Dois Motivos para Sorrir



- Desculpem interromper esse momento íntimo... – Christian chegou mais perto de Harry e Sophie – Mas eu queria realmente saber o que a Srta está fazendo... Sophie...

O casalzinho não havia percebido a presença do Christian ali, por isso, quando ele falou, instantaneamente se separaram num pulo, assustados. Harry pensou duas vezes antes de sacar a varinha contra o garoto, mais por Sirius do que por ele mesmo. Sophie, entretanto se levantou, com expressão de culpa, mas ao invés de pedir desculpas ao irmão de criação, ela desabafou, fazendo o ego de Harry inflar.

- Chris! Eu não agüento mais! – A loira deixava algumas lágrimas rolarem – Eu não paro de pensar em Harry! Eu não posso deixar de estar com ele, se ele também pensa em mim!

- Você, Potter... – Christian ignorou a garota – Sabe o que o Lord das Trevas está fazendo agora? Está tentando manipular sua mente! Deveria se preocupar com isso, está colocando pessoas inocentes em risco!

- Epa, espera aí! – Harry se levantou contrariado – Quem é você para me dizer isso? Você mesmo se colocou em risco de aliando aos comensais!

Ao ouvir isso, Christian empalideceu e Sophie deu um gemido baixinho. O garoto olhou para ela boquiaberto.

- Eu não acredito nisso!
- Não temos escolha! – Sophie chorava mais ainda
- Como não temos! Sophie, você está surtando! - Christian estava transtornado – Eu não acredito! Ela te contou... – E olhou para Harry - Tudo?

- Ah... – O garoto deu uma olhada de relance para Sophie antes de responder – Contou... Mas eu entendo o lado de vo...

- Entende nada! – Christian o interrompeu rispidamente – Você não entende nada! É da minha mãe que estamos falando! Ela se colocou em risco para fazer justiça! E sabe por quê? Sabe? Por que o seu pai, Harry, não a deixou ser feliz!

- O que tem meu pai a ver com isso, seu louco? – Harry começou a se irritar.

- O que ele tem a ver? – Christian deu um riso sarcástico igual ao que Sirius dava – Tudo a ver! Por culpa dele meu pai não ficou com ela! Por culpa do seu pai eu não tive pai!

- Empatamos, Christian – Harry retrucou – Pois eu também não tive pai, se você não sabe... E por que mesmo? Ah... Por culpa de Comensais da Morte como sua mãe... Puxa, vamos dar as mãos, estamos no mesmo barco!
- Minha mãe... – Christian partiu para cima de Harry e Sophie o segurou pelo braço – Ela não é Comensal, estúpido!

- Chris, ele sabe, eu contei! – Sophie tentava puxar Christian – Por Merlin, vocês dois! Ao invés de brigarem, deveriam ser amigos! Precisamos estar em sintonia, juntos!

- Eu não sei por que você me culpa por algo do passado! Se você é vítima, Christian, é tão vítima quanto eu! – Harry alterou o tom de voz, afastando o cabelo da testa, deixando sua cicatriz visível – Está vendo isso? Isso é o sinal de que eu sou vítima! Eu não pedi para nascer, eu não pedi para ser filho de Lilian e Tiago Potter, eu não pedi para perder meus pais com um ano de idade! Eu não pedi para Amanda e Sirius se separarem! Eu NÃO SOU O MEU PAI!

Christian parecia mudo. Fitava Harry com curiosidade, mantendo a visão naquela cicatriz. Para Harry, ele estaria agora meditando sobre as palavras que acabara de ouvir. O rapaz abriu a boca, emitiu um som baixo, mas não falou. Ficou em silêncio por mais algum tempo, olhou para Sophie, que agora estava calada e tensa, e olhou de novo para Harry.

- Como é viver com ele? – Christian por fim falou – Como é meu pai?

Harry sentiu vontade de rir, se não fosse tão trágico, seria cômico. O mesmo cara que o importunava, que gritava e tentava se fazer de fortão agora parecia uma criança, com brilho nos olhos, como se perguntasse ao pai que dirigia se faltava muito para chegarem ao parque de diversões. Harry e ele tinham algo em comum: nunca tiveram pais que os levassem para passear. Contudo, Christian ainda parecia mais afortunado: teve padrasto, mãe e irmãs de criação.

