Ilustre visitante



Christian voltara ao lado de Rony da Ala Hospitalar, ambos com as mesmas feições de assombro por deixarem Harry no leito, sem ao menos saber como o amigo estava. Viram Hermione abraçada com Sophie, que ainda estava trêmula. Não era para menos: A menina nunca presenciara tal cena. Daniel se antecipou indo ao encontro dos dois que andavam em passos apressados.

- Como ele está? – Perguntou, aflito.
- Sei lá... Aquela velha chata não nos deixou ficar! – Chirstian guinchou, irado.
- Ela sempre diz que a aglomeração é imprópria para os enfermos... baboseira! – Rony falou com ar de quem estava enjoado.
- Mas sabemos que não é doença! – Daniel sussurrou, olhando para os lados.
- Nós sabemos, mas e...

Christian começou, até sentir ser puxado levemente pelo braço.

- Juan... – Remo o interrompera num tom de voz quase inaudível – Preciso lhe falar... Venha comigo...
- Está... Bem... – Ele gelou.

Lançou a Rony e Daniel um olhar confuso. Esperava pelo pior: Seria sua mãe? Não agüentaria se tivesse que ouvir que Amanda fora capturada, ou pior ainda, morta. Só de pensar, sentiu o chão sumir de seus pés, enquanto caminhava ao lado de Lupin, que o conduziu ao interior de sua sala da Diretoria da Grifinória. Christian sentou-se, observando que Remo olhou para os corredores, como se certificasse que ninguém os interromperia, fechando a porta atrás de si. Fitou Christian atentamente, sentando-se a sua frente.

- Tenho uma notícia...
- Minha mãe? – Christian tremeu a voz – Fala logo...
- Não... Não é com ela...
- Então...?
- Seu pai...
- Meu... – o garoto arregalou os olhos em sinal de espanto – Pai? Que tem ele? Você...?
- Eu sei quem você é... Eu sei que é filho do Sirius. Eu não sou idiota, sabe? Quando você nasceu, eu já era Maroto... – Remo deu um ligeiro sorriso, fazendo com que Christian sentisse-se mais leve – Contudo... Não sei se você sabe, mas Sirius é um inconseqüente.
- Já ouvi alguns boatos...
- Espero que você seja menos impulsivo...
- Eu? Eu sou um santo...

- Você se parece demais com ele, sabia? É difícil ver você e Harry juntos... – Remo suspirou pesaroso - Eu lembro que eu envelheci! É como se Tiago e Sirius ainda fossem garotos e eu um velho...
- Ah, fala sério! Você ainda dá um caldo! E mais, namora a maior gatinha...

E na cabeça de Remo veio aquela velha lembrança...

- Remo? – Um rapaz moreno colocava a mão sob o ombro ferido, ainda em cicatrização do amigo.
- Sirius... Que horas são?
- Já é tarde... Você pegou no sono na poltrona! Anda, vamos subir...
- Não Six...! Tenho medo de...
- Remo... – Sirius o fitou seriamente – Eu não vou ouvir de novo essa história! Trata de se levantar, já é hora de dormir! – E deu uma piscadela.
- Está bem, Six... Desculpe... E Você? Está acordado a essa hora por quê?
- Na verdade... – Ele ficou ligeiramente sem graça – Eu não estava aqui... Err... Remo...?

- Sim? – O amigo o encarou, curioso.
- O que você acha de um grifinório namorar uma sonserina?

- O que eu acho? – Ele corou – Sei lá... Por que a per...
- Eu estou saindo... – Sirius vomitou as palavras como se caso não as dissesse rapidamente, não mais as diria – Com uma garota... Da Sonserina...!
- Mas e a McKinnon? Pensei que vocês namorassem!
- O problema é esse! Eu não sei o que fazer! Oh, eu sou um cachorro... Pode dizer!

- Caramba... – Remo olhou para o outro lado – Você com duas e eu... Bom, também... vamos ser sinceros... Eu não posso ter namorada... Seria terrível...
- Ah... – Sirius revirou os olhos, odiava esse complexo de inferioridade do amigo – Remo! Pára com isso! Você é uma pessoa incrível! Aposto que tem garotas que estão loucas por você!

