Em Hogsmeade



N/A 1: Gente, para quem leu no cap. anterior que o Salazar é moreno, houve um pequeno erro. Ele é ruivo.

N/A 2: A Batalha está mais próxima do que imaginam...

Beijos, Vivys


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- O quê? – Cho levantou-se rapidamente, olhando para Luna com incredulidade.

Ela estava no Salão Comunal da Corvinal. Luna estava jogando xadrez com Dylan.


- Mas ele não me disse que ia passar o Natal com os amiguinhos dele! – Cho contestou.

Luna comandou uma torre e depois dirigiu-se a Cho.


- Ele já foi faz algum tempo. Ele tinha que avisar a você?

Cho pigarreou.


- Erm... Tinha! Nós estamos trabalhando juntos e... – Cho parou – Ah, eu não devo satisfações a você, Lovegood.

E saiu pisando duro.


- E quem disse que eu quero saber? – respondeu, irritada.

Dylan sorriu. Luna estava assim, irritadiça, desde que havia brigado com Malfoy.

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Estavam todos num quarto da casa. Os móveis foram todos afastados para as extremidades do quarto, para dar espaço a todos os onze, incluindo Brian, Jonathan e Henri. Como na primeira vez, Yara sugeriu que eles brincassem de Verdade ou Desafio. E, fazendo aquela votação que já conhecemos, eles acabaram “aceitando” (todos!).


- Verdade ou Desafio? – Sarah dirigiu-se a Hermione.


- Verdade.

Hermione tinha quase certeza de ver um brilho malicioso passar pelos olhos de Sarah.


- Onde e quando foi a sua primeira vez?

“Ah, merda!” pensou Hermione, corando. As outras garotas seguraram o riso ao ver Rony desviar o olhar. E Hermione sabia que tinha que responder.


- Erm... Hum... Foi ano passado... – parou, ao ouvir risinhos de Sarah e Hailie. Hermione gemeu – Numa sala de aula... – agora Hermione queria enterrar-se viva.

Sarah boquiabriu-se.


- Ohhh! Senhorita Granger! – fingiu advertir. Depois mudou o tom – Sala de aula... Boa idéia, Hermione.

Giraram a garrafa mais uma vez.


- Blá blá blá blá... – Jonathan referiu-se a Mayara.


- Desafio. – ela sorriu.


- Reunião! – Jonathan chamou.

Os rapazes se levantaram e fizeram um pequeno círculo, cochichando muito. As meninas se entreolharam, fazendo cara de medo.


- He he he... – Jonathan e os outros se sentaram de novo.


- Ih, lá vem bomba... – Mayara deixou escapar.


- Croonômetro! – Mayara engoliu – Mayara, você vai Ter que citar todos os elementos da tabela periódica em dois minutos e se você não conseguir, vai Ter que fazer o que eu quiser por três dias.


- Tudo o que você quiser? – perguntou, estupefata.


- Tu-di-nho.

Ela deixou o queixo cair cinco centímetros. Ela suspirou e começou:


- Oxigênio, Hidrogênio... Hum... – ela pigarreou – Deixa eu ver...


- Vamos, o tempo está passando... – pressionou Brian.


- Ai, calma! Hum... – Mayara estava tentando ouvir o que Hermione sussurrava.


- Ei, Hermione fique quieta. – Jonathan foi até ela e tampou sua boca com a mão.


- Er... Uh... Lembrei de um: Nitrogênio e... e...


- Acabou! – gritou Jonathan. – Yeah!!

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Cho sorriu, enquanto despachava uma coruja. A coruja levava um embrulho e uma carta. Cho imaginava a cara de Gina quando soubesse que a ex-corvinal mandara um presente de Natal para seu namoradinho.


- Como eu queria ser um mosquitinho para ver o ataque histérico da Weasley. – riu Cho.

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Giraram a garrafa.


- Verdade ou Desafio? – perguntou Hailie a Hermione.

“Hoje é meu dia...”


- Humm. Desafio, só para variar. – Hermione certamente não viu a piscadela entre Hailie e as outras garotas.


- Ok. Eu quero ver um beijo de dois minutos, quarenta e cinco segundos e dois milésimos entre você e... – ela fingiu analisar os garotos. – O Harry tem namorada... O Henri vai querer se aproveitar... – Henri indignou-se – O Jonathan já vai Ter a Yara para fazer tudo o que ele quiser... Brian não... É, - ela suspirou – pelo jeito vai Ter que ser você, Rony.

Rony sentiu as orelhas queimarem. Hermione fuzilou-as com o olhar.


- Mas eu também tenho namorada. – comunicou.


