No Castelo



Narcisa estava numa saleta escura e fria, na terceira torre ao norte do castelo. Ela estava com as mãos acorrentadas a parede e os pés ao chão. Narcisa tentou usar sua varinha para sair de lá, mas nada funcionava. Matt entrou na sala, fazendo muito barulho porque a porta de madeira velha rangia demais.

- Ainda chorando, Malfoy? - ele perguntou secamente enquanto andava devagar para lá e para cá.

Ela não respondeu. Apenas fungou, numa mistura de soluço e suspiro.

- Vai ficar quieta? Então deixe eu lhe explicar o que está acontecendo: seu marido ficou em débito com nosso Lord e ele próprio comunicou, antes de ser preso, que o pagamento estaria com você.

- Eu não tenho nada. - respondeu melancolicamente.

- Segundo ele, - continuou como se ela não o tivesse interrompido - você tem um talismã que pode ajudar, e muito, nosso mestre.

- Eu já disse que não tenho nada, ele não deixou nada comigo.

- Já mencionei que se você não o der de boa vontade a Você-Sabe-Quem, seu filho é que vai ser torturado?

- Não, meu filho não.- ela começou a mexer-se freneticamente, tentando livrar-se das correntes. Matt estava achando aquilo divertido - Mate a mim, mas deixe meu filho fora disso.

- Vou lhe dar um tempo para pensar, mamãe Malfoy. - ele olhou no relógio - Uma hora.

E saiu da sala.



Eles já estavam a algum tempo atrás dela, mas não tiveram sucesso. Através do feitiço de rastreamento, eles se reencontraram.

- Nada.

- Nada.

- Nada, também.

- Não é possível! - gritou Snape.

Courtney apertava bastante um tipo de pingente que estava usando no pescoço para acompanhar McGonagall, já que ela não podia aparatar.

- Eu sinto algo. - ela sussurrou.

- O que você disse, Courtney? - perguntou Hagrid.

- Por aqui. - Courtney estava com o olhar desfocado, mas continuava andando.

Então ela começou a correr, correr... Os professores apressaram o passo para acompanhá-la, exceto Hagrid. Courtney estava se embrenhando na floresta, quando tropeçou em alguma coisa e caiu.

- Thomson! - McGonagall foi até ela e levantou-a.

- Aqui está. - Courtney mostrou uma alça de ferro, que na verdade pertencia ao fundo falso, coberto por folhas: a porta de um alçapão.

- O que significa isso? - Snape puxou-o com toda sua força, mas não foi o suficiente. Hagrid o fez sem muito esforço.

Courtney soltou um gritinho:

- Onde nós estamos?

- Você não sabe? - Snape falou com repugnância

- Eu deveria?

- Você nos trouxe até aqui! - gritou a plenos pulmões, Snape.

- Mas, eu... - Courtney parou. Havia uma voz na sua cabeça que dizia "Desça, garota, desça."

Courtney se esticou e conseguiu ver apenas o início de uma escada. E desceu-a, sem falar nada.

- Thomson!! - Snape gritou, seguindo-a.

McGonagall e Hagrid a seguiram.



Harry começou a sonhar de novo.

- Helga! - brigou Rowena - Você não deveria Ter ajudado a garotinha!

- E você não deveria Ter mentido para nós. Nós somos seus amigos. - falou Godric.

- Eu não pude evitar. Eles estavam muito longe. - se defendeu

- Mesmo assim você não deveria Ter se intrometido. Ou sua herdeira não é astuta o bastante para se virar sozinha? - Salazar levantou uma sobrancelha.

- Vamos ver quem é ou não astuto quando os nossos herdeiros se encontrarem. - desafiou Helga.

Rony podia ver os olhos de Harry se mexendo freneticamente de um lado para o outro e pensou "Sonhando de novo...". E depois caiu no sono.



Mary estava preparando-se para dormir, quando Gina entrou no dormitório.

- Oi, Mary. - ela falou solenemente.

Ela respondeu com um simples olhar. Mary ia fechando as cortinas ao redor da sua cama, quando Gina segurou uma delas.

