As duas últimas Horcruxes



Draco se levantou da poltrona eufórico. Harry o acompanhou com o olhar e agora ele mesmo fez questão de sentar-se. Draco parecia estar em transe, colocou a mão na testa e andava de um lado para outro, falando mais consigo mesmo do que com Harry.

- Por isso essa cobra é tão esperta e forte... Ele sempre está com ela por perto, nem os comensais podem chegar perto! E a taça! Por isso ele confiou em Belatriz para mantê-la em Gringottes! Claro, mas não disse o porquê, ele não contou a nenhum comensal sobre isso...

- Draco, pode me explicar? – Harry estava nitidamente nervoso.

- Ah, desculpa! – Draco parou de andar e sorriu – Tudo faz sentido agora! Sempre pensei porque o Lord das Trevas dava tanto valor aquela taça idiota, ele nunca foi de bibelôs...
- Você sabe onde esta taça está? – Harry arregalou os olhos
- Sei! Está no cofre da família no Gringottes! O Lord das Trevas pediu a Belatriz que mantivesse essa taça lá.
- Mas... Por que ela e por que lá?
- Belatriz é a comensal de maior confiança do Lord das Trevas, Snape também era, mas o Lord já o havia dado outra missão, não é mesmo? Belatriz nem sonha no que é essa taça! Ninguém sonha... E ela também não é louca de questioná-lo acerca do que ela representa para ele. E quanto a Gringottes, é um dos lugares mais seguros do mundo bruxo, é o esconderijo perfeito, não acha?
- Você pode entrar no cofre da sua família, Draco? – O coração de Harry disparou.

O Sorriso de Draco se desfez na hora. Ele encarou Harry com os olhos de derrota.

- Os bens da nossa família estão interditados por ordem do Ministério da Magia desde que meu pai invadiu o a sede no ano retrasado. Qualquer um de nós está proibido de entrar no cofre.
- Droga! – Harry deu um soco no braço da poltrona de raiva. – Tem que haver outro jeito!

Draco parecia arrasado. Logo agora que poderia ajudar, ele se sentiu um derrotado. Sentou-se na cama de Harry e ficou pensativo. Os dois meninos ficaram em silêncio, quando Harry lembrou de questionar sobre a outra possível Horcrux.

- E quanto a Nagini?

- Essa é com certeza um problemão... – Draco abaixou a cabeça – Até os comensais temem aquela aberração.
- Mas ela não é indestrutível! É tão possível acabar com ela como foi com as outras horcruxes!

- Eu sei, mas o problema é como pegá-la sozinha! Lord das Trevas nunca anda sem ela, e ela, sem ele, entende? Ele não a confia a ninguém!

- Talvez ele pense que ela é a última Horcrux... – Harry teve um súbito pensamento de que Voldermort poderia não saber que ele era uma de suas horcruxes – Ele não deve nem imaginar que eu sou uma delas, pois não foi intensional. Mas eu tenho certeza que ele sabe das que já foram destruídas.

Draco olhou para Harry com um certo medo no olhar. Mesmo com medo nítido, resolveu perguntar mais detalhes sobre as Horcruxes.

- Quais são as outras Horcruxes, Harry? Como vocês descobriram isso? Elas já foram destruídas?

- Dumbledore suspeitava sobre as Horcruxes, sua suspeita ficou ainda maior depois da abertura da câmara secreta, o diário de Tom Riddle. Mas só teve certeza quando conseguimos recuperar as memórias do Horácio Slughorn. Depois, usando o raciocínio, ele mapeou algumas possibilidades, investigou algumas lembranças de pessoas que poderiam estar relacionadas e o resultado foi exatamente esse: quatro horcruxes encontradas e destruídas. A primeira a ser destruída, como eu já disse, foi o diário de Tom Riddle. Eu o destruí com o veneno de Basilisco, encravando um dente nele.

- Ah... Aquele diário... – Draco ficou envergonhado – Meu pai entregou para a Gina, mas não tinha idéia de que era uma parte da alma do Lord das Trevas. Segundo o próprio Lord, era para que a câmara secreta fosse aberta...

- Eu sei, Draco, e por causa disso quase que Gina morreu, se você não lembra – Harry falou com um certo ar de raiva na voz.

Draco abaixou a cabeça em sinal de vergonha. Harry continuou.