- É, eu sei... – Hailie fez cara de quem não queria pensar nisso – Mas a sua namorada não está aqui. A Gina veio com o namorado dela, nós não temos culpa.


- Mas ela não veio porque...

Chloe o interrompeu, com raiva.


- Ah, Rony, azar o dela se não deu para ela vir. Agora, beija logo a Mi, porque nós estamos perdendo tempo...


- A Mary não precisa saber disso, Rony... – comentou Gina, segurando o riso.


- Isso aí. – complementou Yara – Beija! Beija!

Todos fizeram o corinho e, forçada pelas garotas, Hermione levantou. Rony também levantou-se, com uma “ajudinha” de Jonathan, Brian e Henri. Harry preferiu ficar de fora.


- Cronômetro! – gritou Mayara.

Sarah pegou um que estava na mesinha; elas já estavam acostumadas com essas brincadeiras em que precisavam contar o tempo, então sempre tinham um por perto.


- No “já”. – disse Hailie – Um, dois, três e...


- Não, Hailie. Eu não vou fazer isso! – Hermione bateu o pé.


- Ah, vai sim. Você sabe o que acontece com quem não cumpre o Desafio.

Hermione engoliu.


- Ah, não. Aquilo não!


- Ei, ei. – Chloe riu – Imagina a cara do Rony quando a gente fizer aquilo com ele.


- Eu posso perguntar o que é aquilo? – Rony perguntou.


- Não, porque vocês têm que cumprir o desafio. Vamos logo ou nós vamos fazer aquilo. – falou Mayara.


- Ah... Por favor... – Hermione gemeu. – Grr! Vocês me pagam...

Os dois se olharam, relutantes. Aproximaram-se, com a respiração acelerada e lábios quase se tocando, ambos tentando não transparecer a ansiedade diante do beijo e...


- Saraaaah!

A mãe de Sarah havia acabado de abrir a porta, interrompendo tudo. Rony e Hermione ficaram envergonhados e foram cada um para um lado, achando que assim seria melhor.


- Mãe! – Sarah levantou-se, indo fechar a porta.


- Hermione, é para vocês volt...

Sarah interrompeu-a.
- Mãe, nós estamos ocupados! – a porta estava entreaberta e quase não dava para ver a mãe de Sarah.


- Hum... Tudo bem, Sarah. – falou Hermione – Acho que já está na hora de irmos mesmo. – ela olhou significativamente para Harry, Gina e Rony.

Eles levantaram-se e foram embora, para a casa de Hermione.

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Draco achou estranho que sua mãe tivesse voltado de repente. Havia dois dias desde que ela chegara e ele aproveitou a visita a Hogsmeade na proximidade do Natal para vê-la. Era melhor que ela voltasse a Hogsmeade e ficasse lá por algum tempo.


- E o que Cho Chang está fazendo em Hogwarts? – perguntou ela, depois que ele citara-a inconscientemente.


- Ah... – Draco aninhou-se no sofá, estendendo um braço – É uma história complicada. Ela não me contou, eu descobri... Sem querer. – adicionou ao ver a cara repreensiva da mãe.

Draco contou a ela que Cho era a herdeira de Rowena e a mãe fazia uma anotação mental do que era importante.

Assim que Draco deixara a casa, Narcisa avisou Voldemort sobre Cho.

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Harry demorou algum tempo para perceber o embrulho na mesa do quarto. Ele pegou a carta que vinha junto:
Potter,


Realmente fiquei chateada de você não Ter me avisado que ia para a casa de sua amiguinha, até porque nós deveríamos estar atrás de Courtney Thomson.

Para não parecer que eu sou uma chata e rabugenta, e também para desculpar-me depois de tantas desavenças e desencontros que tivemos ao longo dos quatro anos que nos conhecemos, estou lhe mandando um presente que comprei numa lojinha de 1,99 em Hogsmeade. É brincadeira, viu? Só para você não duvidar de mim, a conta está indo junto. Pode me fazer o favor de pagar? Brincadeirinha de novo.

Ok, você não precisa realmente rir das minhas piadas...

Mande um chute no traseiro de sua namorada por mim,


Cho Chang


PS: É BOM QUE ESTEJA AQUI LOGO, POTTER, OU EU LHE CORTAREI EM PEDACINHOS!!! Abraços, com carinho.


Harry abriu o embrulho e percebeu que era um planetário mágico, onde você podia encontrar quem você quisesse, no lugar onde ela estivesse. Ele tentou encontrar Courtney, mas a luz vermelha, que indicava o lugar onde ela deveria estar, desaparecia sobre o Reino Unido.