- Você pode me dizer o que foi que aconteceu lá embaixo?

- Uh, do que exatamente você está falando? - fingiu não saber.

Gina levantou as sobrancelhas.

- Que você e Rony...

- Ah, não foi nada. Só que o Rony disse que não gosta realmente da Hermione, então... ele foi procurar comigo o que ele não tem com ela. - ela deu de ombros.

Gina estreitou os olhos.

- Ele foi atrás de você?

- Hum-rum. Agora, boa-noite. - ela fechou as cortinas antes que Gina falasse mais alguma coisa.



Eles andaram à luz da varinha de Snape, que estava a frente. No fim do apertado corredor que dava para somente uma direção, havia uma outra escada, que subia. Snape abriu-a devagar e depois escancarou-a. Depois que subiu e virou-se, avistou Narcisa, presa a correntes.

- Narcisa! - ele foi até ela e segurou seu rosto para que ela pudesse olhá-lo.

Seu rosto estava ferido e seu cabelo platinado estava manchado de sangue. Hagrid foi o último a sair e fechou a porta do alçapão.

- Meu fi-filho. Não de-deixe ninguém l-levá-lo, por favor Snap-pe. Prometa-me que vai cuidar d-dele, mesmo que e-eu não saia viva daqui.

- Você não vai morrer. Nós vamos tirá-la daqui. - Courtney aproximou-se.

Então a porta rangeu e uma voz disse:

- Quem lhes garante que vocês sairão daqui?



Luna e Draco estavam em baixo de uma árvore, na orla da Floresta, próximo ao lago. Eles estavam se beijando há algum tempo; Draco por cima da garota.

- Pare, pare. - Luna interrompeu-o. - E se alguém nos pegar aqui?

- Eu corro o risco. - Draco falou enquanto beijava a nuca dela.

- Não, não. Nós devemos... ir.

- Por Merlin, você é bem confusa! Uma hora você está me beijando, então você quer parar, mas sente uma vontade enorme de fazer sexo animal comigo, mas pensando melhor, vamos deixar o Malfoy enlouquecer com sua abstinência de um dia... - ele falou bem rápido, porém parou para respirar - Se decide, pô.

Luna não conseguiu conter um sorriso.

- Desculpe. Eu não me lembro bem da parte do sexo animal, mas tudo bem.

- Assim está melhor.

- Senhor, sim senhor.



- Vocês podem ir embora. - comunicou Matt - Mas a garotinha e Malfoy ficam.

- Nós não vamos sair daqui sem elas. - Hagrid deu um passo a frente.

- Não se atreva, gigante. - ele continuou. - É pegar ou largar. Ou vocês vão embora, depois de nós termos mexido em sua memória, lógico, ou vocês vão ser encontrados pelos Aurores como comida para hipogrifo.

Courtney engoliu.

- Por que você me quer? - não hesitou em perguntar.

- Você pensa que somos tolos, garota? Você-Sabe-Quem é herdeiro de Slytherin e também teve uma Visão. Você fica. Então, decidiram?

- Nós vamos embora. - respondeu Snape.

McGonagall, Hagrid e Courtney lançaram um olhar de espanto para ele, assim como Narcisa.

- Repita Severo. - disse ameaçadoramente, Minerva.

- Fique quieta. - ele nem olhou-a. - Faça o maldito feitiço de memória.

Matt fê-lo e certificou-se que a porta do alçapão estava bem lacrada.

- Agora, você vai ver o Lord, lufa-lufa.



Ao chegarem em Hogwarts, a única coisa da qual se lembravam, era que Courtney ficara para trás. Dumbledore pareceu que ia exaltar-se, mas não o fez. Apenas falou:

- Fizeram o certo. Não se pode mudar o destino de alguém, mas nós vamos trazê-la de volta o mais rápido possível. E não se preocupem, - seus olhos brilharam na direção de Snape - Narcisa vai sair de lá antes do que pensa.



- Minha mãe! - Draco bradou, batendo a mão com o pulso fechado na mesa de Snape, que nem piscou.

Ambos estavam no escritório do professor; o Baile já havia se encerrado.

