Seguindo Pistas



Quando os garotos voltaram para casa, Hermione, Gina, Chloe, Hailie, Sarah e Yara (Uffa!) já tinham voltado e agora estavam no jardim, conversando. Jonathan e Brian estavam de mau-humor e já não se falavam direito, como de costume. Chloe, mas para irritar Brian do que por vontade própria, levantou-se e foi até Jonathan, preocuoada com um arranhão no seu rosto. E fez efeito: Brian realmente não gostou nada e fechou a cara mais ainda. Estava quase soltando fumaça pelas orelhas. Sarah comunicou que à noite todos teriam que ir para a nova boate que havia inaugurado na semana anterior. Depois dela fazer o convite, e todos aceitarem, Chloe puxou-a para um canto:

- Você tá doida de chamar o Brian? Já me basta a Yara, querendo que eu fique com ele...

- Eu não estou empurrando ele para você. Eu estou sendo educada. E não posso proibí-lo de ir para lá.

- Ok, ok. Mas vocês estão avisadas. Nada de brincadeirinhas e nada de me deixar sozinha com ele...

Sarah riu e concordou.

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Tonks estava gostando muito dos cabelos daquele jeito e resolveu continuar assim; mudou apenas a cor dos olhos, que agora estavam verdes. Escolheu as roupas que usaria mais tarde, pois Sharon, que já visitara Sydney antes, fez planos para elas duas visitarem alguns badalados locais. Encontrou-se com Sharon, que era uma loira muito bonita, no bar do hotel e visitaram alguns cafés e Hard Rock Café. Lupin e Robert ficaram no hotel. Sharon estava comentando quais eram os melhores locais para visitarem mais tarde, à noite.

Vivian Prester estava gostando de Sturgius. Ele era simpático e ela também o achara divertido. Ela e Kelly também estavam tendo um ótimo relacionamento.

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À noite, o "ponto-de-encontro" era a casa de Sarah. Os pais dela não se importaram de receber todas aquelas meninas de uma vez só. Quando eles já estavam prontos, Henri pegou o carro do pai emprestado. O problema era para entarem todos. No final, o único que não dividia o assento ou levava alguém no colo, era Henri, que dirigia. Chegaram na frente de uma casa noturna que tinha o nome "The Hell". Henri estacionou em qualquer lugar e todos saíram. Depois de esperar um pouco, conseguiram comprar os ingressos e entraram. A danceteria estava abarrotada de jovens. Tatianie - aquela do strip-tease - apareceu um tempo depois, com duas bebidas na mão.

- Eu não vou agüentá-la por muito tempo. - Henri sussurrou para Sarah.
Hailie estava conversando com Gina, apesar da música alta. Havia um enorme sofá branco do lado direito da danceteria, onde haviam muitos namorados se agarrando. Do outro lado havia uma enorme bancada, com um enormes recipientes cheio de morangos e alguns bloquinhos de anotações; o bar. Mais no fundo da boate, uma escada dava para um compartimento mais alto que o outro, mas ainda podia ser visto por quem estava mais em baixo. Nesse andar havia, no meio, um colchão d'água onde muitos estavam deitados. Eles - Harry, Gina, Hermione, Rony, Sarah, Henri, Hailie, Yara, Jonathan e Chloe - estavam nesse andar.

- Ainda bem que o Brian não veio... Eu não sei o que eu faria se o visse... - contou Chloe a Hailie, que disse:

- Então comece apensar no que vai fazer porque ele está bem ali... - ela apontou para o bar. Ele estava conversando com uma garota morena de cabelos encaracolados e menor que ele.

- Eu acho que eu vou vomitar... - Chloe colocou o dedo indicador na boca, como se vomitasse.

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- Estou pronta. - falou Sharon. Ela e Tonks estavam no quarto dela. Sharon estava no banheiro, se maquiando. Usava uma blusa de costa nua preta, uma calça longa, um tipo de pantalona, e sapatos abertos, pretos. Tonks estava usando um vestido bem colado que ia até o meio de suas coxas e um sapato agulha. Ela realmente não havia gostado do sapato, pois ele havia incomodado um pouco, mas mesmo assim ia usá-lo. Vestir-se de trouxa realmente não era tão simples assim.

