Capítulo 02




A Fortaleza Interior
By Idamae


Negócio de leis: As personagens pertencem a J.K.Rowling. Estou apenas emprestando-as, por razões não-monetárias.

Esta história contém imagens que podem ser perturbadoras para alguns leitores, incluindo estupro, violência, assassinato, sexo, tortura e um grande número de outras coisas mórbidas. Se você não quer ler sobre tais coisas, aperte o botão Voltar, AGORA!!!

Capítulo 02

Lúcio Malfoy se moveu rapidamente para intervir. “Ora, ora, Hermione, você não quer castrar seu parceiro, quer?”, ele ronronou no seu ouvido.

O olhar de Hermione não estava vacilante quando ela respondeu, “Estava pensando que começaria com castração; com morte como um final mais conveniente.”.

A ponta de sua varinha pressionou a virilha dele, forte o suficiente para causar dor a Severo. Ele tinha que pensar rápido, para formular um jeito de sair dessa situação. “Professora Granger, por favor aceite minhas mais sérias desculpas. Se tivesse percebido que era você, certamente teria controlado meus instintos mais baixos.”

Os olhos dela se estreitaram às suas palavras. Ela obviamente não tinha certeza da sinceridade dele. Ainda assim, ele sentiu que a pressão da varinha dela abrandava. “Então estamos claros quanto a onde os limites se situam na nossa nova parceria, Snape.” Ela soltou o seu pulso e deu um passo para trás.

Snape inclinou a cabeça submissamente. “Estamos perfeitamente claros, Professora. Obrigado.”

Lúcio se moveu cuidadosamente por trás da jovem bruxa e a cercou para soltar sua capa. Ele a deslizou de seus ombros e a passou para Severo. “Severo, seja um bom camarada, encontre um lugar para isto. Creio que Hermione e eu temos umas coisinhas das quais precisamos tratar, não temos, querida?”

Severo inclinou a cabeça novamente e desapareceu de volta à escuridão. Ele fez seu caminho de volta ao bar e depositou a capa de Hermione sobre um banquinho. Fez um gesto para o garçom, “Glennfiddich, duplo, puro.”. Sua mente era um rodamoinho de confusão. O garçom voltou depressa com o seu scotch. Severo o virou de um só trago e fez um gesto para mais. “Não se incomode. Accio Glennfiddich.” A garrafa do líquido ambarino voou pelo bar até sua mão. Ele encheu o copo até a borda e continuou a esgotá-lo de novo.

Ele estendeu a mão e desejou que ela parasse de tremer. Quando estava satisfeito porque os tremores tinham passado, virou-se para a pista de dança outra vez.

Lúcio Malfoy tinha a garota Granger com a face voltada sobre uma mesa. Ela ainda usava suas roupas, embora a sua saia estivesse erguida ao redor da sua cintura. Por trás, Malfoy a estocava depravadamente.

Severo podia ver a boca dela trabalhando, formando os sons da paixão. Seus olhos, assim mesmo, estavam surpreendentemente vazios, frios e sem vida. Ele viu sua boca continuar a se mover, enquanto seu lábio superior se torcia numa paródia do seu próprio sorriso de desdém sombrio. Por um instante, pensou que ela estava zombando dele, mas, enquanto a observava, teve certeza de que os olhos dela não estavam vendo absolutamente nada.

Agarrou sua capa, virou-se rapidamente e saiu do salão de baile. Ele tinha tido o bastante, visto o bastante. Quando descia correndo a escadaria, ouviu Voldemort chamar o seu nome. “Droga.”.

Ele entrou no escritório e tomou seu lugar aos pés do Lorde das Trevas. “O senhor chamou, Meu Senhor.”

“Sim, Severo. Vejo que você foi apresentado à sua nova parceira. Estou certo de que, com a orientação dela, vocês serão capazes de entregar aquele Diretor idiota para mim, correto?” Voldemort examinava cuidadosamente o Mestre de Poções com olhos vermelhos, procurando por qualquer pequena inconsistência.

“Sim, Meu Senhor. Meu Senhor, posso ser tão impertinente a ponto de fazer uma pergunta?”

Voldemort parecia um bocado surpreso com a coragem de Severo. Ainda assim, o Lorde das Trevas balançou a cabeça, concordando.

“Estava apenas me perguntando como uma sangue-ruim se tornou uma criatura tão poderosa aos olhos do Meu Senhor. Obviamente, eu não tenho a habilidade para encontrar talentos que o senhor possui; mas o uso de um nascido trouxa é muito confuso para alguém como eu.”