- Acalme-se, Malfoy. - disse, apesar de também não estar calmo.

- Me acalmar? - ele olhou nos olhos negros do professor e respirou fundo.

Tinha um grande respeito e admiração pelo professor de Poções e resolveu que seria melhor obedecê-lo. Com a voz mais contida, perguntou:

- Ao menos sabem onde ela está?

Snape engoliu.

- Só sabemos que ela está no mesmo lugar que Thomson. Não é possível fazer qualquer tipo de rastreamento, mas há Aurores atrás delas. E eu devo avisar que não quero ouvir nada sobre você estar procurando sua mãe, há pessoas competentes fazendo isso.

Draco respirou fundo, murmurou alguma coisa e saiu da sala. Se tinha uma pessoa em que ele confiava, essa pessoa era Snape. Antes mesmo de entrar em Hogwarts, o professor já freqüentava sua casa, para as reuniões com seu pai. E além do mais, Severo, que um dia já pertencera ao lado das Trevas, hoje estava combatendo-o. Essa era a principal razão pela admiração que Draco tinha por ele, porque Draco não tinha interesse algum em seguir os passos de seu pai.



Novembro chegou e depois de tanto treino, o time da Grifinória ia enfrentar a Lufa-lufa. A maior parte das arquibancadas estava de preto e amarelo, as cores da Casa. Inclusive a Sonserina, que torcia pela derrota da Grifinória, já que o time lufa-lufa era inferior ao sonserino.

- Eu andei vendo alguns dos treinos da Lufa-lufa e eles estão bem desfalcados do lado direito do campo, então eu quero que vocês se aproveitem desse defeito no time deles e deixem uma boa vantagem no placar. - Rony, você está bem? - perguntou Harry, porque o goleiro massageava um ponto a baixo de seu ombro.

- Estou, estou. - Rony percebeu que Mary olhava-o, mas ele não correspondeu. - Agora, vamos lá e vamos massacrá-los. - ele disse mais rudemente do que queria.

Lilian olhou-o, como se perguntando o que ele tinha. Na verdade, depois que ele terminara com Hermione, Rony estava descontando sua raiva no Quadribol.

- Calma aí, Rony. - ponderou. - Vamos logo galera, temos um jogo para ganhar. - Lilian falou animadamente.

- Vamos. - concordou Rony e todos seguiram juntos para o campo de Quadribol.

Lufa-lufa chegou um pouco depois da Grifinória e a capitã, Katy Schimidt, apertou amigavelmente a mão de Harry antes de subirem e iniciarem o jogo. Logo que subiu, Rony conseguiu avistar Hermione no meio da torcida. Ela não estava muito animada.

- Green passa para Schimidt que devolve - Grifinória intercepta a goles que está com Giellebloom, que deu um giro no ar. Ele passa pela direita, Linderstein participa da jogada, dá a volta pelos aros; goles nas mãos de Whiterst...

O apanhador John estava como um falcão atrás do pomo. Harry estava dando voltas pelo campo, também à procura da bolinha dourada.

- Pinchday agarra! - narrou um aluno corvinal, substituto de Lino Jordan, que narrou os jogos até o ano passado, mesmo não estudando mais em Hogwarts. - Goles com Hieffmoud; Green; Hieffmoud de novo; Schimidt lança... Weasley agarra!

O estômago de Hermione deu uma reviravolta. Harry percebeu a movimentação de John e, vendo que não o alcançaria a tempo, gritou:

- Mary, jogada cinco!! - e disparou, para ganhar tempo.

Mary foi em direção ao balaço, com o bastão a postos.

- Rusterd manda balaço pela esquerda. - disse o narrador.

Enquanto isso, Harry ia por cima, pela direita, atrás do pomo, que voava próximo ao pé da arquibancada.

- Lucy!! - chamou John, desesperado - Intercepte!

A garota foi atrás do balaço, mas não deu tempo. John deu uma guinada na vassoura, mas apesar do balaço não atingí-lo, foi o suficiente para desequilibrá-lo. O pomo sumira novamente.

