Capítulo 06



A Fortaleza Interior
By Idamae


Negócio de leis: As personagens pertencem a J.K.Rowling. Estou apenas emprestando-as, por razões não-monetárias.

Esta história contém imagens que podem ser perturbadoras para alguns leitores, incluindo estupro, violência, assassinato, sexo, tortura e um grande número de outras coisas mórbidas. Se você não quer ler sobre tais coisas, aperte o botão Voltar, AGORA!!!

Capítulo 06

Severo rolou sobre a cama e lançou um braço sobre seu rosto, tentando bloquear o sol que se derramava pelas janelas colocadas no alto da sua parede. Ele repassou a noite dividida com Hermione. “Não a Hermione. Não a Hermione.” De repente, lembrou-se de que alguém estava dormindo no sofá. Sentou-se direito na cama e olhou atentamente através da entrada da porta.

Ela tinha ido. Com uma olhadela ao relógio, ele compreendeu por quê. Ele tinha dormido demais e estava perdendo o café da manhã. Pulou para fora da cama e fez seu caminho rapidamente até o banheiro para cuidar da questão mais urgente no momento. Enquanto estava lá, percebeu que não havia necessidade de se apressar. Não que ele se esforçasse para compartilhar refeições com seus colegas. Durante o ano letivo, sua presença às refeições era quase uma exigência e ele perdia poucas. Durante as pausas, os funcionários eram livres para ir e vir conforme lhes aprouvesse. Por que ele deveria correr lá para cima agora? Só por causa dela?

Terminou seu assunto e se moveu até a pia. Havia feitiços removedores de pêlos, mas ele optou por fazer a barba à moda antiga. Havia algo quase confortador na sensação da extremidade afiada contra a sua pele, o som minúsculo de pêlo sendo cortado enquanto a lâmina se movia sobre ele.

Ele optou por dispensar seu manto hoje, estava simplesmente um calor desgraçado. Escolheu um par de calças pretas e uma camisa de algodão branca de abotoar, de manga curta. Passou rapidamente um pente pelo cabelo grosso e o prendeu na nuca com uma faixa preta. Após um rápido feitiço para limpeza dos dentes, ele saiu em direção à sala de estar.

Ela havia dobrado o cobertor cuidadosamente e o havia colocado sobre o encosto do sofá. Ele teve um ímpeto de pegá-lo e verificar se o aroma dela permanecera na lã de carneiro fofa. Balançou a cabeça e enterrou fundo a sensação. Notou que a sala havia sido colocada novamente em ordem, as garrafas retornaram a seus lugares e os pratos sujos foram removidos.

Deixou seus aposentos e parou para escutar perto das portas dela. Não ouviu som algum vindo do interior; mas decidiu não bater e verificar sua presença.

Severo fez seu caminho subindo até o Grande Salão. Devido ao seu aparecimento tardio, a maioria do pessoal havia terminado sua refeição matinal e saído. Alvo e Minerva permaneceram, deixando-se ficarem até o fim de seu café. Ele foi convidado, com um gesto, a sentar-se defronte a eles.

“Café preto, torrada seca.”

Alvo tinha uma expressão séria na face. “Suponho, por ambas as ausências de vocês na noite passada, que você e Hermione tiveram uma chance de arranjarem as coisas entre vocês dois.”

Severo lançou-lhe um olhar obscuro por cima do topo da caneca fumegante. “Suponho que você queira dizer entre nós três, não? Ontem à tarde arranjei as coisas com a Professora Granger, na noite passada arranjei as coisas com a sua gêmea má. Creio que agora tenho um relacionamento profissional com as duas.”

Ele abaixou sua caneca sobre a mesa com uma pancada ruidosa. Cobriu o rosto com mãos trêmulas e lutou para manter sua voz baixa. “Não sei como vou controlar tudo isso. Não sei o que dizer ou o que fazer com ela. Como se lida com alguém que simplesmente se transforma perante seus olhos em um outro alguém?”

Minerva McGonagall estendeu as mãos sobre a mesa e puxou as mãos de Severo para longe do rosto dele. Ele não protestou quando ela não as soltou. “Você lida com ela como duas pessoas separadas. Fala com ela dessa maneira e não a encurrala de maneira alguma. Você tem que respeitar ambas as metades dela. Nós temos que mantê-la estável até que isso esteja completamente terminado.”

