Interferência de Umbridge.




Capítulo 73 (ou 22).
Interferência de Umbridge.

Harry acordara no dia seguinte uma hora depois do normal, apressou em descer para o Salão Comunal, onde Hermione tricotava ao lado de Rony, que fazia algumas anotações na mesa tomada pelos pergaminhos.

Hermione por cima do tricô, olhou para Harry e ambos coraram, afinal, tinham prometido namorar escondido, só para a garota não ter a fama de "galinha" e nem Harry de "amigo-Judas".

- Então, o que fazem?- fez uma pergunta muda aos amigos.

Rony mordiscava a língua de leve.

- Argh! Acabei! - e estendeu o pergaminho no ar, rolando os olhos pela folha apreciando seu ótimo trabalho- Tarefa de Transfiguração.

Harry sentou ao lado.

- Eu preciso fazer também - resmungou encolhendo os ombros.

- Sabe, Harry - começou Rony soltando um olhar aborrecido à amiga - Ao contrário de CERTAS PESSOAS - falou em voz alta se referindo à amiga ao lado, e estendeu o pergaminho diante de seus óculos - Eu empresto a tarefa pra você, porque sou seu amigo.

- Honestamente, Rony, não foi só porque eu não "emprestei" meu dever de Transfiguração que você devia me julgar dessa forma - ela parou de tricotar e encarou o amigo, furiosa - Até porque no final do ano se você não está se lembrando, temos de prestar os N.I.E.M´s - ela olhou para Harry, tentando não ficar vermelha - E se você tirasse um "T" em todas as matérias, o que os professores iriam dizer de você que sempre tirava um "ótimo" nas lições?

Rony sacudiu os ombros e puxou outro pergaminho e molhou a pena no tinteiro.

- Eles diriam que eu sou um aluno desmemoriado ou coisa parecida - resmungou antes de começar a fazer a lição de Feitiços.

Hermione bagunçou o estômago com a mão direita e disse olhando para Harry.

- Não vai tomar café?

- Ahm?! Ah! Claro! Vou! Claro que vou! - disse voltando com a cabeça no lugar - Você vem?

- Essa discussão toda me deixou com fome, vou também.

Rony descansou a pena no tinteiro e disse.

- Ou, vocês vão me deixar aqui?

Hermione sacudiu os ombros.

- Quem manda deixar as tarefas pra depois? Quer que a gente assista você?- ele torceu a cara esperando sinceramente uma resposta de Harry e não dela.

- Ah, bom, se quiser ir, vamos! Oras pipocas! Digo, digo, oras bolas!- exclamou atrapalhado.

- Não, não, vou deixar vocês a sós - disse captando a mensagem.

- Ah, pédala Rony - brincou Hermione dando um tapa de leve em sua cabeça, enquanto ele roçava o nariz no pergaminho limpo.

Harry e Hermione caíram na gargalhada e saíram pelo retrato.

- Ai ai, eles pensam que eu sou bobo - suspirou olhando para o teto e soprando a franja.

~~

Não tardaram a acharem um esconderijo e se enfiaram às pressas ali mesmo se beijando.

- Ai que saudades do seu beijinho doce, Hermione. - disse Harry encostando ela na parede.

- Oh! - gemeu ela também agarrando aos cabelos do namorado com força enquanto ele descia os lábios para o pescoço da garota.- Te amo!

- Acho melhor descer - disse ela se soltando e puxando sua mão - Vamos?- sorria.

- Ahh, não, eu quero aproveitar tudo o que perdi nesse tempo todo - e a beijou no meio do corredor.

Hermione empurrou Harry com as duas mãos para bem longe.

- Não! Aqui não!

Ele concordou mordendo o lábio e voltaram a conversar normalmente até chegarem ao Salão Principal, sentaram bem distante dos olhares curiosos. O salão estava bem vazio.

- Sabe, acho que vamos poder aproveitar bem esse final de semana.

Ele esticou a sobrancelha.

- Como? Alguma idéia?

- Pelo visto hoje temos visita à Hogsmeade.

Harry não quis tomar café, agarrou a mão da namorada e puxou para longe do castelo.

~~

- Bom dia, Srta. Cloout.

- Bondiornô senhorre Calistrrou - cumprimentou ela ao balconista que anotava alguma coisa no pergaminho.

Como habitualmente fazia, ela foi cumprimentando as pessoas do corredor e no fim do corredor, entrou em seu escritório que deveria estar vazio.

