A visão enigmática



“Harry estava agora num lugar muito escuro, uma neblina espessa deixava sua visão turva. Olhava com raiva para uma mulher, mas não conseguia identificar seu rosto.
- Espero que você saiba o que está fazendo! Já basta a traição de Severo, não tolerarei outro traidor em nosso meio...
- Milorde! Eu sei! Eu estou com acompanhando cada passo dado! Temos fontes seguras! Acredite...
- NÃO PEÇA QUE ACREDITE EM VOCÊ, SUA INCOMPETENTE! – Com um aceno de varinha, Harry fez a mulher voar alguns metros, se esborrachando no chão. Andou até ela balançando a varinha com raiva - Como acreditar numa fraca que nunca teve coragem de me assumir? Auror? Você nunca foi Auror! Eu te ensino a não provocar a ira do Lord das Trevas... CRUCIO!
Uma fúria invadiu o corpo de Harry, e a mulher a sua frente que tentava se reeguer gritou de dor, se contorcendo no chão. Harry sorria maleficamente...”

- HARRY! – Sirius sacodia o afilhado, com certo desespero na voz – ACORDA! O que houve?

Harry estava no chão do Largo Grimmauld. Estavam todos ao seu redor, olhando preocupados. Sua cabeça parecia que ia explodir de tanta dor que sentia. Não sabia o que dizer, nem se era pertinente dizer que teve outro devaneio com Voldermort. Encenou um mal estar e pediu licença aos presentes para se retirar.

- Acho que bebi além da conta, me perdoem... – Harry levantou aparado pelo padrinho e tentava disfaçar a dor que sentia em sua cicatriz – Acho que são reflexos da maior idade... Me dêem licença, acho melhor deitar um pouco...

Sirius ajudou Harry a subir até seu quarto. Ao chegar, se jogou na cama se entregando àquela dor infernal. Seu padrinho o observou assustado, mas antes que perguntasse qualquer coisa, Harry se antecipou:

- Sirius, por favor, tem como chamar Snape? Eu preciso lhe falar urgentemente...
- Claro, Harry... Vou dar um jeito... – Sirius o olhava assustado – Mas, algo que posso fazer por você? Você está bem?

- Estou... Chame Snape!

Harry levou instintivamente a mão à testa, comprimindo a cicatriz, como se esperasse fazer a dor passar. Sirius saiu do quarto, e tão logo Rony e Hermione entraram correndo e nervosos.

- HARRY! – Hermione se jogou na cama ao lado do amigo – Merlin! O que houve? Foi outra visão daquelas, não foi? O que você viu? Me fala!
- Ele... Ele estava torturando uma mulher... – Harry ainda estava sob efeito da dor.
- Quem é essa mulher, Harry? – Rony sentou na beira da cama, olhando Harry curioso – Era alguém dos nossos?
- Não, acho que era uma comensal...
- Belatriz? – Hermione arriscou
- Não, eu não consegui ver o rosto, mas era loira...
- Narcisa? – Rony arregalou os olhos.
- Não! – Harry estava ficando impaciente perante a dor que sentia – Eu não a conheço! Mas ele disse que era uma fraca, que não tinha peito para assumir ser uma seguidora das trevas...

- Ainda essa! – Hermione fez cara de impaciência – Estão surgindo comensais do nada!
-Ele é esperto, Hermione! – Rony levantou num pulo - Claro! Ele sabe que estamos aumentando nosso exército, e está aumentando o dele também! É óbvio!
- Tem mais uma coisa... – Harry se ajeitou, sentando na cama – Ele insinuou que ela era Auror... Ou melhor, se fazia passar por Auror... Ela pode estar infiltrada na Ordem.
- Mas quem será? – Rony estava pensativo – Não há uma mulhar loira entre os membros da Ordem...
- A menos que ela não seja daqui... – Hermione também tinha ar pensativo – Temos que ficar espertos caso apareça algum estrangeiro querendo se alistar na Ordem...
- Ou um antigo membro querendo retornar... – Harry olhou de Rony para Hermione.

- Como, Harry? – Rony e Hermione se viraram para encarar o amigo.

