Capítulo 21



A Fortaleza Interior
By Idamae


Negócio de leis: As personagens pertencem a J.K.Rowling. Estou apenas emprestando-as, por razões não-monetárias.

Esta história contém imagens que podem ser perturbadoras para alguns leitores, incluindo estupro, violência, assassinato, sexo, tortura e um grande número de outras coisas mórbidas. Se você não quer ler sobre tais coisas, aperte o botão Voltar, AGORA!!!

Capítulo 21

Severo estava zonzo, sua cabeça estava atordoada e o sangue sendo bombeado com força enchia seus ouvidos. Forçou-se para olhar adiante, esperando assim esconder o olhar de horror em seu rosto. Ele tinha encarado fixamente e ela notou.

"Não se envergonhe de sua reação, Snape. Eu não esperava qualquer outra coisa de você. Como você pensa que nós nos sentimos?"

Severo recompôs seu rosto e virou-se de novo para ela, falando calmamente, "Existem feitiços. Você sabe disso. Porque você não usou para descobrir quem é o pai?"

A mulher diante dele riu, "Oh, deuses, sim, feitiços! Porque eu não pensei nisso, eu sou tão estúpida." Andou lentamente até o outro lado do quarto, e a seguir virou-se devagar. "Que tipo de imbecil você pensa que sou Snape. Naturalmente que pensei nos feitiços! Embora você tenha esquecido a atual situação que o pai deve estar. Assim, eu deveria ter ido até aqueles bastardos ‘Oh me desculpe, parece que estou grávida e gostaria de verificar qual de vocês fez isso enquanto me estupravam. ' Grande idéia."

Severo levantou-se para enfrentá-la. "Esta criança pode ser minha. Porque você não me procurou?"

"Oh, me deixe ser honesta aqui, querido. Você pode ser bem potente, mas a sorte está definitivamente contra você. E mesmo que seja você, nós não queremos saber. Isto não muda nada. Assim que esse bebê nascer, nós seguiremos em frente. Estou certa que existe alguma agradável família bruxa que adote essa pobre alma abandonada."

O horror de Severo estava rapidamente se transformando em raiva. Em algumas passadas cruzou o quarto e elevou-se sobre Hermione. "Ainda assim, a possibilidade existe," ele rugiu, "se você espera que eu dê às costas a uma parte de minha carne e sangue, sua vagab..." Controlou-se antes que dissesse algo que somente tornaria a situação pior. Com uma respiração profunda, tentou não estrangulá-la, e continuou a falar, "se esta criança for minha, ela ficará comigo. O que a fez pensar que eu não tinha o direito de saber, o direito de decidir?"

A Comensal encolheu-se ligeiramente, afastando-se dele. Ela nunca tinha enfrentado o mestre de Poções quando ele se encontrava em tal estado de descontrole emocional. Ela submeteu-se a ele, "Eu suponho que é seu direito, sim. Eu só nunca considerei seus sentimentos sobre isto. O bastardo do Voldemort, disse que podia sentir o cheiro da mudança em mim. Eu sempre soube que ele era um animal. Ele achava que eu devia lhe dizer. Eu tinha certeza que, se você soubesse você imediatamente me tiraria da operação."

Severo assentiu um pouco mais calmo agora. "Você está cem por cento, certa. Essa batalha não era lugar para uma futura mãe. Foi fácil, sim, mas poderia muito bem ter sido um confronto violento."

"Sim, bem... agora nós estamos aqui. Se esta criança for sua e você quiser reivindicá-la, esteja à vontade. Nós não queremos nenhuma parte dela."

Severo não podia acreditar em seus ouvidos. "Se a criança é minha, você ainda assim não será a mãe dela? Em nome de Merlin, por quê ?"

Os olhos de Hermione estreitaram-se perigosamente, "Porque ela será sempre uma lembrança. Uma lembrança daquela noite, uma lembrança deste lugar, uma lembrança de tudo que aconteceu. Se você não puder entender isso, eu sinto muito. Mas, se você quiser bancar o papaizinho, vá em frente. Porém, você estará fazendo-o sozinho."