- Então, vamos. - Tonks disse enquanto saíam.

Sharon saiu primeiro e seguiu em frente, enquanto Tonks fechava a porta. Andando, Tonks organizava sua bolsa; ela estava uma bagunça. Acabou trombando com alguém que vinha na direção contrária. Lupin ainda não tinha percebido que aquela loira era Tonks. Na trombada, Tonks deixou cair a chave do quarto de Sharon. Os dois se abaixaram ao mesmo tempo, murmurando um "Desculpe." Quando seus olhares se encontraram, perceberam em quem haviam trombado. Seus rostos estavam muito próximo e seus narizes quase se tocavam.

Sharon apareceu e eles desviaram o olhar. Ela disse:

- Ei, Tonks. Onde você estava? Eu estava lá na frente e... - Tonks já havia se levantado e entregou-lhe a chave. - Vamos, então?

- Vamos. Desculpe-me mais uma vez, Remo. - ela dirigiu-se a Lupin, que também desculpou-se.

Seguiram seus caminhos e Lupin perguntou-se como não havia reparado... nela.

- Esqueça isso. - ele disse a si mesmo.

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Já estava bem tarde e a turma toda resolvera voltar para casa. Gina fizera amizade com Hailie e Yara; elas eram muito simpáticas com ela. Chloe era legal, também, mas não tinha o mesmo humor das duas. Ela conversava com Hailie, enquanto Chloe reclamava - mais uma vez - de Brian para Yara e Hermione. Os garotos conversavam entre si. Já estavam programando mais alguma coisa para a segunda-feira. Chegaram em frente a casa de Hermione e os quatro desceram, exautos. Hermione estava com dor de cabeça, de tanto ouvir Chloe reclamar. Gina estava com os pés doendo por causa de seus sapatos. Harry e Rony eram os únicos que não estavam com dor alguma. Com uma animação devastadora, murmuravam "Boa noite" para cada um e seguiram para seus quartos.

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Passou-se a primeira semana na Itália e já haviam descoberto algumas coisas. Segundo Moody, eles estavam no "caminho certo". Charlies e Vance haviam seguido um suposto Comensal que, apesar de muito discreto e detalhista, deixara que eles descobrissem que o seu bar era, na verdade, um local de encontro para iniciantes das Artes das Trevas. Não podiam passar do balcão, porque o "esconderijo" era protegido contra a entrada de Aurores.

Agora, então, eles protegiam os locais onde haviam objetos das Trevas, pois eles também sabiam que em breve haveria um roubo em massa.

Na Rússia, Tsunami, Adams, Pudmode e Prester estavam atrás de um suspeito que já morara em Londres. Conhecia muito bem a Rússia e era um homem engenhoso, cheio de planos e truques. Ele era um bruxo metamorfo, mas ele tinha uma característica marcante, mesmo usando um outro corpo e outra aparência. Seu sinal na bochecha esquerda, próximo ao seu bigode. Era um sinal em forma de uma meia-lua. Era bem esquisito, mas já ajudava-os bastante. Encontrava-se sempre com um homem alto, de óculos de aros preto e cabelos e olhos castanhos escuros. Geralmente ele usava um tipo de casacão, caramelo, cheio de bolsos, aos quais, Vivian tinha certeza, levava objetos ligados aos Comensais.

Sydney era muito bonita e desenvolvida, mas a noite escondia muitos segredos. Tinham três suspeitos em vista, mas nenhuma prova concreta de que eles estavam ligados a Voldemort. Era terça-feira e Alastor havia resignado Truedalli e Hurtdaily para seguirem um deles, que segundo seus cálculos estaria indo para Brisbane, reunir alguns de seus adeptos. Lupin e Tonks continuariam em Sydney, porque Sharon e Robert ainda iriam voltar. Além disso, teriam que ir até um local, onde suspeitava-se que algumas pessoas se encontravam para furtar algo.

