Não há nada que o amor não ven



Cap. 21 - O título completo é: Não há nada que o amor não vença!




Gina acordou do desmaio. Ficara desacordada bastante tempo. Seu corpo doía. Arrumou as vestes e saiu da Sala Precisa. Estava quase no fim do corredor quando tromba com Rony, Harry e Hermione:


-Onde você estava? – perguntou Rony abraçando-a aliviado por tê-la encontrado.


-Eu estava dando uma volta......por que? – disse a ruiva.


-Você sabe o que aconteceu né? – indagou Hermione a cara de desconfiada.


-Como assim? Aconteceu alguma coisa? – agora era Gina que estava curiosa.


Os três olharam-se para saber quem ia dar a notícia a ela. Hermione, como sabia da rivalidade entre Gina e Emelina tomou a palavra:


-Sim, infelizmente. Uma pessoa foi encontrada morta nos Jardins da Escola..


-Não é o .... – Gina mas foi interrompida por Hermione que sabia de quem ela estava perguntando.


-Não.


-Conta logo Hermione – disse Harry.


-Tá bom. Foi a professora Emelina.


-Emelina? Como?Quando? Onde? Quem fez isso? – Gina perguntou de uma vez só.


-Calma Gina. Não sabemos muita coisa. Ela foi morta de madrugada. Ouviu-se um grito e Hagrid encontrou-a morta nos Jardins. Morta por uma Maldição Imperdoável.


Gina sem nada dizer foi andando em direção ao Salão Comunal de Grifinória. Os três a acompanharam. Em um dos corredores próximo ao destino deles, eles encontram Snape, que vinha conversando com Draco. Todos pararam. Os olhos de Snape e Gina se encontraram. O alívio de vê-la bem fez até Severo esquecer da raiva que sentira quando vira a ruiva com Harry. Gina apesar de tudo que presenciou no dia anterior, não sentia ódio de Snape. Pelo contrário. Naquele momento queria poder abraçá-lo, sentir-se segura diante de todos aqueles acontecimentos. Mas disfarçou. Ele também. Quebrando o silêncio, Draco disse ironicamente:


-Potter onde você estava que não salvou a professora Emelina? Afinal você tem mania de herói, quer salvar todo mundo. Aliás nem tanto, né, já que não conseguiu salvar seu padrinho!
-Cala a boca Malfoy! Ou engolirá cada palavra que disse! –disse Harry empunhando a varinha.


Snape parecendo acordar do transe, repreendeu os dois:


-Isso não é hora para brigas. Temos problemas suficientes por aqui. Vamos Malfoy, acompanhe-me. E vocês, tomem cuidado e não se metam em encrencas!


-Sim senhor – disse os três, menos Gina que foi andando lentamente.


Ao chegarem no Salão de Grifinória, Gina e amigos, quase ficaram surdo, tamanho barulho no local. Vários grupos discutiam o ocorrido. Corujas chegavam pela janela. Algumas meninas choravam apavoradas. Hermione e Rony, como monitores, correram para tentar acalmar os alunos. Harry sentou numa cadeira num canto da sala. Gina alegando estar cansada subiu para seu quarto. Chegando lá, foi tomar banho. Como sabia que não ia ter aula, ela resolveu dormir. Mas de repente, entra uma coruja, que ela reconhece ser de Snape. A coruja pousa aos pés cama de Gina, que pega o pergaminho preso na perna da ave, que saí voando logo em seguida. Abre o pergaminho e lê:


Gina


Preciso MUITO falar com você. Sei que está com raiva de mim, e com razão, mas me dê a chance de explicar o que aconteceu. Venha a minha sala assim que receber essa mensagem. Estarei esperando.


Snape



Gina escondeu o pergaminho quando escutou a porta abrir-se. Era Hermione. A garota estava rubra de raiva:


-Esses alunos estão cada dia mais atrevidos! Um garoto de primeiro ano soltou várias bombas de bosta e ninguém agüenta ficar lá embaixo. A maioria foi para fora. E você? O que faz aqui? – indagou à Gina.


- Ia descansar um pouco...


- Onde você passou a noite?


- È uma longa história..


- Mas pode ir contando mocinha! – Hermione fez uma careta parecida com a mãe de Gina quando ralhava com os gêmeos.


Gina contou tudo o que houve. Do berrador ao flagrante dado em Snape. Hermione cada palavra ficava mais preocupada. Quando a ruiva terminou de contar, ela disse:


-Então sua família está sabendo? Por Merlim! Quando Rony souber que foi o último a saber vai ficar doido!


-Nossa, até tinha esquecido que Rony não sabia!