“E quando isso tiver finalmente terminado, e então? Nós simplesmente jogamos sobre ela uma maldição pra atá-la e a trancafiamos em St. Mungus? O que o Ministério fará para ajudá-la? Eles a criaram e, simplesmente, vão virar as costas e ignorá-la. Meu Deus, essas pessoas eram os amigos dela. Ela confiava neles, e veja o que fizeram com ela. Ela merece mais deles do que isso. Ela merece mais.”

Alvo acenou com a cabeça, concordando, “Você está, muito provavelmente, certo. A única garantia que posso lhe dar, Severo, é que eu não virarei as costas pra ela. Ela não será trancada e esquecida. Eu vou mantê-la aqui pelo tempo que for necessário pra torná-la inteira novamente.”.

Severo aceitou essa promessa; Alvo era um homem de palavra. “A propósito, ela esteve aqui no café da manhã?” Aos acenos de confirmação, ele prosseguiu, “Ok, então onde ela está agora??”.

Minerva recostou-se de volta na sua cadeira. “Ela recebeu uma coruja durante a refeição. Após lê-la, disse que tinha que sair por um tempo e que estaria de volta tarde da noite.”

Severo gemeu, “Uma coruja Brown Fish*?”.

Minerva pareceu surpresa, mas acenou com a cabeça, concordando.

“Se vocês dois me dão licença, tenho trabalho a fazer. Imagino que isso tomará o resto do dia, vejo vocês pela manhã.” Ele deixou o Salão sem outra palavra.

Trabalhou em seus laboratórios como um louco. Limpando, armazenando, preparando, qualquer coisa para manter sua mente afastada do que estava acontecendo no Solar dos Malfoy. Ele trabalhou durante todo o dia, comendo em sua escrivaninha. Após sua refeição noturna, saiu do castelo.

Prosseguiu até os portões do castelo, onde ficou à espera. Após várias horas, ouviu passos aproximando-se descendo a trilha do castelo. Alvo Dumbledore apareceu na luz minguante do dia. Sua pergunta foi simples, “Malfoy?”.

Severo fez um curto aceno com a cabeça.

Alvo respondeu o aceno, “Exatamente o que pensei. Me avise se precisar de qualquer coisa.”. Ele virou-se e fez seu caminho de volta ao castelo.

Severo manteve-se perto dos portões muito adentro da noite escura. Por volta das três da madrugada, ele ouviu o “pop” significativo e Hermione surgiu do nada. Ela pulou quando Severo saiu das sombras. “Que diabos você está fazendo aqui?” Estava furiosa e não lhe deu chance de explicar sua presença. “Você não pode ficar aqui plantado e esperar por mim como um cachorrinho com saudade. E se o Lúcio decidisse ser um cavalheiro e me acompanhar até em casa? E se eu tivesse sido seguida? Você é realmente estúpido assim?”

Ela foi embora subindo a trilha em direção ao castelo sem uma segunda olhadela nele. Ele não pôde deixar de notar o jeito duro em que ela se mantinha enquanto andava. Alcançou-a com vários passos longos. “Você está bem?”

Ela parou e olhou para ele de modo incrédulo, “Sobre o que você está balbuciando, Snape?”.

“Você, o jeito pelo qual você está se movendo, andando. Você foi ferida?”

Ela riu dele, riu francamente dele. “Sinto muito, mas você realmente não entende, entende?” Ele balançou a cabeça lentamente, confuso. “Digamos apenas que estou um pouco dolorida por causa da montaria e não toquemos mais nesse assunto.” Ela voltou-se e retomou sua árdua jornada até sua casa, gritando por sobre o ombro, “Se isso faz você se sentir um pouco melhor, Lúcio está tão esfolado que duvido que esteja andando muito melhor.”. Ela desapareceu dentro da escuridão.

Umas poucas semanas se passaram e as coisas caíram numa espécie de rotina. Os alunos voltaram a Hogwarts, ajudando os dias a passarem um pouquinho mais rápido. Várias noites por semana, Severo e Hermione se encontravam para planejarem, ou às vezes só para conversarem.

Severo nunca tinha certeza de qual Hermione o estaria visitando até que ela entrasse pela porta. Ele tinha um relacionamento profissional com ambas e ficava à vontade não importava quem estivesse lá. Nunca mais esperou por ela nos portões. Nas noites em que ela saía para se encontrar com Lúcio, vigiava do topo da torre da Serpente pelo seu aparecimento, observando até que ela entrasse no castelo. Fazia seu caminho descendo da torre, a tempo de encontrá-la na sua porta. Eles geralmente não se falavam. Ela apenas comunicava que estava bem, com um aceno de cabeça, e escapulia para dentro de seus aposentos.