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Lupin correra até o Saguão de Entrada, mas os alunos já haviam ido. Chegara tarde demais e ele precisava falar com Cho sobre o que havia descoberto. Não tivera tempo até agora e não podia mais tempo. Lupin correu de volta para os seus aposentos, pegou um agasalho e saiu rapidamente.

Talvez por estar tão afoito ele não tenha visto uma pessoa que estava escondida... Muito bem escondida.

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Snape entrou na casa de Narcisa rapidamente e, de um certo modo, assustando-a.


- Severo? – ela perguntou, atônita.

Ele não respondeu. Apenas tomou-a em seus braços e beijou-a com vontade.


- Mas o que...? – ela começou, sem fôlego. Então, parou para respirar e continuou – O que aconteceu?


- Eu não quero perder mais nem um minuto. – anunciou – Foi atormentante demais esperá-la esse tempo todo, enquanto estava desaparec...


- Shhh. – ela pôs um dedo na boca dele, silenciado-o – Não fale nada. – e sorriu.

Puxou-o para si e beijaram-se novamente, com mais paixão dessa vez, entregando-se sem vergonha um ao outro.

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Havia um grupo dos Comensais de Voldemort em Hogsmeade. Nenhum deles era inglês, mas os Aurores já os conheciam. Eles estavam num lugar escondido, esperando uma pessoa chegar. Perceberam que ela estava se aproximando discretamente:


- E então, Parkinson? Trouxe o que eu pedi? – perguntou um dos comparsas de Matt Nashwone.

Em resposta, Pansy pôs uma mão em seu casaco e mostrou o que parecia ser um tubo de ensaio, com um fio reluzente dentro.


- Aqui está o cabelo do lobisomem. – ela entregou o tubo para o homem carrancudo. – Agora eu quero a minha parte. – exigiu.

Ele fez um barulho que insinuava deboche.


- Você terá. – ele falou, passando os dedos grandes pelo braço esquerdo dela, onde deveria estar a Marca Negra – Você terá Draco Malfoy para você, eu garanto.

Pansy tirou a mão dele do braço.
- É bom mesmo. Lembre-se que essa é uma promessa entre Comensais. – disse com seriedade – Você terá que cumprir, uma hora ou outra.

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A maior parte dos alunos estava em Hogsmeade, comprando seus presentes de Natal. Cho estava sentada numa cadeira próxima do balcão e havia acabado de pedir uma cerveja amanteigada. Logo depois do primeiro gole, ela sentiu uma mão em seu ombro e, uma voz pouco conhecida por ela falou:


- Chang. Eu preciso conversar com você.

Ela olhou por cima do ombro e viu Lupin. Ela olhou-o confusa, ao que ele respondeu:


- É assunto importante. - ele abaixou o tom de voz – Sobre os herdeiros.

Ela levantou-se rapidamente e, depois de pagar, saiu do bar acompanhada pelo professor. Eles foram até um lugar afastado.


- Para onde estamos indo? – perguntou ela.


- Para algum lugar onde ninguém possa ouvir nossa conversa. – ele virou o rosto para olhá-la, ainda andando – Todo cuidado é pouco.

Lupin parou alguns minutos depois. Cho observou Hogsmeade às suas costas.


- E então, o que você queria me falar?


- Que Você-Sabe-Quem está lhe esperando. – ele declarou.

Cho boquiabriu-se em surpresa.


- O quê?


- Isso, Chang.

Ao terminar a frase, quando Cho ia esboçar alguma reação, quatro homens apareceram e Cho viu rapidamente o homem que se dizia ser Lupin, transformar-se num completo estranho. Ela pensou Ter ouvido algo antes de ser levada para o Lord, enquanto um dos capangas murmurou um feitiço para que eles aparatassem juntos.

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O Lupin verdadeiro estava procurando por Cho em Hogsmeade.


- Ela foi para lá. – apontou uma aluna. – Mas eu a vi acompanhada do senhor... – comentou.


Lupin ficou confuso, mas continuou seu caminho. Ele apressou o passo quando viu vultos ao longe. Chegando mais perto, ele percebeu que eram cinco homens tentando pegar... Cho? Sim, sim, era Cho. Lupin correu, gritando, mas os vultos já haviam aparatado. Ele bufou.


- Perdi a Chang. – disse a si mesmo.

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No castelo, podiam ouvir seus passos no chão de ardósia. Tom sorriu ao ver Cho ser jogada a sua frente. Seu rosto transparecia pânico.


- Quem é você? – ela perguntou com a voz trêmula.

Tom andou até ela.


- Sabia que não me reconheceria: sou Tom Riddle. – disse com calma – Mais conhecido como Voldemort.