A partida estava duzentos e vinte a sessenta, para Grifinória, quando John e Harry viram o pomo ao mesmo tempo. Ele voava próximo a torcida corvinal, do outro lado do campo. Eles aceleraram, mas quando Harry esticou a mão para pegá-lo, sentiu o balaço atingir o meio de sua vassoura.

- O balaço mandado por Wayatch atinge Potter!!

Houve um urro vindo das torcidas das outras casas e no próximo segundo, Harry estava tentando manter-se na vassoura.

- Cavenraul pega o pomo! - gritou e houveram outros berros dos alunos lufa-lufas, corvinais e sonserinos - Mas Grifinória vence!! Próxima batalha: Corvinal x Lufa-lufa.

As pessoas começaram a deixar o campo. Rony massageando mais uma vez o ombro.

- Ainda está doendo? - perguntou Mary, aproximando-se.

- Não. - e apressou o passo.



Segunda-feira.

Hermione estava saindo da aula cansativa que acabara de Ter, de Defesa Contra as Artes das Trevas:

- Hermione, - Tonks chamou-a - você pode vir até aqui por um minutinho?

Ela engoliu e, ajeitando as alças da mochila que sustentava-se no seu ombro direito, andou até a mesa da professora, que agora, mexia em diversos papéis. Hermione estava morrendo de raiva de si mesma: desde o início de novembro, não ganhara muitos pontos para Grifinória e não conseguia responder às questões das aulas antes de todo mundo. Tonks suspirou:

- Hermione, o que está acontecendo com você? - Tonks sentou-se, observando os olhos da garota marejarem um pouco.

- Não está acontecendo nada, professora. - ela olhava a mesa.

- Olhe nos meus olhos, - pediu Tonks, enquanto unia as mãos e punha seu queixo sobre elas. - e repita.

Hermione piscou.

- E-eu preciso ir, professora. Tenho aula agora.

- Eu só quero lhe dar um aviso: seja o que for que esteja tomando seu tempo e sua mente, você precisa tirar isso da cabeça. Você anda abatida, Hermione. E suas notas estão caindo. Se você quiser me dizer alguma coisa, fale agora.

- Estou atrasada para Aritmancia. - Hermione olhou o relógio e se preparou para sair - Obrigada pelo aviso professora. - e saiu.

Tonks meneou um pouco a cabeça, murmurando para si:

- Garotos: sinônimo de problemas.

Hermione estava feliz de não Ter que encontrar com Rony em mais uma aula. Ela virou o rosto rapidamente para a direita, para que uma mecha de seu cabelo voltasse para trás de suas orelhas, a tempo de ver Dylan jogando alguns embrulhos vermelhos no lixo. Repentinamente, a imagem dela própria jogando os presentes de Rony e devolvendo o pingente, no dia em que o vira se beijando com Mary, veio a sua cabeça. Ela apressou o passo, como que para deixar esse pensamento para trás.



Courtney estava deitada numa sala de pedras frias, com o braço sobre o rosto, tampando sua visão. Desistira de fazer qualquer feitiço para fugir: desde que chegara, nada funcionava.

- Por que eu tenho que ficar aqui? - sua voz estava chorosa. - Será que ninguém vai me tirar desse lugar horrendo?

- Não, tolinha. - respondeu Voldemort, que aparecera de lugar nenhum. Courtney sentou-se. - Você vai ficar aqui até que eu descubra quem é o herdeiro de Rowena. Aprenda: mais vale um cadáver na mão que dois enterrados. - sua voz ecoava pelas paredes.

- Esse seu ditado é encorajador... - resmungou

- Fique calada!! Ou eu lanço um Avada Kedavra em você.

- Ha! - riu, apontando um dedo para Voldemort - Você precisa de mim. Você não pode me matar, mesmo que quisesse. - Courtney se levantou, mas não podia andar; também haviam correntes em seus pés, mas suas mãos estavam livres.

- Você é mais esperta do que pensei, pequenina.

- Não duvide da capacidade de uma lufa-lufa.

Voldemort levantou uma sobrancelha. Se é que ele tem uma. Courtney então fez uma pergunta que estava na sua cabeça desde que Voldemort chegara.