- Sirius é meu padrinho... Mas antes disso, é meu amigo.
- Ele é engraçado, não é? – Christian deu um sorrisinho.
- Por demais...
- Ele nunca casou?
- Não...
- Mas, por quê? Minha mãe disse que ele era o garoto mais bonito de Hogwarts! E não sei se é pertinente dizer... Ela disse que eu me pareço com ele.

- Ele era realmente pintoso, mas isso não quer dizer que eu te ache bonito, por favor... – Harry sorriu sinceramente – Ele não teve tempo para namoros depois que Pedro Pettigrew o acusou injustamente...

- Não fala nesse rato! – Christian cerrou os dentes – Eu estive a ponto de me vingar...

- Meninos... – Sophie falou como se quisesse lembrar que ainda estava ali, muito mais calma, diga-se de passagem – Acho que temos aula agora, não é? Eu tenho de transfiguração...

- É verdade... – Christian disse sem interesse.
- Eu também... De poções... – Harry revirou os olhos
- Sério? A minha também é de poções... Ótimo! Aula juntos! E Potter... Desculpe, eu sou bonito sim... – Christian sorriu e estendeu a mão para Harry – Passado é passado, podemos recomeçar?

- Claro! – Harry apertou a mão do garoto – E eu sou o mais bonito... Sem dúvidas.
- Ai, que lindo! – Sophie pulou em cima dos garotos num abraço em trio – Eu torci tanto para isso! Vocês dois, são vítimas disso tudo, devem se unir!

- E eu torci tanto para ter você comigo... – Harry não perdeu a oportunidade.
- Ih, sobrei... – Christian virou as costas, voltando para o castelo, deixando Sophie e Harry se admirando – Não se esqueça da aula do Tio Slugh! Nos vemos nas masmorras, Potter...

- Deixa ele ir... Tio Slugh me ama... – Harry comentou olhando nos olhos de Sophie – Está tranqüilo... Espera... – Ele ficou pensativo – Tio Slugh? – E começou a rir sozinho.

- Ah, isso é coisa da Amanda... – Sophie riu – Ela contou algumas histórias de Hogwarts quando contamos a ela que seriamos alunos daqui, aí ela disse que assim ela o chamava...

- Ah, eu nunca chamei aquele comedor de abacaxis cristalizados de tio... Mas vamos deixar tio Slugh brincar com o kit de química dele, temos algo mais interessante a fazer, mocinha...
- Brincar com o kit de química! – Agora foi Sophie quem deu uma gostosa gargalhada.
- Coisas que aprendi com o meu padrinho... – Harry falou com cara de inocente.
- Aposto que quem ouviu isso foi o Snape, não foi? – Sophie arriscou.
- Como sabe?

- Snape tem sido nosso “guia” sabe? Ele, quando soube do Chris, falou tão mal do Sirius que Chris até brincou “Nossa, então eu saí ao meu pai”.
- Aposto que Snape disse a vocês que eu sou um moleque insuportável, atrevido e impertinente como meu pai o era.
- Foi mesmo... – a menina piscou – Mas ele parou assim que Chris perguntou se ele sabia o sentido do apelido carinhoso de “Ranhoso” que ganhara na época da escola...

- Puxa, e eu achei que Chris era um babaca! – Harry gargalhou.

- Harry... – Sophie parou de rir para olhar para ele – Eu... Olha... Desculpa... Eu não contava que me apaixonaria por você... Eu achei que você era realmente tudo o que ouvi falar, mas não é verdade... Depois que eu te beijei, eu senti algo que nunca senti por ninguém.

- Apaixonaria? – Harry repetiu incrédulo. Era bom demais para ser real
- Ah... – A bela loira corou – Apaixonada... Acho que sim...

- Merlin... – Harry olhou para o céu, erguendo as mãos – Obrigado! Eu não poderia imaginar uma garota mais linda que essa que o Sr mandou para mim...

- Como é bobo!
- Bobo? Eu deixei a garota mais linda do mundo apaixonada por mim! Eu sou é muito esperto, vivo e, porque não dizer, bonitão!
- Esqueceu de dizer humilde e tímido...