"Eu sempre estive sozinho nisto, não foi?" Severo puxou sua varinha da luva e apontou-a para a barriga dela.

Hermione imediatamente girou e saltou para longe dele, protegendo a criança dentro dela, virando-se de costas. "O que você pensa que está fazendo? Se nós quiséssemos saber se você era o pai, nós teríamos feito isso há muito tempo. Você sabe que dormia às vezes. Não, isto pode esperar até que este bebê que está aqui nasça. E esperará. Ou você vai me forçar a fazer algo contra minha vontade? Oh, espere, isso será correto, já que você me seqüestrou e me destituiu de meus poderes. Quando você sair, acorrente-me à cabeceira da cama para ficar comigo, sempre."

"Deuses, Hermione, porque é que você faz isto comigo?" Severo deslizou sua varinha de volta a parte traseira de sua luva e sentou-se pesadamente na cadeira da escrivaninha de Papoula, exausto.

Hermione seguiu a deixa, sentando-se na beirada de uma das camas. "Severo, eu não estou fazendo nada disto. Que acontecerá se você descobrir isso agora, de uma maneira ou de outra? Se esta criança for sua, o que eu duvido sinceramente, você gastará os próximos dois meses tentando me convencer que nós podemos ser uma família feliz. Eu não posso saber. Você acha que eu poderia ir embora sabendo que este bebê é seu?" Um estouro repentino de esperança iluminou os olhos de Severo.

Hermione suspirou rapidamente. "Seria muito perigoso saber. Se nós soubermos que é seu, ela fará tudo que puder para destruí-la. Ela sabe que eu tentaria lutar, para tentar permanecer. Eu fiz um acordo por causa desta criança e eu tenho que preservá-lo até o fim. Não torne isto mais difícil pra mim. Por favor, Severo, espere até esta criança nascer, e não me diga nada."

"Eu não tenho uma escolha, tenho?" Severo baixou a cabeça em suas mãos, arrastando os dedos longos por seu próprio cabelo. "Se eu concordar, você ficará aqui no castelo até que o bebê nasça? Você parece num inferno. Sua roupa está sambando em você. Você não tem se alimentado, tem?

Hermione sorriu fracamente, "Esse é um tipo de trabalho árduo para se manter quando você está sendo caçado. Sim, eu ficarei no castelo até que o bebê nasça. Eu estava pensando em voltar de qualquer maneira. Estava sendo forçada a isso, realmente. Estou certa que Alvo pode me ajudar a encontrar um lugar para o bebê"

Severo levantou-se trêmulo, "Muito bem, então. Eu falarei com Alvo e colocarei seus aposentos em ordem."

Hermione examinou suas mãos, acariciando a criança dentro dela. Severo estava perto da porta quando ouviu seu pedido quieto, "Eu suponho que permanecer com você esteja fora de cogitação?"

Severo parou sua mão na maçaneta. Emocionalmente quebrado, respondeu em uma voz rouca bloqueando as lágrimas, "Não, Hermione. Eu não posso fazer esta viagem outra vez. Eu não posso fazer isto. Por favor, deixe-me sozinho". Não esperou uma resposta, apenas arrastou-se para fora da porta com toda a dignidade que poderia agrupar nesse momento. Ele parou do lado de fora e encarou Alvo e Harry, que o esperavam ansiosamente.

"Alvo, ela ficará. Por favor, peça que arrumem seus antigos aposentos nas masmorras. Sr. Potter... Harry, obrigado por tudo que você fez. Se vocês puderem me desculpar..." Seu embaraço não o deixou terminar. Severo atravessou rapidamente pelo castelo, ignorando igualmente os estudantes e restante do corpo docente. Uma mudança no último minuto o levou para as escadas das masmorras que levavam ao alto da torre da Serpente. Uma vez lá, trancou e protegeu a porta. Finalmente sozinho, deslizou para o chão duro de pedra e tentou assimilar tudo que ela tinha lhe dito.

Tudo era seu erro, tudo aquilo.

