O Cálice de fogo



Harry e Christian se entreolharam surpresos, enquanto Minerva os mirava sem qualquer expressão de arrependimento pelo que acabara de falar. De onde ela teria tirado essa idéia, de que eles, logo eles dois que se odiaram desde a primeira vista, seriam os melhores amigos em sua concepção? Harry remoia essa pergunta em seu ser, e pela cara de Christian, ele estava tão curioso quanto.

- Desculpe, diretora... – Christian começou a falar e Harry não acreditou na ousadia – Mas por que a Sra. acha que eu seria amigo do Potter? Não parecemos ter muito em comum...

- Como não têm? – Minerva cruzou os braços e Harry temeu pelo que ia ouvir – Os dois têm quase a mesma idade, têm objetivos iguais de vida, são divertidos... Eu sei exatamente como você é, Ramirez, pois eu fiz sua entrevista! E Potter é muito parecido com você.

Harry viu Christian desfazer a ruga que estava até agora em sua testa. Isso também o deixou extremamente curioso. Então, o que Minerva falara não era o que ele temia ouvir dela, e tampouco satisfez a Harry.

- Diretora, Ramirez e eu não temos nada em comum, nos agredimos desde a primeira vez que nos vimos, no Largo Grimmauld... – Harry se defendeu.
- Pois eu não quero saber da rincha entre vocês dois, estão ouvindo? – Minerva falou em tom severo – Isso não é uma arena de duelos, é uma escola, e vocês têm que respeitar! Logo você, Potter? Eu esperava maior amabilidade de sua parte com os alunos de intercâmbio!

- Minerva, eles não são alunos de verdade...
- Eu não estou te perguntando isso, Potter! – Minerva o cortou – Você sabe exatamente porque os quatro estão aqui, e deveria, ao invés de chamar um deles para um duelo, ajudar a integração dos outros alunos com eles!
- Mas ele... – Harry começou a se irritar e apontou para Christian – Ele nem se chama Juan!

- Cala a boca, Potter! – Minerva também estava irritadíssima – Não interessa como ele se chame, ele está sob cuidados da Ordem e temos um pacto para protegê-lo!

- Ele é filho da Amanda Stonebreaker! – Harry gritou – A mulher que quer me...
- Idiota... – Christian balançou a cabeça – você acha que eles não sabem disso? Ah, Diretora, ainda bem que a Sra. está vendo e ouvindo isso com seus próprios olhos e ouvidos, porque se eu contar, ninguém acredita...

- Sua mãe é uma comensal! Eu não confio nela, não confio em você...
- Não leve isso para o pessoal, Potter, ou você ficará realmente encrencado... – Minerva abaixou seu tom de voz – O que você fez foi imperdoável... Provocá-lo na frente de todos, ainda mais falando sobre a mãe dele... Isso não é atitude de homem!

- Ele começou! – Harry protestou desesperado. Não era possível, Minerva estava o defendendo.

- Eu não quero saber quem começou, eu quero que os dois terminem juntos! Ridícula sua atitude Potter! E se Christian implica com você, algo está errado...

- Está tudo errado, Diretora... – Christian falava calmamente – Potter desde a primeira vez que nos vimos foi frio e insensível comigo. E desculpa, eu não sou do tipo que engole desaforos, seja vindos do Ministro da Magia, do Diretor de Hogwarts ou do Harry Potter – E falou o nome de Harry com um tom de deboche.

- Está vendo? – Harry olhou incrédulo para Minerva – É por isso que não dá!
- Olhem... Eu não tenho tempo nem paciência para isso! – Minerva andou até sua mesa – Os dois, cumprirão detenção juntos, até aprenderem a conviver em paz! Quero, a partir de amanhã, ambos, na minha sala, às 17 em ponto! E agradeçam por eu não tirar pontos das suas casas, pois sou justa, e um duelo pessoal não me faz descontar pontos dos alunos que não têm nada a ver com essa briguinha idiota dos dois! Agora, sumam! Andem! E se eu souber de mais alguma gracinha... – Minerva não completou a frase, mas pelo seu olhar fulminante, Harry só de imaginar já gelou.