Tonks, que agora estava com cabelos longos, escuros e escorridos, com os olhos amendoados e o nariz afilado, acompanhada de Lupin, seguia seu suspeito número um. Estavam num bairro um tanto sombrio e, escondidos em um beco, viram que seu suspeito ia até um vendedor de drogas. Ele disse algo ao suspeito e entregou-lhe um papel. Ele leu e entrou em um prédio inacabado. Esperaram um pouco e entraram pelos fundos para o prédio. Eles iam virando uma esquina, quando um vulto, mais a frente, subiu as escadas devagar. Lupin puxou Tonks depressa, antes que a pessoa os visse. Eles esconderam-se atrás de um armário aos pedaços, com os rostos colados e a respiração ofegante. O homem dizia:

- Tome cuidado. Não sabemos se há aurores por essa parte. Mas não preocupe-se, nossas reuniões serão em outro lugar, em breve. - esse homem eles não reconheceram, mas ele falava com o suspeito.

Quando deu-se conta, Tonks estava tão próxima de Remo que podia sentir o ar que ele respirava bater em seu pescoço. Se continuasse assim, não sabia se ia agüentar muito tempo. Os passos foram distanciando-se e, um pouco sem-graça com a situação, separaram-se olhando para direções opostas.

- Vamos sair daqui. Não acho que devamos presenciar isto, ou podemos não sair vivos daqui. - burburou Remo. Tonks concordou, ainda sem olhá-lo nos olhos.

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Marine Streisand e Bellatrix Lestrange estavam trabalhando, na prisão de Azkaban. Os guardas estavam observando o trabalho delas e de mais alguns detentos. As duas pouco se viam, assim como os outros Comensais também quase não trocavam simples olhares. A Marca em seus braços ainda era visível, mas estava um pouco opaca. Mas, nos punhos e na nuca de cada prisioneiro havia um tipo de desenho que tornava-se cravada nos pulsos, caso elas se afastassem dali. Quanto mais elas afastavam-se, maior dor a pessoa sentia, até que elas pudessem tornar-se cortes e perfurar a pele. Eles também não podiam conversar com outros aprisionados. Caso o tentassem fazer, os desenhos nos pulsos faziam nascer uma imensa dor, até que a pessoa desistisse de conversar com os outros. A gravura na nuca fazia a cabeça e, conseqüentemente, a nuca doer por pelo menos três dias. Ela não chegaria a morrer, como ocorreria se ela tentasse fugir, mas com certeza, deixava a pessoa perturbada por um bom tempo. Bellatrix estava bastante entediada por Ter que ficar mexendo aquele caldeirão de comida.

Se pudesse, colocaria veneno naquela comida. Mas aquelas malditas figuras a impediam de tocar no que quer que estivesse ligado as Trevas. Bellatrix de repente sentiu uma pontada em seu braço esquerdo. Percebeu que era sua tatuagem. Ergueu a manga da roupa e viu que ela piscava. Isso queria dizer que algo estava para acontecer. Queria perguntar se mais alguém estava com a Marca daquele jeito. Esqueceu-se que não podia fazê-lo e quando tentou dirigir a palavra a Marine, sentiu os desenhos nos punhos e na nuca fazerem-na gritar de dor. Alguns guardas dirigiram-se até ela e antes que ela conseguisse proferir alguma palavra a Streisand, Bellatrix foi levada até sua cela e trancada lá.


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Visitar o Beco Diagonal sem os Weasley não era a mesma coisa. Ir com os Granger era bem diferente do que ele já estava acostumado. E sem todas aquelas meninas e meninos a viagem estava mais tranqüila e a quinta-feira parecia mais calma. Desceram do carro e Nicholas disse que viria pegá-los às 17:00 horas. Passaram pelo Caldeirão Furado e adentraram o Beco.

Como sempre, abarrotado de estudantes de Hogwarts. Gina logo disse:

- Vão na frente... Eu vou me encontrar com Mary e Luna daqui a pouco no Fire House...