Ele sentiu ela estremecer involuntariamente ao ouvir o “Voldemort”.


- E você, - ele sibilou, de forma venenosa – precisa colaborar comigo se quiser continuar viva, Chang.

Cho engoliu. Courtney, até então calada, levantou-se exaltada.
- Veja como fala com ela! Ameaças não ajudarão em nada.

Com um sorriso enviesado, ele virou-se para ela.


- Não se preocupe, tudo depende apenas dela.


- Alguém pode me explicar o que eu supostamente deveria estar fazendo? – perguntou Cho com um tom de urgência na voz.

Courtney olhou-a.


- Para a herdeira de alguém tão inteligente até que você é bem burrinha.

Cho fechou a cara e fulminou-a com o olhar.


- Você é a herdeira de Hufflepuff? – perguntou, com acidez.


- A própria. – disse, sentando-se. – E para a sua informação, estamos apenas esperando que Potter nos encontre. Isso você pode entender, não é? – sorriu tortamente.

Cho estreitou os olhos, não gostando de Courtney imediatamente. Ela foi interrompida por Tom, que estava próximo. Ela engoliu, percebendo que ele a encarava. Ele disse:


- Você realmente lembra Rowena. – sua voz era gutural.

Cho revirou os olhos.


- E você fala como se tivesse vivido com ela...

Segundos depois, ela sentiu o rosto quente no lugar onde Tom a estapeara.


- E você é insolente demais para o meu gosto. – falou com aspereza – É bom que seu atrevimento se cesse o quanto antes. Eu não quero matar-lhe por causa de uma besteira dessas... Tenho muitos planos para você.


- E, - acrescentou Courtney, com um sorriso escapando do canto de seus lábios – é bom que se acostume a insipidez desse castelo. Tudo isso aqui é realmente enfadonho.

Cho disparou:


- Eu não vou ficar presa nesse castelo! Não vou mesmo!!

Tom virou-se para ela novamente, quando esta disse para si mesma “Cale a boca, cale a boca...”

Ele pegou sua mão e puxou-a. No mesmo instante, Cho sentiu uma brisa em sua nuca e estremeceu. Tom beijou-a com voracidade, quase machucando-a, numa forma diferente de puní-la. Ela tentou afastar-se dele, mas cada segundo que passava ele a trazia para mais perto.

Então, foi como se um flashback passasse por Cho. Ela viu uma mulher de cabelos negros falar, soltando-se de um ruivo agressivo:


- Não, Salazar. – e afastou-se dele.

Em resposta, ele puxou-a com violência e agarrou seus cabelos negros.


- Não vais me desprezar desse jeito, entendeu? – e balançava sua cabeça freneticamente, fazendo-a doer.


- Solta-me! – sua voz falhou.


- Pare, Salazar, pare!! – Helga apareceu e tentou intervir.

Tom soltou Cho e ela caiu com força no chão.

Salazar agarrou um braço de Helga depois de soltar Rowena.


- Não dirijas a palavra a mim. – disse, com a voz cheia de nojo.


- Então é assim que agradece-me? Depois de tê-lo ajudado com as Pedras e com a Caixa de Pandora?


- Não criaste a Caixa. – retorquiu – Foi Pandora e sabes disso.
- Mas fui eu quem a trouxe para ti. – defendeu-se. – E fui eu quem criou a Primeira Ped...

Salazar interrompeu-a, estapeando-a.


- Se era para isso que queria me ajudar, - ele gesticulou apontando para os dois – era melhor que não tivesse prontificado-se.


- Eu fiz aquilo porque eu amava-te!! – ela recuperou-se.


- E é bom que continues a amar-me. Precisarei de uma aliada e é bom que estejas ao meu lado.

Cho levantou-se lentamente. Ela ainda podia ouvir uma voz angustiada continuar:


- Eu estarei. Sabes que eu estarei. – respondeu Helga. – Eu não conseguiria deixar de amar-te, nunca.


- Polpa-me desses detalhes.

Logo que terminou de falar, ela sentiu o chão tremer ligeiramente e Cho estendeu uma mão na direção de um lugar vago ao lado da poltrona de Tom, onde foi se sentar. A voz de Rowena ressoou nos seus ouvidos:


- Parem de discutir. Godric chegará em breve, não quero que ele presencie uma cena desta natureza.