A subserviência na voz de Severo era como a luz do sol para uma flor. A cabeça de Voldemort se ergueu e ele endireitou suas costas com orgulho. “Ah, esta é uma boa pergunta, mesmo para aqueles semelhantes a você, Severo. Talvez eu lhe mostre como ela provou sua lealdade a mim. A imagem é muito mais eficaz do que as palavras.”

Voldemort agarrou Severo pelos cabelos e forçou o homem no chão a olhar para ele nos olhos. Severo sentiu a mão fria do Lorde das Trevas mover-se até sua testa e sua mente foi preenchida por uma memória que não era dele.

Ele via o festim através dos olhos de Voldemort, sentia o mal se movendo como ondas por suas veias. Num certo sentido, Severo se tornou Voldemort.

O salão de baile estava cheio com seus seguidores. Ele podia sentir a satisfação do Senhor das Trevas enquanto inspecionava o aposento. Gritos ecoavam pela sua cabeça enquanto assistia a uma criança trouxa ser violentada e torturada. Podia sentir o cheiro do medo da criança. Ele estava gostando.

De repente, houve um “pop” no chão à sua frente. A multidão se dispersou, permitindo que ele visse a mulher que estava de joelhos. Sorriu enquanto observava os cabelos desordenados e rebeldes que só podiam pertencer a Hermione Granger.

“Bem, sangue-ruim, o que trouxe pra mim?”

Hermione pôs-se de pé e ergueu a cabeça com orgulho para olhar Voldemort nos olhos. Uma tomada de ar coletiva pôde ser ouvida por todo o aposento. Severo podia ver rostos chocados encarando a sangue-ruim que ousava manter-se de pé orgulhosamente diante do Lorde das Trevas.

Ele pôde ver que ela estava ensopada em sangue. Seu cabelo castanho estava emaranhado em preto em alguns lugares. Faixas de carmim pintavam seu rosto. Ela fitava Voldemort de um jeito desalentadoramente calmo. “Antes que eu lhe dê meu presente, quero sua palavra de que, se merecedor, ele comprará meu posto em seus serviços.”

Severo podia sentir que a curiosidade de Voldemort estava atiçada. ‘Se ela está tão confiante assim, deve ser algo bom.’ “Muito bem, sangue-ruim, você tem minha palavra.”

O agora familiar sorriso afetado adornava seu rosto ensangüentado enquanto seus olhos se tornavam mortos. Devagar, sua mão direita se levantou enquanto sua boca formava palavras ininteligíveis. Outro “pop” e a cabeça sem vida de Remo Lupin olhava para ele. Ela a segurava pelos cabelos, balançando-a numa cadência descuidada. Um filete de sangue escorria da boca. Deliberadamente, Hermione tomou o polegar esquerdo, pegou uma gota do fluido viscoso, e a trouxe até sua boca para mamar como uma criança.

A mente de Severo começou a oscilar novamente, quando Voldemort quebrou a conexão. Ele caiu de rosto para o chão, lutando com a fúria que agora percorria seu corpo. Acalmou sua mente rebelde e se pôs, vagarosamente, de joelhos de novo. Com um sorriso forçado de compreensão, olhou para o demônio à sua frente. “Ah, agora entendo. Peço perdão por minha estupidez.”

Voldemort apreciou suas desculpas. “Apenas não deixe de trabalhar com ela, Severo. Ela é nossa arma mais poderosa agora. A mais forte, se não fosse por mim.”

Severo concordou, balançando a cabeça pensativamente. “Tenho sua permissão para retornar a Hogwarts? Há muitas preparações a serem feitas.”

“Fora daqui.”

Severo aparatou para os portões do castelo. Nas sombras protetoras do seu lar, ele caiu de joelhos e vomitou.

Severo não podia ter certeza de quanto tempo ficou prostrado do lado de fora dos portões. Ele passava a horrível visão pela sua mente repetidas vezes. A garota Granger era uma bruxa poderosa. Mesmo nos seus dias de estudante, ele a tinha visto mostrar proezas espantosas, tanto mágicas quanto intelectuais. Agora, era uma bruxa depravada.

Hermione Granger devia morrer.