- Fire House? - perguntou Rony

- É, aquele pub que inaugurou ano passado.. - ela falou com um tanto de ressentimento na voz

- Tudo bem, mas encontre-nos na Floreios & Borrões, ok? - Hermione disse

- Certo. Tchau. - e deu um beijo em Harry.

- Não demore. - ele falou.

Gina seguiu em uma direção enquanto Harry, Ron e Hermione seguiam na direção oposta. De repente ela foi puxada por alguém, muito forte por sinal, e levada até um beco escuro.

- Ainda está com Potter, é? - Draco Malfoy perguntou. Ele tirou uma das mãos que estava na boca dela e soltou-a, mas se pôs a sua frente, impedindo Gina de seguir em frente.

- Não é da sua conta... - ela tentou caminhar, porém ele não deixou.

- Sentiu saudades disso? - Malfoy beijou-a. Atordoada, ela empurrou-o, depois de alguns segundos. - Eu sei que você gosta...

- Por que você não pára de insistir nessa história? Não deu certo da última vez e não vai ser ag.. - Draco calou-a com outro beijo.

Dessa vez ela cedeu. Não poderia agüentar para sempre. Draco sempre tivera fama de charmoso e bom de cama. E Ter um garoto desses atrás de você... Você não pode resistir o tempo todo. Deu-se conta do quê estava fazendo quando uma das mãos dele subiu, por baixo de sua blusa.

- Pára. Eu... não quero. - ela afastou ele de perto e foi embora.

- Ah, m****! - ele esmurrou a parede, o que não ajudou-o em nada.

Draco saiu de lá e viu Gina conversar com uma loira bonita, que usava seu cabelo preso e uma roupa colada, deixando à mostra sua bela silhueta. Ambas andaram mais um pouco e entraram num pub: o Fire House. Ele seguiu-as, tomando uma certa distância e também entrou no pub. Viu Gina e a loira, que ele não sabia quem era, encontraram uma outra garota, esta já numa mesa. Essa ele conhecia: era a batedora do time de Quadribol, Mary Rusterd. A menina que ele ainda não havia reconhecido, virou seu rosto e sentou-se ao lado de Mary, ao qual estava sentada de frente para Draco. Draco estava pasmo. Aquela garota era Luna Lovegood. Ela estava tão... diferente. Estava muito mais bonita agora.

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Tonks abaixou o jornal que estava lendo e disse:

- Você falou com o policial responsável? - eles estavam no quarto de Lupin. No Sábado Sharon e Robert chegariam.

- Falei. - Lupin disse simplesmente.

- E?

- Ele não disse nada que ajudasse...

Tonks mexeu nervosamente nos cachos que agora tinha e falou:

- Precisamos ir lá. Tem que haver alguma explicação. É a terceira vez que há praticamente um extermínio em família e eles não sabem de nada? Eu vou lá dar uma olhada no que está acontecendo. - Lupin olhou-a com reprovação - Você fica aqui, caso Hurtdaily e Truedalli mandem notícias.

E antes que Lupin pudesse responder, ela saiu do quarto.

- Mas que mandona. - ele resmundou, com um sorrisinho enviesado.

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Alastor estava preocupado. Estava recebendo notícias dos Aurores que estavam na Itália, Rússia e Austrália. Todos mandaram notícias de que famílias haviam sido mortas. Todas elas tinham pelo menos um membro que estavam em escolas bruxas. Na Itália, duas crianças, de famílias trouxas, que estudavam na Escola de Milão, tinham sido mortas assim como seus pais. A única que sobrevivera fora a filha mais velha, mas ela não estava em casa quando tudo ocorreu. A outra família fora totalmente exterminada, inclusive a criança bruxa.

Na Rússia dois meninos e uma meninas que estudavam em Matchkovisk tiveram seus familiares mortos. As três crianças foram torturadas e, já não vivas, tiveram seus corpos expostos na porta da casa.