Por volta de duas semanas dentro do período letivo, eles estavam sentados no jantar quando Severo sentiu uma queimação mais do que familiar, movendo-se violentamente pelo seu braço. Ele sufocou um gemido e olhou para ela. Os olhos dela continham a escuridão familiar da Comensal da Morte; ele sabia que ela estava sendo chamada também.

Severo atraiu a atenção de Alvo e esfregou o braço, comunicando ao Diretor o que estava acontecendo. Alvo acenou com a cabeça levemente, então fechou os olhos brevemente para murmurar seu feitiço.

Ele se levantou do seu assento e ofereceu um braço a Hermione. “Professora Granger, você gostaria de me acompanhar em um passeio?” Ela pareceu um tanto confusa pela exibição, no início, mas compreendeu rapidamente.

“Naturalmente, Professor Snape, ficaria encantada.”

Ela se agarrou ao braço dele como um torno e caminhou cautelosa e calculadamente, saindo do salão. Assim que as portas se fecharam bruscamente, eles procuraram o primeiro canto escuro e aparataram do castelo.

Imediatamente, apareceram no salão de baile do Solar dos Malfoy e se deixaram cair de joelhos em frente a Voldemort. O Lorde das Trevas olhou de soslaio sobre eles, “Aaah, meus agentes secretos chegaram.”.

Severo estava pasmo com o sangue-frio da jovem Comensal da Morte ao seu lado. Hermione rapidamente se pôs de pé e se dirigiu ao Lorde das Trevas de frente. “Meu Senhor, estou satisfeita por ter achado conveniente me chamar de novo. Temia que minha aliança forçada com este aqui tivesse me rebaixado ao seu status.” Ela indicou Severo com uma cutucada brusca do seu pé.

“Absolutamente, absolutamente. Acredito que você tenha sido capaz de forçar nosso garoto aqui de volta à boa forma. Como vão as coisas na minha velha escola?”

“Indo, meu Senhor, indo. Com a ajuda de Severo, agora o Diretor me escuta favoravelmente. Infelizmente pra minha reputação, ele pensa que o Mestre de Poções está me fazendo a corte. O velho tolo romântico está absolutamente aturdido com a idéia do Snape aqui finalmente conseguiu um traseiro. Isso nos permite, de fato, passar bastante tempo sozinhos, planejando nosso ataque, então suponho que tenha mesmo suas vantagens. As perguntas sobre desempenho que tenho que suportar dos outros membros femininos dos docentes estão se tornando tediosas e mais do que um pouquinho nauseantes, pra dizer o mínimo.”

Voldemort parecia verdadeiramente deliciar-se com a bruxa nascida trouxa. “Oh, coitadinha de você. Estou certo de que os festejos desta noite mais do que compensarão pela inconveniência. Como estão indo seus planos, Severo?”

Severo permanecia prostrado no chão. “Estou tentando convencer individualmente o pessoal de que viajar durante as férias de dezembro seria muitíssimo agradável. Também descobri que a maioria dos alunos irá para casa nessas mesmas férias. Ainda é muito cedo pra dizer, mas acredito que essa possa ser a época ideal para atacar Dumbledore.”

O Lorde das Trevas refletiu sobre o plano até esse ponto e o achou a seu gosto. “Mantenha-me a par da situação. Estou muitíssimo satisfeito com o arranjo de trabalho que vocês dois estabeleceram. Muitíssimo satisfeito, de fato. Levante-se, Severo. Você passou tempo o bastante de joelhos por esta noite. A não ser, é claro, que seja por sua escolha mais tarde.”

O Mestre de Poções se levantou e tomou seu lugar próximo à sua parceira. Voldemort ergueu a voz para a grande turma reunida no aposento, “Creio que tenha ouvido os relatórios de todo mundo para esta noite. Lúcio, Draco e seus bandos retornarão logo com nossos animais de estimação para esta noite. Divirtam-se, meus filhos. Estou muito satisfeito com todos vocês.”. Com uma batida de suas mãos, as luzes foram ofuscadas e a batida de música trouxa circulou pelo ar.

Severo inclinou-se até o ouvido de Hermione, “Você não precisava me chutar tão forte, sabia?”.

Ela riu baixo, disfarçadamente, em sua voz, “Oh, não precisava? Mas você é tão sabido... Além do mais, aquilo não foi nem de longe forte, Snape. Quer tentar outra vez?”.

“Não, está bem. Vou só pegar uma bebida e consertar minhas costelas quebradas.”