- As demais foram: O anel de Servolo Gaunt, o medalhão de Salazar Slytherin, o diadema de Rowena Revenclaw. Essas foram descobertas com a pesquisa de Dumbledore e destruídas com a espada de Griffindor, a qual está impregnada de veneno do Basilisco. O anel, Dumbledore acho edestruiu sozinho. O diadema de Revenclaw que julgávamos estar perdida por anos e anos, na verdade estava na Sala Precisa, Dumbledore suspeita que Tom Riddle achava que ninguém conheceria a tal sala e nem se preocupou em retirá-la de Hogwarts...

- Então, foi para resgatar esse diadema que ele queria invadir Hogwarts depois que eu matasse Dumbledore!

- Ele ia invadir Hogwarts?
- Ia sim! Só queria Dumbledore fora do caminho! Ele deve ter descoberto que Dumbledore tina destruído suas outras Horcruxes e queria salvar essa.
- Faz sentido...- Harry balançou a cabeça positivamente – E quanto o medalhão, esse foi mais difícil, Fomos procurá-lo em uma caverna subterrânea protegida por Inferis, dentro de uma cúpula com uma espécie de poção, veneno... Algo muito estranho que deveria ser bebido por quem fosse pegar a Horcrux. Mas somente estava uma réplica do medalhão com um enigma. Rony, Hermione e eu descobrimos através do elfo doméstico Monstro que foi o irmão de Sirius quem ajudou ao Vold...

- NÃO! – Draco deu um berro irritado – Não fala o nome dele, paspalho!

- Quem é paspalho aqui, Malfoy? – Harry cerrou os dentes – Eu nunca tive medo desse nome!
- Pois deveria! – Draco estava vermelho – Não sabia que ao falar o nome do Lord das Trevas, os comensais conseguem rastrear você? Só inimigos não respeitam a grandiosidade do seu nome e o ignoram. Atualmente, somente a você e a Dumbledore ocorre falar esse nome! Logo, eles vão saber onde vocês estão!

- Mas... – Harry olhou Draco confuso – eu não sabia disso... E eles não têm como rastrear o Largo Grimmauld!

- Aqui não, mas não é só aqui que você fala, não é? Eu não acredito que você achou mesmo que todos temem o nome do Lord das Trevas em vão? – Draco estava surpreso.

- Isso não vem ao caso, Draco... – Harry não queria mostrar sua ignorância no assunto – Voltando ao que estava falando, Monstro contou que foi usado por Vol...cê-sabe-quem... – Harry se corrigiu a tempo – Para implantar a Horcrux naquela caverna e depois foi a ele quem Régulo pediu para esconder o medalhão depois que ele o trocou pelo falso.

- Régulo Black escondeu o medalhão? – Draco levantou a cabeça imediatamente –Ele sabia sobre as Horcruxes?

- Provavelmente, quando escondeu, não, só estava cumprindo ordens, mas ao roubá-la, deveria ao menos desconfiar.Por quê?

- O Lord das Trevas não contou isso aos seus comensais, ele não confia esse tipo de segredo a ninguém, e Régulo sumiu do mapa... – Draco parecia ligar pontos na história – Nossa... Isso é muito louco! Ele dividiu a alma em sete partes...

- O pior é que para isso, ele matou o mesmo nº de pessoas, sete pessoas... Mas sete pessoas para um assassino frio e cruel como ele não é nada, imagino. Isso é só diversão para ele, é o joguinho de xadrez no final da tarde.

- E é a ele que minha família vêm servindo? – Draco fez uma cara de nojo.
- É, eu imagino que sim, pelo menos é o que parece... – Harry retrucou cinicamente.

- Harry, eu acho que Dumbledore é realmente o maior bruxo do mundo... – Draco puxou o assunto como do nada – O Lord das Trevas não é inteligente! Dumbledore praticamente o derrotou com sua inteligência! Já eliminou a maior parte das Horcruxes! Ele é um grande bruxo, faz coisas incríveis, mas não é tão esperto quando Dumbledore... Que besteira eu faria matando Dumbledore...

- Momento confissões de um ex-comensal arrependido, Draco? Que ironia.

Harry e Draco olharam para a porta e se assustaram com a presença de Snape, com um olhar indecifrável e o mesmo ar de indiferença de sempre. Harry não conseguia esconder que Snape o colocava medo. De onde ele tinha surgido? Já tivera provas suficientes de que ele era fiel a Dumbledore, mas ainda assim Severo Snape o apavorava.

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