Ele se pôs de pé num salto e correu para dentro do castelo. Desceu voando as escadas até as masmorras. No seu escritório, precipitou-se sobre sua escrivaninha, espalhando pergaminhos enquanto procurava. Finalmente, encontrou o que estava procurando. Ele havia desenvolvido sua própria versão do Mapa do Maroto. A Professora Granger estava de volta a Hogwarts.

Mais uma vez, ele precipitou-se pelo castelo. Do lado de fora dos aposentos de Minerva McGonagall, fez uma pausa. Passou sua varinha pela superfície da porta. “Sem proteções.” Não se deu ao trabalho de bater, apenas abriu a porta e entrou, a varinha preparada. Minerva estava sentada no sofá, em frente ao fogo. Enrolada feito uma criança, Hermione Granger estava com a cabeça deitada no colo dela.

Sem uma palavra de explicação, ele andou a passos largos até a jovem bruxa. A visão de Remo nublava-lhe a vista. Apanhou-a pelos cabelos e a jogou contra a parede. Antes que ela pudesse escorregar para o chão, já estava sobre ela. Ele colocou uma mão grande em volta da sua garganta e a suspendeu do chão, cortando seu suprimento de ar. Com sua outra mão, apontava sua varinha para Minerva. “Saia agora, ou eu a estupefarei e você poderá assistir a ela morrendo.”

“Severo, espere, você não...” Minerva tentava ganhar tempo. Ela estava tentando sacar sua varinha.

Com um jato de luz, Minerva McGonagall foi levitada para fora da porta. A porta bateu e se trancou atrás dela.

Os olhos negros dele estavam mais uma vez fixos na bruxa suspensa por sua mão. “Sua putinha. Eu mesmo a matarei, por Remo. Que Voldemort e essa porra dessa guerra se danem. A mágica é muito boa pra pessoas como vocês.” Ele atirou sua varinha para o lado e, de repente, as suas duas mãos estavam pressionando a traquéia dela. “Eu - vou - rasgar - você - em - pedacinhos - apenas - com - as - minhas - mãos - e - vou - pintar - este - lugar - com - seu - sangue.”

Seu rosto estava próximo o bastante para que ela sentisse o cheiro de scotch no seu hálito. A cabeça dela estava oscilando pela falta de oxigênio. Devagar, ela ergueu uma mão até o rosto dele. Seus dedos traçaram um caminho ascendente, sentindo a linha do osso da maçã do seu rosto. Ele examinava os olhos dela agora. Não eram os olhos vazios que ele tinha visto no festim. Distraído pelo toque dela, hipnotizado pelos olhos de uma garota atemorizada, sua garra soltou-se quase um nada.

A mente dela clareou um pouquinho com o artigo precioso que ela aspirou como um entorpecente para dentro de seus pulmões. Antes que Severo percebesse o que estava acontecendo, a mão dela tinha encontrado seu caminho até a testa dele e ele sentiu o poder assomar de sua mente para a dele. Pela segunda vez naquela noite, Severo era levado pela corrente das lembranças de um outro alguém.

Hermione parecia estar tentando lhe mostrar tantas coisas. Voldemort somente quis que ele visse aquela única noite. Hermione estava lhe mostrando anos de recordações. Sua mente martelava enquanto ele tentava absorver tudo o que via.

Primeiro, era um comparecimento diante do Ministério da Magia. “Se você optar por aceitar essa tarefa, percebe que, uma vez começada a operação, você está completamente por conta própria. Nós não seremos capazes de ajudá-la absolutamente.”

A sua voz humilde reverberou pelo crânio dele, “Sim.”.

A voz de Harry Potter era a próxima, “Hermione, você tem que desenvolver uma resistência a estes feitiços. Voldemort os lança por aí como doces. Tente de novo.”.

Crucio.” A dor dilacerava o seu corpo. Ele ouvia seus gritos e os ecoava.

Ele voou para outro ponto no tempo. Podia sentir que alguém a estava rasgando em duas, batendo dentro dela sem piedade. Ele podia ouvir a voz de Sirius Black agora. “Eles lhe farão muito pior do que eu, Hermione. Agora me deixe ouvir que você está gostando, grite meu nome.”

Gratamente, ele foi sugado para longe daquele momento. Podia senti-la se acalmando agora. Ela estava chorando, e ele podia senti-la sendo embalada. Uma voz suave preencheu as suas mentes, “Ccccchhhhh, está tudo bem. Eu sei, eu sei”. Remo Lupin a estava embalando. Ele sentiu uma mão sob o seu queixo e, através de olhos cheios de lágrimas, viu seu amigo. Seus olhos se aproximaram e ele pôde sentir a boca dele na dela. As mãos de Remo acariciavam o corpo dela, gentilmente. Ela não estava com medo agora, apenas se entregava ao sentimento, abraçava-o. Não havia violência nem dor nisso. Somente sensações, paixão, amor.