- Se essa mulher se dizia Auror e era infiltrada, não podemos cogitar a idéia de que fazia parte da Ordem?
- Faz sentido! – Hermione olhou para Rony.
- Faz mesmo... – Rony encarou Hermione.

Silêncio. Harry olhou para os amigos e os dois estavam com cara de paisagem, se olhando como se fossem obras de arte surrealistas, daquelas que se precisa perder minutos para entender o que o pintor deseja nos passar.

- Alô! – Harry chamou a atenção dos dois – Temos um enigma para resolver! Podemos andar logo? Juro que vocês terão tempo depois para se adimirarem...
- Desculpa, Harry... – Hermione corou e Rony sorriu sem graça.
- OK, voltando ao assunto...
- Harry... – Rony fez sinal para que o deixasse falar primeiro – Antes que você fale... Acho melhor Hermione e eu ficarmos aqui no Largo. Que você acha? Eu não tenho problemas em dividir o quarto com você ou Draco...
- Bom... Acho a idéia ótima, mas e Hermione? Todos os quartos estão ocupados... – Harry lembrou que Daniel estava no quarto que era de Régulo. – Dan está hospedado aqui também... Mas... Vamos falar com Draco! Meu quarto é muito grande, podemos dormir os três aqui, Hermione fica com o quarto de hóspedes... Hermione, poderia chamar Draco?

- Eu não vi Draco lá embaixo... – Hermione corou – Não sei onde estão...
- Estão? – Rony olhou confuso para a menina.
- Eu disse estão? Quis dizer está...
- Não tenta corrigir! – Rony entendeu – Ele e Gina! Onde estão? Pode ir falando!
- Eu não sei! – Hermione tinha cara de quem falou demais.

- Está bem... Se você não quer dizer, eu vou procurá-los! – Rony saiu decidido do quarto.
- Ai! – Hermione deu um tapa em sua testa – Gina vai me matar!
- Por quê? – Harry não quis perguntar, mas foi mais forte que ele.
- Ela queria ter um momento a sós com Draco, ela pediu que desse uma desculpa qualquer para os pais e quem perguntasse por ela... E acabei de entregá-la!
- Ah... – Harry corou – Momento a sós... Você sabe para onde foram?
- Não... Isso eu não sei, mas não parecem estar no Largo Grimmauld...

- COMO? – Harru arregalou os olhos – Draco é louco? Ele não pode sair assim!
- Harry, Gina e Draco sabem disso, eles estão em algum lugar seguro, eu tenho certeza!
- Temos que avisar a Sirius...

- Avisar o que? – Draco apareceu na porta do quarto de Harry com ar confuso – Aconteceu alguma coisa?
- DRACO! Onde você estava? – Harry levantou num pulo.
- Como assim? Eu estava aqui... Não saí daqui...
- Cadê a Gina? – Hermione perguntou.
- Está lá embaixo... Alguém me explica o que aconteceu?

- Você está aí...- Rony chegou ao quarto – Estava procurando por vocês... Posso saber onde esteve com Gina?
- Isso é um complô? – Draco olhou de Rony para Harry – Eu já disse, não saímos daqui!
- Está bem, vamos ao que interessa... – Harry olhou feio para Rony, aquilo não era hora para discutirem.

Os quatro conversaram sobre Rony e Hermione ficarem no Largo Grimmauld. Draco não se importou em dividir o quarto com Rony e Harry, para que Hermione ficasse com o quarto de hóspedes. Explicaram a Draco o que aconteceu, sobre a visão de Harry.

- Você consegue ver o que o Lord das Trevas está fazendo? – Draco arregalou os olhos.
- Não exatamente tudo – Harry falou desanimado – Eu não controlo isso, sabe?
- Será que você só vê o que ele quer que você veja?
- Não sei... Por que queria que eu visse aquela mulher sendo torturada? Eu nem a conheço!
- Harry, eu não quero ser chata, mas seus convidados ainda estão lá embaixo – Hermione lembrou bem – Não seria melhor descermos para não causar curiosidade?
- Boa idéia, Hermione... – Rony sorriu para a menina, que sorriu sem graça.

Desceram as escadas e viram que ninguém havia ido embora. Parecia que todos estavam esperando saber se Harry estava bem. Ao o verem, olhavam curiosos e o menino só balançava a cabeça como se quisesse dizer “está tudo bem”. Ele percebeu que mais ninguém dançava e nem música tocava.