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Hermione e Rony nem se olhavam direito, muito menos se falavam. Se os amigos de Hermione não estivessem na casa dela, talvez um silêncio constragedor estivesse presente. Harry chegou a sentir algo estranho, mas esqueceu-se disso um segundo depois, ocupando seus pensamentos com outras coisas. Entretanto, por algum estranho motivo, ele se sentia preocupado e com um pressentimento ruim toda vez que deitava a cabeça no travesseiro e sonhava com Salazar, Helga e Rowena. Harry queria saber o significado deles, mas percebeu que deveria esperar mais um pouco pelas respostas.

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Assim que os alunos e professores estavam de volta a Hogwarts, Lupin avisou sobre o seqüestro de Cho a Dumbledore, que, por sua vez, mandou que avisassem Harry. E assim Lupin o fez.

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Eles estavam indo até a casa de Hailie quando uma coruja parda veio na direção deles.


- Que coruja é essa? – perguntou Chloe, quando ela pousou no ombro de Harry. Hermione, Rony e Gina aproximaram-se dele também.

Harry pegou a carta que ela trazia e leu-a.


- Coruja entregando carta? – surpreendeu-se Sarah – Que bizarro!


- É de Dumbledore. – Harry falou aos amigos e à namorada.


- Dumbledore? – perguntaram os três ao mesmo tempo. – O que diz? – continou Hermione.


- Dumbledore? – era Sarah – Que nome bizarro!


- Cho. – disse ele. Gina fechou a cara – Ela desapareceu. – e olhou para os rostos estupefatos dos três.


- Cho? – Sarah riu – Que nome biz...

Hailie a interrompeu:


- Ah, Sarah, pára! Já encheu o saco.

Sarah olhou-a com raiva.


- E então? Nós vamos Ter que voltar? – perguntou Rony.

Harry concordou.


- Até depois do Natal teremos que estar de volta.

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Os quatro deixaram Salisbury rapidamente. Antes do dia 31 estavam de volta.


- Como assim? Godric, Helga e Salazar criaram as Três Pedras do Poder? – Harry perguntou, confuso.

Ele, Lupin, Hermione e Rony estavam numa sala vazia.


- Exatamente. Salazar criou a Primeira Pedra, que agora está com Voldemort. Como vocês já devem saber, Helga tinha um amor platônico por ele, e Salazar aproveitou-se disso para fazê-la ajudá-lo.


- E Godric? – perguntou Rony.


- Ele criou a Segunda Pedra, que é a única que pode anular os efeitos da Primeira. Além do mais, Godric e Salazar já sabiam que em determinado momento seus herdeiros iriam se enfrentar; mais um motivo para que as Três Pedras do Poder fossem criadas. A Terceira e última, junto com as outras, como vocês devem saber, pode abrir a Caixa de Pandora, artifício feito para que o herdeiro Slytherin dominasse o mundo. Ele também teve a ajuda de Helga nisso: foi ela quem trouxe a Caixa da Grécia, e ela também incentivou Pandora a se vingar de seu marido, que não lhe dava atenção.


- Então, - Hermione falou – foi tudo detalhadamente planejado.


- Foi. – respondeu Lupin – Na verdade, já era para Voldemort Ter dominado o mundo bruxo com a Caixa de Pandora. Depois que ele o fizesse, as Pedras deixariam de existir e talvez não houvesse mais chances de tirá-lo do poder.


- E o que nós devemos fazer? – Harry disse.


- Não é só isso, Harry. Junto com as Pedras, é preciso Ter o Anel. Voldemort conseguiu-o também. Você terá que usar o Anel e a Pedra. Ambos estão no Museu de Stars Hollow, mas nós temos autorização para pegá-los. Depois que a Primeira Pedra e o Primeiro Anel foram levados, nós tivemos que abafar o caso e proteger as outras duas.


- E Courtney e Cho?


- Provavelmente devem estar no mesmo lugar. Outra coisa importante, Harry, é o sangue.


- Sangue? – franziu o cenho.


- Sim. Você já deve Ter ouvido algo sobre sangue nas suas Visões, mesmo que não se lembre. Então deixe eu explicar-lhe: a história do triângulo amoroso dos fundadores da escola influenciou muito, em muita coisa. Helga amava Salazar, certo? O sangue Hufflepuff fortalece o Slytherin. Salazar era apaixonado por Rowena, que por sua vez, gostava de Godric. O sangue Ravenclaw é capaz de tirar alguns poderes de Slytherin, e o sangue Griffyndor pode matá-lo se usado corretamente.

Harry estendeu os olhos ao lembrar-se de uma Visão que tivera falando sobre isso: “O sangue Gryffindor não é bem visto por Riddle. Use-o como sua arma”.


- E vocês já têm alguma idéia de onde elas estão? – a voz de Rony fê-lo acordar.


- Não. Mas nós iniciaremos as buscas logo, rápido.

