Vida...



Na manhã seguinte, Snape entra no quarto com uma bela bandeja de café da manhã, com direito até uma rosa branca. Gina fica admirada com tamanho mimo.



- Nossa, amor, não precisava ter tanto trabalho. Eu já ia descer.



- Não é trabalho nenhum. Você merece. – Snape colocou a bandeja na cama e foi surpreendido, pois Gina pulou no seu pescoço e lhe deu um beijo carinhoso.



- Eu te amo, sabia?



- Não. Até ontem estava em dúvida – Snape disse mais para fazer charme.



- Acho que depois da noite que tivemos juntos não resta mais dúvidas, não é?, de que sou a mulher mais apaixonada do mundo! – E Gina abriu os braços sorrindo.



- Você é tudo para mim. Você e nossa filha.



- Falando nela, depois de tomar o café eu preciso ir. Ela deve estar me esperando.



- Gina, gostaria muito que você e Kate viessem almoçar comigo no domingo. Quero muito dizer a ela que sou seu pai.



- Claro. Eu falarei com ela. Sei que irá adorar. Sempre pergunta de você.



- E o que você diz?



- Eu sempre disse que você era muito ocupado. E que assim que tivesse tempo, iria vê-la. Na casa dos Blanchet, sempre que chegava algum estranho, ela vinha correndo na esperança que fosse você.



- Eu lamento ter perdido cinco anos da vida dela – Snape disse, cabisbaixo. Gina abraçou-o carinhosamente.



- Nós também sentimos ter ficado longe de você. Mas foi preciso. E agora precisamos compensar essa ausência e ficarmos os três juntinhos, como uma família.



- É o que mais quero, minha querida. Aliás, adoraria que vocês viessem morar aqui comigo.



- Vai ser um prazer. Mas primeiro vamos ver como Kate se comporta. Se ela quiser, nós viremos morar com você.



Após o café da manhã, Gina despachou-se para a Toca, para contar a notícia para a filha, e o fez, deixando um mistério no ar.



- Kate, domingo você vai conhecer o seu papai. Legal, não é?



- Oba! Mas mamãe… Você não disse que o papai tava sempre ocupado, e que não tinha tempo de me visitar?



- Sim, mas ele agora tem tempo e quer te ver! Ele tem até um presente para você!



- Legal! Eu queria ver ele…



- Você já o viu. Mas não sabia que era ele – disse Gina, sorrindo para a filha.



- Paul é o meu pai? Você não disse que ele era meu padrinho? Então ele é o meu "paidrinho"?



- Não, Kate, ele é o seu padrinho, mesmo. Seu papai é o outro. Você vai descobrir logo! É só esperar.



- MAS EU QUERIA VER ELE HOJE!!! EU QUERO!! – berrava Kate, histérica. Molly veio correndo ver o que era, mas se aliviou quando viu a neta batendo o pé no chão e Gina olhando feio para a filha.



- PARE AGORA, KATHERINE WEASLEY SNAPE!!! Espere até Domingo. Se continuar assim, você não vai ver seu pai!



Kate emburrou, começou a chorar e vendo Paul chegar no quarto de Gina, correu para o padrinho, abraçou ele e disse:



- Tio Paul, tio Paul! Mamãe brigou comigo!



- Que feio, Gina! – disse Paul olhando feio para a amiga, com um pequeno sorriso no rosto, que os adultos fazem quando as crianças fazem isso. – Agora vai lá com a vovó que eu vou dar uma bronca na sua mamãe.



Gina disse para seu amigo sentar na cama, e ele disse:



- Gina, sua mãe me falou da festa de aniversário de seis anos da Kate. Eu vou embora logo depois para a França.



- Já? Mas você acabou de chegar! Nem deu tempo de assistirmos o jogo de Quadribol aqui! Eu sei que você adora Chudley Cannons! E você nem conheceu a Inglaterra!



- Pois é. Mas meus pais me mandaram uma coruja dizendo que eu recebi uma boa proposta para trabalhar no Ministério da Magia, na França.