As coisas na Austrália não estavam sendo diferentes: um menino e duas meninas morreram misteriosamente. Alguns de seus familiares nunca mais foram vistos. E outros chegaram a óbito por meio de torturas.

Isso estava-o preocupando. Ele já tinha comunicado Dumbledore de tudo. Sabia que Voldemort começaria matando sangues-ruins. O problema seria pará-lo e saber qual seria seu próximo passo.


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O ritual já estava acabando. Agora vinha a parte mais importante. O homem estava aproximando-se com um vasilhame engraçado. Seria engraçado se não fosse seu conteúdo; sangue. Ele abaixou-se no meio do círculo e o sangue que estava dentro do recipiente mudou sua coloração e mexia-se muitas vezes. O homem que o segurava, simplesmente jogou-o no chão e o sangue formou as palavras no chão:

"O dia está chegando e o extermínio começará. E aqueles que não estiverem do lado certo sofrerão duramente as conseqüências."

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Em Azkaban, todos os prisioneiros Comensais urraram de dor. Lúcio Malfoy chegou a debater-se nas paredes. Os guardas nada faziam. Foram avisados que isso aconteceria, cedo ou tarde. Bellatrix rasgou as vestes de penitenciária e sua Marca estava mais preta do que estivera em dias. Não acreditava no que via. "Então o dia realmente está próximo." Pensou ela. Mas seu braço esquerdo ainda doía muito.


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Sharon estava num bar. Ela poderia estar aproveitando a visita a Brisbane se não estivesse a trabalho. O homem, que ela estava seguindo a dias, conversava com uma mulher. Mostrava gravuras a ela, enquanto esta fazia cara de preocupação a cada vez que ele trocava de figura. Ela perguntou do garçon quem era. Ele respondeu:

- Você não conhece? É um advogado conhecidíssimo aqui, em Brisbane. Sempre foi reconhecido por sempre ganhar suas causas e tem muita influência na cidade...

Então era isso. Essa era a razão de nos últimos dias ele estar conversando com tantas pessoas, uma diferente da outra e que ela via freqüentemente na mídia. Ele realmente era um cara estranho.

"Que ingratidão, Alastor." Pensou Sharon. Ela não tinha gostado muito da tarefa que Moody tinha lhe dado e acaba de lembrar-se que tinha que pô-lo em prática hoje. Ela pagou a bebida e esperou a mulher ir embora. Quando ela saiu do bar, Sharon levantou-se e jogou todo seu charme para o bonitão. Resultado: sua tarefa acabou no quarto da casa dele.

Enquanto ele tomava seu banho, ela vasculhou discretamente as coisas dele e levou, na bolsa, algumas das coisas que ela achava que poderiam lhe ser útil, futuramente.

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- Por que que ele não pára de olhar para cá, hein? - sibilou, entredentes, Mary. Ela já tinha percebido os olhares de Draco para a mesa delas.

- Ele ainda está olhando para cá? - perguntou Gina, que estava de costas para ele.

- Está. Para falar a verdade, Malfoy não pára de nos olhar desde que chegamos... - falou Luna.

E era verídico. Draco pareceu se tocar e levantou-se, pagou a cerveja amanteigada e lançou um último olhar a Luna, que pareceu perceber, mas fingiu que nada havia acontecido.


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Pararam. Todos de uma vez. O alvoroço causado pelos prisioneiros havia parado. Bellatrix era a única que não fazia escândalo. Mas de repente Marine, que tinha a impressão que perderia o braço de tanta dor, aquietou-se e sentou-se num canto escuro de sua cela. Abraçou as próprias pernas e balançava-se como uma criança assustada. E dizia: "Vai começar. Vai começar. Vai começar."


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Eles saíram do Caldeirão Furado e seguiram até a casa de Hermione, cheios de sacolas e livros. Nesse ano, em particular, teriam muitos exames e testes. Aprenderiam a tornar-se animagos, prestariam os NIEM's e fariam os testes para aparatação.