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As férias de Natal passaram-se rapidamente e as aulas se reiniciaram, e agora, os alunos precisavam de atenção redobrada, já que os N.I.EM’s seriam depois da Páscoa. Harry tinha sempre alguém em seu encalço, para que ele também não lhe ocorresse nada. As buscas por Cho e Courtney continuavam com intensidade, mas apesar de haverem pessoas especializadas nisso, eles estavam sem quase nenhum progresso. Nem o Escritório de Captação de Magia Negra estava conseguindo algo.


- Nem pense nisso. – alertou Hermione.

Ele havia acabado de contar-lhe que queria ir atrás do castelo novamente; o castelo onde vira Courtney. Estavam a caminho da aula de Feitiços.


- Mas Hermione...

Ela interrompeu-o.


- É sério, Harry. Pense bem nas conseqüências. Não se pode contar sempre com a sorte.


- Ok, Hermione, pode parar com o seminário. – cortou Rony.

Como Harry imaginava, os dois iniciaram uma longa discussão. Ao longo do dia, os dois mal se olhavam.


- Hermione, me passe as batatas, por favor. – pediu Rony à Hermione.

Hermione ignorou-o. Eles estavam jantando no Salão Principal.


- Harry, você ‘tá ouvindo um zumbido? – perguntou Hermione dissimuladamente. Harry ficou quieto, comendo.


- Hermione, dá para passar as batatas? – Rony perguntou mais rispidamente.

Ela começou a abanar uma mão em volta do rosto, como se estivesse repelindo algo voador.


- Esses mosquitos incomodam... – murmurou enquanto o fazia.

Rony, já com raiva, esticou-se para pegar as batatas.


- Quanta criancisse. – comentou.

Ao longo da semana a coisa não mudou:


- Me dá essa pena aí. – exigiu Hermione, sem falar o nome de Rony; ela não o fazia desde o início da briga.

Eles estavam no Salão Comunal, na segunda Quarta-feira de janeiro.


- Hum-rum-rum-rum... - Rony cantarolava nasalmente enquanto escrevia algo no pergaminho.

Hermione bufou.


- Ei. – chamou – Me dá essa pena aí!


- Hum-rum-rum-rum...


- Rony! – Hermione quase gritou – Me dá essa pena aí ao seu lado.


- Harry você ‘tá ouvindo alguma coisa? Parece um inseto...


- Não, - respondeu Hermione – mas eu não sei porque ainda tento falar com um certo verme. – ela juntou os livros e subiu para o dormitório.

Harry acompanhou-a com os olhos.


- Até quando vocês continuarão com isso? – perguntou Harry, um tanto aborrecido com a situação.


- Quando Hermione amadurecer para certas coisas, nós podemos conversar... – então, Rony mudou o tom de voz para um quase sussurro – Ei, que tal darmos uma volta por Hogsmeade?

Harry assentiu. Eles guardaram os materiais e foram rumo a Casa dos Gritos.

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Hermione subiu as escadas, rumando ao dormitório. Queria um pouco de sossego para poder terminar sua tarefa de Runas Antigas. Percebeu que não o teria assim que abriu a porta do quarto. Lilá, com o rosto marcado por lágrimas, lamentava-se com Parvati o fim do seu “namoro” com Victor.


- Ele, hic, disse que, hic, eu preciso amadureceeer, hic.

Hermione bufou. Ela entrou no quarto, ignorando os choros e lamentos de Lilá. Pôs os livros na escrivanhinha, que estava bitolada. Procurou por alguns deles para iniciar seu dever.


- E então... – suspirou – E então ele disse que... – Lilá recomeçara a chorar.

Hermione suspirou, com raiva. Lilá tinha que fazer todo esse escândalo? Hermione sentiu uma profunda vontade de contar a ela que Victor era o maior galinha de Hogwarts, perdendo apenas para Draco.


- Que queria terminar comiiiigo...

Totalmente irritada, Hermione procurou por um livro seu, quando percebeu que deveria tê-lo deixado no Salão Comunal. Feliz por Ter uma desculpa para sair do quarto, ela desceu.

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Tom tamborilava os dedos no braço da poltrona.


- Todos mortos. – falou a Matt Nashwone. – Quero ver todos os sangues-ruins de Hogsmeade mortos. Hoje.

Matt assentiu. Tom levantou-se e ficou de costas para Matt e de frente para um janelão, observando a noite.


- Ficamos muito tempo sem atacar. Precisamos mostrá-los que estão em perigo. – sua voz estava cheia de malícia. Então virou-se para Matt – Quero ouvir dizer que houve um extermínio hoje.


- Sim, Lord.