- Parabéns. Fico feliz por você. Você merece. Pena que terá que partir logo. Kate sentirá sua falta.



- Eu sei. Também sentirei muito a falta dela. Meus pais também mandaram um enorme beijo para as duas.



- Eu os adoro. Me trataram como se fosse a filha deles.



- E quem não trataria bem você? É tão delicada e gentil.



- Assim me deixa envergonhada.



- Está bem. Agora me conte: por que dessa carinha tão alegre?



- Eu e Snape fizemos as pazes. Voltei da casa dele agora de manhã. Ele nos convidou para ir almoçar no domingo. Quer conhecer melhor a filha.



- Que bom, Gina! Você merece ser feliz!



- Só espero que Kate goste do pai.



- Kate? O sonho dela é conhecê-lo. Com certeza ficará muito feliz. Só espero que ele me deixe vê-la de vez em quando. – Gina sorriu.



- A Kate está perdida. O pai e o padrinho são dois ciumentos!



- Sou mesmo. A Kate é a afilhada mais fofa que existe. Você sabe o quanto a amo.



- Eu sei. Quero te agradecer por esse imenso carinho. Você preencheu a ausência do pai nesses cinco anos.



- Foi um prazer ter a companhia de você duas. Vamos descer? Sua mãe está esperando por nós para combinar sobre a festa.



Assim, Gina e Paul desceram abraçados e felizes.



Molly, vendo a cena, não pôde deixar de lamentar. Adoraria que a filha namorasse Paul. Mas sabia que Gina ainda amava Snape. E que não podia fazer mais nada do que já fizera para separá-los. O jeito era conformar-se com o destino de sua caçula.



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Finalmente chegara Domingo. Kate quase morrera de ansiedade para descobrir quem era o pai. Gina havia combinado com sua mãe para a festa ser feita assim que Kate voltasse para a Toca e que provavelmente Snape viria junto, o que não agradou Molly, Rony e os gêmeos.



- Festejar com aquele idiota? Como pode…? Parecerá mais um velório – reclamou Fred, irônico.



- Cale a boca, Fred! O que você tem contra o Snape?



- Eu diria tudo… E você?



- Estou indo. Odeio esta infantilidade!



E assim, pegou Kate pela mão e partiram para a Mansão Snape, encontrar seu amado e almoçar. Não demoraram muito para chegar ao casarão antigo. Quando chegou, Mud, o elfo doméstico, abriu a porta para ela e foi chamar Snape, que se secava do banho. Quando desceu para ver a filha, usava suas habituais vestes.



- Você é o meu papai…? – perguntou ela com vergonha e cabisbaixa.



- Sim, Kate. Eu sou seu pai – e se sentou perto da filha, que correu para a mãe. Ambos riram.



- Não se acanhe, Kate. Dê um abraço no seu pai – disse Gina, com um sorriso no rosto.



A menina, devagar, chegou perto do pai e abraçou-o. Snape retribuiu o abraço, emocionado, e seus olhos marejaram. Gina começou a chorar de alegria pelo encontro do pai com a filha. Kate disse ao pai:



- Sabia que hoje é o meu aniversário? É por isso que você comprou o presente que mamãe disse?



- Que horror, Kate! Deixe de ser interesseira! Onde estão seus modos? – exclamou Gina, aflita.



- Tudo bem, querida. Kate, eu não sabia que hoje era seu aniversário. Parabéns. – Snape abraçou-a novamente. Ele estava radiante. Era maravilhoso estar perto da filha e principalmente porque ela não o rejeitara. Depois estalou os dedos para chamar o elfo – Mud! Pegue o presente de minha filha.



O elfo caolho foi e logo voltou com um grande embrulho. Kate destruiu o pacote. Era um enorme urso de pelúcia branco.



- Oba! Que legal! Ursinho para eu dormir abraçada! Obrigado, papai! – e beijou o pai, que corou.