- Mas o que houve? – Harry sorriu – A festa já acabou?

Novamente, a música voltou a tocar e lentamente o salão ficava cheio novamente de pessoas dançando. O próprio Harry não fez menção de querer dançar, estava esperando que Snape chegasse. Viu Sirius conversando com Remo e se aproximou curioso.

- Conseguiram contatar Snape?
- Não Harry... – Sirius falou com ar de derrota – Não sei onde ele está! Ia mandar um patrono, mas não conseguimos localizá-lo.
- Snape deve estar com Dumbledore, Harry – Remo opinou. – Ainda estamos tentando falar com ele.
- Mas que porcaria! Eu precisava falar com ele! – Harry ficou nitidamente irritado.
- O que você viu é muito grave, Harry? – Sirius estava curioso.
- Não exatamente... Eu não conheço a mulher que estava sendo torturada...
- Torturada? – Remo arregalou os olhos

Quando Harry ia explicar melhor a visão, foram obrigados a para a conversa, pois Sophie se aproximava graciosamente dos três.

- Desculpem interromper a conversa – Ela falou gentilmente – Mas eu gostaria que o dono da festa me concedesse uma dança...

E Sorrindo Sophie estendeu sua mão para Harry, que olhou para Remo e Sirius com os olhos brilhando e saiu sendo guiado pela bela garota até o salão.

- Obrigada por dançar comigo, Harry! – Sophie sorria.
- Imagina, é um prazer dançar com uma dama tão linda quanto você... – Harry não pensou ao dizer isso.
- Ah... Obrigada pelo elogio! – Sophie ficou corada como se não estivesse acostumada a ouvir de um garoto que era linda.

- Ficou sem graça por quê? Você já deve estar acostumada a ouvir elogios, não? – Harry também não desejou dizer isso, mas foi levado pelo impulso.
- Não... Pelo contrário... – Sophie apagou o sorriso de seu rosto – Eu tenho ouvido mais que sou bonita do que sou legal...
- Mas não foi isso que eu quis dizer, não me entenda mal, por favor... – Harry tomou a carapulça para si – Você é encantadora em todos os sentidos.
- Obrigada novamente, em você eu acredito! – Sophie voltou a sorrir.

Os dois dançavam empolgados no meio do salão e para Harry só existia Sophie em sua frente. Enquanto dançavam, conversavam sobre algumas coisas, desde a Escola até Quadribol. Foram obrigados a parar de dançar quando Fleur chegou perto deles.

- Má chéri, Gui e moi estams inde emborra...

- Ah, Fleur! Eu queria ficar um pouco mais! – Sophie sorriu para a prima – Agora que eu tive a chance de dançar com o aniversariante...
- Fleur! – Hermione chegou apressada – Deixa Sophie ficar comigo? Eu vou passar a noite aqui, no quarto de hóspedes, e não queria ficar sozinha lá!
- Isso! Adorei a idéia, Mione! – Sophie sorria para Hermione com vontade de abraçar a amiga. – Posso, Fleur? Deixa!
- C'est bon... – Fleur sorriu para Hermione como se entendesse o real motivo de Sophie querer ficar ali. – Comporrtem se, entón enfants! Au revoir!
- Au revoir, chéri! Je t’aime! – Sophie tinha bilhos nos olhos.

Sophie sorriu novamente para Hermione em agradecimento. Rony veio ao encontro deles e estendeu a mão para Hermione, convidando-a para uma dança. Enquanto isso, Harry se sentia ao entender que Sophie preferiu ficar ali por causa dele.

- Vai ser um prazer ter você conosco essa noite, Sophie – Harry sorriu.
- Merci! – Sophie riu – Fleur deve estar feliz também, terá uma noite a sós com Gui... Eu tenho atrapalhado os dois...
- Ah... Por isso você quis ficar? – Harry desfez o sorriso.
- Não exatamente...
- E qual foi o outro motivo?
- Você...
- Eu? – Harry corou.
- É, eu acho que sim... Sei lá, estou com vontade de ficar perto de você.
- E eu poderia ficar perto de você pra sempre... Sentindo esse seu perfume...