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Hermione desceu as escadas. Percebeu que Harry e Rony não estavam mais no Salão Comunal. Aproximou-se de Neville, que estava estudando.


- Onde estão Rony e Harry?


- Eles desceram. – disse, sem tirar os olhos de um livro.


- Eles deixaram algum livro meu por aí?


- Não sei.

Hermione assentiu e saiu pelo buraco do retrato. Ela tinha a leve impressão que sabia onde eles estariam.

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Matt estava divertindo-se muito, torturando aquelas pessoas. Ele podia ouvir os gritos vindo das outras casas próximas.


- Implore por piedade!!


- NÃO! – respondeu a jovem


- IMPLORE! – ele chutou o estômago dela, que se contorceu mais uma vez no chão.


- Não... Não. – ela enlaçou as duas mãos ao redor da barriga.

A mãe da jovem aproximou-se da filha, arrastando-se. Ela, como a filha, estava muito ferida.


- Sangues-ruins!! – ele chutou a mãe, agora – Escória! – chutou-a mais uma vez – Vocês vão morrer. – ele apontou a varinha ameaçadoramente para mãe e filha, que estavam abraçadas e encolidas.


- Não! Mate a mim, não a ela... – chorou a mulher.

Mas ele já havia murmurado “Avada Kedavra”.


Harry e Rony estavam em Hogsmeade. Haviam desistido de ficar na Casa dos Gritos; prefiriam passear pelo povoado. Harry sobrevoava-a baixinho e Rony não corria muito.


- Implore por piedade!! – ouviram alguém gritar.


- NÃO! – bradou uma voz feminina.


- IMPLORE!

Os dois aproximaram-se sorrateiramente do lugar de onde ouviam-se não só esses gritos, haviam muitas vozes nesse tom.


- Avada Kedavra! – Harry ouviu uma outra voz dizer.


- Crucio! – outra voz proferiu.

Eles foram até um lugar escuro e voltaram às formas humanas.


- O que nós vamos fazer? – perguntou Rony.


- Quem sabe... voltar para a escola? – falou uma voz conhecida.

Ao mesmo tempo, os dois olharam para um canto e viram Hermione, os braços cruzados sobre o peito.


- O que você está fazendo aqui? – perguntou Harry.


- Eu era quem deveria perguntar isso.


- Como você nos achou? – Rony questionou.


- Você pode ser rápido, mas, mesmo sendo animaga, eu sou inteligente e esperta. É difícil se esconder de um animal farejador.

Mais gritos interromperam o discurso de Hermione. Os três se esconderam num beco escuro, onde não podiam ser vistos com facilidade. Hermione foi a primeira a falar, com a voz trêmula:


- Por Deus, o que está acontecendo? – ela desviou o olhar de um Comensal que torturava um homem e recuou, se escondendo mais.


- Shhh! – alertou Rony num sussurro; ele estava do seu lado esquerdo, mais próximo ao fim do beco. – Fique quieta.


- Vamos... vamos voltar, por favor. – disse ela com a voz chorosa.


- Acalme-se, Hermione. – falou Harry, que estava do seu lado direito – Vamos sair daqui o mais rápido possível.


- NÃÃO! – gritou a voz de uma criança – Minha mãe!! – ela começou a chorar.

Hermione arfou. Gargalhadas podiam ser ouvidas mais perto.


- Por favor, me tirem daqui. – ela disse, prestes a chorar.

Harry segurou sua mão, numa forma de acalmá-la.


- Rony, leve-a daqui. Você é o mais rápido de nós. Avise Dumbledore; eu sairei daqui o mais rápido possível. Pegue minha capa, Hermione; não chore.

Hermione pegou a capa.


- Venha com a gente, Harry. – suplicou.


- Não dá, Mione. Eu não posso.


- Harry, não tente nada. Nós traremos Dumbledore antes que você precise fazer algo.


- Então vão logo.

Rony estava apenas ouvindo os dois, observando para ver se alguém estava por perto.


- Vamos logo. – ele olhou por cima do ombro – Eles estão se aproximando.


- Vão, vão. – Harry gesticulou.

Rony rapidamente transformou-se num guepardo e Hermione, mesmo achando esquisito, montou nele.

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Narcisa pôde ouvir os choros desesperados de sua casa. Ela estava apreensiva, porque, mesmo sabendo que agora não era o “alvo”, ela sentia-se arrepiar-se a cada grito. Ficou com medo de poder ser levada novamente e, por isso, Narcisa resolveu refugiar-se novamente no seu quarto.

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Rony e Hermione foram até Dumbledore, que chamou Aurores rapidamente. Na verdade, alguns deles já estavam a caminho de Hogsmeade, pois haviam sido avisados pelo Escritório de Captação de Magia Negra.