Christian se levantou sem qualquer expressão de culpa, e saiu da sala de Minerva com aquele seu ar de “não estou nem aí para o mundo” que Harry tanto odiava. Sequer se olharam novamente, e Harry não fez questão mesmo de esbarrar com o rapaz novamente. Seguiu o rumo do Salão Comunal da Grifinória, sem maiores escalas. Estava possesso de raiva. Então, a Ordem trás o filho da mulher que tem planos para pegá-lo na esquina para dentro de Hogwarts, e sequer avisam a ele? Isso era coisa de Daniel, com certeza. A vontade de Harry era resolver isso naquele momento, mas já estava bastante encrencado para seu primeiro dia de ano letivo. Por isso, ignorando a tudo e a todos que encontrava no caminho, seguiu, bufando, seu caminho. Até a Mulher Gorda já sabia da confusão, para desespero total do garoto.

- “Hall de Heróis!” – Disse ele à Mulher Gorda.
- Potter! Soube da briga com aquele bonitão do Ramirez... – Ela falava cantarolando.
- “HALL DE HERÓIS!” – Ele repetiu gritando e a mulher se ofendeu, deixando-o passar em seguida.

Entrou, mas sentiu que não deveria. Não ao ver Rony, Hermione, Gina e Draco com as caras amarradas, o encarando. Olhou em volta e percebeu que os demais alunos que ali estavam o olhavam de lado, sem ousarem a falar uma só palavra.

- Eu não quero sermão...
- Você precisa mesmo é de um tranqüilizante, seu trasgo! – Gina sussurrou para que ninguém ouvisse.
- Não começa, Gina...
- Não começa? Você começou!
- Quer saber? – Harry se aborreceu com a garota, e começou a falar em voz alta para quem quisesse ouvir - Eu não tenho que te escutar! Você não é nada minha, não preciso ficar ouvindo seus sermões!

- Ah, não mesmo! – Gina colocou as mãos nos quadris, daquele jeito que Sra. Weasley fazia quando sentia vontade de estuporar um dos filhos – Não ouça, então, Potter! Sabe do que mais? Juan tem razão, você se acha o tal! Se acha tão bom que não precisa de amigos!

Gina saiu balançando os cabelos ruivos, com ódio mortal de Harry e como já era de se esperar, Draco a acompanhou como se fosse um poodle de circo bem domesticado . Ele não entendeu nada, mas pelo visto foi o único ali que não entendeu. Olhou para Rony e Hermione, confuso. Rony acenou com a cabeça, para que saíssem dali, e Harry sabiamente os acompanhou. A essas alturas, escutar um sermão até que não seria tão mal, não depois da pirraça de Gina. Os três caminharam sem trocar uma palavra, Hermione ia à frente, até um determinado ponto onde a porta da sala precisa apareceu para eles. Harry deu um guincho de impaciência, sabia que ouviria, e muito, ali.

Contudo, não esperava que o pior ainda estaria por vir. Percebeu isso quando viu Snape na sala. Era o fim do mundo, talvez.

- Ah... – Harry sentia que ia chorar a qualquer momento – Mas você? Já?
- Eu... Já... – Snape repetiu as palavras com deboche – Sabe, a briga ridícula do corredor já chegou ao nosso conhecimento, acredita? E eu não poderia estar mais feliz...

Quando Harry pensou em revidar, Christian, Sophie, Draco e Daniel entraram ao mesmo tempo na sala. Agora, ele tinha a impressão de que seria linchado e morto sem que ninguém em Hogwarts soubesse.

- Oi, Severo! – Christian acenou alegremente, assim como Sophie e Daniel o fizeram.
- Olá, meninos... – Snape deu um sorrisinho meia boca para eles e Harry ficou surpreso. Desde quando Snape tratava alguém bem? – Potter está te atormentando, não é, Christian?

- O quê? – Christian fez ar de ironia, se empuleirando em uma mesa que estava por ali – O Pottinho? Me atormentando? Hump... Ele não dá nem para o cheiro...
- Chris! – Sophie deu um leve cutucão no menino.
- Oras... – Harry ia começar, mas Snape não o deixou continuar.