- O que você veio fazer aqui? - ela disse.

Voldemort andou pelo aposento.

- Você tem muito o que aprender, pirralha... Eu não vim aqui para te dar satisfações de nada. Eu vim aqui para garantir que os meus planos continuem corretamente, sem nenhum empecilho.

- E o que isso quer dizer?

- Quer dizer que você faz perguntas demais e que não vai Ter nenhuma delas respondida. Agora, dê-me sua mão.

Courtney olhou-o de esguelha.

- Para quê?

- Não pergunte! Dê-me sua mão ou eu lhe jogo um Cruciatus!! Serão dois em um: você não morrerá e eu poderei me divertir...

Relutantemente, Courtney estendeu sua mão. Ela não entendia o porquê, mas alguma coisa dizia que ela tinha que fazer aquilo. Voldemort tirou um objeto pontiagudo de sabe-se-lá-onde. Ele segurou a mão da garota e furou a palma de sua mão. Courtney soltou um pequeno "Ai!". O sangue brotou da pequena ferida e Voldemort pegou o mesmo objeto que o fizera e, de alguma estranha forma, o objeto alargou-se e colheu o conteúdo.

- O que você vai fazer com o meu sangue? - ela não conseguiu se segurar e perguntou.

- Em breve você saberá. - e dizendo isso, ele curvou-se na mão dela e sugou o sangue contido na mão da garota. Ele chegou a murmurar - Sangue Hufflepuff. Obrigado, Helga. Seu sangue não é de todo ruim e terá alguma serventia.

Courtney juntou as sobrancelhas. Voldemort jogou a mão dela e saiu, falando consigo:

- Sangue Hufflepuff me fortalece. Sangue Ravenclaw me emudesse. Sangue Gryffindor me enfraquece.

Ela analisou sua mão novamente: não havia mais nenhum ferimento ou abertura.



Harry estava voltando da aula de Adivinhação, quando sentiu uma pontada na cicatriz, seguida de uma voz que dizia:

- Não o tema. O sangue Gryffindor não é bem visto por Riddle. Use-o como sua arma.

-Ai. - ele levou a mão a testa.

Mas a dor já havia se dissipado.

- O que foi? - perguntou Rony

- Não, nada. É sério, não é nada. - ele insistiu ao ver a cara de Rony de que havia acreditado na história dele.

- Harry, você já conseguiu se lembrar por que você desmaiou aquele dia?

- E desde quando eu preciso de motivos para desmaiar?

- Eu sei que às vezes você parece uma mocinha frágil e delicada, - Rony fingiu não ver a cara que Harry fizera - mas, você sabe, esse tipo de coisa sempre teve a ver com Voldemort. - ele disse sem problemas. No entanto, alguns alunos que o ouviram pronunciar o tal nome, olharam feio para ele.

- Eu não sei, tudo parece muito normal por enquanto...

- Esse é o meu medo.

Ao alcançarem os alunos que iam Ter Trato de Criaturas Mágicas, Harry, bem como Rony, viram Hermione acariciando algum animal, com Hagrid ao seu lado. Dos dois, o que mais parecia abalado depois do fim do namoro que ainda ia completar um ano, era Hermione. Rony estava tentando voltar ao seu humor de sempre e, depois de ocupar bastante a cabeça, estava conseguindo. Hermione estava tentando, mas era difícil.

- Oi, Hagrid. - cumprimentou Harry depois que aproximaram-se.

- Ah, oi. Vocês sabem o que nós vamos estudar hoje? - Hagrid perguntou com entusiasmo.

Antes que ele próprio pudesse responder, Hermione interrompeu.

- Eu preciso... falar com Monica. - inventou e marchou em direção a garota.

- Ela nem fala com a Rosenberg! - falou Rony depois que ela se afastara.



Lupin, Sharon e Robert receberam um aviso de Moody de que precisavam retornar a Londres.

- Puxa, mas logo agora que eu estava me divertindo aqui, prendendo esses maníacos e loucos e...

- Nós não estamos aqui para nos divertir, Hurtdaily. - disse Robert.