Chegaram na casa da amiga e despejaram suas compras sobre a cama. Arrumaram apenas algumas coisas e deixaram o resto fora de suas bagagens. E pro incrível que pareça, Harry ainda não havia sentido sua cicatriz doer, ou tivera qualquer tipo de sonho.

A sexta-feira chegou e Sarah prometeu fazer uma festa de despedida a Hermione e aos amigos dela. Hermione tentou persuadí-la para que a festa não fosse feita, porque no Sábado teriam que estar em King's Cross às onze da manhã.

À noite, exatamente às 23:00 horas, Sarah e Henri foi chamá-los para a despedida. Hermione e os outros se arrumaram e quando desceram ouviram Sarah dizer:

- Nananinanão. Essas não são as roupas certas para a festa.. - ela olhou o conteúdo da sacola que trouxera, a qual ninguém havia percebido a presença, e tirou de lá algumas perucas coloridas. - Esqueci de dizer que a festa é a fantasia... - a própria Sarah pegou uma peruca roxa e colocou em si. Henri, por sua vez, pegou alguns óculos e pôs no rosto, fazendo cara de mau.

As meninas riram. Gina disse, depois que todos colocaram, relutantes as perucas:

- Que ridículo!!

E realmente estavam.

- Essa é a intenção... Então, vamos? O pessoal já deve Ter chegado...

Ao entrarem na casa dos McCarthy, perceberam que havia gente bem pior que eles. Hailie usava pompons e uma roupa muito colorida. Chloe e Yara usavam perucas enormes, rosa e azul, respectivamente e botas neon.

Jonathan usava uma calça tão baixa, que dava para ver sua cueca, que dizia: "Há Vagas."

Todos se divertiram e dançaram bastante. Chegaram exaustos à casa de Hermione. Gina e Harry foram para seus respectivos quartos, enquanto Hermione fora até o quarto de Rony, dar uns beijinhos nele, claro:

- Mione... - Rony disse entre beijos - 'Tá tarde... Se seus pais nos pegam aqui... - Hermione pressionou seu peso contra o de Rony e eles acabaram entrando no quarto dele.

Hermione não se importou e trouxe o namorado para perto de si e deitaram-se na cama; ele por cima dela. Rony achava que aquilo era efeito do álcool.

- Deixa eu dormir aqui. - ela sussurrou no ouvido dele.

- Eu... não sei se é certo. - ele tomava fôlego enquanto beijava-a.

- Não seja estraga-prazeres... - ela falou, enquanto tirava a camisa dele.


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- Eu acho melhor você ir para o seu quarto. - Rony murmurou no ouvido de Hermione.

Ela abriu os olhos devagar; não queria despertar.

- Tudo bem, eu vou. - ela vestiu uma camisa dele, pegou suas roupas e saiu do quarto, jogando um beijinho para ele. Olhou no seu relógio; seus pais ainda estavam dormindo à essa hora.

Hermione tomou um susto quando, ao abrir a porta devagar, ouviu uma voz dizer:

- A senhorita não dormiu no seu quarto?

Com uma mão na fechadura, Hermione congelou. Virou-se e viu a cara divertida de Gina.

- Ah, sua louca! Você quer me matar do coração? - ela falou, enquanto entrava no quarto.

Gina entrou também e fechou a porta devagar.

- E a senhorita? Onde estava à essa hora? - a voz abafada de Hermione, que acabara de entrar no banheiro, ecoou pelo quarto.

- Eu, diferente de você, estava na cozinha...

- Numa cozinha chamada Harry, é?

- Bem que eu poderia estar, mas... Não, eu estava na cozinha mesmo. Ei, você usou...?

Hermione colocou o rosto para fora do banheiro e respondeu:

- É lógico. Eu ainda não estou maluca...

- 'Sei não. Você ir de madrugada para o quarto do Rony... Você mudou, hein?