Harry estava se desconhecendo, pensou que ouvir de Gina que era um “sem aitude” foi de fato insultante, que decidiu por ser atrevido agora. Sophie sorriu, ao mesmo tempo em que uma música extremamente romântica começou a tocar. Harry se aproximou da menina, que o abraçou suavemente e encostou sua cabeça em seu ombro. O garoto levou uma das mãos à sua cintura e trouxe o corpo de Sophie para mais perto. Dançavam devagar e Harry podia sentir o coração de Sophie batendo muito próximo ao seu. A letra da música ia dizendo algumas coisas que Harry pensava em dizer a Sophie, mas achava que estava se precipitando.

“Seu sorriso é um feitiço sem defesa,
Estou sob seu domínio, seus caprichos.
Nem tento me defender, me entrego totalmente,
Pois, nesta noite, você é tudo o que eu preciso...”

Harry passou uma das mãos pelos cabelos perfumados de Sophie. A menina ergueu a cabeça lentamente e Harry virou o rosto de encontro ao seu... Estavam a um passo de um beijo, quando ouviu uma voz muito conhecida atrás deles.

- Me chamou, Potter?

Harry virou a cabeça rapidamente e encarou Snape vindo em sua direção. Era tudo o que ele queria... Ninguém conseguiu contatá-lo e logo agora ele decidiu chegar. Sophie olhou para Snape e dele para Harry.

- Pensei que não viesse mais...
- Eu estava ocupado, mas o patrono de Remo me deu o recado...

Snape parou de falar ao olhar Sophie.

- Harry, querido... – Sophie sorria – Eu não quero atrapalhar... Estarei com Draco e Gina, tudo bem?

Sophie saiu em direção a Draco e Gina que conversavam sentados na cozinha.

- Então, Snape... Eu tive outra visão, queria sua opinião, você precisa saber que...

Mas snape não respondeu. Olhava em direção a cozinha, onde Sophie já havia chegado e sentava-se sorrindo para Draco e Gina.

- Ei! Snape! Eu vi! Vol... Ai, eu sempre esqueço! Você-sabe-quem, ele estava torturando uma mulher que eu não conheço...

Snape não ouvia nenhuma palavra que Harry falava. Harry se irritou e olhou em para o mesmo ponto que Snape olhava.

- Ah, aquela é Sophie LaCroix...
- Lílian... – Snape balbuciou
- Não! Sophie... Snape, você está bem? – Harry o olhava confuso.
- O quê? – Sanpe parecia ter acordado de um pesadelo.
- Sophie! Sophie LaCroix! É ela, que veio de Beauxbatons...
- Eu... Eu não a conhecia...
- Eu sei que não...

- Mas... – Snape voltou a olhar para a menina, que gargalhava com Gina. – É idêntica... Foi igual...

- Ah, já sei... Você vai dizer que ela parece com minha mãe... Sirius e Remo já comentaram isso... Bom, isso não vem ao caso agora... Eu pedi que você viesse porque...

Snape não deu ouvidos a Harry e saiu da sala sem dizer mais nada. Andou em direção à porta e saiu batendo-a com força. Sirius se assustou e foi conferir.

- Mas que inferno! – Harry estava furioso – Ele é doido ou que?
- O que deu nele, Harry? – Sirius foi ao encontro de Harry.
- Sei lá! Ele ficou olhando para Sophie e... – Harry parou de falar – Espera aí... Ele ficou incomodado com a presença dela ou quê?
- Ele viu a Sophie? – Sirius arregalou os olhos – Então foi isso!

Sirius saiu correndo e Harry viu que ele ia sair do Largo.

- SIRIUS! – Harry correu em direção ao padrinho que abria a porta – Enlouqueceu? Você não pode sair!
- Eu não, mas o Snuffles pode... – E ele viu o padrinho se transformar num grande cachorro negro e sumir porta afora.
-Estão todos loucos, Merlin! – Harry bradou irritado.

- O que houve? – Rony perguntou afobado, trazendo Hermione pela mão.
- Snape... Doido! E Sirius foi atrás dele!