- Ah, está certo. Quando nós voltamos? - perguntou a Lupin, que tinha a carta em mãos.

- Amanhã.



Em Verkoyansk, os Aurores britânicos estavam tendo sucesso e, além disso, trabalhavam num caso russo de um homem que estava enfeitiçando objetos comuns trouxas para ganhar escravos.

- O que Alastor disse? - era Vivian

- Que Remo, Sharon, Robert, Kingsley, Naoki, Emmeline e Paul vão voltar para a Grã-Bretanha. - informou Sturgius.

- Nós vamos continuar por aqui, não? - alarmou-se Kelly

- Sim, vamos, mas podemos ir embora a qualquer momento.

- Então, tudo bem. Agora vamos, Vivian. Nós temos que encontrar aquela vendedora ridícula de cosméticos enfeitiçados. - as duas começaram a rir e saíram da sala.

- Eu ouvi direito? - duvidou Jack.

- Pior que ouviu. - Sturgius sentou-se.



- Graças a Merlin que vamos voltar! - vibrou Naoki - Eu não agüentava mais...

- Pois eu estou muito triste de Ter que deixar Sardenha. - disse Emmeline.

- Ora vamos, já estamos aqui há tempos e não tivemos muito sucesso em nossas missões. - Kingsley falou.

- Ok, ok. - disse Naoki

- Quando voltamos? - perguntou Paul.

- Amanhã.



À noite, boa parte dos alunos setimanistas estava se dirigindo à sala de Transfiguração, para a primeira aula de Animagia. Harry e Rony se sentaram e Lilá compartilhou a mesa com eles. Hermione sentou-se ao lado de Simas e Parvati - que, diga-se de passagem, ultimamente estavam num xodó...-. Pela quantidade de alunos, dava para perceber que a sala fora aumentada magicamente.

- Boa noite. - McGonagall entrou na sala. - Eu preciso informar vocês, antes de começarmos, que as lições de Aparatação começarão semana que vem.

Os alunos fizeram barulhos de excitação.

- Não preciso dizer que os testes se realizarão fora dos terrenos de Hogwarts, porque não se pode fazê-lo aqui. Mas agora, eu quero que vocês deixem em cima da mesa os formulários entregues a vocês para realizar as aulas.



Na segunda semana de Novembro, Dumbledore e os diretores das outras escolas reuniram-se novamente para dar início ao processo do feitiço Escudus. Eles estavam num grande campo plano em algum lugar no centro da Grã-Bretanha. Eles formaram um círculo grande, deixando bastante espaço entre eles. As mulheres andaram mais para o centro, formando um novo e menor círculo. Kimberley Nacala, diretora sul-africana, Catarine Sellugia, professora e diretora da escola italiana Pégasus, Diana Torrentini, a brasileira, Olympia Maxime, Helga Bediajóz, da escola espanhola Cartagena, e a grega Larissa Corintho, deram as mãos, murmurando algo em latim. Os homens falavam as mesmas palavras, mas com as mãos erguidas no ar. Como efeito do feitiço, o vento começou a ficar mais forte, fazendo as roupas de alguns e os cabelos das mulheres esvoaçarem. As folhas passavam pelas campinas sem ao menos tocar o chão e algumas voavam em movimentos circulares.

Apesar estarem num pôr-do-sol, houveram alguns raios cortando o céu. Eles começaram a falar mais alto para tentarem entender um ao outro. As mulheres juntaram as mãos, uma por cima da outra, no centro do círculo delas. Elas começaram a subir as mãos lentamente, como se quisessem jogar algo no ar. O chão tremeu um pouco e seus braços estavam no topo do círculo. Uma luz em forma de globo irrompeu das várias mãos femininas e vários jatos de luz prata tomaram diversas direções. Cada escola ali representada, recebeu um desses e era como se ela estivesse totalmente iluminada. Por um tempo as propriedas escolares ficaram naquele tom prata e depois voltaram ao normal. Nos campos, o globo já havia se decomposto.

- Parte do escudo foi conjurado. - anunciou, vitorioso, Dumbledore.