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Eles já estavam indo para a Estação King's Cross. Chegaram a despedir-se, ainda pela manhã, das meninas e dos amigos de Hermione. Agora, estavam atravessando a barreira mágica entre as plataformas nove e dez. Haviam alunos para todos os lados e de todos as séries. No fundo, Harry, Rony e Hermione sentiriam muitas saudades daquilo. Entraram no grande trem vermelho e escolheram um lugar nos fundos do Expresso.


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Luna entrou no Expresso de Hogwarts e levou suas coisas até um vagão, onde geralmente ficavam algumas garotas da Corvinal. Ela sabia que a essa hora, Gina já estaria no trem e ela queria conversar com a amiga. Luna deixou as coisas onde tinha colocado e saiu do vagão. Ela andou um pouco e uma mão a puxou para dentro do banheiro. Draco fechou a porta rapidamente.

- Você 'tá ficando especialista nisso, né? - ela falou, tentando tomar uma distância dele, já que o espaço era pequeno. - Eu soube que você fez algo parecido com Gina...

- Ela te contou, é? - Luna fez que sim com a cabeça - Ela contou para Potter que eu dei uns malhos nela? - Draco estava se aproximando e isso estava deixando Luna um tanto nervosa.

- Por que você não pergunta para ela? - Luna encostou-se na parede e percebeu que havia sido, literalmente, encurralada.

Draco aproximou-se ainda mais e agora estava a poucos centímetros do rosto de Luna.

- O que você pensa que está tentando fazer? - ela perguntou, tentando pôr um pouco mais de firmeza na voz.

- Tem certeza que não sabe? - ele sussurrou no ouvido da loira. E deu um demorado beijo nela.


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Sharon e Robert estavam voltando e agora se hospedaram em quartos nos primeiros andares, porque os seus antigos já estavam ocupados. Depois de desfazer as malas, Hurtdaily foi até o quarto de Tonks, para contar-lhe o que havia acontecido nesses dias em Brisbane. Sharon já estava se lembrando que em poucos dias teriam que ir para Melborne. E ela tinha acabado de chegar, exausta. Bateu na porta e uma Tonks ruiva, com intensos olhos azuis e um tanto baixinha abriu a porta. Elas conversaram e Sharon contou sobre a sua amarga tarefa e de como se sentia com nojo de si mesma depois daquela noite; depois de tê-lo feito.



Dumbledore estava em sua sala circular quando viu a coruja que Alastor Moody geralmente usava para lhe contar sobre os progressos da Ordem entrar na sala. Ela pousou na ponta de sua mesa e Alvo tirou os pergaminhos que vinham com ela. Leu-os e apesar de preocupar-se um pouco mais com as notícias que os Aurores haviam lhe mandado, continuou com a mesma expressão serena e guardou os pergaminhos na terceira gaveta a sua direita. Quando fosse a hora certa, ele os tiraria ali.


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- Me solta! - Luna empurrou, ou pelo menos tentou empurrar, Draco para longe dela.

O Expresso havia começado a andar há alguns minutos.

- Você me dá nojo. - ela falou e deu alguns passos, fazendo menção de sair. Quando estava alcançando a porta, Draco puxou-a e rapidamente colou seus lábios nos dela e pôs a menina sentada na pia. - Por que você 'tá fazendo isso? - ela falou entre os beijos.

Ele não respondeu.

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Jack chegou no local que tinha sido resignado a "visitar". O local estava vazio e muito bagunçado. Jack Tsunami andou mais um pouco, com cautela, examinando cada centímetro do lugar. Parou. Acabara de ver sangue derramado no chão. Muito sangue. Chegando mais perto podia ver que o sangue estava tão... reunido. Parecia estar formando... palavras? "Mas que coisa mais esquisita." Pensou Jack.

Ele retirou algumas ampolas do bolso e coletou o sangue. Com certeza aquele sangue era daquelas crianças e seus familiares que haviam morrido.



- Você viu a Luna por aí? - Gina perguntou para Rony e Hermione, que haviam acabado de chegar do vagão dos monitores. Gina estava abraçada a Harry e segurava sua mão esquerda que passava por sobre o seu ombro.

- Não, por quê? - falou Rony.