- Harry – Fred se aproximava de mãos dadas com Angelina – Nós já vamos... Viemos nos despedir...
- Fica na boa, aí, Harry! – Jorge deu uma palmadinha nas costas de Harry – E obrigado pela festa, estava realmente boa!
- Verdade, Harry! Ótima festa! – Lino apertou a mão de Harry.
- Tchau Harry e obrigada por tudo – Angelina beijou as bochechas de Harry.
- Tchau querido – Sra. Weasley abraçou Harry carinhosamente.
- Tchau Harry, e juízo na sua maior idade! – Sra. Weasley estendeu a mão para o garoto

- Obrigado por terem vindo! – Harry sorria sem graça, tentando disfarçar que estava contrariado.
- Que isso, não perderíamos por nada! – Sra. Weasley procurava algo – Onde está Sirius? Queria me despedir...
- Ele está lá em cima, parece que bebeu um pouco demais e está indisposto... – Harry mentiu
- ah, deixe meu abraço a ele então – Sra. Weasley sorriu – Gina! Vamos!

- Ah... Mãe... – Gina veio correndo – Deixa eu ficar com Sophie e Hermione? Elas vão dormir aqui! Por favor! Deixa?
- É sra. Weasley! – Hermione e Sophie falaram quase juntas – deixa!

- Gina... – Sra. Weasley olhou Gina com um olhar muito profundo e a menina a encarou com um sorriso angelical (Gina sempre soube se usar bem da sua cara de anjo) - Tudo bem... Mas comportem-se as três!

- Harry, nós também já vamos – Remo se aproximou abraçado com Tonks.
- Festa muito boa, cara! Amei! – Tonks abraçou Harry – Me chama sempre que quiser fazer uma comeração dessas, heim?
- Pode deixar... Eu chamo. – Harry sorriu.

Após a saída deles, Harry percebeu que uma pessoa estava sumida: Daniel. Não vira o rapaz desde que descera do quarto após a visão.

- Onde está Dan? – Perguntou para quem quisesse respoder.
- Não sei... Não o vi depois que descemos... – Hermione olhou em volta.
- Que estranho... – Harry estava confuso.

- Está bem... Acho que somos somente seis agora... – Rony conferiu os presentes.
- Verdade... – Gina concordou e olhou para Draco maliciosamente, puxando o garoto em seguida, levando-o para um canto da sala.

- Hermione... – Rony corou – Podemos conversar... Lá em cima?
- Ah... Claro Ron... – Hermione também corou – Vamos para o quarto de hóspedes?
- Sim, vamos... – Rony pegou Hermione pela mão e subiram.

Restavam somente Harry e Sophie ali. Harry suspirou longamente e Sophie o encarou preocupada.

- Está tudo bem?
- Fora o fato de Sirius ser um doido varrido e de que Snape é age como um altista, está tudo bem...
- Nossa... Que dupla! – Sophie sorriu meigamente.
- Acho que fomos interompidos naquela hora, não é mesmo? – Harry sorriu para a menina.
- É... estávamos no meio de uma dança...
- Mas agora... Nós estamos a sós... – Harry se aproximou
- E isso quer dizer que... – Sophie olhava Harry meio sem graça.
- Que ninguém vai atrapalhar a gente...

Harry chegou bem próximo a Sophie, passou delicadamente a mão pelo seu rosto. A menina não fez menção de se movimentar dali, então ele a abraçou pela cintura. Aproximou seu rosto ao dela.

Parou por um momento, achando que estava sendo demais precipitado, mas não entendia porque estava tão envolvido com a menina, que mal conhecera.

- Sophie... Eu não sei o que é isso que estou sentindo por você, mas é algo muito difícil de controlar...

- Então... Não lute contra isso... – Sophie passou uma das mãos pela nuca de Harry e aproximou seu rosto ao dele.

Os dois se beijaram, um beijo demorado e cheio de significados. Harry não sabia ao certo o que acontecia com ele, nunca foi tão rápido e espontâneo em sua vida. Mas Sophie... Era diferente! Ele tinha impressão de que se apaixonou por ela no primeiro momento que a viu... Não sabia como explicar, só sabia que estava louco por ela. Aquele beijo foi como um bálsamo para Harry, depois de um dia tão cheio de acontecimentos significativos, tanto bons como maus.

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