O almoço foi tranqüilo. Snape mandara preparar os pratos preferidos de Kate, que ficara sabendo por Gina. Essa, enciumada, disse:



- Nossa, que belo banquete você fez para ela! Digno de uma rainha! – Snape percebendo uma ponta de ciúmes segurou as mãos da ruiva e disse:



- Gina, estou tão feliz por você duas estarem aqui. Não precisa ficar com ciúmes. Eu a amo tanto quanto Kate.



- Eu sei, meu amor. Adorei que você fez isso para ela. Demonstra que realmente gosta de nossa filha. Aliás, ela não é linda?



- Claro, ela é sua cara! Só os olhos que são parecidos com os meus.



Kate observava a conversa dos pais. Nunca vira a mãe tão feliz. Lembrou-se do pai, quando o vira no povoado. No primeiro momento teve muito medo dele, pois tinha um semblante muito sério. Mas assim que ele segurou sua mãozinha e disse que ia procurar sua mãe, a menina sentiu-se segura. Chegara até a sonhar com ele. Agora, vendo-o ali na sua frente, o pai que tanto sonhou, estava muito feliz.



*********************************************************************



Depois do almoço na residência de Snape, os três se dirigiram à Toca, para a festa de aniversário de Kate. A menina ainda não sabia que teria uma festa, já que todo mundo havia lhe dito "feliz aniversário". Quando chegaram em Ottery St. Catchpole, a vila que se localizava próxima a casa dos Weasley, Carlinhos já os aguardava. A garotinha não tinha entendido o porquê de seu tio esperar os três chegarem. Logo ela descobriu o motivo.



- Gina, preciso falar com você. Em particular, por favor. – Quando disse isto, Snape e Kate se afastaram dos dois, e Carlinhos começou a falar dos planos da festa. A única menina de Arthur e Molly Weasley ouviu atentamente e transpassou a mensagem em sussurros para Snape.



Indo à pé, os quatro foram indo em passos largos e rápidos, fazendo Kate ter dificuldade em acompanhá-los. Chegou certo momento na caminhada em que disse:



- Esperem… por mim! – dizendo isso tropeçou e caiu na lama. Sua roupa ficou toda imunda.



- Kate! – disse Gina, vindo socorrê-la. – Limpar! – e sua roupa ficou livre da lama. – Vamos mais devagar, tudo bem? – Os dois homens balançaram a cabeça afirmativamente. – Vamos continuar.



Agora, mais devagar, levaram vários minutos para chegar a Toca. Quando abriram a porta daquela casa sustentada por magia, estava tudo em completo silêncio. Kate disse a mãe:



- Mãe, cadê todo mundo? Todos saíram?



- Não sei, filha – disse Gina com um sorriso no cantinho da boca. – Vamos para a sala, sim?



Os quatro seguiram em silêncio, e quando chegaram a sala, um coro alto prorrompeu:



Parabéns para você



Nesta data querida



Muitas felicidades, muitos anos de vida



Parabéns para você



Nesta data querida



Muitas felicidades, muitos anos de vida



KATE! KATE!




Todos começaram a bater palmas, sendo eles Molly, Arthur, Fred, Jorge, Rony, Gui, Carlinhos, Gina, Snape, Harry, Quim, Tonks, Lupin, Moody, McGonagall, Dumbledore, Hagrid, Sprout, Pomfrey, Dédalo Diggle, Héstia Jones, Elifas Doge, Hermione, Paul, Margareth e Jean. Estes últimos vieram sem avisar para fazer surpresa para a menina que tanto gostavam.



Katherine olhava admirada a decoração feita pela família. O motivo da festa era "Fadas". As paredes foram revestidas de pinturas que lembravam uma linda floresta. Várias fadas estavam penduradas no teto. No centro da sala um enorme bolo feito carinhosamente por Molly, e várias guloseimas ao lado. Depois de observar a sala, ela olhou para os convidados. Vendo os pais de Paul foi correndo abraçá-los.



- Tio Jean! Tia Margie! Você vieram! – e jogou-se nos braços deles e recebeu muitos beijos. Depois pegaram o presente que trouxeram e entregaram à menina, que rapidamente desembrulhou e viu que ganhara um lindo porta-jóias.