-Você vai contar para ele? – quis saber Hermione.
-Ainda não sei. Primeiro preciso resolver isto – e entregou recado de Snape para Hermione ler.


-Você vai encontrá-lo?


-Não sei. Acha que devo ir?


-Sim. Esclareça as coisas com ele. Se gosta mesmo dele, ouça o que ele tem para dizer.É melhor.


-Mione, você faria um favor para mim?


-Claro, qual?


-Você pode contar ao Rony sobre eu e ....Snape?


-Eu? Por que eu?? -


- É por que meu irmão gosta muito de você. E só você consegue segurá-lo – ao ouvir essas palavras de Gina, Hermione ficou vermelha. Rony ultimamente estava arrastando asa para ela, que também gostava dele, mas estava esperando que ele tomasse a iniciativa.


- Você conta ou não?


- Hum.....- Hermione ficou pensando alguns minutos – Ta bom, eu conto, mas você fica me devendo uma hein? – disse indo abraçar a amiga – Agora vai encontrar o professor Snape e eu vou ver se acho o Rony.


Gina trocou de roupa, pois estava de camisola, e desceu. O cheiro que estava no Salão Comunal estava terrível. Prendeu a respiração e passou depressa para fora. Foi para as Masmorras. A sala de Snape estava fechada. Bateu. Ouviu ele falando para entrar. Ela abriu e viu-o levantar-se atrás da mesa.


- Oi. – disse ele sem jeito.


- O que quer? – Gina disse querendo parecer com raiva.


- Quero explicar o que aconteceu.


- Explicar o que? Por que estava com Emelina?


- Não é nada do que está pensando! – disse Snape apoiando-se na mesa.


- Ah, claro, agora vai me chamar de burra! – disse Gina encarando-o.


- Por favor, sente-se. Eu lhe contarei o que aconteceu. Depois se quiser ir embora, eu não impedir.


Gina meio a contra-gosto sentou-se e ficou batendo os dedos na mesa, demonstrando impaciência. Snape contou detalhe por detalhe tudo que aconteceu.Da descoberta da família Weasley. Do soco que levou de um dos gêmeos. Do passeio que aceitou com Emelina na esperança de ver Gina. Na raiva que sentiu ao ver ele e Potter abraçados. Na bebedeira no Três Vassouras. E que quando beijou Emelina na mesma sala onde estavam, pensou que fosse a ruiva que estava lá. Que estava tão bêbado que não sabia quem é que estava com ele. E que só acordou no momento em que a viu gritando com ele.


-Errei. Não devia ter bebido em excesso. Não queria ter te magoado tanto – disse olhando-a nos olhos- Me perdoa. Você é a única que realmente se importa comigo. Que me aceita do jeito que sou.


Gina estava com os olhos cheios de lágrimas. Snape apesar do que fez, sofreu muito. Primeiro com o preconceito de sua família. Depois ao supor que ela estava com Harry. Como seu coração era mole, perdoou os deslizes que Snape fez por amor e o abraçou. Snape também muito emocionado e fragilizado diante de tudo que passou, abraçou-a forte e de seus olhos caíam grossas lágrimas. Estava colocando para fora tudo que guardou durante sua vida. Gina assustou com o choro de Snape. Afastou-o e enxugando suas lágrimas, disse:


-Seu bobo, eu nunca vou te abandonar. Nem minha família vai me impedir de ficar com você. Eu te amo! – e beijou-o nos lábios. Snape correspondeu. Beijou-a ardorosamente.

Depois olhando-a nos olhos disse bem baixinho, parecendo estar com vergonha de mostrar seus sentimentos:


- Eu te amo muito, minha menina!


Gina não coube em si de alegria. Era a primeira vez que ouvira isso de Snape. Que ele a amava. Pulou em seu pescoço e falou no seu ouvido:


-Nesse momento, eu sou a mulher mais feliz de todo o mundo – e voltou a beijá-lo nos lábios. Ele a segurou no colo e como na primeira vez, a colocou em cima da mesa. Mas o que ia acontecer depois, não seria só desejo carnal. Seria a união definitiva de duas almas apaixonadas. O sabor do beijo era outro. Eram beijos cheios de sentimentos. As carícias eram complementos do amor que sentiam com grande intensidade. Os corpos do dois procuravam-se como se não pudessem viver separados. Os gemidos a cada carinho eram a exteriorização do amor que sentiam por dentro. Se antes, naquele fatídico dia, durante uma aula extra, o destino fez com que a chama do desejo acendesse nos dois, naquele exato momento, um sentimento maior, preencheu todo o vazio sentido por Snape e Gina durante a vida: O AMOR.



N/A: Desculpem a demora e obrigada pelos comentários!!!!!Beijos

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Comentários (2)

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