Hermione estava enrodilhada com o homem mais velho. Mais uma vez, ele ouviu Remo falar com ela, instruindo-a suavemente, “Você tem que encontrar um lugar dentro de si mesma, Hermione. Algum lugar seguro. Quando for demais, vá pra lá. Se distancie de todas as outras coisas e vá para algum lugar seguro.”.

As imagens corriam mais rapidamente agora. Ela era espancada, violada, estuprada, brutalizada de todo jeito doentio possível. Rostos de homens corriam diante dele. “Tudo pelo bem da causa.” ecoava pela mente consciente dela.

Harry Potter, Cornélio Fudge, Sirius Black, Ron Weasley, tantos outros, incontáveis. Todos tiveram sua vez com ela. Eles chamavam isso de seu treinamento. Ele podia senti-la escorregando cada vez mais fundo a cada rosto. Estendeu-se até ela e tentou tocá-la na área segura que ela havia erigido. Podia ouvi-la chamando-o em voz alta, mas não conseguia cruzar a mente dela para alcançá-la.

De repente, ele estava na sala de Poções. Estava dando instruções. Sua voz falava em tom monótono sobre as propriedades mágicas do acônito, do asfódelo, de incontáveis outros ingredientes para poções. A preleção não era importante.

Hermione Granger estava sentada diante dele, seus olhos presos aos dele. Seus braços delgados estavam enrolados ao redor de sua forma. Ela apenas olhava fixamente, escutava e se embalava. O lábio dela se ergueu num sorriso zombeteiro.

Ele compreendia, agora. Estava na sua fortaleza, sua zona segura. Ainda podia sentir sua dor e seu medo. Ouvia os feitiços, crucio, império, expelliarmus. Ainda assim, ele continuava com a sua preleção. Grunhidos e gemidos, abafados pela voz de Severo. Espancamentos e torturas, superados pela garota sentada sorrindo desdenhosamente na sala de aula de Poções.

Ele a sentiu empurrá-lo agora, empurrá-lo para longe dela.

Eles estavam ajoelhados diante de Voldemort agora. “Então, você, uma sangue-ruim, você se considera merecedora de se juntar às fileiras dos meus Comensais da Morte? O que tem pra me oferecer em troca?”

“Harry Potter, eu sei onde ele está, Meu Senhor. Com alguma ajuda, posso ser capaz de dá-lo ao senhor. Ele está com o lobisomem, além de Atenas, fartando-se de sol.”

Voldemort fez um gesto para que vários de seus seguidores se juntassem a ela à sua frente. “Traga-me uma prova da morte de qualquer um dos bruxos, e eu vou considerar a idéia de marcar você. Traia-me, garota, e você vai desejar a morte mil vezes seguidas antes que eu arranque o seu coração.”

Eles estavam combatendo. Ele podia ver Remo e Harry lutando, tentando permanecer vivos. Remo tinha sido atingido várias vezes e cambaleou para trás de uma pilha de pedregulho antigo. Ele ouviu Hermione gritar, “O lobisomem é meu; vocês terminam com o menino prodígio aqui.”.

Ela estava ajoelhada agora, embalando Remo no seu colo. Sangue escorria do canto da boca dele. “Eu sinto tanto, Remo. Não sabia o que fazer. Tentei proteger vocês dois, mas não sabia como.” Severo podia ver que ela segurava sua varinha para a cabeça de Remo.

O homem no seu colo sorriu para ela, “Eu sei, eu vi. Tudo pelo bem maior, você sabe.”.

As lágrimas dela se misturavam com o sangue no rosto de Remo. Um som atrás dela, e a figura mascarada de um Comensal da Morte estava lá. Sua varinha deslocou-se, apontou para o lacaio do mal. “Avada Kedavra.” e ele jazia morto. Vários outros se seguiram, apenas para encontrarem o seu fim da mesma maneira.

Remo lutava contra ela, tentando se separar dela. “Hermione, pare. Voldemort vai matar você por isso. Tudo terá sido por nada.”

As lágrimas fluíam mais rápido agora. “É tudo por nada, de qualquer jeito, ele precisa de uma prova da minha lealdade e eu não tenho nenhuma pra oferecer.”