“Divirta-se, preciso usar o banheiro e me arrumar um pouquinho. Pra ser uma prostituta, você tem que se vestir como uma prostituta.” Hermione gesticulou para as vestes de aula que ela usava.

Com uma mesura, Severo recuou e fez seu caminho até o bar. Com um gesto de varinha, ele se livrou da sua sobrecasaca justa. Abriu os botões superiores da camisa preta que usava, e olhou ao redor do aposento.

De repente, um grande número de “pops” puderam ser ouvidos pelo lugar. O Malfoy pai e o filho e cinco outros Comensais da Morte que Severo não reconheceu tinham aparatado para dentro do aposento. Na companhia deles, estavam mais ou menos dez mulheres trouxas e um pequeno número de homens trouxas. Os animais de estimação haviam chegado.

Lúcio imediatamente encontrou Severo sentado no bar. As coisas estavam esquentando na pista de dança. Lúcio sentou-se ao lado de Severo e pediu um uísque. “Severo, encontrei um sortimento realmente atraente esta noite, não acha? Literalmente viajei até os confins da terra por este grupo. Você já está vendo alguns que atraem a sua atenção?”

Severo vestiu seu sorriso inexpressivo e engoliu seu scotch de um só trago antes de responder, “Ainda não, creio que gostaria de observar suas especialidades primeiro antes de escolher.”. O barman apontou seu copo vazio e esperou pelo aceno do homem moreno antes de enchê-lo novamente.

“Você sempre foi um voyeur, meu amigo. Suponho que minha amiguinha veio com você hoje à noite, estou certo?”

“Você está certo. Nós estávamos no jantar e vestidos com nossos mantos, quando veio o chamado. Acho que ela foi fazer uma mudança de roupa. Sempre tentando agradá-lo, não é?”

Como numa deixa, Hermione moveu-se furtivamente por trás de Lúcio e enrolou seus braços em torno dele. As mãos dela deslizaram por dentro da camisa dele e ela mordiscou sua orelha. Seus olhos orlados por lápis, no entanto, estavam cravados em Severo.

Lúcio retirou suas mãos dele e a puxou numa volta para que ficasse entre as pernas dele. “Ansiosa esta noite, é, minha querida? Bem, vá mais devagar um pouquinho. Estávamos falando agora mesmo sobre voyeurs, e estou pensando que posso ser um por um tempo hoje à noite. Gostaria de um drinque antes de começar?”

Hermione havia transfigurado suas vestes em outro pequeno exemplar de couro. Ela usava uma saia de couro, descendo baixo pelo seu quadril. Acima de uma linha bem ampla de pele estava um top minúsculo de couro. Era amarrado no centro e seus seios muito fartos estavam ameaçando saltar sobre o topo dele. Entre a saia e o top, Severo podia ver um fio brilhante. Ela estava usando uma correia adornada de jóias.

Ela chamou o barman em voz alta, “Tequila, sal, limão, sem copo. Deixe só a garrafa.”.

Hermione preparou sua bebida quase como tinha feito nos aposentos dele em agosto. Desta vez, enquanto lambia sua mão, fitava Lúcio sedutoramente. Depois do seu limão, sua língua veio pra fora para agarrar um pouquinho de suco que estava convenientemente em perigo de cair do seu lábio inferior. Sem desviar o olhar por um instante, passou a garrafa para o homem loiro. Ela lambeu o dedo e correu-o sobre a parte de cima do seu seio, descendo até o começo da sua auréola. Cuidadosamente, despejou o sal na linha molhada. Pegou uma fatia de limão e a colocou dentro do vale entre seus seios. “A fim de me acompanhar em um drinque?”

Lúcio olhou para ela e depois para Severo. Virou a cabeça para o lado, intencionalmente, e pôs a garrafa de volta sobre o balcão, seus olhos azuis nunca deixando os pretos. “Você sabe que eu não gosto de tequila, meu bem.” Ele deslizou a garrafa para a frente de Severo. “Tenho certeza de que seu parceiro gostaria de um trago, no entanto.”

‘Ele está nos testando.’, Severo pensou. Hermione voltou-se para encará-lo e ele pôde ver nos olhos dela que ela o sabia também. Ela arqueou um pouquinho suas costas e se ofereceu para ele. Seus olhos permaneciam nos dele e permaneciam claros. Ela parecia quase assustada.