Todos sorriram, mesmo estando um pouco fracos devido ao grande esforço que precisaram fazer, e parabenizaram um ao outro.



Sem propósito algum, Voldemort observava dois recipientes com sangue. O primeiro da garota Thomson e o segundo, o dele. Ainda haviam mais dois, mas eles estavam vazios. Um estava etiquetado: Harry Potter. E o outro estava em branco. Ficou a analisar mentalmente os prováveis escolhidos de Rowena. Não tinha muitas hipóteses. Ele sentiu um tremor na terra, que rapidamente passou. Voldemort levantou-se, pensando "O escudo!! Eles devem estar tentando realizar o escudo!". Ele estreitou os pequenos olhos vermelhos, tentando materializar um bom plano para acabar com aquilo. Foi então que comunicou-se com os egípcios. Logo depois disso, foi a vez dele falou com uma das muitas Comensais sua, que estavam em Hogwarts; ela teria que conseguir para ele o sangue de Potter, sem que ele desconfiasse de nada. Se ele pudesse manipular o sangue do garoto, talvez diminuísse sua desvantagem em relação ao sangue Griffyndor.



Depois de voltar dos campos ingleses, Diana Torrentini observava atentamente seus alunos para poder escolher apenas um, para a segunda parte do feitiço. Sentada na janela de sua torre, ela via as meninas e meninos que passavam para lá e para cá. Observou algumas garotas que estudavam, alguns garotos que paqueravam, algumas garotas que fofocavam...

- É, vai ser uma escolha difícil.

Na Espanha, Helga Bediajóz estava no mesmo dilema. O diretor da escola canadense Lethbridge, Orlando Letterman, já sabia quem o acompanharia na próxima vez que fossem encontra-se com os outros professores. O egípcio Marco Siwa andava pelos terrenos da escola. Ele viu uma pequena agitação num grupinho de adolescentes. Quando aproximou-se, eles pareceram esconder algo, mas não dera tempo para Marco ver o que era. Ele foi embora, pensando que deveria ser algo ligado a jovens com hormônios à flor da pele.



Era a segunda Sexta-feira de novembro. Dylan estava indo a aula de Runas Antigas e havia se atrasado por ficar tempo demais na biblioteca.

- Oi. - Blás alcançou-a.

Dylan havia se esquecido totalmente que sua aula era com a Sonserina.

- Ah, oi. Tchau. - ela andou mais rápido.

- Espere, eu preciso falar com você. - Blás foi até ela - Já que você não foi comigo no Baile do Dia das Bruxas porque já havia sido convidada, então eu quero chamar-lhe logo para ir comigo ao Baile de Natal. Você aceita?

Ainda andando, ela encarou aqueles olhos azuis.

- Não. - respondeu.

Blás deixou a boca cair ligeiramente, então recompôs-se.

- O quê?

- Eu disse que não. Quer que eu desenhe?

- Mas você disse...

- Eu também disse que nós não nos conhecíamos direito, lembra-se? - eles pararam em frente a porta da sala de Runas Antigas - Então pare de insistir nessa história ridícula! - ela mudou o tom de voz e passou por Blás, indo falar com alguém que já estava na sala - Clarie, você nem sabe o que aconteceu com...

Blás entrou na sala pisando duro.



A escolha de Mark Skorovodio, diretor da Matchkovisk, já havia sido feita. Kimberley Nacala havia acabado de chamar o aluno que iria com ela, representado East London. Beauxbeatons e Durmstrung já tinha seus respectivos alunos. Mas ainda faltavam dez deles.



Lupin estava de volta à Inglaterra. Voltara para o enorme prédio do Quartel-General, assim como Paul Charlies, Naoki Li, Sharon Hurtdaily e Robert Truedalli.

- Não temos muito tempo para conversas. - Moody ponderou - Dumbledore e mais catorze diretores de outras escolas, fizeram a primeira parte do escudo para proteger suas escolas. Ele nos pediu cobertura para a próxima parte da execução. O diretor americano, Lincoln Knoxville, suspeita que há alguém querendo estragar tudo a partir dos próximos passos.