- Não, o que esqueci de dizer mesmo é que eu quero namorar com você... Que eu estou completamente apaixonado desde a primeira vez que eu bati o olho em você... Que eu quero beijar você toda hora e...

- Harry! Putz, que dificuldade! Dá próxima vez avisa onde está! Oras... – Rony corara ao perceber que o amigo não estava sozinho – Ah... Opa... Desculpa... É que... Aula...

- Ah, é... – Harry olhou com raiva para o amigo – Bom, Sophie, depois você...

Mas a menina o puxara ligeiramente, dando um beijo que fez Rony ficar ainda mais vermelho, tanto quanto seu cabelo. Quando terminou o beijo, a menina o olhou sonhadora.

- Ainda preciso responder?
- Ah, acho que não... Para bom entendedor... Um gesto vale mais que mil palavras...

- Ai... Eu sinto ter interrompido... – Rony começou, mas Harry puxou o amigo pela mão.
- Vamos, aula de poções... Sophie... Na hora do almoço a gente se fala – E lançou um beijinho em direção à garota.

Harry não cabia em si de tanta felicidade. Duas coisas boas ao mesmo tempo, era até difícil de acreditar... Sophie, apaixonada por ele, e Christian pedindo para esquecer o passado. Ele pensou como o padrinho ficaria feliz em saber que tem um filho, mas não pensou em contar, isso era coisa que o próprio Christian queria fazer. Rony observou a cara de idiota que o amigo fazia, mas não se atreveu a perguntar, não depois do beijo que presenciou. Chegaram na sala de poções e Slughorn já estava lá.

- Ora, ora! Nosso querido Potter chegou! – O homem bradou solenemente e vários alunos da Sonserina reviraram os olhos e fizeram muxoxo – Sente-se numa bancada, rapaz! E mostre aos seus colegas como você é ótimo em poções...

- Ferrou de vez... – Harry murmurou para Rony.
- De vez? – Rony fez cara de desespero.
- De vez... – Ele confirmou.

- Bom, hoje vamos aprender uma poção bastante complicada...

- Ferrou de vez ao quadrado... – Harry jogou a mochila num canto da sala
- Isso que dá não ser interessado... – Hermione falou com ar de superioridade – De ficar se guiando pelo livro do Príncipe Mestiço...

- Hermione... – Rony cochichou, revoltado – Já ferrou de vez ao quadrado, não precisa elevar isso ao cubo, por favor!

- O papo está melhor que a minha explicação? – Slughorn olhou de relance para os três amigos.

- Ah... Desculpa tio Slu... – Harry bateu na boca – Professor Slughorn...
- Você ia me chamar de quê? – O professor caminhou até o garoto
- Ferrou de vez elevado a quarta potência agora... – Hermione balançou a cabeça.

- Nada... – Harry deu um risinho bobo – Eu não disse...

Mas para espanto, não só dele, como de todos, Slughorn começou a gargalhar sem parar. Harry achou até que ele estaria com falta de ar, visto que estava vermelho e dando grunidos estranhos.

- Ninguém me chama assim desde a época que seu pai estudava! – Ele disse a frase com dificuldade, tentando recuperar o ar – Ele e os amigos doidinhos dele... Eram cômicos... Mas naquela época eu os odiava, se me permite o comentário maldoso...

- Não, tudo bem... – Harry estava abismado demais para discutir.

- Enfim... Deixando o Tio Slugh de lado... Como eu disse, essa poção serve para...

O velho e barrigudo professor continuou sua explicação, e Harry, continuou sem entender nada. Olhou para o outro canto da sala e viu que Christian o mirava com um sorriso no rosto. Fez um aceno de “legal!” para ele e abafou um riso. Harry retribuiu com uma piscadela.

- Uê? – Rony ficou confuso – São amigos agora?
- É uma longa história, eu conto depois...

Agora... – Slughorn continuava falando - Se dividam em grupos de quatro para treinarem o preparo da poção, por favor...

- Vamos chamar o Neville? – Harry olhou para os lados procurando um quarto integrante para o grupo.
- Não, olha! Ele está com Sara, Simas e Dino... – Rony comentou.

- Perdon... – Os três se viraram ao mesmo tempo para olhar Christian – Puedo hacer com ustedes?