Supondo que ela estava incerta quanto à reação dele, ele se forçou a jogar junto com o Malfoy. “Eu mesmo não aprecio muito essa porcaria. Mas, quando é oferecida tão atraentemente, suponho que poderia me deliciar com ela.” Ele pegou a garrafa do balcão e inclinou a cabeça até o pescoço dela. Iniciou no vale da sua garganta e começou a mordiscar um desenho descendo pelo seu pescoço até a linha de sal. Ao primeiro gosto picante, a língua dele serpenteou para fora para lamber o sal sofregamente. Ela falou de modo ofegante, a voz sussurrante, “Hummm, Severo...”. Ao som do seu primeiro nome, ele levantou a cabeça e procurou os olhos dela novamente. Examinou-a cuidadosamente enquanto levava a garrafa aos lábios, tentando discernir quem estava diante dele.

Ainda incerto, ele inclinou a cabeça novamente para correr sua língua sobre a parte de cima do outro seio dela até o limão entalado no meio. Levantou o limão na boca e mordeu. Suco jorrou e gotas salpicaram o colo dela. Ele deixou a fruta cair na mão dele e limpou a sujeira. Esperando que Malfoy estivesse satisfeito por um tempo, ergueu a cabeça de novo para examiná-la. Ainda, os olhos dela estavam claros. As mãos dela estavam nas coxas dele e ele podia sentir que elas estavam tremendo. Teve uma suspeita terrível de que a Professora Granger estava em pé diante dele.

“Granger.”, ele falou brusca e asperamente. A espinha dela se endireitou imediatamente e suas mãos sossegaram. Ele ficou satisfeito em notar que os olhos dela se escureceram e um sorriso afetado apareceu no rosto dela. “Lúcio, embora eu deva dizer que este drinque foi bastante agradável, prefiro mesmo que minhas travessas sejam um pouco menos usadas. Creio que acharei uma trouxa esta noite para desfrutar.”

Lúcio parecia bastante satisfeito com o intercâmbio. “Hermione, creio ter dito que queria observar. Vá bancar a anfitriã por um tempo e se aqueça. Avisarei quando estiver pronto pra sua performance. Severo, acredito que temos umas poucas coisas a discutir, se você puder resistir mais um tempo.”

Hermione obedientemente deslocou-se através da massa. Severo escutou em parte o homem loiro durante várias horas, enquanto mantinha um olho em sua parceira. Ela dançava e flertava pelo caminho através da massa. Muitos homens tomavam sua boca e seus seios. Eles a apalpavam e ela mantinha um sorriso colado em seu rosto, aparentemente apreciando a atenção.

Ele ouviu Lúcio mudar o assunto para a mulher no momento executando uma dança de colo para o Crabbe mais velho. “Ela tem um apetite voraz, e pra uma variedade de gostos verdadeiramente grande. Acho chocante que tenha sido selecionada pra Grifinória. Talvez o chapéu esteja ficando um pouco velho.”

De repente, ele pôde ouvir os gritos de uma mulher e o cheiro de sangue estava no ar. Parecia que ele tinha se demorado um pouquinho demais e as coisas iam ficar graves. Ele recusou permitir-se virar na direção da trouxa sendo torturada. “Se você não se importa, Lúcio, estou envergonhado em admitir que não pareço ser capaz de reprimir minha luxúria nem mais um pouco. O som de gritos sempre me instigou para além dos limites. Se você me dá licença...”

“Naturalmente, Severo, divirta-se.” Lúcio se levantou de seu lugar. “Ah, Hermione ”, ele chamou em voz alta, “vamos, querida, você está ligada.”.

Agora que a violência havia começado, ele sabia que tinha que cumprir seu papel também.

Encontrou para si uma mulher trouxa e a conduziu até uma mesa. Com um feitiço sussurrado, assegurou que ela não estivesse ciente do que estava prestes a acontecer. Ela morreria nas mãos de alguém esta noite; pelo menos, ele podia garantir que ela não soubesse o que estava acontecendo. Em voz baixa, ele invocou uma memória feliz à frente da mente catatônica dela.

Removeu sua saia com violência e rasgou sua camisa. Após outro feitiço sussurrado para se endurecer, ele abriu suas calças. Inclinou-se sobre ela e a penetrou violentamente, assegurando que ele sentisse o significativo filete de sangue. Estendeu uma mão que descia até a vermelhidão viscosa e espalhou-a pelo tórax dela para um efeito dramático.

