeça dele, que começou a dizer.
-Outro Malfoy? Ah, claro que é Sonserina!
Ele viu Escórpio indo em direção a mesa com o brasão da Sonserina.
Alvo prestou atenção até que...
-PETER LOVEGOOD LONGBOTTOM!
Peter sentou-se no banquinho e ouviu o chapéu falar:
-Nossa... Muito bem... Grifinória, sem dúvida!
O garoto correu aos tropeços para a mesa com o brasão da Grifinória e se sentou na frente de Alvo.
Alguns nomes se passaram até Alvo ouvir:
-ROSA JEAN WEASLEY!
Rosa se sentou no banquinho e ouviu o chapéu seletor dizer:
-Não acredito! Um Weasley! Melhor, uma Weasley! Grifinória!
Arthur abriu um enorme sorriso e viu a neta ir correndo para a mesa de Grinifinória.
Eles estavam todos muito felizes, tinham passado do processo mais horripilante de Hogwarts, a seleção, o Chapéu Seletor!
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