- Sirius, você é um galã... Tiago é uma celebridade... Eu sou o pato feio...
- Não foi bem o que eu ouvi a Emmeline Vance dizendo hoje... – Sirius deu um sorrisinho debochado.
- Emme...? Quer dizer... Emmeline... Vance? – Remo abriu um sorriso bobo e reluzente.

- Eu estava de passagem, sabe? Mas Lene estava lá e resolvi dar um beijo nela... Daí eu me aproximei em tempo de ouvir a Vance dizer a ela e a Evans que “Lupin é tão tímido, mas é tão fofo...” – E ao dizer isso, Sirius fez cara de apaixonado, dando um longo suspiro.
- Ah... Mentira! – Remo deu uma tapa no braço do amigo.
- Mentira, nada! Eu estou dizendo, Aluado... Você vive no mundo da lua... Mas merece ser feliz... Eu quero que você seja feliz, Remo... Eu prefiro que você e Tiago sejam mais felizes que eu mesmo...

- Remo...? Alô! Está no mundo da lua? – Christian passava a mão na frente do rosto de Remo, dando risadas.

- Desculpa, Juan... Melhor... Christian! Estava me lembrando da época da escola... Quando tínhamos sua idade... Sirius e eu sempre fomos os confidentes um do outro. Tiago era irônico demais para entender certas coisas... Por exemplo, eu fui a primeira pessoa a saber que ele e sua mãe eram, digamos, namorados. Ele mesmo me contou...

- Sério? E como foi?
- Terrível... – Remo riu, constrangido – Sirius tinha uma namorada na época, Marlene McKinnon... Era uma garota da Grifinória, uma das mais lindas, só perdia para a... – Remo parou de falar, olhando para Christian meio sem graça – Enfim... Eles terminaram no último ano, quando seu pai também terminou com sua mãe... Na verdade, Sirius era muito justo, não queria enganá-las.

- Meu pai era pegador!
- Era um cachorro...
- Minha mãe não me contou de namoradas dele... Mas, conta... O que você ia dizer?
- Ah, sim... – Remo voltou à sua expressão de tensão – Sirius... Está fazendo rondas por aí! Ele não pode andar pelas ruas, sabe que é um detento foragido e procurado... Eu não sei o que fazer, mas se pegarem ele... Então, eu pensei numa coisa... Mantê-lo perto de nós.
- Como? Se ele é procurado, não pode ficar em Hogwarts!
- Você sabe da animagia dele, não sabe?
- Sei...

- Então... Pensei que ele poderia ficar aqui como nosso... “mascote” entende? Mas preciso de você...
- De mim?

Christian ficou eufórico. Como assim, ele ajudaria Remo? E seu pai, em Hogwarts, ao lado dele. Christian voltou ao passado, aos seis anos de idade. Ele olhava pela janela, mirando o horizonte e balançando os pés, devido à cadeira alta em que estava sentado. Escorava o queixo no parapeito da janela e vez ou outra, dava uns suspiros pesarosos.

- Querido? Que foi? – Amanda passou a mão pelos seus cabelos muito negros e brilhantes.
- Estou esperando meu pai voltar...
- Seu pai?
-É, ele vai voltar, não vai, mãe? Você disse que ele só fez uma viagem, e já volta... Você não mente, não é, mãe?
- Oh, meu amor... – O menino foi abraçado ternamente pela mãe – Chris, meu filho... Você já é grandinho para entender... Sua mãe e seu pai não são casados... Eu saí da Inglaterra e nem sabia ainda que estava esperando você... Seu pai não sabe... Mas nós vamos contá-lo assim que a mamãe resolver uns probleminhas, está bem, querido? Só um pouquinho de paciência...

E Christian esperou por dezoito anos seu pai chegar, até saber que seu pai estava vivo, que estava mais perto dele do que nunca, e ainda assim, não sabia que ele existia.

- Em que eu posso ajudar, Lupin? – Christian falou rouco, emocionado pela recordação.

- Christian... Eu posso imaginar o quanto você esperou para conhecer seu pai, o quanto você quer gritar para todos que você é filho do Sirius, mas... Eu quero te pedir... Sirius é um cara muito impulsivo, como eu disse... E do jeito que eu o conheço, é capaz dele pegar você e sua mãe e sair desembestado pelo mundo sem ligar para a situação atual. Por isso, se ele aceitar... Não dê a entender sua relação com ele... Por ele e por sua mãe... Estamos trabalhando muito para manter todos protegidos.