- Porsupuesto... – Hermione respondeu, olhando para Harry. – Não é?
- Claro que pode, mas fala em inglês, ou teremos que providenciar uma tradução simultânea aqui... – Harry comentou sorrindo.
- Ah, que pena... – Christian foi se chegando – Eu adoro treinar meu espanhol...

- Você... – Rony apontou para Christian e dele para Harry – Vocês...
- Amigos? Nós? – Christian ironizou – Fala sério... Só porque nossos pais eram os melhores amigos que Hogwarts já viu... Não significa que eu tenho que aturar esse descabelado...

- Descabelado... Olha quem fala! – Harry comentou risonho, ajudando Hermione a cortar uma erva qualquer – Tira os cabelos dos olhos para enxergar primeiro, depois você fala de mim...

- Juan? – Dafne dera um gritinho – Precisamos de mais alguém aqui, você não precisa ficar na bancada do Potter...

- Gracias, Srta... – Christian deu um sorrisinho debochado – Tengo que me relacionar com todos los alumnos... Recuerda?
- Mas, com o Potter? – Agora era Pansy quem dava seu gritinho.
- Si, si... Estoy tentando treinar mi paciência... – E olhou para Harry abafando o riso.

- Então... – Hermione olhou para o garoto, confusa – Você é mesmo filho do Sirius?
- Então, você é sempre esperta assim?
- Nós já sabíamos... – Ela completou, corada.
- Na verdade, foi Hermione quem descobriu... – Harry tentava entender o que a amiga fazia com aquele monte de ingredientes.

- Eu sei, Hermione é muito inteligente, eu tive oportunidade de conversar com ela... – O comentário fez Rony ficar com as orelhas vermelhas de ciúmes – Parabéns, Weasley, sua namorada além de linda é super inteligente...

- Obrigado, eu sei... – Rony falou entre os dentes, e ficou ainda mais vermelho ao ver que Hermione sorria para o rapaz.

- Nossa, nossa... Mas ele não é mesmo tão galante quanto o pai... – Harry deu um risinho bobo.

- E eu não sei? Por que acha que escolhi o nome de Juan? Don Juan de Marco...

Harry e Hermione romperam em risos, fazendo os demais alunos olharem para a bancada onde estavam. Rony não entendera nada, afinal, Don Juan de Marco era um personagem trouxa que ele não conhecia de fato. Slughorn se aproximou deles, curioso.

- Qual a graça? Estão rindo da pele da Araranbóia? – O professor sorria falsamente.

- Er... No... – Christian tomou a palavra e esqueceu o sotaque – Estávamos comentando do trocadilho do Asfódelo...
- Asfódelo? – Slughorn não entedera.

- É... As... Fode-lo... Entendeu? – todos gargalharam e Slughorn ficou vermelho.

- Oras, mas isso é uma pouca vergonha!
- Desculpa, professor, mas o Sr quis saber, não quis? – Harry tomou partido – Juan só foi obediente.

- Pues no comprendo! – Christian olhou para Harry – Eu não entendo o esquema daqui... Quando desobedecemos, tomamos advertência, e quando obedecemos tambiém?

- Eu não quero mais gracinhas, Sr Ramirez... – o professor falava sério – E espero que a poção esteja pronta... Aliás, não o vi fazer nada até agora, Potter... Pensei que fosse um fascinado por poções como sua mãe o era...

- Ah... – Harry simulou – Eu... Já sei essa, eu deixei para eles treinarem, estou só... Er... Dando dicas...? – ele falou incerto, olhando para Hermione, que o fuzilava com os olhos.
- Ah, eu sei... – Slughorn deu uma última olhada para os quatro e se afastou da bancada.

- Ele é sempre cara de pau assim? – Christian olhou para Rony e Hermione, apontando Harry com a cabeça.
- Não... – Hermione estava emburrada – Ele nunca foi, mas resolveu ser hoje! – E se afastou do caldeirão – Vai lá, mestre de poções! Faz sua mágica! Eu não vou fazer tudo sozinha, até porque eu realmente sei como fazer!

- Mione... – Harry arregalou os olhos – Desculpa, eu só não queria que ele...
- Deixa que eu faço, é moleza... – Christian se aproximou do caldeirão, arregaçando as mangas das vestes – O lance é mexer em sentido anti-horário...
- No livro diz claramente que se deve mexer constantemente e em sentindo horário, por dois minutos e depois deixar descansar por mais dois e...