- Fiquem tranqüilos, - falou Dumbledore, sua voz sem o habitual tom de calma – eles já estão a caminho. Agora, por favor, dirijam-se aos seus dormitórios; já está ficando tarde.

Os dois voltaram para o Salão Comunal em completo silêncio.


- Você está bem? – perguntou Rony, já sentado às poltronas vermelhas do Salão Comunal.

Hermione respondeu com um aceno afirmativo.


- Você ainda está pálida. – respondeu ele.


- Eu... ‘tô bem. – ela levantou-se – Eu preciso descansar.

Rony observou-a subir as escadas e percebeu como ficou com medo que Hermione fosse pega, essa noite em Hogsmeade. Ele tentou não visualizar a cena que vira, imaginando que aquelas jovens poderiam ser Hermione Granger.

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Assim que Rony e Hermione foram embora, quando Harry se preparava para sair do beco, o grito de Matt foi ouvido:


- POTTER!! – ele bradou com propósito nenhum – VENHA SALVAR OS INDEFESOS!! – e começou a gargalhar. Então dirigiu-se a alguém – Pode matá-la.

E Harry sentiu um frio correr suas espinhas quando ouviu um grito fino e cortante.


- SUA SANGUE-IMUNDO!! COMO OUSA COMPETIR CONOSCO? – alguém berrou a plenos pulmões. – TOME ISSO! Aeros Corpus! – um som de algo sendo lançado no ar e batendo contra a parede foi ouvido - APRENDA QUE GENTE DA SUA LAIA DEVERIA ESTAR COMENDO RATOS, SUA IMUNDA!

Harry engoliu e saiu do beco.


- VOCÊ QUER A MIM? – tentou sobrepor sua voz àquela balbúrdia.

Os Comensais viraram-se, mas foi Matt quem falou.


- Chegou tarde, Potter. – disse com uma voz gélida. – Mas ainda podemos nos divertir. – e levantou a varinha, dizendo – Estupefaça!.

Mas Harry foi mais rápido:


- Protego! – e o feitiço desviou dele. – Tente melhor do que isso, Comensalzinho de meia-tigela.

Matt não entendeu o recado – não conhecia expressões trouxas.


- Lembre-se que eu já duelei com seu mestre. – disse Harry, vendo que essa era uma das poucas oportunidades em que podia se aproveitar disso. – Não será fácil me matar...

O mesmo ocorreu a Matt, mas ele tentou não demonstrar nada.


- Você não me mete medo, P...

Matt foi interrompido por um Comensal, que tentou pegar a varinha de Harry.


- Expelliarmus!

Harry conseguiu desviar bem em tempo.


- Que mira horrível. – provocou e continuou rapidamente. – Minha vez de tentar: Petrificus Totalus! – e o Comensal enrijeceu e caiu no chão.

Harry aproveitou que os outros observavam-no no chão para gritar:


- Accio! – e várias varinhas vieram na direção dele.

Um minuto depois, ele percebeu que Matt era o único que ainda empunhava uma varinha, além dele.


- Não deu sorte, hein?!

Harry estreitou os olhos. Antes que ele pudesse pensar em algo, um som forte foi ouvido em vários pontos de Hogsmeade: Aurores, vários deles. Matt desesperou-se dessa vez.


- Vamos! – anunciou.

Ele e seus companheiros tentaram aparatar, e uma mulher negra de cabelos encaracolados e cheios, riu:


- Vocês não podem aparatar. – avisou, calmamente. – Fizemos uma Malha Fina, queridíssimo. – disse, sarcasticamente, Carrie Medford, uma das muitas Aurores que tinham aparatado.

Matt preparou-se para atacar.
- Sphaera Inflamarae! – gritou um Auror.

Os Comensais estavam, agora, rodeados por um círculo de fogo, que os havia encurralado.


- Accio! – convocou um outro Auror, que Harry nunca vira, rápido o suficiente para não dar tempo de Matt sequer pensar.


- Não adianta! – bradou Matt, já sem varinha. – Ele – Matt apontou um dedo magricela para Harry – terá que encontrar os outros herdeiros em breve!!


- Você pode explicar isso melhor em Azkaban. – falou Emmeline, indo em sua direção.


- Estamos informados sobre tudo. – disse Vivian Prester, que ainda estava no Reino Unido – O encontro não acontecerá agora. – finalizou com ar de superioridade.


- Sinto lhes informar – disse uma voz, atrás de Harry e dos Aurores – que vocês estão errados: ele irá comigo agora mesmo.


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