Ele se inclinou sobre a mulher e colocou sua varinha imperceptivelmente entre eles. Enquanto trabalhava a garota, ficou mais do que a par de que, não muito longe, Lúcio Malfoy estava em pé se masturbando abertamente. Ele seguiu os olhos do Malfoy até que a viu. Hermione estava estendida sobre uma mesa. Um bruxo desconhecido estava metendo dentro dela agressivamente. Ele podia ouvir os seus gritos de prazer cheios de paixão e ver suas unhas riscando uma trilha sangrenta que descia pelas costas do homem.

Olhou dentro de seus olhos, gratamente notando que eles estavam vazios. Lembrou-se do momento que havia compartilhado na mente dela. Fechou os olhos e começou a proferir uma preleção de Poções em sua mente. Sua atenção estava concentrada na jovem mulher sentada encolhida e se embalando na fileira da frente da sua sala de aula. O corpo dele continuou zumbindo como a sua aula.

Ele sentiu seu clímax se aproximar e ficou grato por ter acabado. Abriu os olhos e sua mão segurou sua varinha. Ele podia garantir à trouxa nada de tortura esta noite e uma saída pacífica. “Avada Kedavra.”, sussurrou, ocultando da vista o raio de luz verde com o seu corpo. Descansou sobre o corpo dela e esperou até que a pulsação dela tivesse cessado.

Com um Accio, ele apanhou da sua bota o punhal que carregava. Ergueu-se já fora da garota e, com um movimento rápido, abriu-a de cabo a rabo. A parte dele por esta noite estava terminada.

Ele olhou para o outro lado, para Hermione, e viu que ela tinha acabado também. Seus olhos escuros não estavam mais sem vida, mas ainda estavam fixos nele. Ela tinha visto o que ele havia feito e como ele o havia feito. Disse-lhe isso por meio dos seus olhos e do sorriso desanimado que lhe dirigiu.

Ele fechou suas calças e se controlou. Hermione ainda estava sentada sobre a mesa, com Lúcio ao seu lado. Ele fez seu caminho até eles. “Granger, você terminou com todas as suas atividades físicas por esta noite? Creio que me esgotei, e gostaria de dormir um pouco antes da droga dos Grifinórios do quinto ano que tenho de manhã. Já que saímos juntos pro nosso passeio romântico à luz da lua esta noite, é prudente que retornemos juntos também.”

Lúcio olhou o rosto de Severo salpicado de sangue e, então, notou o cadáver na mesa. “Pelos deuses, Severo, não podia ter deixado um pouco pra nós? Você sempre foi um pouco rápido em sacar sua varinha.” Lúcio riu ruidosamente ao seu trocadilho. “Vá em frente, Hermione. Ele realmente está certo. Não quero estragar sua cobertura agora, querida. Mandarei uma coruja pra você em poucos dias.” Lúcio a beijou vigorosamente e, em seguida, empurrou-a na direção de Severo.

Eles fizeram seu caminho até um canto e aparataram para os portões do castelo. Severo não disse uma palavra, apenas começou a andar em direção ao castelo.

Hermione chamou-o em voz alta, suavemente, “Severo, espere.”. Ele parou, ao som da voz dela, o som da sua Hermione. Baixou a cabeça e esperou que ela o alcançasse.

Hermione pôs-se à sua frente e estendeu a mão, com dedos hesitantes, para segurar o queixo dele. Ela ergueu a cabeça dele e olhou fundo nos seus olhos. Com um passe de sua mão, o rosto dele estava formigando. “Você tinha sangue no rosto. Não posso ter você amedrontando algum Grifinório violador das regras que esteja fora da cama depois do toque de recolher.”

Ele não respondeu o sorriso dela, somente os olhos. A mão dela se moveu do queixo dele até sua bochecha. “Está tudo bem, Severo. Você lhe deu uma saída mais fácil do que ela teria tido com aqueles monstros. Nós fazemos o que temos que fazer.”

Ele lhe acenou com a cabeça, concordando tristemente, e estendeu a mão para segurar a mão dela na dele. Juntos, de mãos dadas, eles caminharam em direção ao castelo. Ele disse a si mesmo que era para manter as aparências.

***

N/T: Não pude encontrar uma tradução para o nome do tipo de coruja citado por Severo, mas decidi deixá-lo em inglês mesmo, ao invés de simplesmente colocar qualquer outra coisa no lugar (como a própria autora me autorizara), porque vi a foto da tal coruja e achei que ela é bastante significativa no texto - feliz escolha, a da Ida! Aos curiosos, o site:
http://www.zyworld.com/NAKARIN/plate60owls.htm
- é uma das últimas fotos (Brown Fish-Owl).

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