Era cheio de estantes com diversos livros e livros empoeirados (ela não deixava nem a faxineira entrar para fazer uma limpeza, exceto se tivesse sob seus olhares, ainda assim se sentia incomodada e dizia que isso causava sérios danos ao seu trabalho). Além das estantes de mogno havia também sua escrivaninha, da mesma cor dos armários, bem no fim da sala, com uma cadeira giratória preta, e muitas gavetas, o tapete vermelho nas pontas desfiadas por um meio círculo com detalhes dourados, era um tapete que ocupava quase a sala toda, era cortado apenas uns dez centímetros antes de chegar ao rodapé. O teto era retangular e tinha uma lustre enorme que caía no meio da sala, com várias medalhinhas de cristal e lâmpadas espalhadas.

Ela adentrou na sala, e se pensou que estava vazia, estava totalmente enganada, Dolores Umbridge estava com a varinha em punhos apontando para Madame Cloout.

- O que faz aqui, senhorrita Umbirridige? - perguntou assustada sem fechar a porta, ainda com a mão na maçaneta.

- Entre, temos muito o que conversar.

Ela girou os calcanhares para chamar os seguranças, mas Umbridge foi mais rápida e puxou-a para dentro, em seguida trancou a porta com um baque surdo.

- Orra, senhorrita, o que perrentede fazerr cumigo?

Umbridge desarmou a mulher fazendo sua maleta preta voar nas estantes derrubando vários livros e a varinha da mulher parou, milagrosamente, em pé em cima da escrivaninha.

- Eu... Sinceramente não vou fazer nada com você!

Umbridge apontou a varinha, fechou os olhos e murmurou.

- Avada Kedavra- o feitiço verde ofuscante atingiu em cheio no rosto da mulher que voou até a estante derrubando mais livros. O barulho era alto, mas Umbridge já havia pensado nisso e lançou um feitiço Silenciador no local, fazendo com que ninguém escutasse nada lá fora.

O corpo de Cloout foi escondido embaixo da escrivaninha e no momento seguinte ela lançou vários feitiços arrumando a sala caso alguém ousasse a entrar. Agarrou a maleta da mulher procurando algumas chaves.

- Acho que são essas - disse agarrando o molho.

Umbridge agarrou um pedaço de seu cabelo, jogou na Poção esverdeada que trouxera consigo, fez uma troca rápida, das vestes velhas pela roupa da Madame Cloout e saiu tentando andar na linha sem ser percebida, escondendo o rosto no enorme chapéu negro.

Andando por cima do tapete azul que se destacava nos corredores do Ministério. Passando por várias portas, ela finalmente chegou em seu destino, abriu e ficou surpresa em ver um homem sentado em um canto.

Era uma sala triangular com uma mesa contornando toda a sala onde ficavam as pessoas corrigindo alguns pergaminhos, então ela não se aproximou para não dar na cara e cumprimentou com um gesto educado e foi até sua mesa.

- As regras de Hogwarts estão aqui? - perguntou.

O homem do outro lado da sala esticou a sobrancelha como se fosse óbvio.

- Sim, sempre estiveram! - e sorriu tentando ser educado e voltou a ler os pergaminhos que segurava.

- Ah, certo, certo, acho que devo interferir uma regra - disse puxando os pergaminhos com várias letras bonitas espalhadas, falando sobre As Regras das Escolas de Magia.

Nós, Membros da Liga das Regras das Escolas, decidimos que esse ano em Hogwarts vamos entrar com uma urna para que os alunos acima de 15 anos possam dar suas opiniões sobre a Eleição dos Novos Ministros.

É claro que nem todos votos serão contados, apenas bruxos que são considerados maiores, ou seja, acima de 17 anos.

Mas também vamos mandar alguém da nossa Comissão, para que os votos sejam sinceros.

Também gostaríamos de colocar...



Umbridge não quis terminar a leitura, guardou o pergaminho no fundo da última gaveta e tirou outro em branco, puxou o tinteiro e começou a escrever algumas palavras que vinham em sua mente.

Decidimos que Minerva tem que se afastar do poder, querendo ou não, os motivos são simples, aconteceram três ataques e nada foi resolvido.
Podendo assim, Flitiwinck ocupar o seu lugar, tendo uma chance para resolver os tais recentes e tristes acontecimentos
.

- Ah, sabe, eu preciso que você aprove minha nova idéia - sussurrou Umbridge apontando para o pergaminho.

O homem que estava concentrado na leitura olhou aborrecido para a mulher e disse com um gesto aborrecido.

- Ok, ok, eu leio mais tarde e assino.

- É bom assinar mesmo, tenho ótimos planos, passei a noite pensando nisso, bom, já vou.

Ela sem ouvir mais nada abandonou a sala e correu em direção à sua Sede, onde teria super novidades a contar para suas cúmplices, Narcissa, Sibila e a mandona, Carolina Chyito. Finalmente o plano começara a fluir, de modo que em breve Minerva e Dumbledore estariam retirados do caminho, na qual Carolina iria percorrer para capturar Hermione e em seguida, Harry James Potter.

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