Os Aurores que ele havia reunido estavam ouvindo tudo atentamente.

- E eu resignarei um de vocês para fazer uma espécie de entrevista com os alunos que cada diretor escolher. Vocês irão até a escola e também observarão a movimentação de outros alunos e dos professores em geral. Vocês não serão os únicos, - Olho-Tonto andava devagar pela mesa - os Aurores de cada país os auxiliarão. Alguma pergunta?

Eles se entreolharam e ninguém fez nenhuma pergunta.

- Então preparem-se para a próxima viajem de vocês. Em poucos dias terei os nomes em mãos e direi quem irá para onde. Reunião encerrada.

Todos se levantaram.



Em dois dias, ou mais precisamente no Domingo, Alastor convocou uma nova reunião, dessa vez com maior número de Aurores.

- Bem, vocês que voltaram de viajem tiveram bastante tempo para descansar... - ele fingiu não ver a cara indignada de Naoki - Então, aqui estão os nomes. - ele pegou dois pergaminhos e leu - Rian Kinomoyo, você vai até Hakodate. Jason Osment, você irá até Lethbridge, no Canadá. Paul Charlies, - ele fez cara de quem diz "De novo?" - você volta para os EUA...

Ele o interrompeu:

- O quê? Eu não tenho feito as tarefas corretamente? Po que você está me mandando de volta para a América?

- Calma. Você vai para Sioux Falls, entrevistar o aluno que o diretor escolheu. Mas se você não quiser...

- Não, eu quero sim. É que eu pensei que...

- Não pense, apenas faça. Deixe-me ver... Onde eu parei... Ah, sim. Hestia Jones, você vai à Espanha. Emmeline Vance, você volta à Italia, para a escola Pégasus. Sharon Hurtdaily, você irá à escola Groote Eylandt, na Austrália. Podmode já está a caminho da Matchkovisk. Elphias Doge, você visitará East London, África do Sul. Dédalus Diggle, você verá Igor Karkaroff em breve. Kingsley viajará até o Chile. Naoki, Diana está esperando por você no Brasil. Vivian Prester irá em pouco tempo à Beauxbatons. Kelly Adams visitará a Grécia depois de terminar um caso na Rússia. Robert, você irá para o Egito. Lupin você vai até Hogwarts. - ele abaixou o pergaminho. Boa parte das pessoas estavam com cara de sono. - O diretor de cada escola está lhes esperando, quando vocês chegarem lá. Eles vão dizer quem vocês deverão "entrevistar" e irão informar tudo o que ocorreu de anormal ultimamente. Reunião encerrada. - e saiu da sala antes que alguém protestasse.

Lupin ainda estava digerindo a notícia, quando Sharon se aproximou.

- Ah, Lupin! - ela abraçou-o. - Você vai ver sua gatinha!! - ela desfez o abraço.

Ele olhou-a com reprovação.

- Mas é verdade. - se defendeu.

- Eu preciso falar com Moody. - ele saiu da sala.

Sharon viu a porta fechar-se.

- Alastor, você é um gênio!

Remo o alcançou, apesar de Olho-Tonto estar andando rápido.

- Moody. - ele pegou no ombro dele, que virou-se.

- Quê?

- Você não pode mudar o cronograma? Me ponha para ir ao Egito, ou a Espanha...

Para interrompê-lo, Olho-Tonto levantou a mão.

- Isso está fora de cogitação. Já está tudo certo, não dá para mudar nada. E aliás, você não quer ir a Hogwarts rever seus antigos alunos? Eles ficarão felizes ao vê-lo lá.

- Mas é que eu...

- Veja, - Moody interrompeu-o. - se eu aceitar sua reinvindicação, terei que aceitar a dos outros, então vai ser uma confusão generalizada. Vá até Hogwarts e aproveite. Agora, eu preciso ir ao ministério entregar alguns documentos. - e foi embora, já que não se podia aparatar nem desaparatar no Quartel-General.

- O que ele quis dizer com "aproveite"?

(N/A: Nos próximos capítulos: um casal se acerta e outro se desentende. E a herdeira de Rowena aparece....)

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