Primeiro Natal



Tom era estudioso, queria mostrar que apesar de não ter vivido no mundo dos bruxos, ele era realmente um bruxo, no primeiro ano, Tom se saia bem em pequenos feitiços mais isso não era o bastante  para ele, o que é fazer uma pedra levitar, ou fazer água virar rum, ele queria aprender como se defender como atacar, como se proteger.


_Não Tom – disse o professor de feitiços – isso é muito cedo, e ninguém vai querer atacar vocês crianças – o professor riu segurando as calças frouxas.


Mais Tom não se sentia nem um pouco criança, os dias que se passaram Tom estava mais estranho não conseguia frear os surtos de raiva, vivia gritando e jogando tudo para o alto, não queria mais ninguém por perto queria apenas aprender.


O primeiro ano passou devagar, o garoto aprendeu como apagar fogueiras, a trazer objetos, a acender uma luz com a varinha,  já estava cansado desses ensinamentos, se não ensinariam o que ele queria saber, ele iria atrás sozinho.


Em uma noite, faltando apenas três dias para o natal, Tom saiu pelos corredores da escola, estava mais frio ali, sua respiração se transformava em pequenas nuvens, caminhando rápido, temendo fazer barulho, seguindo para a biblioteca, ouvira um alunos do sexto ano, falando de livros de “Magia pesada” na seção reservada, mais nenhum professor o autorizaria a ir.


_Então é isso que eu estou falando, esses alunos de hoje – o professor avistou o garoto – o que esta fazendo em pé fora da cama há essa hora?


_Desculpe Tom – disse uma professora de voz calma – mais e o nosso dever de comunicar a diretoria.


O garoto juntou seu tom mais falso de voz, com um enorme esforço uma lagrima nascera nos seus olhos – Me... Me... Desculpe-me professora, aprontaram uma pegadinha comigo, é o meu primeiro ano, e não sabia que não podia.


_Ah Tom – disse a professora sentida – tudo bem, não vamos falar nada, mais agora precisa ir para sua sala comunal ok?


_Tudo bem professora – se virou correndo por um corredor, seus passos logo morrendo, afogando os corredores em silencio.


_Grande garoto esse não? Como eu estava dizendo, Os alunos... – e continuaram a seguir conversando.


De traz de uma estatua o garoto sai com um sorriso que deformava seu rosto, continuou seu caminho, ate chegar à grande biblioteca, milhares e milhares de livros, separados por muitas prateleiras, e no final do corredor central, uma enorme porta de ouro e vidro, com os dizeres, Secção Reservada, apenas para alunos com consentimento de um professor, o garoto continuou rápido, seu coração agora batendo na garganta, querendo sair pela boca, tanto era sua felicidade, colando o rosto contra o vidro, lá estava um livro negro, de aparência estranha e nojenta.


Tom – uma voz alta e clara, ressoou por toa a biblioteca Dumbledore estava na frente da porta do grande salão – o que faz aqui? Ou melhor, o que faz ai?


_Desculpe professor – tom com uma voz falsa de arrependimento – fiquei curioso sobre essa secção.


_Deixe para ver em uma das aulas, precisara pesquisar muito se quiser ser um bom bruxo.


_Serei um grande bruxo, serei idolatrado, todos me temerão se não seguir minhas regras – Tom soltou uma risada aguda e fria, que fez o cabelo da nuca de Dumbledore se eriçarem.


_Tom a maldade, só destrói aqueles que o seguem, agora pode voltar para onde deveria estar.


O Garoto mesmo relutando saiu, e voltou para seu quarto, ainda leria aquele livro, para o aspecto tinha coisas muito boas nele. Os três dias para o natal passou devagar e chato, Tom ficava apenas dentro da sala comunal, com sua cobra enrolada nos seus pés, os rato que nagini comera na loja, estava mudando toda a sua fisionomia, ela estava cada vez maior, nesse ano, ele também tinha mudado, sua pele estava mais brancas, e seus dedos mais longos, devia ser porque não tomava sol, havia muito tempo, os ossos de seu rosto, demarcavam todo em sua pele.


Ah noite de Natal enfim chegou mais nenhum espírito de natal tomou conta dele, que mesmo assim não sorria, ele não estava feliz, todos que o cercavam não tinham poder suficientes, eram um lixo, nenhum ia realmente atrás do poder, ficavam feliz com o pouco que os professores ensinavam, como sempre a sala estava vazia e fria, nagini sairá para caçar, o pouco de alunos que estavam, rasgavam seus presentes, sorrindo felizes, mostrando para seus outros amigos, porem tom não ganhara nenhum.


Tom se levantou furioso, quando uma das companheiras, abrira seu presente e de dentro de uma caixa, uma bailarina cantava e dançava flutuando – saiam daqui, vamos, ou toco fogo em todos seus presentes.


As meninas subiram correndo, sem olhar para trás, fechando a porta do quarto com força, a sala voltou a seu estado normal de calmaria, enquanto todos festejam, ele apenas olhava o fogo crepitar na lareira, alguns entravam rindo, e cantando, e logo se calavam, a sala trazia um clima pesado de pura tristeza e repugnância para a felicidade.


_Corram – uma menina chegou correndo na sala comunal – uma cobra enorme no salão, os professores querem matá-la.


Tom sai correndo da sala, subindo e derrapando no chão escorregadio, chegando a um salão, em que os professores cercavam uma enorme cobra, ela estava do tamanho de uma coxa masculina, os ratos deveriam ter algum tipo de feitiço, para fazê-la crescer tão depressa  - Não a Matem – gritou ele – ela é minha!


_Meu garoto – suspirou a professora – como pode trazer esse bicho para cá.


_Não sabia que ela cresceria tanto - a cobra veio rastejando, para o lado de Tom que a acariciou com carinho.


_Desculpe, terá que se desfazer dela – Dumbledore guardava a varinha nas vestes.


_Como pode me pedir uma coisas dessas? Senhor? Ela é minha única amiga, a única que me entende – a raiva pelo professor começava a corroer as estranhas de Tom.


_Terá que ser assim! Dumbledore e os professores se viraram e saíram do salão deixando o garoto só com a enorme cobra.

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