- Ela ainda não veio aqui. Gina está que nem uma louca, achando que Luna não embarcou...

Gina riu e levantou-se:

- Vou atrás dela... Daqui a pouco eu volto. - ela deu um rápido beijo no namorado e saiu.

Andou pelo trem e não viu Luna em vagão nenhum.

- Ai, eu preciso ir ao banheiro... - burburou para si mesmo.

Abriu a primeira porta de banheiro que encontrou e deparou-se com uma cena, no mínimo inusitada: Draco e Luna, aos beijos. Ela, sentada na pia e ele, com seus braços em volta dela.

- Oh... M-me desculpe. - Gina fechou a porta e voltou para o vagão onde estavam Harry, Rony e Hermione.

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Estavam beijando-se há alguns minutos. Não estavam se importando com o que acontecia do lado de fora daquela porta. Luna tentou resistir e deixar Draco longe de si; não preciso dizer que não conseguiu. Seu queixo já estavam doendo, de tanto tempo que estavam daquele jeito.

Ouviram a porta abrir mas antes que pudessem separar-se, a voz de Gina os interrompeu. Eles interromperam a sessão de amassos, mas ela foi embora do mesmo jeito. Quando fechou a porta atrás de si, Luna ia descer da pia. Draco a segurou:

- Você fica aqui, mocinha. - ele falou, fazendo menção de beijá-la de novo.

- Não. Não, pára... - ela estava tentando desvencilhar-se dele. - Eu tenho que falar com ela...

- Falar o quê? Você não tem que dar satisfações a ela.

- Mas, eu... - Luna parou. Draco estava certo. - Pára, Malfoy. - Draco estava beijando sua nuca, agora.

- Pára, é? Ano passado, nós quase...

- Quase. Falou certo. - ela desceu da pia e foi embora, deixando Malfoy atônito. Ele jurava que ela já tinha caído em seus braços.


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- Então, encontrou Luna? - perguntou Harry.

- Encontrei. Ela estava tão bem que Malfoy estava dando uns malhos nela, no banheiro. - Gina falou com pouco caso.

Hermione estava boquiaberta:

- Como é que é?

Gina contou o pouco que viu, quando estava atrás da amiga.


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Estava certo. Ele já sabia, mas era preciso examinar o sangue. Aquele sangue que Jack encontrara no chão daquele lugar não eram só das crianças russas. Eram de crianças de vários países e continentes. Tsunami havia acabado de mandar uma coruja a Moody. Isso não era bom sinal.

Precisavam de mais informações; saber exatamente o que o Lord das Trevas estava planejando.


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Como procurar por informações de algo que é pouco conhecido? Era essa pergunta que Emmeline se fazia. Tinha sido incubida de descobrir mais sobre as Três Pedras do Poder. Estava rodeada de papéis e mais papéis, além de montanhas de livros. Naoki também não descobrira nada, quando esta pesquisara sobre as Três Pedras. Agora, Naoki estava atrás de pistas que indicassem o que Voldemort procurava, para que ela e os outros Aurores pudessem impedí-lo antes que fosse tarde.


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Tonks ouviu um estalido na lareira e o rosto de Olho-Tonto apareceu.

- Eu vou precisar de você, Tonks. - ele disse simplesmente.

- Para quê?

- Você aceitaria...?

Conversaram durante um tempo e depois que Alastor desapareceu, Tonks fez as malas. Moody já ia explicar tudo para os outros Aurores. Nymphadora estava felicíssima; ia realizar um sonho de infância. Não que não estivesse satisfeita com a missão na Oceania, mas não iria desperdiçar essa oportunidade.

Sharon estava preparando-se para a sua próxima tarefa. Sharon iria transfigurar-se e ia ficar morena. Ia até um local que Lupin descobrira para Ter certeza que lá eram feitas as reuniões de alguns bruxos australianos. Robert e Lupin já iam primeiro para Melborne. No dia seguinte ela iria para a cidade, encontrar os dois. Essa noite ainda iriam dormir em Sydney.

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