- Mas... Não entendo... Se ele é cachorro... Por que tem que ficar em Hogwarts? E eu me refiro ao animal quando digo cachorro...
- Pedro Pettigrew sabe exatamente quem Sirius é. Esse é meu medo.
- Entendi... Faz sentido... Lupin...
- Remo... Por favor.
- Certo... Remo... De mim, pode esperar discrição. Eu não colocaria em risco a vida dos meus pais... Mas, agora diz, quando ele virá?
- Dora está tentando negociar com ele, junto com Moody. Sabia que Dora e ele são primos de segundo grau?
- Sério? Uau, mais uma Black que vale a pena! – Christian riu.
- Pois é, Andrômeda, prima do Sirius, é irmã da mãe do Draco, Narcisa, e da Belatriz Lestrange...
- Epa... – Christian reconheceu os nomes – Essa Narcisa... Narcisa Black, era a melhor amiga da minha mãe... Não era? Ela me contou... E essa Belatriz, eram amigas também. Viraram comensais da Morte após saírem de Hogwarts!

Remo e Christian ficaram ali conversando por algum tempo. Era um jeito meio bobo de Remo reviver os dias de juventude, como se conversasse com seu amigo Sirius. Era impressionante como Christian se parecia com Sirius, não só na aparência, mas muito mais no jeito de ser. Remo imaginou que Amanda o criara para ser uma cópia fiel do seu amado. Ficou ali imaginando como seria se de fato voltasse à juventude, mas com sua cabeça de hoje. “certamente, eu agiria diferente. Não teria medo de me apaixonar” pensou ele, enquanto ouvia Christian contar sobre seus anos em Beauxbatons. Remo perdera grandes chances de ser feliz por se considerar um anormal. Sirius e Tiago sempre tentaram fazê-lo mudar de pensamento, mas ele mesmo não se permitia tal proeza.

Harry tentava desesperado levantar. Sua cicatriz ainda ardia, como se tivessem o ateado fogo nos cabelos, que agora queimavam sua face completamente. “Sophie! Sophie precisa voltar à França... Sair da minha vida!” Ele tentava organizar seus pensamentos, mas era quase impossível. Tinha os olhos cerrados, tentando não olhar em volta, para não piorar a dor, mas foi obrigado a abrir os olhos, para ver de quem era a mão que acabara de pousar-lhe no rosto.

- Você está bem? – Harry demorou a vislumbrar o rosto de Gina.
- Estou... Melhor...
- Eu soube do desmaio, fiquei preocupada... Viu algo? – A menina sussurrava.
- Vi...
- Com Draco?
- Não exatamente...
- Draco não voltou, Harry...
- Como? – Harry tentou se levantar, mas Gina o empurrou de volta à maca.
- Ele não voltou... Eu não sei o que houve, mas McGonagall e Lupin estão escondendo algo de mim... Não quiseram me dizer onde ele está!
- Gina, pegaram o pai dele! E se ele...
- Não! Não diz! Oh, Merlin! – Os olhos de Gina encheram de lágrimas – Harry, Draco sabe? Se ele souber... Ele vai trair a Ordem! Juro! Ele só estava esperando um motivo!

Harry sentiu-se mais tonto que antes. As palavras de Gina o atingiram na alma.

- Não, Gina... Não fala isso... Draco é nosso amigo...
- Draco ficará frustrado quando souber que o pai foi pego! Ele só aceitou o pacto com a Ordem para proteger os pais!
- Ele sabe de tudo... – Harry quis morrer por um momento.
- Sabe de tudo... O quê?
- TUDO! – Harry gritou, chamando a atenção de Madame Pomfrey, que vira Gina ali.

- Mocinha Weasley, posso saber o que está fazendo aqui? Potter precisa de descanso, anda, ruivinha... Saia... Ei, garoto!

Harry levantou-se, cambaleante, segurando no ombro de Gina. Tentava se equilibrar, mas ainda sentia uma dor insuportável. “Eu preciso avisar Sophie... Eu tenho que ser forte” mentalizava, e torcia para que seu amor pela menina o fizessem resistir um pouco mais.