- Eu não vim falar sobre isso, quem cuida da sua disciplina aqui é Minerva... Eu vim por outro motivo... – Snape encarou os alunos com toda sua severidade, como se estivesse lendo a mente de cada um deles. Harry odiava isso – Eu vim pra falar do tal Torneio que vai acontecer. Precisamos desocupar Hogwarts por uns tempos, e para isso escolhemos o Brasil, lá nos parece um lugar perfeito para manter os alunos em segurança. Estamos providenciando que todos, sem exceção, estejam protegidos, mas contamos com o bom senso dos presentes em não se inscreverem para o torneio.

- Mas, por que não? – Rony protestou.
- Rony! - Hermione deu um gritinho – Está louco? Eles estão fazendo de tudo para nos assegurar e você quer dar a cara a tapa?
- Mas o que tem? – Rony estava inconformado
- Por mim, Weasley, você pode se inscrever, ser o campeão, se matar... – Snape falava friamente – O meu problema são esses cinco aqui. Você e a Granger se quiserem, podem se inscrever sim.

- Eu queria me inscrever, mas tudo bem... – Christian deu um suspiro.
- Foi só para isso que você veio? – Harry não se agüentou. Aquilo Minerva já o havia falado.
- Não, Potter, vim para olhar esses seus olhos lindos também... – Snape juntou todo seu cinismo para falar isso.

- Ah, eu não duvido, são como os da minha mãe, não é? – Harry deu um risinho de vitória – Você os amava...

- Ai, Merlin... – Hermione deu um gemido ao ouvi-lo

Snape fitou Harry seriamente. Se arrependimento matasse, Harry estaria morto naquele momento. O que deu nele para falar isso? Todos ali perceberam que Snape estava a ponto de atacar Harry.

- Severo... – Christian desceu da mesa, indo em direção ao homem – Eu estou com um probleminha na Sonserina, me ajuda? E você também, Draco...
- Claro... – Snape tirou os olhos da direção de Harry, que sentiu um alívio descomunal e quase agradeceu ao garoto por fazê-lo desviar a atenção. Draco foi se unir aos dois.

Porém, Sophie puxou o braço de Harry com tal força que o menino desequilibrou.

- Que deu em você?
- Como? – Harry a encarou, confuso.
- Qual o seu problema? Arrumando confusão com o Chris, desafiando o Snape, brigando com Céus e Terras...
- Meu problema? – Harry ria dissimuladamente – Meu problema é que não estou mais entendendo nada! Primeiro, não me dizem que Christian é filho da Amanda Stonebreaker...

- Como você descobriu isso? – Daniel arregalou os olhos, se aproximando dele e Sophie. Rony e Hermione também chegaram mais perto, afinal, eles estavam se roendo de curiosidade desde que Harry saíra nos calcanhares de Christian e Sophie.

- Ah, pelos meus meios, já que a Ordem não me conta mais nada! – Harry revidou.
- Se não contamos, foi por uma boa causa... – Daniel tentou se defender
- Imagino que sim, eu não sei, mas talvez a Ordem esteja planejando me matar, me doar em sacrifício e assim acabar logo com esse inferno... Acho que é melhor mesmo, se eu morrer, todos vocês serão mais felizes!

- Você sempre fala merdas assim? – Christian se aproximava – Credo, acho que seu pai te daria uma surra se te ouvisse falar assim...

- E o que você sabe do meu pai, seu idiota! – Harry não precisava de mais isso para odiar Christian.

- Eu sei que ele deu a vida por você, e sei que ele sempre foi o primeiro a defender a vida dos amigos, e que você está sendo muito injusto falando isso – Ninguém esperava isso de Christian, por isso, todos ficaram boquiabertos ao ouvi-lo, inclusive Harry – Tudo o que eu mais queria na vida era um pai que estivesse disposto a dar a vida por mim...

Harry não tinha nem mais argumentos depois dessa. Olhou para Christian, e não percebeu nenhum tom de ironia vindo dele. Ele estava falando sério. Somente olhou para todos e se desculpou. Era só o que restava a fazer, pois até Snape tinha um quê de “nossa!” no olhar.

