No pequeno Povoado



O fogo, a fumaça e o sofrimento daquelas pessoas ainda, estava gravado na retina de Tom, que ainda sorria e cantarolava feliz, andara muito durante a noite, teria que voltar logo para o orfanato, antes que descem conta de seu desaparecimento, como aquele lugar era nojento, repetiu o garoto.


Depois de uma noite e um dia caminhando, Tom, estava cansado, e sujo, suas vestes não mais se distinguiam do barro no chão, mais mesmo assim, não desistiu de encontrar seu pai, que deveria ser um bruxo espetacular, um morro com um gramado verde, foi se desenhando, a cada paço que Tom dava, cada vez ficando maior, onde algumas cabras corriam, ou pastavam.


_Ou! – gritou o pastor das cabras, que vinha correndo atrás das fugitivas – parem de correr – ele ofegava.


Tom se aproximou cautelosamente, do velho pastor de cabras – senhor sabe onde fica o vilarejo mais próximo? - perguntou


_Ah filho, ainda esta muito longe daqui, e depois daquelas montanhas ali – e apontou para duas montanhas quase invisíveis ao horizonte.


_Obrigado – disse Tom se virando, e começou a descer o pequeno morro, onde nó pé tinha um pequeno chalé, que provavelmente seria do pastor, correndo ate lá, Tom esquivou-se para dentro, era tudo arrumado, uma pequena mesa ficava no centro da sala, no lado esquerdo, era um quarto com uma pequenina cama, com um colchão remendado, e no outro uma cozinha, com um fogo a lenha, um belo pedaço de pão estava encima da mesa, se sentando, o garoto se ocupou de comer. Depois do jantar, a noite cairá, cansado, tom saio da casa, em que pode  ver ao longe, o pastor voltando, cansado, da longa caminhada com as cabras, indo para trás do chalé, ele se deitou no gramado, e adormeceu.


O sol fustigava seu rosto, e sentia algo cutucando a sua cabeça, o velho, cutucava sua cabeça com um pedaço de pau – Você me roubou seu ladrãozinho – o velho o ameaçava apontado para ele à ponta do cajado.


_ Não roubei – Tom se levantou rápido


_Roubou sim, roubou meu pedaço de pão, fique parado, você vai ter o que merece.


Tom podia ver os seus dentes podres do velho, suas roupas remendadas, e seu cheiro ruim, o garoto pegou a varinha e a apontou para o velho, que caio na gargalhada.


_Não ria de mim seu lixo – gritou Tom


_O que vai fazer moleque? – o velho, então lhe tentou acertar uma cajadada na cabeça, mais errou por centímetros.


Da ponta da varinha do garoto, agora saia faíscas, a raiva agora estava ficando a flor da pele – se afaste de mim – dizia tom, tomando distancia do velho – se não coisas horríveis acontecerá a você.


_Com esse pedacinho de graveto? Duvido – tentou mais uma vez acertar o garoto, mais o cajado, escorregou da sua mão, o velho pastor cai de joelhos no chão, tom agora o olhava de cima, enquanto o senhor abria a boca em um grito mudo.


Tom ergueu as mãos, suas veias se tornavam visíveis, em suas mãos brancas como cais, dos olhos do pastor saiam lagrimas, Tom começara a fechar a mão, o senhor parara de respirar, enquanto, um sorriso estranho, se desenhava no rosto do garoto, mais não podia matá-lo, não ali, e não agora. Tom se virou, e caminhou rápido, se afastando do pastor, que agora ofegava feliz por encher seus pulmões de ar, deitando encima do gramado, olhava aquele que o quase matara sem fazer um mínimo esforço, se distanciando.


O Garoto seguiu por mais dois dias, parando em algumas casas, e furtando comida, quando chegou a um pequeno vilarejo, um bar, ainda estava aberto, e de lá, saia uma musica melodiosa, no chão um homem caído, dormindo, bêbado. Ele continuava andando, vendo as casas com os vidros quebrados, ou mulheres tricotando, enquanto seus filhos brincavam. Todos olhavam assustados, pais pegavam seus filhos e os colocava para dentro de casa, quando tom passava, deveria estar muito sujo.


Um enorme portão separava a pequena cidade de uma enorme mansão de cor escura, a grama mal cuidada do jardim, Tom empurrou o portão, que se abriu rangendo alto, então começou a caminhar com cautela nas redondezas, uma velha casa, alguém parecia morar ali, seria um singelo ladrão? Que ocupara uma casa que estava vazia a o que pareciam muitos anos? Lá também, havia uma estatua, uma grande estatua de mármore negro, do anjo da morte, Tom a circulava, achara tão bem feita, quando percebeu que algo estava escrito, mais estava escondido por causa do limo que se formava, sentando no chão, começou a limpar o Maximo que conseguia para poder ler os dizeres, então com um grande esforço, conseguiu ler “Aqui jaz Tom Riddle”.


Apesar de descobrir que seu pai estava morto, tom não conseguia sentir remorsos, algo bloqueava qualquer pena, qualquer sentimento de solidão, mais o essencial não descobriu, seu pai era um bruxo? Como a viajem tinha sido inútil, não resolveu sua vida e nem fez diferença para completar a sua história, um Barulho vinha saindo da casa, Tom se levantou de um salto, e correu para fora da casa, fechando o portão, a olhou, e correu para voltar ao orfanato.

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