- ... Perderemos nessa sacanagem uns 10 minutos à toa... – Christian terminou a frase da menina – Se mexer por quatro minutos em sentindo anti-horário, sem descanso e uniformemente, você economiza seis minutos, não é bárbaro?

- Co-Como você sabe? – Rony olhou admirado para Christian – Isso parece até coisa lida naquele livro do Snape...

- Que livro? – Christian olhou o ruivo, confuso – Bom, minha mãe me ensinou todos os truques que meu p... Sirius... Ensinou a ela.
- Como é? – Harry e Hermione falaram juntos
- Sirius? – Harry ainda falou mais.
- É, uê? Minha mãe era péssima em poções e Sirius a ajudava!
- E desde quando Sirius é bom em poções? – Harry não aceitou que o padrinho fosse um gênio da química.

- Desde quando ele virou um animago sem ser descoberto? – Christian falou num sussurro – Desde quando ele fez o Mapa do Maroto? Minha mãe sempre disse que por trás do “todo poderoso” do Sirius havia um CDF de primeira.

- Mas... Ele nunca me ensinou! – Harry protestou.
- E você por acaso pediu que ele ensinasse? – Rony comentou maldosamente
- Ah, claro que não pediu, estava sob poder da molezinha que era o livro do Príncipe Mestiço! – Hermione não perdia a oportunidade de jogar isso na cara do amigo.

- Que seja... – Harry ia falar mais, mas, subitamente sentiu falta de alguém, que até aquele momento não havia nem sequer lembrado. – Gente... Agora que eu me liguei... Cadê o Draco?

- Ah... – Rony riu baixinho – Ele é realmente muito importante na sua vida, não? Agora que você se ligou? Ele não vem para esta aula... Slughorn já foi avisado.
- Mas... Por quê? – Harry odiava essa mania de ser sempre o último a saber das coisas.
- Ele... – Rony abaixou tanto a voz que obrigou Harry a fazer leitura labial – Foi ver a mãe... Parece que ela voltou à Inglaterra... E o pai.

- Ah, ele comentou comigo ontem... – Christian comentou enquanto mexia a poção no sentido anti-horário, olhando para um relógio – Sabe o que o pessoal da Sonserina acha dele? Do “Kurrrt”?
- Não, o quê? – Harry arregalou os olhos

- Que ele é um lobisomem... Acredita? - Christian falou com um risinho e um olhar que Harry subentendeu na hora. – O viram tomando a poção e o comentário foi geral. Pode? Ô povo pra inventar...

- Mas que coisa... – Hermione balançou a cabeça – Eles são tão burros! Lobisomens não tomam poção de hora em hora!

- Ah, depende... – Christian discordou – Se estiver na lua cheia, pode ser aumentado o consumo sim...
- Como você... – Rony estava impressionado. Não era todo dia que alguém corrigia Hermione Granger, ainda por cima, duas vezes e no mesmo quarto de hora.

- Como eu sei? – Christian conferiu a viscosidade da poção – Adivinha?
- Mas Sirius contou tudo para sua mãe? – Harry estava boquiaberto

- Sei lá... – o garoto deu com os ombros, parando de mexer a poção – E tem mais, eles não o viram tomando a poção de hora em hora e estamos entrando na lua crescente, há três dias da cheia. Está pronta a poção. Olha.

Hermione o fitou antes de olhar para o caldeirão. Harry, ela e Rony conferiram a substância pastosa verde-musgo brilhante que ainda borbulhava no caldeirão. A cara que Hermione fez valeu mais que se ela dissesse três vezes “É, você tem razão”.

- Perfeito! – Slughorn reapareceu sorridente – Ora, foram os primeiros a terminar e está corretíssimo! Cinco pontos para um de vocês, então são 15 para Grifinória e 5 para Sonserina! Então, Potter é um bom instrutor em poções? Será professor?

- Ô se vai! – Christian deu uma piscada para Harry – Será o melhor professor de poções que já existiu, sem querer menosprezá-lo, Tio Slugh...

Harry riu, sem graça, enquanto Rony abafava o riso e Hermione revirava os olhos.

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