- Não, eu estou bem, juro... – Harry tentava parecer bem – Olha, eu prefiro descansar no meu dormitório, odeio esse lugar, parece que sou doente, ou sei lá...
- Direto para o dormitório, então, rapazinho! E Ruivinha... garanta que ele fique lá.
- Pode contar comigo... Anda, Potter... Vamos...

Gina foi guiando Harry pelos corredores, e o rapaz podia sentir que ela estava ofegante e seu coração estava acelerado. As mãos frias de Gina só perdiam para sua face queimando, devido aquela dor infernal que não o deixava em paz. Para Harry, aquela cicatriz parecia sempre o lembrar o que ele fazia questão de esquecer: que sobreviveu à maldição da morte para viver em função dela. Ele queria correr atrás de Sophie, mas Gina o proibiu, mas para tal, jurou a ele que faria com que Sophie o viesse ver. Os dois entraram no Salão Comunal da Grifinória, e o que viram aliviou um tanto suas aflições.

- Caramba! Até que enfim! Eu Procurei vocês por todo lado e...

Gina corre, abraçando o seu tão conhecido Kurt Adreiev que sorria radiante, à frente deles. Deu no rapaz um beijo demorado, e Harry sentou-se, com a mão comprimindo a testa, mas um pouco menos preocupado. Se Draco voltou, era com certeza um bom sinal.

- Eu tenho um presente para você, Harry! – Draco disse, olhando para ele, abraçado com Gina.
- Um... presente...?
- Se prepara... É uma relíquia...!

Draco lançou um olhar cheio de ironia para Harry, estava nitidamente tão eufórico que nem percebera que o rapaz estava passando mal. Harry agradeceu a Merlin por não haver reparado mesmo. O rapaz, antes loiro, agora com cabelos castanhos bem claros, apontou com a cabeça para as escadas, como se pedisse que subisse com ele. Deu um leve beijo em Gina e cochichou algo do tipo “preciso levá-lo, mas é particular...”. Harry levantou, ainda meio tonto, e o acompanhou escadas acima. Draco dava risinhos eufóricos e Harry se perguntava se ele sabia o que acontecera a seu pai. E pior: Como contá-lo? Chegaram ao dormitório, Draco fechou a porta e se lançou na cama, pegando algo no interior de uma bolsa.

Ao ver do que se tratava, Harry instantaneamente esqueceu-se da dor.

- Essa é a...?
- Taça HufflePuff! Em ouro e pedras preciosas! Harry, consegui! Eu consegui quebrar o sigilo do cofre da minha família! Dumbledore me ajudou, e com minha mãe na Inglaterra ficou mais fácil! E...

- Draco... Isso é perfeito! Per-fei-to! Como conseguiu? – Harry ria feito um bocó.
- Bom... Minha mãe voltou, soube não é? Daí, Dumbledore intercedeu por nós junto ao Tribunal Superior da Magia, alegando que não teríamos como nos manter com o chefe da família sob prisão e nossos bem congelados. Então, como minha mãe estava presente, ela confirmou todos os bens que lá estavam, inclusive essa taça, que eu mesmo disse para ela. Entramos apenas os dois e eu escondi a taça muito bem... só tem um probleminha...

- Qual? – Harry fechou a cara. Estava bom demais para ser verdade.
- Ao desbloquear os bens, Belatriz também terá acesso ao cofre...
- Ah... Bom... Ela vai tentar resgatar a taça, com certeza... Precisamos destruí-la o quanto antes... Já o fez?
- Não, eu não sabia como! Harry... Independente de Belatriz procurar ou não... Essa é a penúltima! Agora só falta a Nagini!

- Correção: Nagini e eu – Harry deu um riso sem graça – Essa é a antepenúltima.
- Que seja! É mais uma! Agora... Só falta destruí-la...
- Certo... Guarde-a. Precisamos de algo forte o bastante para destruir essa maldita...

Harry sentiu um imenso desejo de sair gritando de felicidade. Por um momento, pensou no que Gina dissera: “Draco vai trair a Ordem...”. Ele não acreditava nisso. Não o mesmo Draco que acabou de trazer uma Horcrux para ele. Não o mesmo que aceitou voltar para Hogwarts passando-se por uma pessoa que nem existe... Não ele. Gina falou isso em um momento de aflição. Draco era confiável. Tinha que ser. Harry abriu a boca e fechou diversas vezes, tentando encontrar palavras para contar sobre Lucio Malfoy, mas sentiu-se um covarde. Como dizer aquilo, logo agora, para Draco, que sorria pelo seu ato heróico a sua frente?