Devia tê-la protegido aquela noite, desde a luta com Draco. Agora, por causa de um erro seu, uma outra vida estava sendo forçada para este mundo. Uma criança inocente que teria, um dia, que enfrentar as circunstâncias horríveis de seu nascimento. Ele, o Comensal da Morte tinha chamado à criança de sua.

Um filho, talvez seu filho. O pensamento era tão emocionante quanto estarrecedor. Talvez a criança fosse sua. Tolice, certamente; mas ainda...

Ela o deixaria outra vez. Em pouco mais de dois meses a gestação terminaria, a criança nasceria e ela partiria. Possivelmente ficaria sozinho; mas talvez tivesse um filho. De uma maneira ou de outra ela partiria de sua vida e também da vida do seu bebê.

Severo nunca havia feito um acordo que fosse com deuses. Mas estava preparado nesse instante para fazer qualquer um. Se ela apenas ficasse, ele poderia amá-la e a criança até os finais dos tempos. Não importava quem fosse o pai, o menino era uma parte dela. Ele protegeria e cuidaria de ambos.

Severo nunca soube dizer com certeza quando seus pensamentos pela criança que estava dentro dela mudaram. Em algum ponto, olhava fixamente o céu estrelado acima de si e as coisas tornaram-se claras para ele. Teria um filho. Se ela não o desejasse, tudo bem. Severo teria uma parte dela sempre. Não importava de onde veio à semente que tinha feito à criança crescer dentro dela. Amaria essa criança como se fosse sua. Com ou sem Hermione, criaria o menino e lhe daria a orientação, o amor, e o sentido que na sua própria infância tinha faltado.

Sua mente se recompôs Severo levantou-se e liberou a proteção na porta. Poucos minutos depois estava parado no escritório de Alvo. "Onde está Harry?" Severo inquiriu, não querendo ter a conversa interrompida.

"Voltou para o Ministério. Minerva está ajudando Hermione a se restabelecer. Conte-me o que está havendo, Severo. Esta criança é sua?"

Severo sentou-se na cadeira do lado oposto da mesa e encarou o diretor. "Provavelmente não. Quando ela foi espancada no festim de Halloween, os poderes dela cessaram-se temporariamente. Nunca me ocorreu que seus feitiços contraceptivos poderiam falhar. Eu suponho que foi isso que aconteceu. Eu poderia ter impedido muito facilmente."

Alvo interrompeu-o gentilmente, "Você não pode se responsabilizar por isto, Severo."

"Bem, é aí que você está errado, Alvo. Eu posso me culpar e o faço. Embora aquilo tenha sido somente uma das águas sob a ponte. O fato é que por causa de um erro meu, ela está grávida. Haviam nove bruxos aquela noite, Alvo. Nove homens que a brutalizaram. Não me espanto que ela tenha fugido do nosso mundo e de mim."

Os olhos de Alvo tinham-se arregalado, "Oh, Severo, sinto muito. Eu não fazia a mínima idéia que havia... Eu não tive... não fazia idéia." Ambos ficaram calados por um momento. "Assim, o que vocês dois decidiram?"

Severo fechou seus olhos e engoliu em seco antes de falar. "Ela decidiu por mim. Não quer saber quem é o pai. Seus dois lados entraram em um acordo terrível. Minha Hermione teve que concordar em deixar este mundo em troca da vida da criança. Por causa disto, nenhum lado deseja saber se eu sou o pai. E é provavelmente o melhor. Eu acho que seu lado negro faria qualquer coisa para destruir o menino se soubesse que era meu. Seria uma ligação muito forte para fazer com que o lado claro lutasse para ficar. O lado negro está determinado a sobreviver e realmente não se importa com o que tenha que fazer."

Os olhos de Alvo se emocionaram, mas apenas assentiu.

Severo continuou, "Ela ficará aqui no castelo até que a criança nasça. Pedirá que você arranje um local para a criança. Eu disse-lhe, que é improvável que seja meu, mas que eu serei seu pai, e ele meu filho."

Alvo sorriu, "Eu não esperava nada menos de você, meu menino. Estou certo que nós não teremos nenhum problema em encontrar uma família bruxa para adotá-lo se este for o caso."