- Que lindo! Adorei – disse abraçando-os novamente. Depois, um por um dos convidados foi cumprimentá-la. Hagrid pegou-a no colo, fazendo com que ela ficasse nas alturas. A menina adorou o meio gigante e ficou alisando sua enorme barba enquanto ele falava de seu animal de estimação, o Canino.



- Eu também queria um animal. Mas mamãe não deixa! – resmungou Kate.



Num canto da sala, Jean chamou Severo para conversar.



- Severo, peço que perdão por mentir sobre o paradeiro de Gina. É que prometi à Molly guardar segredo.



- Tudo bem. Afinal, o plano de me separar de Gina foi de Molly. Vocês foram apenas algumas das peças que ela usou para conseguir o que queria.



- Não fique bravo com ela. Ela fez isso por que ama a filha.



- Agradeço você por ter acolhido Gina e minha filha em sua casa. Não podiam estar mais seguras do que em seu lar. Conheço-os e sei que são boas pessoas. Mas em relação ao que Molly fez, isso não lhe diz respeito. Você não sabe o quanto eu sofri por estar longe delas.



- Me desculpe por me intrometer. Só tive o intuito de ajudar.



- Agradeço, mas não é necessário. Eu saberei como resolver meu problema. Agora, com licença. – Snape saiu e foi para perto de Moody saber o que o companheiro da Ordem estava fazendo agora que o Lorde das Trevas estava morto.



A família Weasley observava o comportamento de Snape. Ele ficou quase a festa inteira ao lado de Gina, que demonstrava estar muito feliz. Mas o que convenceu a família a ter que aceitar Snape definitivamente era a alegria de Kate. A cada presente que abria, ela corria mostrar aos pais. Muitas vezes ela corria para Snape e beijava-o. Uma hora, quando estava no colo da avó materna, ela disse:



- Vó, sabe que estou feliz? Agora eu tenho um papai. E ele é muito legal. É como eu imaginava.



- É, Kate? E você gostou dele?



- Ahan – disse a menina fazendo sinal de sim com a cabeça. – Ele faz a mamãe ficar feliz. Nunca vi ela tão feliz como agora.



Molly olhou para os dois. Uma pontinha de remorso surgiu em seu peito. Afinal, foi por sua causa que Kate não tivera pai durante cinco anos. Tudo isso por um preconceito tolo, só porque Snape era mais velho que sua filha. O seu amor egoísta fizera com que sua filha sofresse muito. E sabia que teria que pagar por isso.



A festa estava animada. Os gêmeos aprontavam com os convidados com seus novos inventos. Molly repreendia-os, mas de nada adiantava. Cada grupinho de pessoas conversava sobre assuntos diversos. Os convidados comeram e beberam até se esbaldar. Rony conversava sobre o trabalho com Harry. Os dois tornaram-se aurores. Surgiam boatos que um bruxo queria se tornar o novo Lorde das Trevas. Hermione conversava com Tonks sobre namoro, já que estava namorando Rony fazia mais de seis anos e nada de ele querer de casar.



Aos poucos os convidados foram se retirando. Snape e Gina estavam sentados no sofá observando Kate brincar com os presentes que ganhara. Os da família de Gina já não estavam incomodados com a presença de Severo. Arthur até conversou sobre banalidades com ele. A única que não trocou uma palavra com ele fora a mãe da ruiva.

Ao fim da festa só sobraram os membros da família Weasley e Snape.



*********************************************************************



A casa estava muito quieta, Gina se levantou do sofá e coçou os olhos. Podia ver claramente os estragos da festa. Desejava saber onde Snape estava, e saiu a sua procura, mas quando passou por uma janela, viu no céu a marca negra.



- A marca negra… Só é conjurada quando algum comensal mata alguém. – A marca estava terrivelmente próxima de sua casa. – Não… Não pode ser!