Christian saiu animado e cheio de expectativas da sala de Remo Lupin. Seu pai, com o qual ele sempre sonhou se encontrar, talvez viria para Hogwarts! Era certo que não poderia contar nada, mas só o fato de ter o pai por perto já lhe bastava naquelas circunstâncias. Pensou em sua mãe, no quanto desejava que esse inferno todo acabasse para que eles fossem uma família feliz...

- Ah! – Christian virou a cabeça de pressa ao ouvir um grito feminino.
- Que foi?
- Um RATO! – Lilá Brown e Parvati Patil estavam nervosas.
- Um rato? Onde?

- Ali! – As duas apontaram para um corredor, que dava visão para o Salão Comunal da Grifinória - Ali! Nojento!
- Mas...?
- Odeio ratos! Mata ele! – Lilá puxava a manga das vestes de Christian.
- Certo, mas... Cadê?

- Ora... – Parvati olhou na direção onde apontava. O animal asqueroso sumira – Ah, não! Será que ele entrou no Salão Comunal?
- Eu não durmo lá enquanto não acharem aquele monstro! – Lilá protestou.
- Calma, niñas... – Christian sorriu – E só um ratinho...

- Que acontece aqui? – Rony chegava com Hermione no local.
- Um rato! No dormitório! – Parvati falou rápido
- Que nojo! – Hermione fez cara feia.

- Weasley, varón! Mate o rato! Proteja suas colegas de Salão Comunal... – Christian piscou para o garoto – Eu tenho que ir para as Masmorras, tenho um dever enorme de poções para fazer... E não tenho Harry Potter para me ajudar... – E lançou a Hermione um olhar debochado, fazendo a garota dar um leve sorriso. – Hasta luego, chicas... e Varon...
- Tchau, Chris... – Hermione deu um cotovelada em Rony – Juan... Ai... Isso dói...

Os quatro Grifinórios entraram no Salão Comunal fazendo um barulho absurdo, chamando a atenção de Harry e Draco, que desceram rapidamente. “Depois eu conto...” Pensou Harry, feliz por ter sido salvo pelo gongo.

Christian chegou ao Salão Comunal da Sonserina. Odiava aquele lugar. Aquele verde e prata insuportável, a pompa dos alunos, o clima sombrio... Deseja intimamente ter entrado no Salão da Grifinória com os demais jovens, mas ali estava ele. E agora, sentia certa hostilidade por parte dos demais. Também, não era para menos: de uma hora para outra, havia virado amigo de Harry Potter. Logo de quem... Lembrou-se que até o presente momento não tocara no Mapa que Harry o entregara. Sentiu sua palpitação acelerar ao lembrar dele, sem pensar duas vezes, sacou o velho pergaminho das vestes, se isolando de um grupinho de Sonserinos que ali estava, puxando a varinha e conjurando “Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom”

E sorriu, ao ver o Mapa do Maroto se abrindo a sua frente. Engasgou de emoção.

Começou a pesquisar Hogwarts. Esquadrinhou cada canto do Mapa, vendo que os pontinhos “Remo Lupin” e “Ninfadora Tonks” estavam na sala do Diretor da Grifinória, viu o pontinho “Daniel Carter” no Salão Comunal da Lufa-Lufa, junto com outros pontinhos os quais Christian não conhecia; viu o pontinho “Sophie LaCroix” na Clareira, acompanhada do pontinho “Luna Lovegood” e mentalizou que acabando ali iria encontrar com a amiga, para saber como ela estava...

Mas foi no Salão Comunal da Grifinória que os olhos de Christian pararam, arregalados e incrédulos.

Onde vira o pontinho “Harry Potter”, próximo aos pontinhos “Draco Malfoy”, “Ronald Weasley” e “Hermione Granger”, Christian vira um nome que fez seu coração acelerar. Empalideceu na hora.

- Pedro... Pettigrew! O rato! Não! Eu... Eu tenho que ir lá!

Sem pensar duas vezes, Christian saiu correndo, com o estômago quase saltando boca afora, rumo ao Salão Comunal da Grifinória.

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