Severo mexeu-se incomodamente em sua cadeira. "Você não precisa se preocupar com isso. Diga-lhe apenas que arranjará. Eu cuidarei do menino como meu próprio, sendo ou não. Eu não posso dar às costas para seu filho e eu não o farei O menino precisa saber que não importam as circunstâncias de sua concepção, nem o fato de sua mãe ter ido embora, alguém o desejou É importante saber que ele foi querido."

"Uma decisão corajosa, Severo. E você ainda tem dois meses para tentar convencê-la. Talvez..."

"Não." Severo agitou sua cabeça firmemente. "Talvez nada. Eu não posso continuar a jogar este jogo com ela. Fere-me muito. Não, esse capítulo da minha vida passou. Com o nascimento do meu filho, um novo começará. Neste ínterim eu tentarei existir ao redor daqui. Estou grato dos estudantes estarem saindo amanhã. Terei o verão para recolher os restos esfarrapados de mim mesmo. Suponho que precisarei de aposentos maiores. As masmorras não são um lugar para se criar uma criança. Se não houver nenhum disponível eu posso alugar uma casa em Hogsmeade, eu suponho."

Alvo levantou-se de sua cadeira e rodeou a mesa para colocar uma mão no ombro de Severo. "Naturalmente que há aposentos maiores. Eu acho que o lado direito do corredor do terceiro andar, pode ser transformado em algo apropriado para você e seu filho."

"Eu não costumo andar por aquele lado do castelo, assim desconheço. Certifique-se, por favor, que tenha um quarto para uma babá. Com minhas turmas, eu precisarei também de alguma ajuda."

Tarde na noite, Severo encontrava-se acordado. Podia senti-la bem perto dele e estava certo que se deslizasse pelo corredor, ele a encontraria acordada também.

Bichento miava na porta quando Severo tinha retornado. Assim que a porta se abriu, o gato tinha ido gritar na porta de Hermione. Severo não tinha esperado para ver se ela o respondeu, apenas deslizou para dentro de seus aposentos. Não sabia como ia passar os dois meses seguintes perto dela e não poder estar com ela.

Expulsou o pensamento da cabeça não querendo saber. Severo ouviu a porta de seu quarto abrir e agarrou sua varinha na mesa de cabeceira. Fingindo dormir, enrijeceu e esperou o intruso ou intrusa se mostrar. Deslizou a varinha sob seu travesseiro quando a silhueta arredondada de Hermione apareceu na entrada. "Severo," sussurrou então um pouco mais alto. "Severo você está acordado?"

Permaneceu ainda quieto, esperando para ver o que ela tinha planejado. Silenciosamente, ela deslizou na cama para deitar-se ao lado dele. Polegada por polegada avançou pelo colchão até que seu corpo estivesse pressionado de encontro ao dele. Severo a ouviu dar um pequeno suspiro satisfeito. Não soube por que permitiu que ela o atormentasse assim. Dois meses eram dois meses e se aquela fosse à única hora onde a teria então ele deixaria que fosse assim. Ele estava cansado e só e sua alma gritava por ela.

Ainda bancando o bruxo adormecido, Severo resmungou macio em seu sono. Rolou de lado e jogou um braço sobre sua cintura. Sua mão veio descansar em seu estômago arredondado e sentiu o bebê dentro responder com uma pancada. Um impulso irresistível de sorrir, mas controlou-se quando ela aconchegou-se mais próximo dele.

Logo a ouviu respirar macio e regularmente. A experiência lhe disse que já estava adormecida e permitiu que sua mão explorasse delicadamente sua barriga dura. Ficou espantado ao sentir, outra vez, a criança dentro dela dar um cutucão em resposta ao seu toque. As cutucadas e chutes seguiram sua mão enquanto vagava sobre ela. Se tinha alguma dúvida de que poderia amar esta criança como sua própria, esqueceu-se dela na quietude da noite.

Finalmente a pequena aventura do menino transformou-se em quietude e Severo permitiu-se dormir também. Sonhou essa noite com Hermione e uma criança de cachos cor de carvão e olhos cor de canela.

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