Ela saiu imediatamente da casa e viu Bellatriz Lestrange, ex-Comensal de Voldemort, bem diante dela, com a varinha para o alto. A bruxa desaparatou da Toca. Gina viu dois corpos no chão. Foi para perto do primeiro, mais próximo dela, e viu o corpo estirado no chão de Kate. A menina estava imóvel, como se estivesse acabado de receber um estuporamento ou pior, a maldição de morte! Puxou a varinha, apontou para a filha e disse "Enervate!", mas nada aconteceu. Gina começou a chorar copiosamente, encostou a cabeça na testa da filha e começou a chorar. Ela abraçou a filha, triste e agonizada. Ela acabou por olhar para frente e viu o que mais temia: Snape também estava caído no chão.



Com a filha sem vida nos braços correu para o corpo de Snape, que ainda tinha vida, mas pouca. Ele estava todo ensangüentado e queimado, sofria muito, e por vezes gemia. Gina apontou para seu amado e proferiu o mesmo feitiço que fizera na filha, dessa vez dera certo.



- Severo, meu amor… – chamou com lágrimas descendo seus olhos. – O que aconteceu? O que a-aquela vaca f-fez?



- Gina… – disse com a voz fraca. – Eu não consegui proteger Kate! Como ela está?



- Mal. Ela não acorda. Parece m-morta. – Gina sacudia o corpo da filha. Não queria acreditar que estivesse morta.



- G-gina… eu… eu tentei… mas eu não pude…



- Shhh, não fale nada, meu amor – disse Gina calando Severo gentilmente.



Ela olhou para o homem caído a sua frente. Ele estava todo sujo e ensangüentado. Seu corpo tinha muitas queimaduras. Gina não sabia o que fazer quando a isso. Ficou paralisada com sua filha aparentemente morta nos braços e o grande amor de sua vida morrendo ali, na sua frente.



- Gina… p-perdoe-me por… não ter sido o… o homem que você merecia… por não ter sido… mais forte…



- Por favor, Severo, pare de falar essas coisas! Eu nunca achei que você não fosse bom o bastante para mim. Sempre te amei do jeito que é!



- Deixa eu falar, Gina… eu preciso… preciso te dizer… e saber que ficará bem sem mim…



- Eu não vou ficar sem você! Não vou!



Gina se ergueu e começou a olhar para todos os lados, num desespero imenso. A filha no colo nem se mexia. Ela deixou a menina ao lado do pai e saiu correndo, gritando por ajuda. Mas ninguém vinha. Então decidiu voltar até perto das duas pessoas que mais amava na vida.



- Severo! Não posso te perder!



-Gina… seja forte. Precisa… c-cuidar de Kate. Não deixe que ela morra! – Ele tinha uma dificuldade enorme para falar.



- Não! Nem você nem ela irão morrer! Eu não vou deixar!



- Querida… Posso… te pedir um último… favor?



- Sim. Diga meu amor. O que posso fazer por você?



- Me beije, por uma última vez, para que eu possa levar este beijo como a última de minhas lembranças felizes.



Gina, chorando muito, aproximou-se de Snape, acariciando o rosto de seu amado. Viu que ele estava muito machucado. Abaixou-se e beijou-o. Um beijo que durou minutos. Quando ela se afastou, viu que Snape olhava-a carinhosamente. Sentia que ele estava morrendo. Severo fechou os olhos. Sua cabeça pendeu-se para o lado. No corpo de Snape já não havia mais vida.



Gina sentia que ia enlouquecer. Seus familiares chegaram e levaram Kate para dentro. Carlinhos ficou com Gina. Essa apoiou sua cabeça no peito de seu amado que jazia ali na sua frente. Falava desesperada:



- Você não pode fazer isso comigo! Snape! Acorda! – e dava vário tapas no rosto dele – Vamos, meu amor, acorda! Não nos deixe!



Arthur chegou e, com a ajuda de Carlinhos, tentava afastar a filha do corpo de Snape. Enquanto os dois seguraram ela, Fred e Rony se aproximaram e iam pegar o corpo do seu antigo professor. Mas assustaram-se com um grito agudo dado pela irmã caçula. Essa, no auge do desespero, gritou, extravasando sua dor. Um grito que poderia ser ouvido a milhas dali. Grito de quem perdera tudo que mais amava.



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