- Desculpe, eu realmente não deveria dizer asneiras... – Harry abaixou a cabeça – Olha, eu vou dormir... Eu não quero mais prolongar esse dia... Posso? – E olhou para Snape.

- Vai... – Snape também estava um tanto constrangido – Meu assunto principal é com os quatro mesmo. Granger e Weasley também podem ir.

Rony e Hermione não pensaram duas vezes e saíram junto com Harry, que não disse nenhuma palavra pelo caminho. Os três amigos entraram no Salão Comunal, mas Harry nem virou o rosto para dar sequer um “boa noite” e subiu para o dormitório masculino. Os outros dois permaneceram olhando para ele, sumindo escadas acima.

- Ele está estressado... – Rony comentou se jogando em uma poltrona e fazendo sinal para a menina sentar-se ao seu lado.
- Eu não o culpo por isso, sabe? É muita coisa para uma pessoa só! – Hermione sentou-se ao lado de Rony, o abraçando.
- Pois é, e nós só podemos mesmo ficar ao lado dele... – Rony começou a fazer carinhos nos cabelos de Hermione – Não podemos tomar suas dores...
- Rony... Aquele Juan, ou Christian... – Hermione estava com os olhos fechados – Ele não parece alguém que você conhece? Eu tenho essa impressão toda vez que olho para ele...
- A mesma que Harry tem...
- Isso... Mas eu não consigo...

Hermione sentiu o coração disparar. Deu um pulo da poltrona e Rony se assustou.

- Rony! Merlin! – Hermione empalidecera – Eu já sei!
- Sabe o quê?
- Christian! Ele... Amanda!
- Ai, traduz!
- Christian! É filho da Amanda!
- Ah, isso eu já entendi...
- Da Amanda, mas quem é o pai?
- Eu que vou saber?
- Claro! – Hermione parecia a versão feminina de Sherlok Holmes, ligando um fato a outro, e as conclusões só ela via claramente – Ele não tem pai, ouviu o que ele disse agora a pouco na sala precisa?

- Ele não pode não ter pai, Hermione...
- Ai, isso eu sei, não menospreza minha inteligência, não é? – Hermione abriu uma brecha em sua expressão de euforia para uma cara de tédio ao ouvir Rony – Olha... Se ele não conhece o pai... Não seria anormal que o pai também não o conheça?
- Faz sentido... – Rony coçou a cabeça. Não queria admitir, mas não estava nem de longe acompanhando o raciocínio de Hermione.

- Você ainda não entendeu, não é? – Hermione novamente fez a cara de tédio.
- Não, pra falar a verdade... Mas pode ser mais clara?
- Com certeza – Hermione suspirou – Christian é filho do Sirius!

-ESTÁ LOUCA? – Harry deu um berro perto deles. Ninguém o vira chegar ali

- Você não ia dormir? – Rony perguntou se recuperando do susto duplo.
- Que papo é esse, Hermione? – Harry não parecia ter ouvido Rony.

- Não é loucura nenhuma! – Hermione tentava parecer certa do que falava – Repara! Christian é parecido com Sirius! E não tem nome de pai, só de mãe...

- Isso é loucura! – Harry não queria admitir, mas agora sabia de onde conhecia esse jeito de Christian: Do Sirius mais novo que conheceu na penseira.

- Então! Você contou para gente que viu Sirius e Amanda se... – Hermione ficou sem graça – Juntos... Antes mesmo de seus pais terem você, não foi?
- Foi... – Harry sentiu nojo ao lembrar da cena.
- Então! Ele é mais velho que você! Eu sei, ele tem 18 anos...
- Como você sabe? – Rony arregalou os olhos.

- Diferente de você e Harry, eu tento manter um diálogo com as pessoas, sabe? – A menina se gabou – Ele me contou a idade, assim que o conheci, ainda como Juan. Disse que já tinha terminado os estudos... Mas não contou nada sobre sua vida, mais profundamente.

- Mas se ele é filho do Sirius... – Harry tentava engolir a história – Por que Sirius não sabe?
- Porque ninguém sabe, Harry! É obvio que ninguém sabe! Se duvidar, nem Daniel sabe...
- Não, Daniel deve saber... – Rony tentava se incluir no pensamento coletivo – Afinal ,eram amigos...