O lobisomem sofreu um colapso contra ela novamente, sua respiração estava vindo mais devagar. Seu hálito fazia bolhas vermelhas nos seus lábios. Ele lutava para formar palavras, “Você a terá, menina adorável. Só mais uns poucos minutos.”.

“Remo, não. Você tem que resistir. Não podem estar sobrando muitos mais, Harry vai tomar conta deles e nós vamos tirar você daqui.” Ela o embalava em seus braços e o aliviava com suas palavras. De repente, ela o sentiu endurecer. “Hermione, está tudo bem, amor. Faça o que você tem que fazer.” Remo Lupin desprendeu um último jato de sangue sobre o colo dela. Ele se foi.

A voz de Severo preencheu suas mentes de novo. “Não espero que vocês realmente entendam a beleza...”

Ele a viu pôr-se de pé e apontar sua varinha para o corpo que jazia no chão. “Accio cabeça”. Houve o som nauseante de carne sendo rasgada, enquanto a cabeça voava para a sua mão. Ele a viu abaixar-se e rasgar a camisa do cadáver. Mais uma vez, a varinha foi apontada para baixo e, dessa vez, ele sentiu o cheiro de carne queimada.

“Não seja idiota, Longbottom. É o quinto caldeirão que você derrete neste período letivo. Detenção.”

Hermione abaixou-se até o buraco no topo do tronco e pegou uma quantidade copiosa de sangue em sua mão.

“Weasley, será você quem vai testar a poção para a sua equipe. Levante-se e venha até aqui.”

Ela trouxe sua mão até seu rosto e se lambuzou, cobrindo os rastros que as lágrimas tinham deixado nas suas bochechas.

“Garota tola.”

Eles permaneciam em frente ao Lorde das Trevas e lançaram a cabeça ao chão. “Você tem a sua prova, Meu Senhor.”

Voldemort sorriu exagerada e falsamente, de um jeito frio, “Accio varinha.”. A varinha de Hermione voou para a mão do Lorde das Trevas. “Crabbe, Goyle, tomem conta desta pequena sangue-ruim asquerosa. Ela não tem nada de valor a nos oferecer.”

O choque mal teve tempo de se registrar em suas mentes quando ele ouviu a voz dela, forte e confiante. “Avada Kedavra. Crucio.” Vicente Crabbe jazia morto, Gregório Goyle contorcendo-se de dor no chão, próximo a ele. Hermione tinha lançado as Imperdoáveis sem uma varinha.

Surpresa foi esboçada na face de Voldemort, para ser substituída por um sorriso compreensivo. “Você provou ser muito poderosa, também. Tudo bem, Senhorita Granger, você tem o seu lugar. Levante-se, garota.”

Hermione Granger pôs-se de pé. Voldemort deslocou-se até ela, passou os olhos pela sua camisa molhada e grudenta. Ele estendeu a mão e rasgou o tecido do seu corpo.

Severo podia ouvir sua voz novamente, martelando em sua cabeça. Ele podia discernir vagamente a queimadura no seio dela, também. Ela não vacilou, nem ao menos registrou a dor. Apenas ouvia a voz do Mestre de Poções.

“Lúcio, ela fica ao seu lado agora.”

A preleção na cabeça dela parou bruscamente. “Meu Senhor, mais uma coisa, se eu puder pedir?”

Voldemort a mirou, desconfiado, mas inclinou a cabeça.

Accio varinha”.

Sua varinha voou de volta para a sua própria mão. Voldemort riu. “Muito bem.”

Finalmente, eles apareceram diante dos portões de Hogwarts. Ela foi tropeçando até o castelo e foi recebida por Dumbledore na escadaria principal. Desabou numa pilha, soluçando. O grande bruxo abaixou-se até o chão e segurou a garota em seus braços. A criança estava de volta. Dumbledore a embalava em seu colo.

Severo retornou à sua própria mente. Eles estavam enroscados num monte sobre o chão do escritório de Minerva.

Ele olhou para a garota arfando no chão ao seu lado. Estendeu sua mão, devagar, para tocar o rosto dela, tentando encontrar as palavras de perdão, palavras de conforto. Quando o seu dedo tocou a bochecha dela, ela esquivou-se.

“Eu lhe disse pra nunca me tocar, Snape.”, ela cuspiu nele. Pôs-se de pé com dignidade e transpôs o aposento a passos largos.

***

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