- Isso eu não sei, mas pensem! Faz sentido! – Hermione parecia ter descoberto a América – Nossa, é verdade, ele parece mesmo com o Sirius...
- Então... Isso explica esse ódio todo de mim! – Harry agora era quem parecia o descobridor
- Como assim? – Rony e Hermione se entreolharam, confusos.

- Claro... A mãe dele acha que meu pai foi o motivo de Sirius não ficar com ela... Logo, ele deve ter crescido escutando isso: “Por culpa do Potter não somos uma família feliz” e blá, blá, blá... Então, todo o ódio que ele deveria sentir pelo meu pai ele sente por mim! E ainda mais! Eu convivo com o pai dele, entendem?

- Isso! – Rony socou a perna de emoção – Pegamos o Ramirez! Que não é Ramirez, É Stonebreaker... Ah, vocês entenderam...

- Entendemos sim, agora, acho melhor guardar nossa conversa para amanhã... – Hermione levantou – Está tarde, e tivemos muitas emoções por hoje! Meninos, boa noite!
- Boa noite, minha linda... – Rony se levantou também e deu um selinho em Hermione – Sentirei saudade, mal posso esperar pelo amanhecer...

- Ai, acho que vou vomitar... – Harry revirou os olhos e se retirou dali, rindo, deixando os amigos se despedirem a sós.

Voltou ao dormitório, agora mais pensativo que nunca. Realmente, Christian era muito parecido com Sirius... Fazia todo o sentido. O que será que o padrinho faria se descobrisse um filho à essa altura? Harry ficou pensando nisso durante toda a noite. Para variar não conseguiu dormir. Quando pensou que estava pegando no sono, ouviu Rony gritando ao seu lado, fazendo com que ele desse um pulo involuntariamente.

- O cálice de fogo acabou de chegar! – o sorriso de Rony ia de uma ponta a outra da orelha.
- Hã? – Harry esfregou os olhos – Mas... Já amanheceu?
- Como já? Já são 7 e meia! – Rony já estava vestido – vamos! Eu vou colocar meu nome no cálice...
- Hermione vai te matar... – Disse Harry, colocando seus óculos.
- Mata nada... – Rony deu com os ombros – Eu quero ser o campeão de Hogwarts, Harry!

Harry se arrumou aos brados de Rony de “Anda, Harry!” e “Agiliza!” ou ainda, “Por Merlin, como você se arruma como uma donzela!”. Não queria começar o dia brigando, mas o amigo estava pedindo.

- Rony, dá pra parar? Estou no meu normal, não me estressa?
- Ah, desculpa! Estou muito ansioso! - Rony agarrou Harry pelo braço e saiu conduzindo o amigo pelas escadas, depois pelos corredores, até o ponto onde estava ele... O Cálice de Fogo.

- Ah... – Rony estava com cara de bobo – Oi belezinha...

Pegou o pergaminho que já providenciara com antecedência, o olhou novamente, como se certificasse que ali estava escrito “Ronald B. Weasley” e olhou para Harry, que acenou com a cabeça, como se desejasse boa sorte ao amigo. Rony passou pela linha etária, de praxe, e estendeu a mão, colocando seu tão precioso pergaminho no cálice. Ouviu os aplausos de alguns alunos dali, mas ouviu também o grito de Hermione.

- RONALD WEASLEY! NÃO!

Ele fechou os olhos, como se tivesse acabado de fazer uma grande burrada. Olhou de relance para Harry, mas foi surpreendido por Gina, andando rapidamente e com a cara amarrada ao passar pelo garoto, no qual dera um esbarrão desnecessário. Passou pela linha etária e esticou a mão, porém, Rony a impediu.

- Que palhaçada é essa? – Ele tinha os olhos arregalados.
- Tenho 16 anos, posso competir, e serei a vencedora de Hogwarts, maninho... – Gina puxou o braço e depositou seu pergaminho no Cálice de Fogo. Novamente, aplausos e assovios foram escutados.

- Boa sorte, maninho... – Gina saiu dali com um sorrisinho de vitória no rosto, deixando Rony com o rosto rubro de raiva.

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